Plano de Aula “Ativismo Digital: Cidadania e Responsabilidade Online” (Ensino Médio) – 1º Ano

A proposta deste plano de aula é explorar o conceito de ativismo digital com os alunos do 1º ano do Ensino Médio. A presença predominante da tecnologia e das redes sociais na vida cotidiana dos jovens proporciona um espaço fértil para discussão sobre como essas plataformas podem ser usadas para promover mudanças sociais e políticas. A intenção é que os alunos reconheçam a importância de se posicionar, argumentar e agir em prol de causas sociais nas plataformas digitais, fomentando o desenvolvimento de uma cidadania ativa.

O plano está estruturado para garantir que os alunos compreendam a relação entre o ativismo digital e a expressão de suas vozes em um mundo cada vez mais conectado. Através de atividades práticas e interativas, os estudantes serão incentivados a não apenas consumir informações, mas também a criá-las e disseminá-las, promovendo debates sobre direitos humanos, justiça social e sustentabilidade, fundamentais para o contexto contemporâneo.

Tema: Ativismo Digital
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Médio
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 14 a 15 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover a compreensão do ativismo digital e sua relevância na sociedade contemporânea, visando capacitar os alunos a utilizar as tecnologias de forma crítica e responsável em práticas de cidadania e engajamento social.

Objetivos Específicos:

– Compreender o conceito de ativismo digital e sua evolução histórica.
– Explorar exemplos de movimentos sociais que utilizam as mídias digitais.
– Desenvolver habilidades de produção de conteúdo digital para o ativismo.
– Refletir sobre os impactos éticos e sociais do ativismo digital.

Habilidades BNCC:

– EM13LGG101: Compreender e analisar processos de produção e circulação de discursos, nas diferentes linguagens, para fazer escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e coletivos.
– EM13LGG202: Analisar interesses, relações de poder e perspectivas de mundo nos discursos das diversas práticas de linguagem.
– EM13LGG301: Participar de processos de produção individual e colaborativa em diferentes linguagens, buscando produzir sentidos em diferentes contextos.
– EM13LP40: Analisar o fenômeno da pós-verdade, discutindo as condições e os mecanismos de disseminação de fake news.
– EM13LP39: Usar procedimentos de checagem de fatos noticiados e fotos publicadas, de forma a combater a proliferação de notícias falsas.

Materiais Necessários:

– Computadores ou tablets com acesso à internet
– Projetor multimídia
– Quadro branco e marcadores
– Exemplos de postagens de ativismo digital (impressos ou digitais)
– Ferramentas de criação de infográficos (como Canva ou Piktochart)

Situações Problema:

– Como as redes sociais estão moldando a forma como nos comunicamos e mobilizamos em torno de causas sociais?
– De que forma podemos garantir que o conteúdo que produzimos ou consumimos nas redes sociais é confiável?
– Quais são os desafios enfrentados pelos ativistas digitais no combate à desinformação?

Contextualização:

O ativismo digital tem se tornado uma ferramenta poderosa para a promoção de movimentos sociais e políticos. Com o avanço das tecnologias de comunicação, cada vez mais pessoas utilizam plataformas digitais para expressar suas opiniões, promover causas e mobilizar apoiadores. Através de hashtags, campanhas online e grupos de discussão, é possível engajar um número significativo de indivíduos em torno de uma causa comum, tornando o ativismo mais acessível e visível. Contudo, essa visibilidade também traz desafios, como a disseminação de fake news e discurso de ódio, que os alunos precisam entender e enfrentar.

Desenvolvimento:

1. Apresentação do conceito de ativismo digital (10 minutos):
– Iniciar com uma discussão dinâmica sobre o que é ativismo digital.
– Utilizar exemplos de movimentos que se destacaram nas redes sociais, como o Movimento Black Lives Matter e Greve do Clima.

2. Análise de postagens (15 minutos):
– Dividir os alunos em grupos e fornecer exemplos de postagens de ativismo digital.
– Pedir que analisem como a linguagem, imagens e hashtags são utilizadas para mobilização.

3. Produção de conteúdo (20 minutos):
– Os alunos devem escolher uma causa social de sua preferência e criar uma postagem de ativismo digital (pode ser um infográfico, um post para redes sociais ou um breve vídeo).
– Incentivar a pesquisa sobre a causa escolhida e a utilização de dados ou informações pertinentes.

4. Apresentação e feedback (5 minutos):
– Pedir que alguns grupos compartilhem suas postagens com a turma.
– Promover uma breve discussão sobre as escolhas feitas e o impacto potencial.

