Plano de Aula: Atividades diagnosticas (Educação Infantil) – crianças_pequenas
A introdução deste plano de aula e as atividades propostas bailarão em torno do importante tema das atividades diagnósticas, especificamente direcionadas ao retorno às aulas para crianças pequenas de 5 anos, abarcando habilidades essenciais que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) sugere para esta faixa etária. A proposta visa não apenas uma leitura atenta do desenvolvimento infantil, mas também a utilização de metodologias lúdicas e interativas que engajem as crianças e as estimulem a apresentar suas individualidades e particularidades sociais, emocionais e cognitivas.
Ao longo de 15 dias, pretendemos proporcionar situações de aprendizagem que desafiem as crianças a se conhecerem melhor, a interagir com seus colegas e a explorar seus sentimentos e desejos. Assim, olharemos para cada atividade como uma oportunidade de diagnóstico – um momento valioso onde educadores poderão observar e compreender mais sobre a vivência e o cotidiano dos pequenos, promovendo um ambiente de acolhimento e desenvolvimento integral.
Tema: Atividades Diagnósticas
Duração: 15 dias
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 5 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar momentos de interação e expressão para que as crianças se sintam seguras e acolhidas em seu retorno às aulas, além de permitir ao educador realizar um diagnóstico das habilidades e características individuais de cada aluno.
Objetivos Específicos:
– Promover a empatia e o respeito às diferenças entre as crianças.
– Estimular expressões corporais e artísticas como forma de comunicação.
– Fomentar a construção de relações interpessoais saudáveis e cooperativas.
– Incentivar a comunicação de sentimentos e ideias em diferentes contextos e com variados formatos.
– Observar e descrever as interações entre os alunos, coletando dados que ajudem a entender suas realidades.
Habilidades BNCC:
Da Base Nacional Comum Curricular, as habilidades que se relacionam diretamente com o tema e a proposta do plano são:
– EI03EO01 – Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– EI03CG01 – Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.
– EI03EF01 – Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.
– EI03ET08 – Expressar medidas (peso, altura etc.), construindo gráficos básicos.
Materiais Necessários:
– Papel, lápis de cor, tintas guache, pincéis, folhas de papel em branco.
– Materiais recicláveis (caixas, garrafas, papelão).
– Instrumentos musicais simples (pandeiros, tambores, flautas).
– Livros infantis variados.
– Cartões de palavras ou figuras que representem sentimentos.
Situações Problema:
– “Como posso expressar o que sinto?”
– “O que eu gosto de fazer com meus amigos?”
– “Como as cores podem representar diferentes sentimentos?”
Contextualização:
No retorno às aulas, é fundamental promover um ambiente acolhedor que permita aos alunos expressarem suas vivências e sentimentos. Isso requer ações que acolham suas emoções, respeitando seus ritmos e limites. O uso de atividades diagnósticas apresenta-se como uma estratégia eficaz para captar as experiências dos alunos durante este período de transição.
Desenvolvimento:
Durante os 15 dias, cada aula será composta de diversas dinâmicas que estimularão o diálogo, a expressão e a empatia. As atividades serão organizadas em sequência, onde cada dia trará um novo tema ou proposta, permitindo que as crianças construam gradualmente suas próprias narrativas e compreensões sobre o mundo em que vivem.
Atividades sugeridas:
1. Dia 1: O Meu Corpo e Eu
– Objetivo: Reconhecer e valorizar o próprio corpo.
– Descrição: Cada criança desenhará seu corpo e as partes que mais gosta. Em seguida, compartilhará com o grupo.
– Instruções: Fornecer cartolina e materiais de desenho. Pedir que desenhem e comentem sobre cada parte.
2. Dia 2: Os Sentimentos em Cores
– Objetivo: Relacionar cores a sentimentos.
– Descrição: Criar um mural de sentimentos coloridos, onde cada cor representará um sentimento comunicado pelas crianças.
– Instruções: Utilizar tintas e pincéis; ao final, discutir o que cada cor representa.
3. Dia 3: Música dos Sentimentos
– Objetivo: Associar sentimentos a sons e ritmos.
– Descrição: Usar instrumentos musicais para criar uma “música dos sentimentos”.
– Instruções: Fazer uma roda, tocar e interpretar o que a música expressa.
4. Dia 4: História da Minha Vida
– Objetivo: Recontar momentos importantes da vida de cada um.
– Descrição: Com a ajuda do educador, as crianças irão contar sobre seus aniversários ou um evento especial.
– Instruções: O professor pode ajudar a escrever e registrar as histórias.
