Plano de Aula: BRINCADEIRA QUE DESENVOLVA A COORDENAÇÃO MOUTORA (Educação Infantil) – Criancas pequenas

O presente plano de aula tem como foco principal o desenvolvimento da coordenação motora em crianças pequenas, abordando estratégias lúdicas que estimulem não apenas as habilidades motoras, mas também o raciocínio lógico. A ideia é tornar as atividades dinâmicas e contextuais, permitindo que as crianças explorem seus corpos e suas potencialidades através de brincadeiras que promovem o aprendizado significativo. A metodologia aplicada busca integrar o movimento e a reflexão, proporcionando um ambiente rico em aprendizagens que se conectam aos seus cotidianos.

Neste sentido, as atividades planejadas são voltadas para crianças de 2 a 3 anos, dentro do campo de experiências que abrange as vivências motoras e as interações sociais. Serão três brincadeiras que possibilitarão às crianças desenvolverem não apenas a coordenação e a percepção, mas também o entendimento lógico através da interação e da exploração. Assim, estaremos promovendo um aprendizado que se articula com as habilidades essenciais da BNCC.

Tema: Brincadeira que Desenvolva a Coordenação Motora
Duração: 40 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 2 a 3 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar atividades lúdicas que desenvolvam a coordenação motora e o raciocínio lógico das crianças, promovendo interações sociais e a valorização do potencial de cada um.

Objetivos Específicos:

1. Desenvolver a coordenação motora fina e grossa através de brincadeiras.
2. Estimular o raciocínio lógico através da resolução de desafios propostos nas atividades.
3. Promover a interação e cooperação entre as crianças durante as brincadeiras.
4. Valorizar as conquistas individuais e coletivas, fomentando a autoestima.

Habilidades BNCC:

– (EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos.
– (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções.

Materiais Necessários:

– Bolas de diferentes tamanhos.
– Cones ou objetos que delimitem espaços.
– Fitas adesivas coloridas.
– Caixas de papelão ou outros objetos que possam ser empilhados.
– Folhas de papel e lápis de cera.

Situações Problema:

Como podemos mover objetos de um lugar para outro? Quais formas diferentes podemos usar para jogar a bola? Como podemos brincar juntos e ajudar uns aos outros nas atividades?

Contextualização:

As crianças pequenas, nessa faixa etária, estão em uma fase crucial de desenvolvimento, onde a exploração do corpo e a interação com o ambiente são fundamentais. As atividades propostas serão realizadas em um ambiente seguro e estimulante, permitindo que as crianças se sintam à vontade para experimentar e descobrir novas formas de brincar e aprender. A cada atividade, os educadores devem observar e incentivar a participação ativa das crianças, valorizando suas tentativas e êxitos.

Desenvolvimento:

As atividades serão distribuídas em três momentos distintos, cada um com foco em uma proposta de brincadeira que desenvolve tanto a coordenação motora quanto o raciocínio lógico.

1. Brincadeira da Bola
Objetivo: Desenvolver a coordenação motora grossa.
Descrição: Organize um espaço livre, onde as crianças possam rolar, chutar ou passar a bola entre si.
Instruções: Divida as crianças em grupos, explique que elas devem passá-la ou chutá-la para os amigos, realizando diferentes movimentos. Os educadores devem incentivar a troca de comando na brincadeira, onde uma criança pode ser responsável por controlar a bola.

2. Caminhada do Labirinto
Objetivo: Estimular o raciocínio lógico e a coordenação motora.
Descrição: Com fita adesiva, crie um labirinto simples no chão.
Instruções: As crianças devem seguir o caminho sem sair da linha, podendo andar, correr ou engatinhar, dependendo do que for mais confortável para cada uma. Os educadores podem fazer perguntas lógicas sobre qual caminho tomar, incentivando-as a decidir.

3. Construindo Torres
Objetivo: Desenvolver a coordenação motora fina.
Descrição: Utilize caixas de papelão ou outros objetos empilháveis.
Instruções: As crianças devem trabalhar em grupos para construir a torre mais alta possível. Durante a atividade, incentive a cooperação e o compartilhamento de ideias entre elas.

Atividades sugeridas:

1. Bolinhos na Areia (40 minutos)
Objetivo: Explorar a coordenação e a criatividade.
Descrição: Em um ambiente ao ar livre, monte uma mesa com areia e forneça diferentes utensílios.
Instruções: As crianças poderão modelar bolinhos, explorando a textura da areia.