Atividades sugeridas:

1. Discussão sobre Fake News:
– Objetivo: Entender como as fake news podem afetar o ativismo.
– Descrição: Comentar casos verídicos de desinformação relacionados ao ativismo digital.
– Instruções: Os alunos pesquisarão um caso de fake news que afectou um movimento social e compartilharão suas descobertas.

2. Criação de uma Campanha de Hashtag:
– Objetivo: Criar um movimento virtual.
– Descrição: Os alunos devem criar uma hashtag e um post que represente uma causa que acreditam ser importante.
– Instruções: Usar o Canva para desenhar um post atrativo.

3. Análise de Dados:
– Objetivo: Utilizar gráficos e dados em favor do ativismo.
– Descrição: Trabalhar com dados reais sobre uma causa escolhida e apresentar os dados através de gráficos.
– Instruções: Criar um gráfico utilizando um software como Google Sheets.

4. Debate sobre Responsabilidade Digital:
– Objetivo: Discutir a ética no ativismo digital.
– Descrição: Promover um debate sobre as implicações éticas de certos tipos de discurso nas redes sociais.
– Instruções: Preparar argumentos e contrapontos sobre o direito à liberdade de expressão vs. discurso de ódio.

5. Jogo do Adivinha:
– Objetivo: Aprender sobre movimentos sociais.
– Descrição: Criar um jogo onde os alunos devem adivinhar qual movimento social está sendo descrito.
– Instruções: Usar pistas que envolvam objetivos, estratégias e resultados de cada movimento.

Discussão em Grupo:

– Como as ações de ativismo digital podem influenciar mudanças sociais?
– Quais são as limitações do ativismo digital em comparação ao ativismo tradicional?
– O que podemos fazer para tornar nossas vozes mais efetivas nas plataformas digitais?

Perguntas:

– Quais plataformas digitais consideram mais eficazes para o ativismo e por quê?
– De que maneira a construção de uma comunidade online pode ajudar em uma causa?
– Como podemos identificar fontes confiáveis de informações destinadas ao ativismo?

Avaliação:

– A avaliação do aprendizado pode ser realizada através da apresentação das postagens criadas, que serão analisadas quanto à clareza da mensagem, uso das linguagens e criatividade. Além disso, o professor pode observar e dar feedback nas atividades de grupo e discussões.

Encerramento:

– Revisão dos principais conceitos abordados durante a aula e da importância do ativismo digital. Incentivar os alunos a continuarem acompanhando e participando de movimentos sociais em suas comunidades e redes sociais.

Dicas:

– Fomentar um ambiente seguro e respeitoso, onde todos os alunos possam expressar suas opiniões sem medo de julgamentos.
– Promover a diversidade de causas e encorajar a pesquisa sobre temas menos discutidos para expandir o conhecimento dos alunos.

Texto sobre o tema:

O ativismo digital é uma forma moderna de engajamento social que se destaca no cenário atual da comunicação. Com o advento das redes sociais e demais plataformas online, muitas pessoas passaram a utilizar seus perfis virtuais não apenas para compartilhar experiências pessoais, mas também para promover mudanças sociais. Tais ações podem ser vistas em diferentes esferas, como no apoio a causas relacionadas a Direitos Humanos, justiça social, direitos LGBTQIA+, proteção ambiental, entre outros. Neste contexto, as redes sociais se tornam ferramentas poderosas que permitem a mobilização de grandes grupos de pessoas em torno de uma ideia ou causa, como, por exemplo, o movimento #MeToo, que trouxe à tona questões sobre assédio sexual e empoderamento feminino.

Por outro lado, essa dimensão virtual do ativismo não é isenta de desafios. Questões como a disseminação de fake news e o discurso de ódio são obstáculos que muitos ativistas enfrentam. Um dos perigos do ativismo digital é a proliferação de informações falsas, que podem distorcer a percepção pública sobre determinados temas e prejudicar esforços de verdadeiras causas. Assim, a responsabilidade crítica ao consumir e produzir conteúdo torna-se essencial para que o ativismo digital tenha um impacto positivo na sociedade.

Além disso, o ativismo digital não se limita apenas à criação de postagens ou compartilhares conteúdos. Ele envolve uma série de ações estratégicas que buscam aumentar a conscientização, gerar discussões e mobilizar a sociedade. Através do uso inteligente e ético das tecnologias, as plataformas digitais podem ser utilizadas para engajar o público, promover eventos, arrecadar fundos e alcançar uma audiência global. Portanto, a prática do ativismo digital deve ser uma extensão da ação comunitária, onde a conexão feita online se traduz em eficácia no mundo real.