5. Dia 5: Collage de Amizade
– Objetivo: Identificar e valorizar as amizades na sala.
– Descrição: Criar uma colagem que represente as amizades utilizando recortes de revistas.
– Instruções: Incentivar a troca de ideias sobre o que significa ser amigo.
6. Dias 6 a 10: Repetir o ciclo de atividades com novos temas e desafios, utilizando sempre os materiais disponíveis e permitindo que as crianças explorem suas ideias. Cada dia poderia propor uma nova emoção, uma nova cor ou um novo som para serem explorados.
Discussão em Grupo:
Promover rodas de conversas ao final de cada atividade, onde as crianças possam falar sobre as experiências vividas nos dias anteriores. Perguntas como “O que foi mais legal?” ou “Como você se sentiu?” seriam excelentes para fomentar a discussão e o envolvimento.
Perguntas:
1. Como você se sente quando está com seus amigos?
2. O que você mais gosta de fazer na escola?
3. Qual é a cor do seu sentimento hoje?
4. O que podemos fazer para sermos amigos uns dos outros?
Avaliação:
A avaliação será feita de forma contínua, observando as interações, as competências desenvolvidas e as participações nas atividades. A proposta é que cada criança se sinta valorizada e ouvida, permitindo ao educador coletar informações e percepções sobre cada aluno através de seu comportamento e expressões. Esse diagnóstico ajudará na organização das futuras aulas, aumentando a adaptação às necessidades dos alunos.
Encerramento:
Ao final das duas semanas, promover um “Festival de Sentimentos”, onde as produções das crianças serão expostas e elas poderão apresentar suas criações e histórias. Incentivar os pequenos a falarem sobre o que aprenderam e como se sentiram durante este período, valorizar suas conquistas e solos de apresentação.
Dicas:
– Sempre demonstre interesse pelas histórias contadas.
– Estimule o uso da linguagem criativa e expressões artísticas.
– Ofereça suportes visuais e auditivos sempre que possível.
– Mantenha um ambiente acolhedor e seguro para que as crianças se sintam à vontade para se expressar.
Texto sobre o tema:
A volta às aulas é um momento singular e repleto de emoções tanto para as crianças quanto para os educadores. É fundamental que esta fase seja marcada pela acolhida e pela formação de um ambiente onde todos se sintam valorizados e respeitados. Quando as crianças retornam após um período fora da escola, elas trazem consigo uma bagagem de experiências que precisam ser respeitadas e integradas ao processo de ensino-aprendizagem. As atividades diagnósticas são uma oportunidade rica para que tanto o professor quanto os alunos possam construir um novo entendimento sobre esse coletivo, permitindo à turma se essencializar enquanto grupo.
As atividades propostas incentivam o desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e criativas, fundamentais para a formação de um indivíduo com autonomia e segurança. Os momentos de expressão corporal e artística são elementos-chave nesse processo, colaborando para que as crianças descubram não apenas mais sobre si mesmas, mas também sobre a dinâmica das interações sociais. A formação e a construção de valores como a empatia e a compreensão mútuas são fundamentais em um cenário educacional que busca formar cidadãos conscientes e respeitosos.
Além disso, é essencial que o educador tenha um olhar atento e sensível ao observar os alunos, podendo, com isso, oferecer uma assistência que respeite as individualidades e inclinações do grupo. Atividades que promovem discussões em grupo, troca de ideias e sentimentos ampliam a interação e a construção de amizade, formando uma base sólida para o aprendizado coletivo. Com esse plano, buscamos um desenvolvimento integral e harmonioso para crianças pequenas, promovendo não apenas aprendizados acadêmicos, mas também sociais e emocionais.
Desdobramentos do plano:
Ao final do período de atividades diagnósticas, o educador poderá utilizar as informações coletadas para trabalhar de forma diferenciada com cada grupo ou indivíduo em suas futuras abordagens. É possível selecionar e adaptar jogos e dinâmicas que ressoem com as interações observadas, garantindo que todos se sintam incluídos e que suas vozes sejam ouvidas. Por exemplo, atividades que se mostraram exitosas em atrair a atenção de certas crianças podem ser potencializadas e exploradas em maior profundidade.
Além disso, ao discutir as relacões interpessoais, será possível formar um ambiente em que o respeito às diferenças seja uma prioridade. A partir da experiência adquirida, o professor terá a oportunidade de estabelecer um vínculo mais forte com seus alunos, ajustando sua prática pedagógica para atender melhor às necessidades de cada um. Essa conexão emocional pode facilitar a abordagem de temas mais complexos e formações mais profundas, garantindo um aprendizado que tenha relevância e impacto na vida escolar.
