Plano de Aula: Aula de formação humana (Educação Infantil) – crianças_pequenas
O plano de aula a seguir foi elaborado com o objetivo de desenvolver a formação humana de crianças pequenas na faixa etária de 5 a 7 anos. Este conteúdo busca promover um ambiente acolhedor, permitindo que os alunos explorem suas emoções, estabeleçam relações interpessoais e ampliem suas capacidades comunicativas através de diversas atividades. A proposta é que, ao final da aula, as crianças sejam capazes de interagir mais efetivamente com colegas, expressando seus sentimentos e compreendendo melhor os sentimentos dos outros.
Neste sentido, a formação humana é fundamental para o desenvolvimento integral da criança, pois permite que elas aprendam a respeitar as diferenças e a se reconhecer em um contexto onde a diversidade é uma das suas principais características. A aula será pautada em atividades lúdicas e práticas, que despertem o interesse dos alunos e promovam o aprendizado ativo.
Tema: Formação Humana
Duração: 40 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 5 a 7 anos
Objetivo Geral:
Desenvolver habilidades de empatia, comunicação e respeito às diferenças através de atividades que promovam a formação humana.
Objetivos Específicos:
– Estimular a empatia ao trabalhar com sentimentos e emoções.
– Facilitar a comunicação das ideias e sentimentos das crianças.
– Promover a cooperação e o respeito às diferenças entre indivíduos.
Habilidades BNCC:
– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO02) Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e limitações.
– (EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.
Materiais Necessários:
– Papel em branco e colorido
– Lápis de cor e canetinhas
– Fantoches de dedo ou de papel
– Música suave para momentos de reflexão
– Livros infanto-juvenis que abordem sentimentos
Situações Problema:
Como podemos entender melhor o que os outros sentem? Quais maneiras podemos usar para nos expressar quando estamos tristes, felizes ou com medo?
Contextualização:
A formação humana é um aspecto essencial no desenvolvimento das crianças, pois permite que elas aprendam a se relacionar de maneira saudável. Ao abordar sentimentos e emoções, as crianças conseguem se identificar com as experiências dos outros e a desenvolver empatia, uma habilidade muito importante nas relações interpessoais. Por isso, o planejamento das atividades deve priorizar momentos de interação e expressividade, onde o grupo além de aprender, divirta-se.
Desenvolvimento:
A aula será dividida em momentos que possibilitarão a exploração e a vivência dos sentimentos. O professor iniciará a atividade com uma roda de conversa, onde as crianças serão convidadas a compartilhar o que sentem em diferentes situações do dia a dia.
Atividades sugeridas:
1. Roda de Sentimentos
– Objetivo: Criar um espaço seguro para as crianças expressarem seus sentimentos.
– Descrição: As crianças se sentam em círculo e cada uma deverá falar sobre uma situação do dia que a deixou feliz, triste ou com medo. O professor pode iniciar a atividade utilizando uma bola ou um objeto que circule entre as crianças. Quando alguém pega o objeto, é sua vez de expressar o que sente.
– Materiais: Um objeto para passar (bola, pelúcia etc.).
– Adaptação: Para crianças mais tímidas, o professor pode oferecer o uso de desenhos ilustrativos que representem seus sentimentos.
2. Teatro de Fantoches
– Objetivo: Compreender diferentes emoções através da dramatização.
– Descrição: Os alunos utilizarão fantoches para representar histórias que envolvem emoções. O professor pode sugerir temas como amizade ou ajudar um amigo. Após a encenação, as crianças podem discutir como cada personagem se sentiu.
– Materiais: Fantoches de dedo ou de papel.
– Adaptação: O professor pode sugerir que cada criança traga seu próprio fantoche de casa, favorecendo a criatividade.
3. Desenhos das Emoções
– Objetivo: Representar graficamente os sentimentos vivenciados.
– Descrição: Após a roda de conversa, cada criança pode desenhar uma situação que representa um sentimento. O professor deve incentivar a descrição do desenho.
– Materiais: Papel em branco, lápis de cor e canetinhas.
– Adaptação: Para crianças que preferem criar em grupo, o professor pode promover a criação de um mural coletivo.
4. Movimento das Emoções
– Objetivo: Representar sentimentos por meio do corpo.
– Descrição: Com música, cada criança deverá se movimentar de forma a representar como se sente. O professor pode orientar diferentes movimentos para diferentes emoções.
– Materiais: Música suave para momentos de reflexão.
– Adaptação: O professor pode ajudar as crianças a se moverem em pares, promovendo interação social.
5. Leitura de Histórias
– Objetivo: Refletir sobre sentimentos através da literatura.
– Descrição: O professor lerá livros variados que abordem sentimentos, como “A Cor da Em seguida, será promovida uma discussão sobre as emoções abordadas nas histórias.
– Materiais: Livros infanto-juvenis.
– Adaptação: Após a leitura, as crianças podem fazer suas próprias ilustrações ou contar o que aprenderam.
Discussão em Grupo:
As discussões devem girar em torno das emoções expressas nas atividades e nos desafios de se comunicar e compreender os sentimentos dos outros, promovendo um ambiente de acolhimento e respeito.
Perguntas:
– Como você se sentiu ao falar sobre suas emoções?
– O que você aprendeu com a realização das atividades?
– Como podemos ajudar um amigo que está triste?
Avaliação:
A avaliação ocorrerá de forma contínua, observando a participação e o envolvimento das crianças nas atividades propostas, levando em consideração a comunicação e a empatia demonstradas.
Encerramento:
No final da aula, o professor deverá reunir as crianças em um momento de reflexão, reforçando a importância da empatia e da comunicação sincera e aberta sobre os sentimentos.
