Plano de Aula: Brincadeira com corda ou bola – 3º Ano
Este plano de aula tem como *tema* a *brincadeira com corda ou bola*, uma atividade que traz inúmeros benefícios para o desenvolvimento motor e social das crianças. A proposta é que, por meio de brincadeiras adaptadas para crianças com *deficiência visual*, todos os alunos possam participar de maneira inclusiva. Com uma duração de 45 minutos, a aula visa promover a *interação*, a *diversão* e o *desenvolvimento de habilidades corporais*.
O uso de atividades lúdicas contribui para um ambiente de aprendizagem leve e dinâmico, onde as crianças podem explorar seus limites, colaborar entre si e desenvolver competências motoras e sociais. A inclusão na atividade física é crucial para que todos os alunos, independentemente de suas habilidades, tenham a oportunidade de participar e se divertir em conjunto.
Tema: Brincadeira com corda ou bola
Duração: 45 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 3º Ano
Faixa Etária: 9 a 11 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar uma experiência lúdica através de brincadeiras com corda ou bola, promovendo o desenvolvimento físico e social de alunos com deficiência visual e demais estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental.
Objetivos Específicos:
– Criar um espaço inclusivo que favoreça a participação de todos os alunos.
– Desenvolver habilidades motoras como coordenação, equilíbrio e força.
– Estimular a *socialização* e o *trabalho em equipe*.
– Promover a *conscientização* sobre a importância da inclusão em atividades físicas.
Habilidades BNCC:
(EF35EF01) Experimentar e fruir brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, incluindo aqueles de matriz indígena e africana, e recriá-los, valorizando a importância desse patrimônio histórico cultural.
(EF35EF02) Planejar e utilizar estratégias para possibilitar a participação segura de todos os alunos em brincadeiras e jogos populares do Brasil e de matriz indígena e africana.
Materiais Necessários:
– Uma corda longa (de preferência com texturas diferentes para facilitar a percepção tátil).
– Bolas de diferentes tamanhos (uma bola maior e uma menor).
– Cadeiras ou outros objetos para demarcar o espaço da brincadeira.
– Fitas adesivas ou outros materiais para criar caminhos táteis (opcional).
– Lenços ou medidas para olhos (para simular a deficiência visual em alguns alunos, se desejado).
Situações Problema:
Como você pode garantir que todos os seus colegas, independentemente de suas habilidades, possam participar de maneira segura e divertida nas brincadeiras? O que fazer se um colega não está se sentindo confortável para participar?
Contextualização:
As brincadeiras com corda e bola são comuns nas escolas e espaços de lazer, sendo um excelente recurso para promover a inclusão. A prática de atividades físicas em grupo é fundamental para o desenvolvimento das crianças, estimulando não só seu progresso motor, mas também a interação social e a empatia entre colegas.
Desenvolvimento:
1. Aquecimento (10 minutos): Prepare os alunos com uma atividade leve, como alongamentos em círculo. Utilize um divertido exercício de respiração, permitindo que todos sintam sua importância.
2. Brincadeira com Corda (15 minutos):
– Atividade: Jogo do “pula corda”.
– Objetivo: Trabalhar a coordenação e a percepção corporal.
– Descrição: Divida os alunos em grupos. Os alunos devem revezar-se pulando a corda enquanto ela é movimentada por outros alunos.
– Adaptação: Para alunos com deficiência visual, descreva o ritmo e a altura da corda. Pode-se usar um som diferente a cada vez que houver uma aproximação da corda ao solo, criando um aviso sonoro para o momento do pulo.
3. Brincadeira com Bola (15 minutos):
– Atividade: Jogo de “rolar a bola”.
– Objetivo: Desenvolver habilidade e destreza na coordenação motora.
– Descrição: Os alunos, em duplas ou trios, devem rolar a bola entre si, tentando não deixá-la cair.