2. Dança das Cores (40 minutos)
Objetivo: Integrar movimento e cores.
Descrição: Coloque diferentes folhas de papel colorido pelo espaço.
Instruções: Quando a música tocar, as crianças devem dançar livremente. Quando parar a música, elas devem rapidamente encontrar e se posicionar ao lado de uma cor, estimulando a coordenação e a percepção.

3. Desenho Coletivo (40 minutos)
Objetivo: Estimular a expressão e a colaboração.
Descrição: Usar uma folha grande de papel e lápis de cera.
Instruções: As crianças, em grupos, devem desenhar livremente, e o educador vai provocando discussões sobre o que estão criando em conjunto.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, reúna as crianças para refletir sobre as experiências vividas. O educador pode destacar o que observou em relação à interação das crianças, às suas habilidades motoras e ao desenvolvimento de estratégias colaborativas.

Perguntas:

1. O que vocês sentiram ao brincar com a bola?
2. Como vocês escolheram os caminhos do labirinto?
3. Como foi trabalhar em grupo para construir a torre?

Avaliação:

A avaliação deve ser contínua e observacional, levando em conta a participação, a colaboração e o engajamento das crianças nas atividades propostas. O educador deve registrar conquistas e dificuldades, proporcionando feedback positivo para estimular a autoestima.

Encerramento:

Completar a atividade com uma roda de conversa final, onde as crianças possam compartilhar suas experiências e aprendizagens. Esse momento é importante para fechar o dia de forma significativa, reforçando os laços de amizade e respeito entre elas.

Dicas:

1. Crie um ambiente seguro e acolhedor, sem itens que possam prejudicar a segurança das crianças.
2. Mantenha a comunicação clara e amigável, usando uma linguagem simples e direta para que as crianças compreendam as instruções.
3. Valorize os momentos de interação, promovendo a empatia e o respeito entre os alunos.

Texto sobre o tema:

A coordenação motora desempenha um papel essencial no desenvolvimento infantil, especialmente durante os primeiros anos de vida. Nessa fase, as crianças estão em constante exploração e descoberta de seus corpos, e as brincadeiras são as ferramentas mais poderosas para essa aprendizagem. Através das diversas formas de movimento, elas não apenas aperfeiçoam suas habilidades motoras, mas também desenvolvem um entendimento mais amplo do mundo ao seu redor. É fundamental que os educadores utilizem brincadeiras lúdicas que integrem movimento e raciocínio lógico, promovendo um ambiente de aprendizado ativo e participativo. Brincar não é apenas uma atividade recreativa; é uma maneira de aprender sobre si mesmas, sobre os relacionamentos e sobre como interagir com os outros.

Atividades como a “Caminhada do Labirinto” ou a “Dança das Cores” são exemplos que não apenas instigam o movimento, mas também proporcionam um contexto para que as crianças desenvolvam o raciocínio lógico ao tomarem decisões e resolverem desafios. O ato de brincar em grupo também permite que as crianças desenvolvam habilidades sociais essenciais, como a empatia e a cooperação. Assim, por meio da brincadeira, elas constroem vínculos afetivos, aprendem a lidar com as emoções e a expressar-se de forma clara e respeitosa.

Outro aspecto a ser considerado é a importância de valorizar as conquistas das crianças durante as atividades. Ao proporcionar um ambiente em que seus esforços sejam reconhecidos, o educador não apenas promove a autoestima, mas também incentiva uma atitude positiva em relação ao aprendizado. É importante que as crianças sintam que suas tentativas, independentemente do sucesso, são válidas e apreciadas. Assim, o desafio se torna uma oportunidade de crescimento e aprendizado em conjunto.

Desdobramentos do plano:

A partir do plano de aula, é possível explorar uma série de desdobramentos que podem envolver diferentes áreas do conhecimento. Por exemplo, a integração de atividades artísticas pode ser uma forma de ampliar as vivências motoras, promovendo também a criatividade. As crianças podem ser incentivadas a ilustrar as brincadeiras que realizaram, criando uma relação íntima entre as experiências físicas e a expressão artística. Isso ajuda a conectar as emoções que vivenciaram ao movimento, propiciando uma reflexão rica sobre o que significa brincar e o que sentem ao fazer isso.

