Plano de Aula: Aula na cozinha – 1º Ano

Este plano de aula visa integrar o ensino de Matemática e Língua Portuguesa por meio de uma atividade prática na cozinha. A ideia é utilizar o ambiente familiar e acolhedor da cozinha para trabalhar conceitos de adição, subtração e leitura de receitas, promovendo a aprendizagem de forma lúdica e significativa. As práticas de aprendizagem incorporam a experiência direta com ingredientes, promovendo não apenas a compreensão matemática, mas também a leitura e a interpretação de textos, fundamentais nesta etapa educacional.

Neste contexto, os alunos terão a oportunidade de vivenciar a prática de contagem, medidas e operações matemáticas enquanto seguem uma receita simples. Além disso, desenvolverão habilidades de leitura e escrita ao anotar ingredientes e passos da receita, criando um ambiente interativo e dinâmico. Este plano de aula é embasado nas diretrizes da BNCC, assegurando que os alunos recebam uma educação que promove não apenas a aprendizagem de conteúdos específicos, mas também a formação de cidadãos críticos e criativos.

Tema: Aula na cozinha
Duração: 120 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 6 a 7 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Utilizar a prática de cozinhar para desenvolver habilidades de adição, subtração e leitura, interligando o conteúdo de matemática e língua portuguesa de forma lúdica e prática.

Objetivos Específicos:

– Compreender e executar operações de adição e subtração por meio de situações do cotidiano, especificamente em relação à contagem de ingredientes.
– Ler e interpretar uma receita, desenvolvendo a habilidade de seguir instruções escritas.
– Produzir anotações relacionadas ao processo culinário, estimulando a escrita e inibindo a aversão a textos longos.

Habilidades BNCC:

– (EF01LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, receitas, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto e relacionando sua forma de organização à sua finalidade.
– (EF01LP17) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, listas e receitas, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.
– (EF01MA06) Construir fatos básicos da adição e utilizá-los em procedimentos de cálculo para resolver problemas.
– (EF01MA08) Resolver e elaborar problemas de adição e de subtração, envolvendo números de até dois algarismos.

Materiais Necessários:

– Ingredientes para uma receita simples (exemplo: bolo de cenoura ou cookies).
– Utensílios de cozinha (tigelas, colheres, xícaras medidoras, formas, etc.).
– Papel e caneta ou lápis para anotações.
– Receitas impressas ou escritas na lousa.
– Quadro ou flip chart para registro de informações.

Situações Problema:

– Se a receita pede 2 xícaras de farinha e usarmos 1, quantas ainda precisamos?
– Se um bolo rende 8 pedaços e temos 4 amigos, quanto sobra para você?
– Se precisamos de 3 ovos e temos 5, quantos podem ser usados e sobrarão?

Contextualização:

Ao realizar uma atividade prática de culinária, as crianças aprenderão que a matemática está presente em várias situações do cotidiano. A sala de aula se transforma em um ambiente acolhedor onde a aprendizagem se dá através da experiência, estimulando a curiosidade e o trabalho em equipe. Ao ler e seguir uma receita, os alunos terão a oportunidade de ver a linguagem aplicada em uma situação concreta, prendendo a atenção e despertando o interesse pela escrita.

Desenvolvimento:

– O professor inicia a aula apresentando a receita escolhida e explicando a importância de seguir as instruções.
– Após discutir cada ingrediente, o aluno será convidado a contar e medir os ingredientes necessários, garantindo que todos participem ativamente.
– Na etapa de mistura dos ingredientes, as operações de adição e subtração serão praticadas, envolvendo as quantidades de ingredientes utilizados.
– Durante o processo, o professor incentivará a leitura em voz alta da receita e anotações sobre o que está sendo feito, garantindo que todos possam observar os passos.

