“Plano de Aula: Combatendo o Preconceito Linguístico no 6º Ano”

A proposta deste plano de aula é proporcionar uma abordagem abrangente e reflexiva sobre o preconceito linguístico, promovendo a consciência crítica, a empatia e o respeito pela diversidade linguística. Durante 45 dias, os alunos do 6º ano terão a oportunidade de explorar esse tema por meio de atividades interativas, discussões em grupo e produções textuais, enfatizando a importância da linguagem na formação da identidade e na comunicação social. Ao longo do plano, será priorizada uma abordagem que respeite e valorize a diversidade de vozes presentes na sala de aula, permitindo que cada aluno compartilhe suas experiências e percepções.

Esse plano é estruturado para que alunos entre 11 e 12 anos possam compreender e refletir sobre o impacto do preconceito linguístico nas interações sociais e nas relações de poder. Por meio de atividades práticas, debates e leitura crítica de textos, os alunos serão encorajados a questionar e desafiar estereótipos com os quais podem se deparar em sua vida cotidiana, tornando-se agentes de mudança em suas comunidades. O objetivo é olharem criticamente para a linguagem que utilizam e para a que escutam, desenvolvendo uma atitude mais inclusiva e respeitosa em relação à diversidade linguística.

Tema: Preconceito Linguístico
Duração: 45 dias
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 6º Ano
Faixa Etária: 11 a 12 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a consciência crítica sobre o preconceito linguístico, promovendo o respeito e a valorização da diversidade linguística e cultural.

Objetivos Específicos:

– Identificar e refletir sobre o conceito de preconceito linguístico e suas manifestações.
– Promover a empatia e o respeito pela diversidade linguística presente na sala de aula e na sociedade.
– Desenvolver a habilidade de argumentar e discutir sobre o tema com respeito e consideração.
– Produzir textos que expressam a compreensão crítica sobre a diversidade linguística.
– Analisar a linguagem utilizada em diferentes contextos sociais e suas implicações.

Habilidades BNCC:

– (EF06LP01) Reconhecer a impossibilidade de uma neutralidade absoluta no relato de fatos e identificar diferentes graus de parcialidade/ imparcialidade dados pelo recorte feito e pelos efeitos de sentido advindos de escolhas feitas pelo autor, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos textos.
– (EF06LP02) Estabelecer relação entre os diferentes gêneros jornalísticos, compreendendo a centralidade da notícia.
– (EF06LP11) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: tempos verbais, concordância nominal e verbal, regras ortográficas, pontuação etc.
– (EF06LP12) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (nome e pronomes), recursos semânticos de sinonímia, antonímia e homonímia e mecanismos de representação de diferentes vozes (discurso direto e indireto).

Materiais Necessários:

– Textos sobre preconceito linguístico (artigos, crônicas, contos).
– Vídeos sobre diversidade linguística.
– Materiais de escrita (papel, canetas, computador).
– Materiais para exposição (cartolinas, pincéis, etc.).
– Livros e dicionários de diferentes variantes da língua portuguesa e outras línguas que fazem parte da cultura local.

Situações Problemas:

– O que é preconceito linguístico? Como ele se manifesta no dia a dia?
– Quais são as consequências do preconceito linguístico para a sociedade e para os indivíduos?
– Como as diferentes formas de falar influenciam a imagem que temos das pessoas e de suas culturas?

Contextualização:

O preconceito linguístico é um tema relevante que se articula com questões de identidade, cultura e poder. No Brasil, um país com uma rica diversidade linguística e regional, o preconceito em relação a diferentes variedades da língua portuguesa e outras línguas pode gerar estigmas e exclusões. Essa temática está diretamente relacionada às vivências dos alunos, que diariamente se deparam com diferentes formas de falar e com a possibilidade de serem alvo de discriminação linguística. Este plano visa estimular a reflexão e a empatia sobre essas questões, promovendo um ambiente de respeito e inclusão.

Desenvolvimento:

O desenvolvimento das aulas será enfocado em três eixos: compreensão crítica, produção textual e atividades práticas.

1. Compreensão Crítica:
A primeira fase do plano se concentrará em leituras e discussões sobre preconceito linguístico. Os alunos lerão textos variados, assistirão vídeos e participarão de debates. Serão formados grupos para debate onde explorarão as principais questões a respeito do preconceito linguístico, como suas causas e consequências.

2. Produção Textual:
Os alunos serão estimulados a escrever produções textuais, como crônicas e relatos pessoais, em que contem suas experiências com o preconceito linguístico, ou artigos que analisem a importância da diversidade linguística. O professor promoverá oficinas de produção textual, onde serão abordadas as habilidades de escrita, revisão e edição.