– Adaptação: Para crianças com deficiência visual, incentive-os a ouvir os sons de seus colegas para se orientarem, e use bolas com texturas diferentes.
4. Encerramento e Reflexão (5 minutos):
– Reúnam todos em círculo novamente e compartilhem como se sentiram durante as atividades. Pergunte aos alunos o que aprenderam e se sentiram que a inclusão foi respeitada.
Atividades sugeridas:
– Brincadeira do “Corda-Sonora” (Grupo em Círculo): Todos se posicionam em círculo, envolvidos por uma corda que os alunos devem tocar e manter o equilíbrio. Pode-se cantar uma canção enquanto o movimento é realizado para aumentar a interação.
– *Objetivo:* Desenvolver o equilíbrio e os sentidos táteis.
– *Materiais:* Corda e espaço livre.
– Bola de Sabedoria (Arraste a Bola): Enquanto um aluno rola a bola para outro, eles devem, ao receber a bola, compartilhar uma informação sobre inclusão ou respeito.
– *Objetivo:* Criar consciência social durante a atividade.
– *Materiais:* Bola e um espaço amplo.
Discussão em Grupo:
– O que você aprendeu durante as brincadeiras?
– Como podemos garantir que todos se sintam incluídos em atividades como esta?
– O que mais poderíamos fazer para ajudar nossos colegas?
Perguntas:
– Você se sentiu incluído nas brincadeiras?
– Como foi a experiência de brincar com a corda e a bola?
– O que você mais gostou ou achou desafiador durante as atividades?
Avaliação:
A avaliação pode ser contínua e formativa, onde o professor observa a interação entre os alunos, a disposição para participar das atividades e se demonstraram empatia e cooperação. Outra forma é um pequeno relatório onde os alunos escrevem brevemente sobre suas experiências.
Encerramento:
Finalize a aula ressaltando a importância da *inclusão*, da *diversão* e dos *aprendizados* coletivos. Encoraje os alunos a continuarem praticando juntos e a sempre lembraram que cada um tem seu próprio modo de participar das brincadeiras.
Dicas:
– Crie um ambiente acolhedor, certifique-se que todos se sintam à vontade.
– Use sempre recursos sensoriais para ajudar alunos com deficiência visual.
– Mantenha um tom positivo durante a aula para reforçar os aprendizados e estimular a participação.
Texto sobre o tema:
A brincadeira é uma parte fundamental do desenvolvimento infantil, pois possibilita uma série de experiências e aprendizados de forma lúdica. Com o correr dos anos, a importância das brincadeiras coletivas, como aquelas com corda e bola, tem se mostrado evidente. Elas não apenas garantem o desenvolvimento motor e a melhoria das habilidades sociais, mas também desafiam a *criatividade* dos alunos em estabelecer novas formas de interação.
Quando se trata de adaptação para crianças com *deficiência visual*, as brincadeiras precisam ser cuidadosamente planejadas. O uso de sinais sonoros, diagramações que envolvam texturas e descrições orais são algumas das técnicas que podem ser empregadas. Essas adaptações não apenas permitem a participação das crianças, mas também as ensinam sobre o respeito às diferenças, o que é vital para a criação de uma cultura inclusiva nas escolas.
Além disso, a promoção da *solidariedade* e do *trabalho em equipe* é essencial em um ambiente escolar. Ao incluir todos os alunos nas atividades, estendemos os benefícios da interação e do aprendizado para além do caráter físico, promovendo uma experiência de aprendizado valiosa, rica em emoções e desenvolvimento pessoal. Encorajamos o uso de *brincadeiras tradicionais* para que, ao final, todas as crianças se sintam valorizadas e reconhecidas.
