Plano de Aula: AULA DE ARTES DESIGUALDADE SOCIAL (Ensino Fundamental 2) – 9º Ano

Ao abordarmos o tema da desigualdade social por meio da arte, visamos sensibilizar os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental para a realidade social que os cerca. Através da criação de cartazes utilizando tinta guache, os estudantes não apenas expressarão suas percepções sobre a desigualdade social, mas também desenvolverão habilidades artísticas e críticas. Este plano de aula objetiva unir a estética com a mensagem social, fazendo com que os alunos se tornem agentes de mudança em sua comunidade.

A proposta é que, ao final do processo, os estudantes criem cartazes que reflitam suas análises sobre a desigualdade social e apresentem suas obras e conceitos para a turma, promovendo um diálogo aberto sobre o tema. Durante a aula, os alunos desenvolverão suas habilidades artísticas enquanto discutem, refletem e expressam suas opiniões sobre a sociedade, tornando o ambiente de aprendizado mais dinâmico e colaborativo.

Tema: Desigualdade Social através da Arte
Duração: 48 minutos
Etapa: Ensino Fundamental II
Sub-etapa: 9º Ano
Faixa Etária: 14 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover a reflexão crítica sobre a desigualdade social através da criação de cartazes, utilizando técnicas artísticas que estimulem a expressão e a análise do contexto social dos alunos.

Objetivos Específicos:

– Identificar elementos visuais e mensagens que representem a desigualdade social.
– Aplicar técnicas de pintura com tinta guache em obras de arte.
– Fomentar um debate em sala sobre a desigualdade social e suas repercussões.
– Desenvolver a capacidade de argumentação e exposição oral através da apresentação dos cartazes criados.

Habilidades BNCC:

– (EF69AR01) Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais contemporâneas em obras de artistas brasileiros e estrangeiros.
– (EF69AR05) Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem).
– (EF69AR06) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos.

Materiais Necessários:

– Tinta guache de diferentes cores
– Pincéis e esponjas
– Papel sulfite ou papel pardo
– Lápis e borracha
– Tesoura e cola
– Recortes de revistas (imagens, palavras, frases)
– Quadro branco e marcadores
– Equipamento de projeção (se disponível)
– Textos ou materiais de referência sobre desigualdade social para embasamento

Situações Problema:

– Como a desigualdade social impacta a vida de diferentes grupos na sociedade?
– De que forma podemos usar a arte para expressar nossas opiniões sobre questões sociais?

Contextualização:

A desigualdade social é um tema recorrente em diversas áreas, incluindo a arte. Através de suas obras, muitos artistas criticam as injustiças sociais e mostram como a condição financeira, racial, e de gênero pode afetar a qualidade de vida das pessoas. Neste sentido, a realização de cartazes oferece aos alunos a oportunidade de agir como artistas e ativistas, abordando questões que consideram relevantes para sua comunidade.

Desenvolvimento:

1. Iniciar a aula com a exibição de obras de arte (se possível projetar imagens) que tratam da desigualdade social. Incentivar os alunos a discutir as mensagens transmitidas.
2. Abordar brevemente os conceitos de desigualdade social e consciência crítica, questionando os alunos sobre como esses temas se manifestam em suas realidades.
3. Introduzir a atividade prática de criação do cartaz, detalhando o uso da tinta guache e as técnicas simples de pintura.
4. Organizar a turma em grupos e solicitar que cada grupo desenvolva ideias sobre o que desejam representar em seu cartaz. Propor que incluam elementos como texto, imagens e recortes para enriquecer suas criações.
5. Permitir que os grupos trabalhem na criação de seus cartazes, oferecendo orientação e apoio sempre que necessário. A atividade deve ser realizada em um clima de colaboração e troca de ideias.
6. Ao final do tempo de criação, promover uma apresentação onde cada grupo mostrará seu cartaz e explicará sua visão sobre a desigualdade social que retrataram.

