Plano de Aula: “Atividades Físicas: Autocuidado e Convivência” (Ensino Médio) – 3º Ano
A proposta deste plano de aula é oferecê-la aos alunos do 3º ano do Ensino Médio por meio de brincadeiras, jogos e ginásticas. A intenção é incentivar o desenvolvimento de habilidades motoras, a coordenação e também a valorização da saúde e do bem-estar. As práticas corporais são essenciais não apenas para o controle do corpo e da mente, mas ajudam na socialização entre os estudantes, permitindo que desenvolvam uma série de competências necessárias para uma convivência harmoniosa na sociedade moderna.
A aula terá uma duração total de 50 minutos e será focada na importância das atividades físicas como ferramenta de aprendizado e inclusão social. De uma forma geral, pretende-se que os alunos compreendam a relação entre as práticas corporais e a cultura, as regras e a ética no âmbito das atividades físicas, promovendo uma reflexão crítica e um diálogo sobre temas relevantes, como saúde e direitos humanos.
Tema: Brincadeiras, jogos, ginástica
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Médio
Sub-etapa: 3º Ano Médio
Faixa Etária: 17 anos
Objetivo Geral:
Promover a reflexão e a prática sobre a importância das atividades físicas, jogos e brincadeiras, focando na contribuição para o desenvolvimento pessoal, social e cultural dos alunos, além da experiência do autocuidado e do respeito às diferenças.
Objetivos Específicos:
1. Desenvolver habilidades motoras e cognitivas por meio de jogos e brincadeiras.
2. Refletir sobre a importância da prática de atividades físicas para a saúde.
3. Estabelecer relações de cooperação, respeito e inclusão durante a realização das atividades.
4. Incentivar a análise crítica de preconceitos e estereótipos associados às práticas corporais.
Habilidades BNCC:
1. (EM13LGG502): Analisar criticamente preconceitos, estereótipos e relações de poder presentes nas práticas corporais, adotando posicionamento contrário a qualquer manifestação de injustiça e desrespeito aos direitos humanos e valores democráticos.
2. (EM13LGG503): Vivenciar práticas corporais e significá-las em seu projeto de vida, como forma de autoconhecimento, autocuidado com o corpo e com a saúde, socialização e entretenimento.
3. (EM13LGG201): Utilizar as diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais) em diferentes contextos, valorizando-as como fenômenos sociais, culturais, históricos, variáveis, heterogêneos e sensíveis aos contextos de uso.
Materiais Necessários:
– Bolas (importante ter diferentes tamanhos)
– Corda para pular
– Fitas adesivas para marcar o espaço
– Cones ou objetos para delimitar áreas
– Música para embalar as brincadeiras
Situações Problema:
Como podemos usar o jogo e a brincadeira para promover a inclusão e o respeito às diferenças? Quais valores as atividades corporais podem nos ensinar sobre a convivência social?
Contextualização:
As práticas de ginástica, jogos e brincadeiras são fundamentais na formação de indivíduos saudáveis e cidadãos conscientes. No contexto atual, onde o sedentarismo e a falta de socialização são recorrentes, cabe à educação física apresentar alternativas lúdicas que reúnam diversão e aprendizado, além de discutirem temas como inclusão e direitos humanos, essencial para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa.
Desenvolvimento:
– Iniciar a aula com uma breve introdução sobre a importância da prática de atividades físicas e seu impacto na saúde e bem-estar. Destacar alguns benefícios da atividade, como: aumento da concentração, melhoria do humor e do autocuidado.
– Explicar as regras de cada atividade e, em seguida, dividir a turma em grupos pequenos.
– A primeira atividade será “mímica em movimento”, onde cada grupo deve apresentar uma atividade física ou esporte através de uma mímica, enquanto os outros tentam adivinhar. Essa atividade promove a criatividade e o trabalho em equipe.
– Continuar com “a dança da cadeira”, que traz aspectos de competição e agilidade, além da elementar noção de competir e respeitar o espaço do outro.
– Para finalizar, um jogo de corda, onde cada aluno poderá vivenciar a coordenação e o equilíbrio.
Atividades sugeridas:
1. Dia 1: Mímica em movimento
– Objetivo: Estimular a coordenação e o trabalho em equipe.
– Descrição: Formar grupos e cada grupo faz mímicas para que os outros adivinhem o que é.
– Dicas para adaptação: Permitir que os alunos que se sentem menos confortáveis com a atuação possam descrever.
2. Dia 2: Dança da cadeira
– Objetivo: Promover a agilidade e o respeito às regras.
– Descrição: Colocar cadeiras em círculo, tocar a música e, quando parar, os alunos devem sentar.
– Dicas para adaptação: Para alunos mais tímidos, permitir que eles façam par com um colega.
3. Dia 3: Jogo de balas
– Objetivo: Melhorar a coordenação motora.
– Descrição: Dividir a turma em equipes e fazer competições de arremessar bolas em caixas.
– Dicas para adaptação: Oferecer bolas de tamanhos variados.
4. Dia 4: Corrida de saco
– Objetivo: Melhorar resistência e força dos membros inferiores.
– Descrição: Os alunos devem pular dentro de sacos marcados.
– Dicas para adaptação: Permitir que alunos com dificuldades motoras participem com ajuda.
5. Dia 5: Criação de uma ginástica de equipe
– Objetivo: Colaboração e criatividade.
– Descrição: Os alunos devem criar uma rotina de ginástica em grupos e apresentá-la.
– Dicas para adaptação: Permitir o uso de música e acessórios para deixar a apresentação mais rica.
Discussão em Grupo:
Promover uma discussão sobre o que cada um aprendeu durante as atividades, a importância da inclusão, e a forma como as práticas corporais ajudam na construção da identidade.