Dicas:
– Utilize sempre uma linguagem simples e acessível, permitindo que as crianças se sintam confortáveis para participar.
– Esteja atento ao comportamento das crianças e ofereça suporte a aqueles que demonstrarem dificuldades em expressar seus sentimentos.
– Mantenha uma atmosfera acolhedora e respeitosa durante toda a aula, valorizando cada contribuição.
Texto sobre o tema:
A formação humana é um processo fundamental no desenvolvimento das crianças, especialmente na primeira infância. Durante esse período, as crianças começam a moldar suas identidades e a entender a complexidade das relações sociais. Compreender as emoções é o primeiro passo para estabelecer conexões significativas com os outros. Ao desenvolver a empatia, as crianças fazem um esforço consciente de se colocar no lugar do outro, permitindo que construam relações mais solidárias e harmônicas.
A empatia não se limita apenas ao reconhecimento das emoções dos outros, mas também à capacidade de expressar seus próprios sentimentos. Através de atividades lúdicas e interativas, as crianças têm a oportunidade de brincar com a linguagem das emoções, explorar seus próprios sentimentos e, consequentemente, criar um espaço seguro para a expressão de si mesmas. Compreender seus limites e conquistas é parte do aprendizado que essas interações proporcionam.
Além disso, promover a comunicação saudável entre as crianças é essencial para o desenvolvimento da linguagem e da socialização. Quando são incentivadas a compartilhar suas experiências e sentimentos, as crianças aprendem a respeitar a diversidade de pensamentos e culturas. Essa experiência não só fortalece a formação do caráter individual, mas prepara as crianças para interações sociais mais enriquecedoras ao longo de suas vidas.
Desdobramentos do plano:
A formação humana não se esgota em uma única aula; os desdobramentos deste plano podem se estender para longas jornadas pedagógicas que abrangem diversas áreas. As habilidades de comunicação e empatia que foram trabalhadas em sala de aula podem ser reforçadas em atividades diárias, como jogos coletivos, onde é possível observar como as crianças interagem em um contexto menos formal. Esse tipo de prática é importante, pois permite que as crianças testem suas habilidades em um ambiente mais dinâmico.
Além disso, as atividades relacionadas à arte, como a pintura ou o teatro, podem ser revisitada e utilizadas como ferramentas para continuar a discussão sobre sentimentos e relações interpessoais. Ao permitir que as crianças expressem suas emoções de maneira criativa, a escola se torna um espaço de acolhimento e desenvolvimento, onde as crianças se sentem valorizadas e compreendidas.
Por último, o diálogo contínuo com as famílias sobre a importância da formação humana é fundamental. Realizar reuniões ou oficinas de pais pode ajudar a reforçar os conceitos trabalhados em sala e integrar a formação dos alunos com suas vivências em casa. O desenvolvimento da empatia e da comunicação não deve ser limitado ao espaço escolar; deve ser um esforço compartilhado, onde a comunidade, a escola e as famílias atuam juntas em prol do crescimento das crianças.
Orientações finais sobre o plano:
É imprescindível que o professor esteja preparado para lidar com a diversidade de emoções e reações que a formação humana pode suscitar nas crianças. Ser um facilitador neste processo significa ter a habilidade de ouvir atentamente e responder de maneira que acolha as vivências individuais dos alunos. Um ambiente seguro é fundamental para que as crianças se sintam confortáveis em se expressar e explorar suas emoções.
O uso de materiais diversificados, como livros, fantoches e atividades artísticas, deve ser sempre pensado de maneira a enriquecer a experiência do aluno. O professor deve observar quais atividades mais despertam o interesse e a participação das crianças para aprimorar suas práticas a cada nova aula.
Por fim, lembrar que o desenvolvimento da formação humana é um processo contínuo e que cada criança evolui em seu ritmo. Cada aula deve ser vista como uma oportunidade de aprendizado mútuo, onde os alunos não apenas absorvem conhecimento, mas também ensinam ao educador sobre a complexidade e a beleza das emoções humanas.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Caixa das Emoções
– Objetivo: Identificar e nomear sentimentos.
– Materiais: Caixas com objetos ou figuras que representam diferentes emoções.
– Descrição: A criança escolhe um objeto da caixa e deve explicar como aquele objeto representa um sentimento que ela já experimentou.
2. Dança das Emoções
– Objetivo: Expressar sentimentos através do movimento.
– Materiais: Música variada, dando destaque a diferentes ritmos.
– Descrição: Ao tocar a música, as crianças devem dançar como se se sentissem alegres, tristes, ou bravas, utilizando seus corpos para expressar aquelas emoções.
3. Histórias de Vida
– Objetivo: Promover a reflexão sobre experiências pessoais e coletivas.
– Materiais: Papel, lápis e histórias em quadrinhos.
– Descrição: Cada criança pode criar uma história em quadrinhos sobre um momento marcante em suas vidas, com foco em como se sentiram durante o evento.
4. Cartazes de Sentimentos
– Objetivo: Desenvolver habilidades de comunicação sobre emoções.
– Materiais: Papel grande, canetinhas, revistas para recorte.
– Descrição: As crianças juntas criam cartazes que representam os sentimentos, utilizando palavras e imagens. O cartaz pode ser exposto na sala.
5. Contando Histórias com Sons
– Objetivo: Explorar sentimentos através da associação sonora.
– Materiais: Instrumentos simples, como chocalhos ou tambores.
– Descrição: As crianças devem criar uma história e usar os instrumentos para representar as emoções dos personagens. Também podem se revezar na narração.
Esse plano de aula, detalhado e rico em sugestões, busca contribuir de forma significativa para a formação humana das crianças pequenas, proporcionando momentos de aprendizagem que irão além da sala de aula.