3. Atividades Práticas:
Serão realizadas atividades como dramatizações e encenações que exemplifiquem situações de preconceito linguístico. Os alunos também poderão criar cartazes e exposições sobre o tema, ressaltando a importância da diversidade linguística. A atividade prática culminará em uma apresentação para a comunidade escolar, visibilizando o tema de forma criativa e impactante.

Atividades sugeridas:

Semana 1:
Atividade 1: Introdução ao Preconceito Linguístico
Objetivo: Compreender os conceitos de linguagem e preconceito linguístico.
Descrição: Discussão em grupo sobre o que entendem por preconceito linguístico.
Materiais: Textos impressos sobre o tema e quadro para anotações.
Instruções: Formar grupos de discussão, registrar as ideias apresentadas e discutir como cada um se relaciona com o tema.

Atividade 2: Diversidade Linguística no Brasil
Objetivo: Explorar as diferentes variantes do português e suas características.
Descrição: Apresentação de um vídeo sobre as variantes lingüísticas do português no Brasil.
Materiais: Vídeo e computador.
Instruções: Assistir ao vídeo e conduzir uma discussão sobre como cada variante é percebida.

Semana 2:
Atividade 3: Produção Textual 1 – Crônicas
Objetivo: Criar uma crônica abordando experiências do cotidiano relacionadas ao preconceito linguístico.
Descrição: Escrever uma crônica individualmente.
Materiais: Canetas e papel.
Instruções: Revisar o texto em pares e trazer para a aula seguinte.

Atividade 4: Jogos de Linguagem
Objetivo: Refletir sobre o uso da língua.
Descrição: Realizar jogos que envolvam variações linguísticas (como trocadilhos e jogos de palavras).
Materiais: Cartões com palavras.
Instruções: Dividir a turma em grupos e promover competições com as palavras.

Semana 3:
Atividade 5: análise de textos
Objetivo: Analisar textos que apresentam preconceito linguístico.
Descrição: Leitura e discussão de crônicas ou contos que envolvem preconceito linguístico.
Materiais: Textos selecionados.
Instruções: Identificar exemplos de preconceito e discutir o impacto desses textos.

Atividade 6: Debate sobre experiências
Objetivo: Refletir sobre experiências pessoais relacionadas ao preconceito.
Descrição: Compartilhar experiências pessoais e promover um debate respeitoso.
Materiais: Nenhum.
Instruções: Estimular a participação de todos os alunos, garantindo o respeito às falas.

Semana 4:
Atividade 7: Produção Textual 2 – Artigos
Objetivo: Produzir um artigo sobre preconceito linguístico.
Descrição: Escrita de um artigo para ser publicado em uma revista escolar.
Materiais: Computadores e dicionários.
Instruções: Produzir e revisar o artigo no formato solicitado pelo professor.

Atividade 8: Dramatização
Objetivo: Reproduzir situações de preconceito linguístico através de dramatização.
Descrição: Em grupos, criar pequenas peças sobre o preconceito linguístico.
Materiais: Recursos para encenação (figurinos, objetos de cena).
Instruções: Ensaiar e apresentar para a turma.

Semana 5:
Atividade 9: Criação de Cartazes
Objetivo: Criar cartazes informativos sobre o preconceito linguístico.
Descrição: Produzir cartazes para expor na escola.
Materiais: Papel, canetas, tintas e outros materiais de desenho.
Instruções: Cada grupo apresentará seu cartaz e explicará seu conteúdo.

Atividade 10: Exposição e Feedback
Objetivo: Apresentar os cartazes para a escola e receber feedback.
Descrição: A exposição será aberta à comunidade escolar.
Materiais: Recursos audiovisuais para apresentação, se necessário.
Instruções: Estabelecer um espaço para a apresentação e interação com o público.

Discussão em Grupo:

Ao final das atividades, os estudantes deverão compartilhar suas percepções e debater as seguintes questões:
– Como você se sentiu ao levar suas ideias sobre preconceito linguístico para a turma?
– Você já foi vítima ou testemunha de preconceito linguístico? Como lidou com a situação?
– O que você aprendeu sobre a diversidade da língua portuguesa e outras línguas que fazem parte de nossa cultura?

Perguntas:

– O que é preconceito linguístico?
– Quais são os tipos de preconceito que você já presenciou?
– Como podemos combatê-lo?
– Que papel a escola exerce na promoção da diversidade linguística?

Avaliação:

A avaliação ocorrerá de forma contínua, considerando a participação dos alunos nas discussões, a qualidade das produções textuais, a criatividade nas dramatizações e a capacidade de refletir sobre superficialidades do preconceito linguístico. Além disso, os alunos deverão ser incentivados a autoavaliar-se e a avaliar seus colegas com um foco em respeito e aprendizado.

