“Plano de Aula: Celebrando o Dia dos Povos Originários com Bebês”
A proposta deste plano de aula é introduzir os *bebês* ao tema do Dia dos Povos Originários, celebrando a diversidade cultural e promovendo uma experiência sensorial por meio da arte e da interação. Através da atividade de confecção com carimbo de mão e pintura, as crianças serão estimuladas a expressar suas emoções e a desenvolver a percepção sobre suas ações e a relação com o ambiente que as cerca.
Os bebês, entre 1 e 2 anos, são naturalmente curiosos e aprendem a explorar o mundo ao seu redor através de experiências táteis e visuais. Este plano visa aproveitar essa fase de descobertas, utilizando o corpo como ferramenta de aprendizado e comunicação, respeitando as necessidades de cada criança e garantindo um espaço acolhedor e seguro para a realização de atividades.
Tema: Dia dos Povos Originários
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 1 a 2 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar uma experiência artística e sensorial que explore a diversidade cultural dos povos originários, estimulando a percepção, interação e expressão das crianças através de atividades de carimbo de mão e pintura.
Objetivos Específicos:
1. Estimular a *percepção* das crianças sobre suas ações e suas repercussões no ambiente social.
2. Promover a *interação* entre os bebês e adultos durante a atividade artística.
3. Desenvolver a *expressão corporal* e visual através do uso das mãos como forma de arte.
4. Fomentar a *exploração* tátil e visual de materiais, cores e texturas.
Habilidades BNCC:
– (EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
– (EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos e brinquedos.
– (EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
– (EI01TS02) Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, usando instrumentos riscantes e tintas.
– (EI01ET01) Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).
Materiais Necessários:
– Tintas atóxicas (nas cores usadas tradicionalmente por povos originários)
– Papel kraft ou cartolina grande
– Pincéis de diferentes tamanhos
– Pratos descartáveis para mistura de tintas
– Acessórios como aventais para proteger as roupas das crianças
– Álcool gel para higienização
– Panos ou toalhas para limpeza das mãos
Situações Problema:
– Como as cores se misturam quando tocamos nas diferentes tintas?
– O que acontece quando usamos a mão para carimbar no papel?
Contextualização:
O Dia dos Povos Originários é uma data que simboliza a valorização da cultura e das tradições dos povos nativos do Brasil. Esta aula foi pensada para que os bebês se familiarizem com essa temática de forma lúdica e sensorial. Ao utilizar as mãos para criar arte, eles não apenas se conectam com a cultura, mas também exploram suas habilidades motoras e a noção de coletivo ao compartilhar a atividade entre si e com os educadores.
Desenvolvimento:
1. Acolhida: Receber as crianças com uma canção suave que remeta à natureza e à origem dos povos, estimulando a atenção e despertando o interesse.
2. Apresentação do Tema: Breve explicação sobre o Dia dos Povos Originários, utilizando imagens e elementos visuais que representem a cultura indígena.
3. Atividade de Carimbo de Mão: Ao longo da atividade, os educadores devem auxiliar as crianças a mergulharem as mãos nas tintas e carimbar no papel.
4. Exploração Livre: Após a atividade de carimbo, as crianças podem usar pincéis para explorar as cores livremente, criando um mural conjunto.
5. Higienização: Finalizar a atividade com um momento de limpeza, ensinando a importância da higiene após brincar.
Atividades sugeridas:
Ao longo de uma semana, propõe-se um esquema de atividades que pode ser organizado da seguinte forma:
Dia 1: Acolhida e Apresentação
– Objetivo: Introduzir o tema e envolvê-los musicalmente.
– Descrição: Cantar uma canção sobre a natureza.
– Instruções: Criar um momento calmo, respeitando os ritmos e as reações dos bebês.
Dia 2: Carimbo de Mão – Parte 1
– Objetivo: Iniciar a confecção artística.
– Descrição: Mergulhar as mãos nas tintas e deixá-las carimbadas no papel kraft.
– Instruções: Acompanhamento individual para cada bebê, promovendo um ambiente seguro.
Dia 3: Carimbo de Mão – Parte 2
– Objetivo: Continuar a atividade de pintura e estimular o coletivo.
– Descrição: Incentivar as crianças a se ajudarem a carimbar e a se comunicarem.
– Instruções: Cada criança deve expressar suas cores preferidas.
Dia 4: Exploração dos Materiais
– Objetivo: Ampliar a vivência sensorial.
– Descrição: Exploração de diferentes texturas e cores.
– Instruções: Promover um ambiente onde os bebês possam explorar materiais além das tintas, como papel de seda que também pode ser colado.
Dia 5: Montagem do Mural
– Objetivo: Montar um mural coletivo com as produções da semana.
– Descrição: Juntar todos os trabalhos realizados em uma parede da sala.
– Instruções: Criar um momento de apreciação e celebração do trabalho em grupo.
Discussão em Grupo:
Após as atividades, promover um momento de discussão em grupo onde as crianças possam expressar o que sentiram e como foi a experiência de criar com as mãos.
Perguntas:
– O que você sentiu quando colocou a mão na tinta?
– Quais cores você mais gostou de ver?
– Como você se sentiu ao carimbar no papel?
Avaliação:
A avaliação será contínua, observando a interação e participação dos bebês nas atividades. A habilidade de comunicação e a expressão através do movimento e da pintura serão analisadas.
Encerramento:
Finalize a aula com um momento de dança ou música que remeta às tradições indígenas, promovendo uma sensação de alegria e celebração.
Dicas:
– Utilize *tintas atóxicas* para garantir a segurança das crianças.