Os desdobramentos das atividades também podem ser sentidos ao longo do ano letivo, com o fortalecimento da capacidade de resolver conflitos, demonstrar empatia e desenvolver relações mais saudáveis entre os colegas. Os impactos positivos acabam refletindo no ambiente escolar, onde as crianças se sentem parte integrante da comunidade e conscientes de suas responsabilidades sociais e emocionais. Desta forma, garantimos que a educação não se limite apenas a aspectos acadêmicos, mas se expanda para um aprendizado holístico, onde todos os envolvidos estão em constante evolução.
Orientações finais sobre o plano:
É importante lembrar que cada criança possui um ritmo único de aprendizagem e descoberta. Portanto, a adaptação das atividades deve ser uma prática contínua. Os educadores precisam estar abertos a mudanças e dispostos a fazer ajustes conforme a interação dos alunos com as atividades propostas. Essa flexibilidade é crucial para atender às necessidades emergentes do grupo e para valorizar os aprendizados cotidianos, garantindo que cada criança sinta que sua voz e suas experiências contam.
Os registros e a documentação das práticas e da evolução das crianças também são fundamentais. Criar um portfólio para cada criança, onde se possa registrar desenhos, produções escritas e relatos das experiências vividas, serve de grande incentivo para que elas continuem se expressando e desenvolvendo suas habilidades ao longo do tempo. Essa documentação também será um importante recurso para os pais e responsáveis, permitindo que eles acompanhem o progresso de seus filhos.
Por fim, o papel do educador é orientador e mediador nesse processo. É responsabilidade do professor criar um ambiente que não apenas transmita conhecimento, mas que também fomente o respeito, a amizade e a curiosidade. Com essas orientações, esperamos que todos os envolvidos na educação das crianças pequenas sientam-se inspirados a implementar práticas que moralizem o aprendizado, garantam um retorno acolhedor e criem experiências positivas que se estendam muito além do dia a dia escolar.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Fantoches: Utilize fantoches para contar histórias que abordem temas como amizade, empatia e diferentes sentimentos. Proponha que crianças criem seus próprios fantoches e apresentem histórias que tragam à tona seus sentimentos.
– Objetivo: Desenvolver a expressão oral e a empatia.
– Materiais: Meias, feltro, olhos móveis, cola.
– Modo de condução: Após a apresentação, estimule diálogos sobre como se sentiram durante a história.
2. Jogo da Memória dos Sentimentos: Crie cartas com diferentes expressões faciais representando emoções que as crianças devem combinar. Por exemplo, alegria, tristeza, raiva e surpresa.
– Objetivo: Identificar e discutir diferentes sentimentos.
– Materiais: Cartas de papel com desenhos ou fotos.
– Modo de condução: Após jogar, converse sobre os sentimentos que conhecem e como lidam com eles.
3. Caminhada dos Sentimentos: Proponha uma caminhada pelo pátio ou parque da escola, onde cada estação representa um sentimento diferente (alegria, tristeza, etc.), com atividades relacionadas a cada um.
– Objetivo: Observar e refletir sobre as emoções na natureza e na vida cotidiana.
– Materiais: Pequenas estações com materiais que remetam aos sentimentos.
– Modo de condução: Share stories related to the feelings observed during the walk.
4. Arte Coletiva da Turma: Crie uma grande tela onde cada criança poderá se expressar com cores e formas que representem suas emoções do dia.
– Objetivo: Estimular a colaboração e as expressões artísticas.
– Materiais: Tinta, pincéis e uma lona grande.
– Modo de condução: Após a atividade, conversar sobre o que cada um expressou e como as emoções são diferentes.
5. Caixa de Surpresas: Crie uma caixa com objetos que representam diferentes emoções (um brinquedo que faz rir, um lenço que pode simbolizar tristeza) e proponha que as crianças compartilhem histórias associadas aos objetos.
– Objetivo: Desenvolver a habilidade de contar histórias e conectar objetos a sentimentos.
– Materiais: Caixa decorada e objetos diversos.
– Modo de condução: Incentivar que todos falem sobre como se sentem a partir dos objetos.
Com essas sugestões lúdicas e as orientações constantes do plano de aula, esperamos que educadores e alunos desenvolvam um ambiente harmonioso e propenso ao aprendizado e ao crescimento mútuo, celebrando a diversidade e a união em comunidade.