Desdobramentos do plano:

O plano de aula proposto pode ser desdobrado em várias direções,composto por uma série de abordagens interdisciplinares. Um possível desdobramento é a integração do ativismo digital em projetos de Ciências Humanas, onde os alunos podem analisar a evolução histórica de movimentos sociais em comparação com as suas vertentes digitais contemporâneas. Essa abordagem permite uma análise crítica não apenas da história do ativismo, mas também de como as tecnologias moldam as relações sociais.

Outra possibilidade de desdobramento é a realização de uma feira de ativismo digital, onde os alunos possam apresentar suas postagens e campanhas criadas durante a aula, interagindo com a comunidade escolar. Essa ação pode ajudar a promover a conscientização sobre diversos temas e incentivar outros alunos a se engajar em causas sociais.

Adicionalmente, a discussão sobre fake news e ética digital pode ser aprofundada em aulas subsequentes, utilizando ferramentas e plataformas que forneçam dados e orientações sobre como identificar informações confiáveis. Essa abordagem não só capacita os alunos a serem consumidores críticos de informações, mas também os prepara para se tornarem produtores de conteúdo que respeitam os princípios da ética e da responsabilidade social.

Orientações finais sobre o plano:

Ao implementar este plano de aula, é fundamental que o professor crie um ambiente de aprendizado acolhedor e inclusivo. Os alunos devem se sentir à vontade para expressar suas opiniões e discutir questões sensíveis, como as relacionadas ao ativismo digital e suas implicações sociais. O papel do professor vai além da simples transmissão de conhecimento; ele também deve atuar como um mediador do diálogo, estimulando a reflexão crítica sobre o uso das redes sociais e suas repercussões.

É importante também enfatizar a pesquisa independente e o uso de fontes confiáveis, que são essenciais para o desenvolvimento de postagens informadas e impactantes. Ao cultivar habilidades de pesquisa e análise crítica, os alunos não apenas se tornam mais informados, mas também mais empoderados para atuar em suas comunidades.

Por fim, é desejável que se estabeleça um follow-up após a execução do plano, em que os alunos possam compartilhar experiências relacionadas ao ativismo digital no dia a dia, seja através de grupos de discussões, postagens ou até mesmo em vídeos, garantindo que o aprendizado se mantenha vivo e continue a inspirar ações concretas no mundo real. Essa continuidade reforça o compromisso com a cidadania ativa e o engajamento social, elementos-chave para a formação de cidadãos conscientes e responsáveis.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Criação de Memes: O aluno cria memes que abordem temas sociais relevantes. A atividade pode estimular a criatividade e a reflexão crítica sobre como o humor e a linguagem visual podem engajar jovens em causas sociais. Materiais: acesso à internet e aplicativos de criação de memes.

2. Teatro de Sombras: Os alunos representam uma situação de ativismo através de teatro de sombras. Eles criam figuras e um enredo que discuta um tema social. Objetivo: desenvolver habilidades de expressão e apresentar de forma dramática questões sociais importantes. Materiais: projetor, fundos, recortes de papel.

3. Caça ao Tesouro Digital: Criar uma atividade onde os alunos seguem pistas online para descobrir informações sobre ativismos de culturais e movimentos sociais. A atividade promove pesquisa e interação online. Materiais: acesso à internet e lista de pistas.

4. Desafio da Criatividade: Os alunos têm um tempo limitado para criar um vídeo curto defendendo uma causa social. A atividade estimula a colaboração e o uso de tecnologias digitais. Materiais: celulares ou tablets para gravação.

5. Jogo de Questionários sobre Fake News: Os alunos formam equipes e competem para responder perguntas sobre o que é fake news. A competição tornará o aprendizado mais dinâmico e divertido enquanto eles apreendem mais sobre a veracidade da informação. Materiais: computador ou celular para pesquisa e formular um questionário.

Este plano de aula, ao incorporar a temática do ativismo digital, promove o envolvimento dos alunos com assuntos relevantes e contemporâneos, incentivando a crítica e o envolvimento ativo nas redes sociais. Ao final, os conhecimentos adquiridos não só desenvolverão competências e habilidades para a vida acadêmica, mas também prepararão os alunos para serem cidadãos do mundo digital.

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