“Plano de Aula: Autismo e Empatia na Educação Infantil”
O presente plano de aula tem como foco o tema do Autismo, abordando aspectos fundamentais que podem favorecer o entendimento e a convivência respeitosa entre crianças pequenas. A proposta é não apenas informar, mas também proporcionar um espaço para que os alunos desenvolvam empatia e respeitem as diversidades. Nesse contexto, é importante destacar que a inclusão e a educação estão interligados, e a compreensão das particularidades de cada indivíduo é essencial para formar uma sociedade mais solidária e acolhedora.
Ademais, as crianças pequenas, na faixa etária de 4 a 5 anos, estão em uma fase de descobertas e aprendizados sobre o mundo social e as relações interpessoais. Por meio de atividades lúdicas e interativas, esse plano de aula busca desenvolver habilidades essenciais às crianças, como a comunicação, a cooperação e o respeito pelas diferenças, sempre alinhado às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Tema: Autismo
Duração: 3 horas
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 4 a 5 anos
Objetivo Geral:
Promover a conscientização sobre o autismo, desenvolvendo habilidades de empatia, respeito e convivência entre crianças pequenas.
Objetivos Específicos:
– Fomentar a empatia entre as crianças ao apresentarem a diversidade do comportamento humano.
– Estimular a comunicação de ideias e sentimentos em grupos.
– Incentivar a participação em atividades coletivas, promovendo a convivência pacífica.
– Desenvolver a expressão criativa por meio de diferentes linguagens artísticas, refletindo sobre o autismo.
Habilidades BNCC:
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita.
Materiais Necessários:
– Papéis coloridos
– Tintas e pincéis
– Fantoches ou bonecos diversos
– Livros ilustrados sobre o autismo e diversidade
– Música suave
– Materiais para construção de atividades lúdicas (papel, tesoura, cola)
Situações Problema:
– Por que algumas crianças podem ter dificuldade em brincar ou se comunicar como as outras?
– Como podemos ser amigos de alguém que é diferente de nós?
Contextualização:
O autismo é um espectro que abrange diversas características e comportamentos. Nas atividades, é crucial abordar esses comportamentos de maneira positiva e inclusiva. A compreensão do autismo pode ajudar as crianças a se tornarem mais tolerantes e compreensivas. Ao conhecer um pouco sobre o que é o autismo, as crianças podem desenvolver empatia e respeito.
Desenvolvimento:
1. Introdução ao tema: Conversar com as crianças sobre o que é o autismo, utilizando linguagem simples e acessível.
2. Leitura de histórias: Ler um livro que aborde a diversidade, onde algum personagem apresente características do autismo.
3. Atividade expressiva: Após a leitura, pedir que as crianças desenhem ou façam uma colagem representando como entenderam a história e o personagem.
4. Dinâmica de fantoches: Usar fantoches para encenar situações onde personagens possuem diferentes formas de se expressar e se relacionar.
5. Brincadeiras de respeito: Criar atividades lúdicas, como jogos de roda, onde as crianças devem contar o que é ser um bom amigo e entender as diferenças dos colegas.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1: Pintura em grupo
Objetivo: Expressar sentimentos sobre a convivência e a diversidade.
Descrição: Providencie tintas e papéis grandes. As crianças devem pintar juntas, misturando cores e criando uma obra coletiva.
Instruções: Explique que na vida, assim como nas cores, a mistura gera algo belo.
Materiais: Tintas, pincéis, papel.
Adaptação: Para crianças que têm dificuldades motoras, usar pincéis maiores ou esponjas.
– Atividade 2: Criação de fantoches
Objetivo: Representar emoções e comportamentos.
Descrição: As crianças farão fantoches com sacolas de papel.
Instruções: Ensine-as a criar os fantoches e a usar diversos gestos para expressar sentimentos.
Materiais: Sacolas, tesoura, cola, canetinhas.
Adaptação: Para crianças com dificuldade em manusear, elas podem trabalhar em duplas.
– Atividade 3: Experimentação musical
Objetivo: Expressar sentimentos através da música.
Descrição: Ouvir e dançar ao som de músicas suaves.
Instruções: Incentive as crianças a se movimentarem livremente, expressando suas emoções.
Materiais: Caixa de som, músicas selecionadas.
Adaptação: Para crianças que preferem movimentos mais sutis, podem expressar através de gestos.
– Atividade 4: Leitura dramática
Objetivo: Desenvolver a empatia por meio da literatura.
Descrição: Escolher uma história que retrate o autismo e dramatizá-la.
Instruções: As crianças devem interpretar os personagens após a leitura.
Materiais: Livro escolhido.
Adaptação: As crianças podem desenhar quais partes gostaram mais ao invés de dramatizar.
– Atividade 5: Convivência com a natureza
Objetivo: Observar e respeitar diferenças na natureza.
Descrição: Levar as crianças a um passeio no parque, observando as plantas e insetos.
Instruções: Falar sobre como mesmo as plantas e seres têm diferenças, mas todos são importantes.
Materiais: Lupa e cadernos para registro.
Adaptação: Criar grupos onde cada um tenha um papel, como observadores ou desenhistas.
Discussão em Grupo:
Fomentar um diálogo após as atividades, questionando as crianças sobre o que aprenderam e como podem aplicar isso no dia a dia. Perguntas abertas são importantes para a expressão livre dos sentimentos.
Perguntas:
– Como você se sentiu ao fazer o fantoche?
– O que você acha que é diferente em mim?
– Como você pode ajudar um amigo que se sente diferente de você?