Encerramento:

Para encerrar, promover uma roda de conversa onde cada aluno poderá compartilhar o que aprendeu e o que será levado para sua vida fora da escola. O professor poderá fazer um resumo dos principais tópicos abordados e destacar a importância da inclusão e do respeito à diversidade linguística.

Dicas:

– Integre a discussão sobre preconceito linguístico com outros assuntos, como preconceito racial e de gênero.
– Utilize a tecnologia como aliada; por exemplo, explorar podcasts ou vídeos que abordem o tema de forma acessível.
– Esteja sempre atento para garantir que cada aluno tenha a oportunidade de se expressar, criando um ambiente seguro para discussões sensíveis.

Texto sobre o tema:

O preconceito linguístico é uma questão que incide sobre a própria identidade de indivíduos e grupos. Frequentemente, as pessoas podem ser julgadas e discriminadas com base na forma como falam, o que reflete uma sociedade que valoriza certas normas linguísticas em detrimento de outras. Tal preconceito pode surgir pela crença de que algumas variações da língua, como o português falado em diferentes regiões do Brasil, são inferiores.

No Brasil, a diversidade cultural nas diversas regiões resulta em diferentes formas de falar a língua portuguesa. Isso inclui o uso de expressões idiomáticas, sotaques e acentos que variam significativamente entre os estados e até dentro deles. Esses modos de falar não são apenas variações linguísticas; são igualmente expressões de identidade e pertencimento. Contudo, o preconceito linguístico pode levar à marginalização de determinadas falas, criando estigmas e rótulos que impactam a autoimagem e a autoestima das pessoas.

É de extrema importância educar sobre preconceito linguístico desde cedo, em especial nas escolas. Os jovens aprendem a valorizar a diversidade e a empatia em relação ao outro, tornando-se mais abertos e respeitosos durante suas interações. Discutir e refletir sobre a linguagem ajuda a formar cidadãos críticos e conscientes de sua identidade e da identidade alheia, levando a uma sociedade mais justa e inclusiva. Assim, trabalhar o tema do preconceito linguístico não é apenas importante para a formação acadêmica dos alunos, mas também para a construção de um mundo mais respeitoso e solidário onde a diversidade é celebrada.

Desdobramentos do plano:

O estudo do preconceito linguístico pode levar a várias vertentes de discussão e aprendizado nas aulas de português e outras áreas do conhecimento. Além de fomentar debates sobre linguagem, pode-se estabelecer conexões com a sociologia, analisando como a linguagem reflete e perpetua desigualdades sociais. Igualmente, pode-se realizar projetos interdisciplinares, envolvendo as disciplinas de História e Geografia, enfocando as culturas que contribuem para a diversidade linguística e as histórias de resistência das populações que falam essas variantes. Ao articular o preconceito linguístico com questões sociais mais amplas, os alunos entenderão que a linguagem não é um mero instrumento de comunicação, mas um elemento central da experiência humana.

Além disso, o plano pode ser desdobrado para ações que extrapolam a sala de aula, como campanhas na escola que promovam a diversidade cultural e linguística. Um exemplo seria a criação de um mural onde a comunidade escolar possa compartilhar expressões típicas de suas regiões e culturas. Isso não só enriquece o conhecimento linguístico, mas também reforça os laços comunitários. As atividades propostas proporcionarão aos alunos a oportunidade de se tornarem defensores da diversidade linguística, sensibilizando a comunidade sobre a importância de respeitar e valorizar as diferenças.

Outro desdobramento seria a aplicação de pesquisas que explorem o preconceito linguístico em mídias digitais, como em redes sociais e blogs. Essa passou a ser uma linguagem amplamente utilizada entre os jovens, e discutir sobre como o preconceito se expressa nesse espaço é de vital importância. Os alunos poderiam trazer exemplos de situações que vivenciaram ou observaram para a discussão em sala, resultando em uma aprendizagem significativa e contextualizada.

Por fim, o desenvolvimento de habilidades de escrita e argumentação através da produção de textos sobre preconceito linguístico propiciará ao aluno uma formação mais crítica e consciente. Isso pode ter tanto uma refletividade pessoal, na capacidade de se autoconhecer e de desenvolver um olhar atento às suas próprias formas de falar, quanto a um engajamento cidadão no que diz respeito à luta contra a intolerância e a favor da diversidade.

Orientações finais sobre o plano:

As orientações finais para o plano de aula sobre preconceito linguístico incluem a necessidade de um acompanhamento contínuo e sensível do professor em relação às dinâmicas de sala. É essencial criar um ambiente seguro onde todos os alunos sintam-se confortáveis para expressar suas opiniões e experiências sem medo de julgamento. Promover a escuta ativa

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