Desdobramentos do plano:
Pensar em atividades que vão além do espaço físico da sala de aula pode ser uma excelente forma de estimular o interesse das crianças. Brincadeiras como essas podem ser criadas em diferentes contextos e ambientes, seja ao ar livre, na quadra da escola ou em áreas de lazer. Isso permite que os alunos tenham acesso a um ambiente mais dinâmico e interativo, explorando novas possibilidades. À medida que as brincadeiras evoluem, o professor pode registrar as variações que ocorrem, criando um banco de ideias que pode ser consultado em qualquer momento.
A possibilidade de documentação das práticas e das experiências dos alunos é crucial. Ao coletar depoimentos e relatos sobre como foi participarem das atividades inclusivas, os professores trazem para o espaço escolar uma *reflexão* constante sobre a prática pedagógica. Além disso, essas memórias podem ser publicadas em um mural ou até mesmo em um site da escola, compartilhando exemplos de *inclusão* que podem servir de inspiração para outros educadores.
Por último, os alunos também devem ser incentivados a *planejar* e compartilhar suas próprias brincadeiras. Esse protagonismo é essencial para que as crianças sintam-se autônomas e aptas a contribuir para um ambiente de aprendizagem colaborativo. Quando os alunos se tornam os criadores e promotores das atividades, eles não apenas exercitam a liderança mas também sentem seu próprio valor dentro da comunidade escolar.
Orientações finais sobre o plano:
A implementação desse plano de aula deve ser adaptativa. Cada turma tem suas particularidades e é fundamental que o professor observe as necessidades dos alunos durante as atividades. Estar atento às reações e às preferências das crianças pode facilitar o ajuste das dinâmicas e garantir uma experiência realmente inclusiva e divertida.
Promova sempre um ambiente de aprendizado que valorize a troca entre os alunos. A inclusão não deve ser uma obrigação, mas sim uma abordagem natural. Ao celebrar a diversidade e as diferenças, todos saem ganhando.
Por fim, lembre-se de que a inclusão nas atividades físicas e de lazer promove um impacto positivo na *autoestima*, no *autoconhecimento* e nas *relações interpessoais*. Portanto, continue investindo em experiências que celebrem todos os alunos, independente de suas habilidades. Um bom planejamento e execuções adaptadas têm o potencial de mudar a dinâmica escolar, gerando empatia e solidificação de laços entre os alunos, que levarão por toda a vida.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Corda de Sons: Os alunos devem pular uma corda enquanto tentam criar padrões sonoros, como batidas de palmas ou batidas com os pés. O foco é na coordenação e no ritmo.
– *Objetivo*: Coordenação motora e percepção rítmica.
– *Materiais*: Corda longa e um rádio ou alto-falante para música.
2. Bola ao Horizonte: Organize uma competição em que as crianças devem rolar uma bola por um percurso específico, e ao alcançarem o final, devem identificar o número de toques da bola.
– *Objetivo*: Interação e desenvolvimento de coordenação.
– *Materiais*: Bolas de tamanhos variados e objetos para demarcação de percurso.
3. Música na Brinca: Os alunos devem se movimentar livremente pelo espaço enquanto uma música toca. Quando a música parar, eles precisam se equilibrar em um pé e encostar a bola dentro de um círculo.
– *Objetivo*: Equilíbrio e concentração.
– *Materiais*: Bolas e círculos feitos com corda.
4. Cadê a Corda?: Uma versão do jogo do “esconde-esconde”, mas em vez de se esconder, as crianças devem se mover em busca de uma corda que está escondida em um círculo.
– *Objetivo*: Orientação espaço e trabalho em equipe.
– *Materiais*: Uma corda longa.
5. Encontro de Territórios: Crie dois grupos que devem se mover para conquistar diferentes partes do espaço delimitado por cordas. A ideia é que se comuniquem e devisem estratégias para “circular” no espaço.
– *Objetivo*: Trabalho em equipe e estratégia.
– *Materiais*: Corda e objetos para marcar os territórios.
Essas sugestões não apenas enriquecem o conteúdo, mas também proporcionam experiências significativas para todas as crianças, promovendo a inclusão e a diversão nas aulas de Educação Física.