Avaliação:
A avaliação será contínua, observando a participação e a interação das crianças nas atividades. O professor deverá estar atento à forma como cada uma expressa sentimentos e ideias, adaptando a metodologia, se necessário.
Encerramento:
Finalizar o encontro com um círculo de compartilhamento, onde as crianças poderão manifestar o que mais gostaram e o que aprenderam sobre o tema do autismo. Enfatizar a importância do respeito e da amizade entre todos.
Dicas:
– Utilize exemplos do cotidiano, mostrando que todos são diferentes e têm suas características.
– Faça uso de músicas e histórias, que facilmente captam a atenção das crianças e as ajudam a entender conceitos complexos.
– Esteja aberto ao diálogo com os alunos, permitindo que expressem suas inquietações e curiosidades sobre o tema.
Texto sobre o tema:
O autismo é uma condição que afeta a forma como uma pessoa percebe o mundo e interage com as pessoas ao seu redor. Cada pessoa autista é única, possuindo características que a diferenciam. Para muitas crianças, compreender o autismo pode ser desafiador, mas é através da educação e da empatia que podemos construir um mundo mais inclusivo. Abordar o autismo desde a Educação Infantil é essencial, pois é nesse período que as crianças formam sua compreensão sobre o outro e aprendem a respeitar as diferenças.
A compreensão do autismo também nos ensina sobre a importância do respeito. Cada criança, independente de suas particularidades, tem o direito de ser aceita e respeitada. Quando falamos sobre autismo e diversidade, falamos sobre a riqueza do ser humano e suas variadas formas de se expressar. Num mundo cada vez mais interconectado, a habilidade de se colocar no lugar do outro e de respeitar as diferenças é essencial para construirmos um futuro melhor.
Incluir o tema do autismo nas discussões em sala de aula é importantíssimo. Não apenas promove a conscientização, mas também incentiva práticas de inclusão que podem ser benéficas não só para as crianças autistas, mas para todos os alunos. Compreender e aceitar a diversidade pode enriquecer o ambiente escolar, favorecendo relações mais harmoniosas e um aprendizado colaborativo. É fundamental que essa discussão transite de forma natural e respeitosa, possibilitando um espaço acolhedor para que todas as crianças desenvolvam suas habilidades sociais e emocionais.
Desdobramentos do plano:
Um desdobramento importante desse plano de aula seria a continuidade da discussão sobre o autismo e suas individualidades, promovendo ações e encontros onde mães, pais e educadores possam compartilhar experiências e perspectivas. Realizar encontros com especialistas, como terapeutas ou psicólogos focados em autismo, pode ampliar a compreensão e oferecer mais suporte à comunidade escolar. Outra activity que poderia ser integrada é a realização de uma feira de talentos, onde as crianças possam apresentar o que aprenderam sobre diversidade, engajando toda a escola no processo inclusivo.
Além disso, a introdução de tecnologias educativas, como aplicativos e jogos interativos que promovam a empatia e o entendimento do autismo, constitui uma grande oportunidade de reforço do que foi ensinado em sala. Essas tecnologias podem ser utilizadas como ferramentas para reforçar a aprendizagem e, assim, integrar essas discussões de maneira efetiva e moderna. Por fim, um projeto de leitura que envolva livros sobre diversidade, incluindo o autismo, pode ser uma excelente estratégia para continuar abordando o tema de forma contínua e gradual, permitindo que as crianças desenvolvam uma compreensão mais aprofundada ao longo do tempo.
Orientações finais sobre o plano:
As orientações para o plano devem levar em consideração que a educação inclusiva é um processo contínuo, que exige sensibilidade e adaptação constante às necessidades de cada criança. O professor deve estar ciente de que a abordagem do autismo deve ser feita de maneira natural, respeitosa e positiva, evitando qualquer forma de estigmatização. Promover um ambiente acolhedor e seguro é fundamental para que todas as crianças se sintam confortáveis para expressar suas particularidades.
É imprescindível também que os educadores se mantenham atualizados sobre o autismo e as melhores práticas inclusivas, participando de formações e workshops que abordem o tema. Criar uma rede de apoio entre professores, pais e especialistas pode contribuir significativamente para o fortalecimento da prática pedagógica em sua totalidade. Por fim, adaptar cada atividade de acordo com o perfil da turma é essencial para garantir que todos possam participar ativamente e aprender de maneira prazerosa.
Por meio deste plano, espera-se que as crianças desenvolvam compreensão, respeito e empatia, formando assim cidadãos conscientes da importância da inclusão. Dessa forma, ao final das atividades, uma reflexão coletiva sobre o aprendizado pode ajudar a fixar conceitos e fortalecer os laços de amizade e respeito entre os alunos.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Brincadeira dos sentimentos: Usar cartões com expressões faciais representando diferentes emoções. As crianças podem imitar as expressões e discutir o que as faz sentir daquela forma.
2. Caça ao tesouro da diversidade: Esconder objetos que representem culturas diferentes (miniaturas, imagens) e solicitar que as crianças façam pesquisas simples sobre o que cada objeto representa.
3. Desenho coletivo: Colocar um grande papel em um mural e solicitar que cada criança desenhe algo que adorable e, em seguida, expliquem por que escolheram isso para o grupo.
4. Teatro de sombras: Usar as mãos para fazer formas e contar histórias, podendo incluir personagens de diferentes culturas. As crianças são encorajadas a enriquecer a narrativa com suas próprias ideias.
5. Dia do amigo: Criar um dia específico em que as crianças podem trazer seus brinquedos preferidos para compartilhar com os colegas. A atividade promove o diálogo sobre preferências e a importância de se respeitar as escolhas dos outros.