Atividades sugeridas:

Dia 1: Introdução à Receita. Apresentar a receita com a leitura em grupo, destacando os ingredientes. Objetivo: trabalhar a leitura e escrita. Material: receita impressa.
Dia 2: Medindo Ingredientes. Cada aluno deverá ajudar a medir os ingredientes, utilizando xícaras e colheres, praticando contagem e somas. Objetivo: trabalhar adições simples. Material: utensílios de medição.
Dia 3: Misturando os Ingredientes. Durante a mistura, o professor poderá perguntar quantas porções foram utilizadas. Exemplo: “Se usamos 2 xícaras de açúcar e 1 de farinha, quantas no total?” Objetivo: reforçar adição e a conexão entre matemática e culinária.
Dia 4: Assando e aguardando. O tempo de espera pode incluir questões de subtração: “Quantos minutos faltam para o nosso bolo ficar pronto?” Objetivo: desenvolver a paciência e trabalhar com tempos.
Dia 5: Degustação e reflexão. Após a degustação do prato, promover uma discussão em grupo sobre o que aprenderam durante a atividade, e o professor pode proporcionar anotações. Objetivo: refletir sobre o aprendizado.

Discussão em Grupo:

Os alunos podem discutir perguntas como:
– Quantos ingredientes diferentes usamos e para que serviram?
– Qual a parte mais divertida da atividade?
– Como o que aprendemos pode ser aplicado em casa?

Perguntas:

– Quantas xícaras precisamos para fazer dois bolos?
– O que podemos adicionar e o que devemos retirar na receita?
– Você se lembrou de quantas porções cada tipo de ingrediente gerou?

Avaliação:

A avaliação pode ser feita através da observação do engajamento dos alunos durante as atividades, a participação na leitura da receita, e a execução correta das atividades de adição e subtração. Além disso, é importante considerar a habilidade de seguir instruções e fazer anotações.

Encerramento:

A aula será finalizada com um momento para compartilhar e refletir sobre as aprendizagens de cada estudante. O professor poderá anotar os feedbacks em um quadro, permitindo que todos sintam que suas contribuições são importantes.

Dicas:

– Mantenha um ambiente seguro e supervisionado na cozinha, garantindo que as crianças utilizem os utensílios de forma segura.
– Adapte as receitas e atividades conforme as necessidades dos alunos e restrições alimentares, promovendo a inclusão.
– Incentive a autonomia dos alunos, facilitando que participem de diferentes etapas na receita, e estabeleça um sistema de rodízio para responsabilidades.

Texto sobre o tema:

O ensino por meio de situações práticas sempre foi uma abordagem eficaz na educação, especialmente nas faixas etárias iniciais, em que a curiosidade e a exploração são fundamentais. Cozinhar se torna não apenas uma atividade rotineira, mas uma verdadeira experiência de aprendizado repleta de significados. As crianças têm a oportunidade de vivenciar conceitos matemáticos, como a adição e a subtração, de forma prática ao contarem e medirem ingredientes. Além disso, a leitura de receitas oferece um cenário ideal para o desenvolvimento da fluência e da compreensão textual. Ao transformar a sala de aula em uma cozinha, os educadores propiciam um ambiente onde a aprendizagem se torna divertida, e ao mesmo tempo, repleta de ensinamentos essenciais.

Essa atividade ajuda a solidificar a compreensão de que matemática e linguagem estão presentes em nosso cotidiano e que, muitas vezes, aprendemos melhor fazendo e experimentando. Ao trabalhar em conjunto, as crianças exercitam a colaboração, o que não apenas facilita o aprendizado, mas também promove habilidades sociais importantes. Habilidades de ouvir, respeitar o próximo e dividir tarefas se destacam neste ambiente de ensino.

A prática na cozinha ainda serve para reforçar o conceito de cultura alimentar. Diferentes comunidades possuem abordagens variadas ao cozinhar e preparar alimentos. Essa diversificação pode ser discutida em sala, tornando-as mais conscientes de o que envolve uma receita, desde a escolha dos ingredientes até a garatia da segurança alimentar. Portanto, essa atividade não é apenas uma forma de ensinar conteúdos curriculares, mas também de formar cidadãos conscientes e críticos sobre sua saúde e cultura.