Além disso, o plano pode ser expandido para incluir temas variados, como a cultura do movimento. Educar as crianças sobre danças e brincadeiras de diferentes culturas pode estimular não apenas a curiosidade, mas também o respeito pela diversidade. Assim, elas podem explorar como diferentes grupos sociais se expressam corporalmente, aprendendo a valorizar a singularidade e as histórias que cada cultura traz. Essa abordagem multidimensional é essencial na construção de uma educação inclusiva e diversificada desde os primeiros anos de vida.

Por fim, os educadores podem aproveitar as atividades de coordenação não apenas como um fim em si, mas como um meio de abordar conceitos matemáticos básicos. Por exemplo, ao empilhar caixas, as crianças podem ser desafiadas a contar quantas conseguiram colocar sem cair, estimulando o raciocínio lógico de forma lúdica. Essa conexão entre a atividade motora e o entendimento de conceitos mais amplos prepara as crianças para um aprendizado contínuo e interligado.

Orientações finais sobre o plano:

Concluindo o plano de aula, é fundamental lembrar que a finalidade principal é fornecer um espaço seguro e acolhedor para que as crianças possam se desenvolver de forma integral. O educador deve estar sempre atento às necessidades individuais, adaptando as atividades para que todos consigam participar. A adaptação faz parte do jogo, e estar ciente das individualidades das crianças garantirá que todos se sintam incluídos. Ao permitir que cada criança encontre sua maneira de participar, o processo de aprendizagem se fortalece.

Além disso, as interações sociais são uma peça chave que não pode ser subestimada. O professor que atua como mediador, incentivando o diálogo e a colaboração entre as crianças, cria um ambiente propício para que as habilidades sociais se desenvolvam. As brincadeiras são o meio através do qual essa comunicação acontece, e as conquistas de cada um, celebradas em coletivo, cimentam o aprendizado e a relação entre os alunos. A vivência em grupo ensina muito sobre o respeito, a paciência e a empatia, valores que são fundamentais para a formação de cidadãos conscientes.

Por último, ao longo da execução do plano, a reflexão sobre a própria prática também é crucial. Ao final de cada atividade, o educador deve registrar suas observações e reflexões sobre o desempenho das crianças, o que funcionou, o que poderia ser melhorado e quais são os temas que mais despertaram o interesse dos pequenos. Essa prática de autocrítica e análise permite que o docente se aprimore e busque sempre novas abordagens e metodologias que enriqueçam o aprendizado dos alunos.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Circuito de Movimento
Objetivo: Trabalhar a coordenação motora e a noção de espaço.
Faixa etária: 2-3 anos.
Descrição: Crie um circuito com diferentes estações, como pular sobre objetos, rastejar e andar de lado. As crianças seguem o percurso, praticando habilidades motoras diversas. Motivação: utilize música para tornar a atividade mais envolvente e divertida.

2. Jogo da Imitação
Objetivo: Desenvolver a coordenação motora e expressão corporal.
Faixa etária: 2-3 anos.
Descrição: O professor demonstra um movimento (pular, girar, dançar) e as crianças devem imitá-lo. Esse jogo estimula a atenção e as habilidades motoras.

3. Caça aos Tesouros
Objetivo: Estimular a observação e coordenação.
Faixa etária: 2-3 anos.
Descrição: Espalhe objetos coloridos pelo espaço. As crianças devem encontrar e coletar os objetos com uma caixa ou um cesto, desenvolvendo a coordenação motora grossa e o olhar atento.

4. Teatro das Mímicas
Objetivo: Estimular a expressão criativa e a coordenação motora.
Faixa etária: 2-3 anos.
Descrição: As crianças se revezam fazendo mímicas de animais, objetos ou ações. Isso desenvolve criatividade e habilidades motoras.

5. Pintura com as Mãos
Objetivo: Estimular a coordenação motora fina e a expressão artística.
Faixa etária: 2-3 anos.
Descrição: Use tintas atóxicas e folhas grandes para que as crianças expressem sua criatividade com as mãos, incentivando a exploração tátil e visual.

Com essas sugestões, buscamos não apenas desenvolver habilidades motoras, mas também proporcionar momentos de alegria e descobertas. O aprendizado deve ser sempre conectado à ludicidade, respeitando o ritmo de cada criança.


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