Atividades sugeridas:

Dia 1: Apresentação e Reflexão
Objetivo: Introduzir o tema da desigualdade social e sua representação na arte.
Descrição: Mostrar obras de arte que abordam a desigualdade social e discutir as mensagens.
Instruções para o professor: Prepare uma apresentação visual com imagens de obras pertinentes, incentivando a participação dos alunos.

Dia 2: Ideação e Planejamento
Objetivo: Planejar os elementos do cartaz.
Descrição: Dividir a turma em grupos e orientá-los a esboçar ideias para seus cartazes, discutindo elementos a incluir, como texto e imagens.
Instruções para o professor: Disponibilizar materiais como papel, lápis e revistas para recortes.

Dia 3: Criação do Cartaz
Objetivo: Produzir o cartaz utilizando tinta guache e outros materiais.
Descrição: Alocar tempo para os grupos criarem seus cartazes.
Instruções para o professor: Circular entre os grupos, oferecer feedback e apoio.

Dia 4: Apresentação dos Cartazes
Objetivo: Apresentar os cartazes e seus temas em grupo.
Descrição: Cada grupo apresenta seu trabalho para a turma, explicando a mensagem.
Instruções para o professor: Facilitar a apresentação e perguntas entre colegas.

Discussão em Grupo:

Após as apresentações, promover uma discussão sobre as diferentes perspectivas apresentadas nos cartazes, questionando sobre como a arte pode influenciar a percepção sobre a desigualdade social.

Perguntas:

– O que mais chamou a sua atenção nos cartazes de seus colegas?
– Como você acredita que a arte pode ser uma forma de protesto ou de conscientização sobre desigualdade social?
– Você já viu outras expressões artísticas em sua comunidade que abordam o mesmo tema?

Avaliação:

A avaliação será qualitativa e observará a participação dos alunos nas discussões, a criatividade e a relevância dos cartazes produzidos, bem como a clareza na apresentação das ideias de forma crítica e reflexiva.

Encerramento:

Finalizar a aula recalcando a importância da arte como um meio de expressar e refletir sobre as desigualdades sociais, convidando os alunos a continuar a discussão fora da sala de aula.

Dicas:

– Use música ou vídeos para contextualizar a desigualdade social.
– Incentive a pesquisa sobre artistas que abordam temas sociais em suas obras.
– Considere realizar uma exposição dos cartazes na escola ou comunidade.

Texto sobre o tema:

A desigualdade social é um fenômeno complexo que se manifesta em diversas esferas da vida humana. Trata-se de uma distribuição desigual de recursos, oportunidades e direitos, levando a disparidades significativas em condições de vida, acesso a serviços e participação social. Em muitos contextos, a arte apresenta-se como uma poderosa ferramenta para denunciar e discutir essas questões. Através dela, é possível não apenas evidenciar realidades adversas, mas também gerar empatia e conscientização.

Muitos artistas se apropriam da sua prática para abordar a desigualdade social, utilizando suas obras como forma de contestação. Essa função social da arte provoca reflexões importantes, gerando diálogos acerca da injustiça e desigualdade arraigadas em nossas sociedades. Através de exposições, grafites, vídeos e outras formas de expressão, a arte comunica e mobiliza, despertando a consciência pública sobre as questões sociais que frequentemente permanecem invisíveis. Portanto, educar nossos jovens para perceberem a arte não apenas como uma forma de diversão, mas também como um instrumento de reflexão e mudança social, se torna essencial.

Desde a pintura até o teatro, a arte serve como forma de resistência e expressão. Movimentos artísticos têm sido catalisadores de mudanças sociais ao longo da história, e incentivar ações artísticas que abordem a desigualdade social nas escolas é um passo fundamental na formação de cidadãos críticos e engajados. Neste sentido, o presente plano de aula, baseado na produção de cartazes sobre a desigualdade social, visa proporcionar aos alunos a oportunidade de expressar suas visões de forma criativa, além de criá-los como futuros artistas da mudança, capazes de deixar sua marca na sociedade.

