“Plano de Aula: Combatendo Fake News no 9º Ano do Ensino Fundamental”
Este plano de aula tem como objetivo desenvolver uma aula prática e dinâmica para alunos do 9º ano do Ensino Fundamental 2. Essa abordagem prática é fundamental para permitir que os alunos se envolvam ativamente no processo de aprendizado, promovendo discussões críticas e reflexões sobre a importância da informação, a verificação de fatos e o combate às notícias falsas. Ao trabalhar com esses temas, a aula se alinha com as diretrizes da BNCC, preparando os alunos não apenas para o domínio do conteúdo, mas também para a formação de cidadãos mais críticos e conscientes.
A aula está estruturada para durar 50 minutos, permitindo um fluxo dinâmico e a mobilização de diferentes habilidades e conhecimentos dos estudantes. Utilizando práticas de verificação de informação como ponto central, a aula proporcionará uma experiência enriquecedora que pode ser estendida a várias disciplinas, como Português, História e Educação Física.
Tema: Verificação de Fatos e Combate às Fake News
Duração: 50 min
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 9º Ano
Faixa Etária: 15 à 16 anos
Objetivo Geral:
Promover uma discussão crítica sobre a disseminação de informações nas redes sociais, focando na análise e verificação de fatos, para que os alunos se tornem mais conscientes e responsáveis em suas interações digitais.
Objetivos Específicos:
1. Desenvolver habilidades de análise crítica a partir da verificação de notícias.
2. Promover o debate sobre a importância da fidedignidade na informação.
3. Criar um espaço para que os alunos exponham opiniões fundamentadas sobre notícias.
Habilidades BNCC:
– (EF09LP01) Analisar o fenômeno da disseminação de notícias falsas nas redes sociais e desenvolver estratégias para reconhecê-las, a partir da verificação/avaliação do veículo, fonte, data e local da publicação, autoria, URL, da análise da formatação, da comparação de diferentes fontes.
– (EF89LP03) Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção dado, assumindo posição diante de tema polêmico, argumentando de acordo com a estrutura própria desse tipo de texto.
Materiais Necessários:
– Acesso à internet (dispositivos como lousas digitais, celulares ou computadores).
– Impressões de notícias (falsas e verdadeiras) para estudo.
– Quadro ou flipchart para anotações.
– Recursos audiovisuais (opcional) para apresentação de vídeos ou infográficos.
Situações Problema:
1. Os alunos verão diferentes notícias (algumas verdadeiras, outras falsas) e discutirão como perceber falhas na veracidade das informações.
2. Utilizarão sites de verificação de fatos para desmascarar informações enganosas.
Contextualização:
A disseminação de notícias falsas tem crescido exponencialmente, especialmente nas redes sociais, onde a rapidez da informação pode dificultar a checagem da verdade. Essa realidade exige que os adolescentes desenvolvam habilidades críticas que os ajudem a navegar nesse mar de dados, promovendo a formação de uma opinião embasada e consciente.
Desenvolvimento:
O professor iniciará a aula apresentando o tema e sua importância contextual, explicando que a proposta é desenvolver a habilidade de discernir informações verdadeiras de falsas. Após uma breve apresentação, os alunos serão divididos em grupos e receberão diferentes notícias para análise. Cada grupo discutirá a veracidade da informação, argumentando a partir de evidências.
Ao final, um representante de cada grupo apresentará suas conclusões, seguidas de um debate em sala. O professor poderá intervir para reforçar pontos importantes e corrigir erros de percepção, fornecendo feedback formativo.
Atividades sugeridas:
1. Análise de notícias (1º Dia – 50 min):
– Objetivo: Identificar e discutir as características de notícias verdadeiras e falsas.
– Descrição: Dividir a turma em grupos e fornecer a cada grupo 3 a 5 notícias, sendo 2 verdadeiras e 2 falsas. Os alunos devem apresentar os critérios que utilizaram para chegar a suas conclusões.
– Materiais: Impressões de notícias; acesso à internet.
– Adaptação: Para alunos com dificuldades de leitura, pode-se fornecer uma lista com vídeos que resumam as notícias.
2. Criação de infográficos (2º Dia – 50 min):
– Objetivo: Criar um infográfico sobre como identificar uma fake news.