Desdobramentos do plano:

Um plano de aula que integra a culinária com o ensino da matemática e da língua Portuguesa oferece uma ampla gama de desdobramentos educativos. Ao manusear ingredientes e seguir uma receita, os alunos não apenas desenvolvem habilidades matemáticas básicas, mas também descobrem a importância de seguir instruções e respeitar medições. Tais vantagens não são limitadas ao ambiente escolar, pois são competências que os estudantes podem aplicar em casa, incentivando a colaboração entre pais e filhos no contexto da culinária. Além disso, a prática proposta pode se desdobrar em projetos mais amplos, como a elaboração de um livro de receitas da turma, o que engajaria a produção escrita e de leitura em um formato autêntico e de interesse dos alunos.

Ademais, esse tipo de atividade pode abrir espaço para discussões sobre a nutrição e a alimentação saudável. O professor pode abordar as propriedades dos diferentes alimentos utilizados durante o processo culinário, incentivando hábitos alimentares saudáveis e o respeito à diversidade alimentar presente nas diferentes culturas. Isso contribui diretamente para a formação de uma cidadania crítica e responsável, em consonância com os preceitos da BNCC que propõem a formação integral do aluno.

Por fim, a construção de um ambiente educativo que promove não só a matemática e a língua Portuguesa, mas também valores como o respeito, a ética e a diversidade cultural é primordial. As experiências práticas permitem que os alunos dialoguem com o seu contexto, desenvolvendo-se como indivíduos holísticos. Portanto, a integração da culinária no ensino elementar se mostra uma estratégia rica em oportunidades de aprendizado, promovendo uma educação de qualidade e significativa, que prepara os alunos para a vida em sociedade.

Orientações finais sobre o plano:

É fundamental que o professor esteja atento ao perfil da turma e possa realizar adaptações necessárias durante a execução do plano de aula. Cada aluno tem seu ritmo de aprendizado e experiências prévias que precisam ser respeitadas e valorizadas. Portanto, a flexibilidade na abordagem das atividades é de suma importância. O professor pode também incentivar os alunos a trazerem receitas de suas famílias para compartilhar com os colegas, criando um ambiente ainda mais acolhedor e significativo.

A criação de um ambiente positivo e colaborativo é essencial para que os alunos se sintam à vontade para participar das atividades. O uso de reforços positivos e elogios durante o processo colaborativo pode promover a confiança nas atividades propostas e favorecer um aprendizado intenso. Além disso, a valorização dos saberes prévios dos alunos e a construção conjunta de novos conhecimentos podem contribuir para o desenvolvimento de um espaço de aprendizagem mais democrático e inclusivo.

Por fim, a reflexão sobre o aprendizado após o término da atividade se torna uma prática indispensável. Propor um momento para que os alunos compartilhem suas experiências e compreensões sobre a atividade ajuda a consolidar os conteúdos estudados e a criar um espaço onde todos os sujeitos do aprendizado se sintam acolhidos e ouvidos. Os desdobramentos dessa atividade podem ainda se estender a outros componentes curriculares, proporcionando uma educação cada vez mais integrada e significativa para os alunos.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Jogo dos Ingredientes: Os alunos recebem figuras de ingredientes e devem contar, classificar e agrupar os mesmos, desenvolvendo habilidades de contagem e adição. Materiais necessários: figuras de ingredientes, folhas de anotação.

2. Teatro de Cozinha: Os alunos encenam a receita, fazendo com que cada um represente um ingrediente ou um passo da preparação. Materiais: aventais e utensílios de cozinha (falsos, se possível).

3. Cozinha do Mundo: Escolher receitas de outros países e discutir sobre eles, desenvolvendo a leitura e o respeito cultural. Cada aluno poderá trazer algo para discutir com a turma. Materiais: receitas diversas e cartões com descrições culturais.

4. Fiscal de Cozinha: Um aluno vai atuar como “fiscal”, dizendo se o passo da receita foi executado corretamente, desenvolvendo habilidades de escuta e interpretação. Materiais: lista de checagem impressa.

5. Bolinho da Amizade: Fazer pequenas porções de bolinhos e trocá-los entre os alunos, incentivando a partilha e a amizade, e estimulando o diálogo sobre a experiência. Materiais: ingredientes e embalagens simples para os bolinhos.

Essa abordagem lúdica e prática do conteúdo assegurará que os alunos aprendam de forma dinâmica e significativa, promovendo um aprendizado que se estende além da sala de aula.

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