Perguntas:
– Como você se sentiu ao participar das atividades?
– O que você acredita que podemos aprender com as brincadeiras e jogos?
– Como podemos aplicar os valores que aprendemos nas aulas em nossa vida diária?
Avaliação:
A avaliação será contínua e processual, considerando a participação dos alunos, a capacidade de trabalhar em equipe, a criatividade nas execuções e a reflexão sobre valores educacionais.
Encerramento:
Finalizar a aula reforçando a importância da atividade física na vida do jovem, estimulando o cuidado com a saúde e o respeito ao próximo.
Dicas:
– Utilize as músicas que estejam em alta entre os adolescentes para motivá-los.
– Foque sempre no espírito de equipe e cooperação entre os alunos, evitando a concentração excessiva em competição.
Texto sobre o tema:
A prática de brincadeiras, jogos e ginásticas é um componente vital na formação de jovens saudáveis e socialmente integrados. Ao longo da história, as atividades físicas e lúdicas foram reconhecidas como formas de promover o bem-estar físico e emocional. Além disso, a prática do esporte tem um papel importante em fortalecer a solidariedade e a amizade entre as gerações. Brincadeiras e jogos não são apenas divertidos, mas também são motores de desenvolvimento social e cultural, promovendo a inclusão, o respeito e a empatia entre os indivíduos.
Por meio das atividades físicas, os alunos aprendem habilidades importantes que vão além do espaço da escola. São ensinados valores como o respeito pelas regras, a concentração, a disciplina e, muito especialmente, o trabalho em equipe. Esses elementos são fundamentais em nossa vivência cotidiana. Ao trabalhar de maneira cooperativa nos jogos, os alunos têm a oportunidade de se confrontar com suas próprias expectativas, aprendendo não apenas sobre o corpo, mas também sobre as interações sociais e a capacidade de lidar com os sentimentos dos outros. Promover um ambiente educativo onde o respeito se sobressaia e os preconceitos sejam quebrados é uma responsabilidade que deve ser coletiva.
Entender que a atividade física pode e deve ser uma expressão de diversão e interação social é essencial. Os alunos precisam perceber que se cuidar e cuidar do outro é um direito fundamental. A prática esportiva é uma maneira de fortalecer a consciência sobre saúde física e mental, gerando uma consciência crítica sobre estilos de vida e saúde, permitindo um espaço para discussões sobre temas como o preconceito e a inclusão social.
Desdobramentos do plano:
Desdobramentos futuros sobre o plano de aula podem incluir a organização de um torneio esportivo entre turmas, onde o foco estará na cooperação e no respeito, trazendo uma oportunidade para que os alunos implementem os conceitos aprendidos. Também seria interessante a criação de um diário de bordo onde os alunos poderiam registrar suas reflexões pessoais sobre as atividades e o que entenderam sobre a importância de uma vida saudável e ativa. Eles poderiam, ainda, serem desafiados a planejarem uma atividade física para suas famílias, explorando o conceito de compartilhamento de experiências e incentivo a hábitos saudáveis em casa e na comunidade.
Outro desdobramento da aula pode envolver a divulgação em redes sociais dos aprendizados, discutindo a luta contra atletas que são alvo de preconceito. Mostrar a diversidade nas atividades corporais também engrandece a discussão, além de sensibilizar os alunos sobre a importância da empatia nas práticas corporais. Ao reunir alunos de diferentes turmas para apresentações, eles poderão reconhecer e valorizar as diferenças físicas e habilidades, incentivando um espaço respeitoso e acolhedor.
Orientações finais sobre o plano:
As orientações finais devem sempre considerar as particularidades da turma e o ambiente escolar. O professor deve sempre estar atento às dinâmicas de grupo, adaptando as atividades às capacidades e preferências dos alunos. É preciso ser flexível e promover um ambiente seguro e acolhedor, onde todos se sintam à vontade para participar. Estimular a comunicação aberta durante e após a atividade é crucial para que os alunos não só compreendam a importância da atividade proposta, mas também possam expressar suas experiências de forma crítica e construtiva.
É importante lembrar que o foco da aula não deve ser apenas o ganho esportivo, mas sim as vivências compartilhadas que cada atividade proporciona. Ao encorajar discussões sobre as aprendizagens não só relacionadas à atividade física, mas também à convivência e respeito às diversidades, os alunos estarão se preparando para serem cidadãos melhores fora do contexto escolar. Portanto, promova o diálogo e a troca de experiências para que, juntos, possam construir uma visão de mundo mais inclusiva e respeitosa.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Circuito de habilidades – Criar estações de habilidades motoras, como escaladas, saltos e arremessos. Objetivo: melhorar a coordenação e colaboração. Para jovens de 17 anos, pode incluir desafios temporais.
2. Teatro de sombras – Usar exercícios de improvisação onde desenvolvem cenários de regras de esportes, promovendo a reflexão sobre jogos e inclusão. É possível integrar a parte artística.
3. Confecção de materiais esportivos – Incentivar a criatividade, onde os alunos devem confeccionar jogos utilizando material reciclado. Além de aprender, serve como reflexão socioambiental.
4. Desafios cooperativos – Organizar atividades onde o êxito depende do apoio mútuo. Por exemplo, corridas em duplas com um olho vendado. Esses exercícios promovem a confiança e cumplicidade.
5. Estilo livre de danças – Terminar a aula com uma atividade livre, onde os alunos escolhem dançar livremente. É uma forma de promover a expressão e a inclusão, ao mesmo tempo que se divertem.
Essas sugestões devem sempre considerar a faixa etária e o desenvolvimento dos alunos, promovendo um aprendizado lúdico e significativo.