– Descrição: Usando os dados discutidos no dia anterior, cada grupo deve criar um infográfico que explique como eles diferenciaram as informações verdadeiras das falsas.
– Materiais: Software de design gráfico ou ferramentas online.
– Adaptação: Alunos com dificuldades podem desenhar manualmente e depois digitalizar o trabalho.
3. Debate (3º Dia – 50 min):
– Objetivo: Promover um debate sobre a responsabilidade dos jovens na divulgação de informações.
– Descrição: Selecionar um tema polêmico relacionado a notícias da atualidade e organizar um debate. Os alunos devem usar argumentos baseados nas análises feitas nos dias anteriores.
– Materiais: Quadro para anotações.
– Adaptação: Os alunos podem ser divididos em grupos menores para garantir que todos tenham a chance de falar.
4. Produção de artigos de opinião (4º Dia – 50 min):
– Objetivo: Escrever um artigo de opinião sobre a importância da verificação de informações.
– Descrição: Cada aluno deve escrever um breve artigo com base nas discussões do debate anterior, utilizando os argumentos coletados.
– Materiais: Laptops ou cadernos.
– Adaptação: Para alunos com dificuldade em redação, criar um esquema com perguntas orientadoras pode ajudar na construção do texto.
5. Apresentação final (5º Dia – 50 min):
– Objetivo: Apresentar os trabalhos produzidos (infográficos e artigos) para a turma.
– Descrição: Cada grupo deverá apresentar seus infográficos e ler seus artigos, promovendo uma discussão final sobre o que aprenderam durante a semana.
– Materiais: Quadro; projetor (opcional).
– Adaptação: Incentivar alunos mais introvertidos a usar materiais visuais que ajudem a a expressar suas ideias.
Discussão em Grupo:
Após as apresentações, um espaço será aberto para que as ideias sejam discutidas em conjunto. Perguntas como “Quais critérios são mais eficazes na identificação de fake news?” ou “Como podemos aplicar o que aprendemos em nosso cotidiano?” podem ser levantadas para fomentar a participação dos alunos.
Perguntas:
1. O que torna uma informação confiável?
2. Qual a importância de checar a fonte de uma notícia antes de compartilhar?
3. Como as redes sociais podem influenciar a disseminação de informações erradas?
Avaliação:
A avaliação será contínua e realizada através da observação do professor durante as discussões em grupo, análise dos trabalhos escritos e a participação em debates. Fatores como a clareza dos argumentos e a capacidade de ouvir e respeitar opiniões alheias também serão considerados.
Encerramento:
No final da aula, o professor irá resumir os principais pontos discutidos, reforçando a importância da verificação de informações e a responsabilidade que cada um tem ao compartilhar conteúdos, enfatizando que o conhecimento é uma ferramenta poderosa na luta contra as fake news.
Dicas:
1. Incentivar sempre a pesquisa de múltiplas fontes para reforçar a confiança nas informações.
2. Usar atualidades do dia a dia para fazer conexões com as discussões do conteúdo.
3. Incorporar atividades lúdicas, como jogos e quizzes, para tornar o aprendizado mais dinâmico.
Texto sobre o tema:
A disseminação de notícias falsas na era digital se tornou um fenômeno alarmante e preocupante. Nos últimos anos, o aumento do acesso à internet e a popularização das redes sociais facilitaram a propagação de informações que, muitas vezes, não possuem veracidade. Essa situação exige que, particularmente os jovens, desenvolvam habilidades críticas e analíticas para discernir entre o que é verdade e o que é mentira. Isso não se trata apenas de uma questão de estar bem informado, mas de participar ativamente da construção de uma sociedade mais consciente e responsável.
As consequências da falta de checagem de informações são graves. A propagação de informações enganosas pode servir para espalhar desinformação, gerar pânico social, e até influenciar decisões políticas e sociais. É crucial, portanto, que os educadores enfatizem a importância da verificação de fatos e que os alunos sejam dotados de ferramentas que os ajudem a identificar essas news. A prática de análise crítica deve ser incentivada nas escolas, e os alunos devem ser estimulados a questionar e a se posicionar de forma assertiva, fundamentando seus argumentos através da pesquisa e da evidência.