– Manter o espaço sempre limpo e organizado para evitar qualquer acidente.
– Lembre-se de oferecer carinho e atenção a cada bebê, respeitando seu tempo e seu desenvolvimento individual.
Texto sobre o tema:
O Dia dos Povos Originários é um momento importante para refletir sobre a riqueza e a diversidade cultural dos povos nativos do Brasil. É um dia em que se comemora a resistência, a forma única de ver o mundo e as contribuições inestimáveis que esses povos trazem para a sociedade. Em um país tão diverso como o Brasil, é fundamental que as crianças dessa geração aprendam desde cedo a respeitar e valorizar as diversas culturas que compõem nossa identidade nacional. Através da arte e da exploração, podemos alcançar em nossas aulas o entendimento da tradição, da espiritualidade e do amor à natureza que permeia as culturas indígenas.
Crianças, desde bebês, já manifestam suas preferências e percepções sobre o mundo. O contato com as cores, formas e texturas através da pintura não é apenas uma atividade lúdica, mas também uma forma delas se expressarem e interagirem, construindo suas próprias narrativas e compreendendo sua formação cultural. Além disso, desenvolver atividades artísticas em grupo favorece a construção de laços afetivos e a percepção do outro, características fundamentais para o aprendizado social das crianças e para seu desenvolvimento emocional.
A incorporação de temáticas culturais no ambiente educacional, especialmente voltadas para os povos originários, transforma-se num modo de educação libertadora. É nesse espaço que cada bebê é incentivado a descobrir suas próprias alegações de identidade, respeitando e admirando as diferenças que cercam a sociedade. Por meio do brincar e do aprender, as crianças crescerão com uma visão mais ampla do mundo, onde a diversidade é celebrada e respeitada.
Desdobramentos do plano:
O plano apresentado pode ser expandido para outras atividades que incluam contação de histórias sobre as tradições indígenas, permitindo que as crianças também conheçam a rica filosofia de vida e a conexão com a natureza. A leitura de histórias com ilustrações que remetam à cultura indígena pode ser um complemento valioso, possibilitando que os bebês experimentem a escuta e desenvolvam o interesse pela arte literária desde cedo.
Além disso, pode-se realizar uma exposição do mural criado pelas crianças, convidando os pais e outros membros da comunidade escolar para apreciar as produções artísticas dos pequenos. Essa ação amplia o papel da escola como um espaço de troca cultural e valorização da diversidade, ajudando os pais a entender a importância de se promover a identidade e a cultura national entre os seus próprios filhos. Isso também possibilita uma maior aproximação entre a escola e a família, o que é essencial para o desenvolvimento integral da criança.
Por fim, reforçar a ligação entre a arte e a educação promove uma reflexão ampla sobre como os métodos de ensino podem e devem ser adaptados à realidade cultural dos alunos. O envolvimento em atividades que explorem diferentes culturas, principalmente as de povos originários, não só enriquece o conhecimento dos alunos, como também fomenta uma sociedade mais respeitosa e inclusiva no futuro.
Orientações finais sobre o plano:
É fundamental que o educador esteja atento às reações e respostas de cada criança durante as atividades. O planejamento deve ser flexível para atendê-las em suas necessidades individuais, e a melhora e o desenvolvimento de suas habilidades motoras, emocionais e sociais devem ser constantemente observados. Adaptar as atividades para respeitar o ritmo de cada bebê é essencial para um aprendizado efetivo e significativo.
Envolver as famílias no processo educativo também é um aspecto positivo que deve ser incentivado. Durante o desenvolvimento das atividades, os educadores podem convidar os pais a participarem, propiciando momentos de interação entre família e escola, com benefícios diretos para o processo de aprendizagem. Compartilhar as produções e o conhecimento cultural adquirido nas aulas pode ser uma forma de fortalecer não apenas o vínculo com os alunos, mas também com suas famílias.
Por último, o educador pode lembrar que o respeito às diferenças, a valorização das culturas e o aprendizado da empatia são pilares que serão construídos ao longo de toda a vida da criança. O Dia dos Povos Originários, portanto, não deve ser apenas uma atividade prática, mas um convite à reflexão e à transformação no modo como as crianças enxergam o mundo ao seu redor.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Brincadeira de Sons da Natureza: Utilize instrumentos musicais simples, como tambores e chocalhos, e convide as crianças a imitar sons de animais da floresta, criando um ambiente de descoberta e respeito à vida. O objetivo é explorar as músicas e ritmos das tribos indígenas.
2. Pintura Coletiva: Promover um rodízio de estações de pintura onde cada criança pode experimentar diferentes técnicas e texturas, como pintar com os pés ou com esponjas, ampliando o entendimento sobre as cores e formas.
3. Histórias e Lendas Indígenas: Contar histórias curtas que falem sobre a natureza e os elementos da cultura indígena, utilizando fantoches ou bonecos, instigando a imaginação e o amor pelos contos da natureza.
4. Construindo um Índio de Papel: Criação de fantoches com papel e outros materiais, permitindo que as crianças expressem suas visões dos povos originários, através de figurinos e expressões artísticas, mesclando o lúdico e o aprendizado.
5. Caminhada Ecológica: Planejar um passeios curto e seguro ao ar livre onde as crianças possam explorar o ambiente natural. Utilize este momento para falar sobre a apreciação da natureza, enfatizando a relação dos povos originários com a terra.
Estas sugestões buscam garantir que os bebês não apenas aprendam sobre o Dia dos Povos Originários, mas também desenvolvam habilidades práticas e emocionais pela arte e pela atividade em grupo, fortalecendo laços afetivos e promovendo um aprender em contato com a natureza.