Desdobramentos do plano:

Ao trabalhar a desigualdade social através das artes, se abrem inúmeras possibilidades de aprofundamento e continuidade deste projeto. Primeiramente, a produção dos cartazes pode ser transformada em uma exposição escolar, onde toda a comunidade pode ser convidada a refletir sobre as mensagens e a importância do tema. Isso gera um espaço de interação que transcende a sala de aula, permitindo que outros alunos e familiares se unam na discussão sobre desigualdade.

Além disso, os alunos podem ser encorajados a expandir suas produções artísticas, utilizando novas mídias e tecnologias, como a produção de vídeos curtos ou podcasts que abordem temas semelhantes. Essa abertura para a comunicação digital também conecta os estudantes ao mundo contemporâneo, estimulando a criação de conteúdos que podem ser disseminados nas redes sociais, aumentando a conscientização sobre a desigualdade social em um público mais amplo.

Outra possibilidade é a conexão com projetos sociais e comunitários, onde os alunos podem ir além da teoria para a prática. Ao se engajar em iniciativas locais que visem combater a desigualdade, eles podem ver e relatar de forma mais próxima a realidade das pessoas afetadas. Tal experiência fornece uma perspectiva mais profunda do tema, trazendo uma compreensão prática das questões discutidas em sala de aula.

Orientações finais sobre o plano:

Para o sucesso deste plano de aula, é fundamental criar um ambiente de respeito e acolhimento. As discussões sobre desigualdade social podem gerar sentimentos fortes e opiniões divergentes, e é responsabilidade do educador facilitar um espaço seguro onde todos possam expressar suas ideias sem medo de julgamento. É crucial que os alunos sintam que suas vozes são ouvidas e valorizadas.

Além disso, é importante lembrar que arte e educação estão intrinsecamente ligadas ao promover o desenvolvimento de habilidades como a crítica, a sensibilidade e a criatividade. Incentivar os alunos a refletirem sobre seu papel na sociedade, e como podem fazer a diferença, fortalecerá seu senso de cidadania e responsabilidade social. Essa prática deve ser contínua, estimulando a busca por conhecimento e a troca de experiências.

Por fim, não se esqueça de documentar todo o processo. O registro das atividades e dos cartazes pode ser muito valioso, tanto para a avaliação do aprendizado, quanto para futuras iniciativas que venham a surgir a partir deste projeto. A arte possui um enorme potencial transformador, e ao explorá-la no contexto da desigualdade social, estamos criando um espaço rico para diálogos e aprendizagens significativas.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Teatro da Oprimido: Organizar uma prática de teatro onde os alunos representam situações de desigualdade social. Podem ser divididos em grupos, criando cenas que abordem diferentes aspectos da desigualdade, permitindo que uma plateia interaja e sugira alternativas para os personagens.
2. Música e Protesto: Pedir aos alunos que escolham músicas que falem sobre desigualdade e discutam as letras. Depois, podem compor sua própria canção relacionada ao tema, promovendo um debate sobre a letra e o impacto da música como forma de resistência.
3. Criação de Hqs: Através de histórias em quadrinhos, os alunos podem criar narrativas sobre desigualdade. Isso os ajuda a explorar a história visualmente, promovendo a produção de roteiros, esboços, e quadrinhos.
4. Visita a uma Ação Social: Organizar uma visita a uma ONG ou projeto social que trabalhe com a população afetada pela desigualdade. Isso expõe os alunos à realidade de muitas pessoas e promove uma reflexão crítica sobre o papel da sociedade.
5. Webinário ou Debates Online: Convidar um especialista no tema para um bate-papo, permitindo que os alunos façam perguntas e interajam. Essa troca de informações pode enriquecer a percepção deles sobre a desigualdade social na atualidade.

Esse plano de aula proporciona uma base sólida para a exploração de questões sociais na educação artística, promovendo além do conteúdo curricular, a formação de cidadãos críticos e engajados.

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