A educação, nesse sentido, desempenha um papel fundamental. Capacitar os alunos para que sejamm mais céticos e críticos em relação às informações que consomem é garantir que eles não sejam meramente receptores de dados, mas se tornem atuantes na luta contra a desinformação. Além disso, o desenvolvimento de competências pode ajudá-los a contribuir positivamente em discussões sociais, preparando-os para a cidadania ativa e responsável em um mundo cada vez mais digitalizado.
Desdobramentos do plano:
O plano de aula tem potencial para ser expandido de diversas maneiras, permitindo que os alunos se aprofunde em diferentes áreas do conhecimento, como História e Geografia. Ao analisar a história da desinformação ao longo dos tempos, os alunos podem perceber que esse não é um fenômeno recente e que sempre existiram maneiras de manipular a informação. Essa percepção histórica pode levar a discussões ricas sobre o papel da mídia e das instituições na formação da opinião pública.
Além disso, os alunos poderiam ser convidados a explorar o impacto que a desinformação tem em diversas esferas da vida, incluindo política, saúde e meio ambiente. Situações concretas em que a desinformação provocou crises, como as fake news relacionadas a vacinas ou questões ambientais, poderiam servir como estudos de caso. Isso os ajudaria a compreender a interconexão entre as informações falsas e a realidade que as pessoas enfrentam em diversos contextos, solidificando ainda mais a importância da checagem de fatos.
Finalmente, projetos de extensão podem ser implementados, envolvendo a comunidade escolar na promoção de campanhas de conscientização sobre verificação de informações. Ao levar a mensagem para fora da sala de aula, os alunos terão a oportunidade de aplicar suas habilidades e conhecimentos em um contexto real, reforçando o aprendizado e se tornando agentes de transformação em suas comunidades.
Orientações finais sobre o plano:
Este plano de aula tem como escopo não só ensinar os alunos a identificar notícias falsas, mas também incentivá-los a se tornarem cidadãos informados e críticos. Comprometer-se com uma prática pedagógica que valorize a reflexão e a análise crítica é essencial na formação de indivíduos que possam contribuir para uma sociedade mais justa e responsável.
A avaliação contínua e formativa oferece oportunidade para que educadores ajustem suas abordagens, garantindo que cada aluno seja apoiado de acordo com suas necessidades e inspirações. Encorajar a diversidade de opiniões e respeitar as contribuições individuais cria um ambiente colaborativo que favorece o aprendizado e o desenvolvimento humano.
Por fim, a realização de atividades práticas, dinâmicas e lúdicas ao longo do plano permitirá que os alunos se envolvam de forma mais significativa com o conteúdo, promovendo um aprendizado mais rico e prazeroso.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Jogo de Verdade ou Mentira: Propor um jogo onde os alunos devem decidir se a afirmação é verdadeira ou falsa. O professor pode criar cartões com afirmações sobre fatos históricos, científicos ou culturais. Essa atividade ajuda a exercitar o discernimento sobre o que é verdade ou não, de maneira divertida e interativa.
2. Criação de uma Campanha de Conscientização: Os alunos podem criar uma campanha (pode incluir cartazes, posts para redes sociais ou vídeos) sobre a importância da verificação de dados. Trabalhar em grupos aumenta a interação e permite que os alunos compartilhem ideias criativas enquanto se apropriam do conteúdo.
3. Teatro de Fantoches: Os alunos podem criar uma peça curta com fantoches em que um dos personagens espalha notícias falsas. Outro personagem deve usar argumentos para desmascarar essas mentiras. Esta atividade interativa estimula a criatividade e a colaboração.
4. Caça ao Tesouro Digital: Propor uma atividade onde os alunos devem procurar informações verdadeiras e falsas em diferentes sites. Os alunos podem trabalhar em grupos e coletar dados sobre um tema específico, aprendendo a distinguir fontes confiáveis de não confiáveis.
5. Vídeo Faça você mesmo: Os alunos podem criar um vídeo explicando como identificar um boato ou fake news. Isso aumenta a consciência da questão e também fornece a eles uma ferramenta que podem usar nos seus dispositivos digitais, promovendo a discussão sobre suas experiências pessoais com desinformação.
A elaboração deste plano visa proporcionar uma experiência rica e significativa para os alunos, contribuindo para que se tornem cidadãos preparados e conscientes da realidade social em que estão inseridos.