Plano de Aula: Árvore pedagógica (Ensino Fundamental 1) – 2º Ano
A proposta deste plano de aula é desenvolver um trabalho pedagógico ao redor da Árvore Pedagógica, que permite aos alunos aprender as quatro operações fundamentais da matemática: adição, subtração, multiplicação e divisão. O objetivo é utilizar esse conceito para criar situações-problema que estimulem a resolução de questões matemáticas de maneira lúdica e interativa. Isso se torna uma oportunidade ímpar para promover a aprendizagem significativa, integrando o ensino de matemática à atividade prática e ao jogo.
Durante os dois dias de aula, os alunos do 2° ano do Ensino Fundamental 1 terão a chance de interagir, resolver problemas e desenvolver suas habilidades matemáticas de forma cooperativa e descontraída. A utilização do jogo como ferramenta de ensino não só facilita o entendimento das operações matemáticas, mas também promove um ambiente colaborativo em sala de aula, onde cada estudante poderá contribuir com suas ideias e resolver problemas juntos.
Tema: Árvore pedagógica
Duração: Dois dias
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 2º Ano
Faixa Etária: 7 a 8 anos
Objetivo Geral:
Promover a compreensão e o uso das quatro operações matemáticas (adição, subtração, multiplicação e divisão) por meio do uso da Árvore Pedagógica como suporte para a criação de situações-problema.
Objetivos Específicos:
– Desenvolver a habilidade de resolver problemas matemáticos utilizando as quatro operações.
– Estimular o trabalho em equipe e a colaboração entre os alunos durante a resolução de problemas.
– Criar um vínculo entre o conteúdo matemático e a prática por meio de jogos e atividades lúdicas.
Habilidades BNCC:
– (EF02MA06) Resolver e elaborar problemas de adição e subtração envolvendo números de até três ordens, com os significados de juntar, acrescentar, separar, retirar, utilizando estratégias pessoais ou convencionais.
– (EF02MA07) Resolver e elaborar problemas de multiplicação (por 2, 3, 4 e 5) com a ideia de adição de parcelas iguais por meio de estratégias e formas de registro pessoais, utilizando ou não suporte de imagens e/ou material manipulável.
– (EF02MA04) Compor e decompor números naturais de até três ordens, com suporte de material manipulável, por meio de diferentes adições.
Materiais Necessários:
– Cartolina ou papel kraft
– Tesoura
– Lápis de cor ou canetas
– Material manipulável (botões, palitos, etc.)
– Fichas de problemas matemáticos
Situações Problema:
As situações-problema serão criadas com base em contextos da vida dos alunos, como por exemplo: “Se na árvore pedagógica temos 3 maçãs e seu colega adicionou mais 2, quantas maçãs temos agora?”, que envolve adição. Outros exemplos irão explorar subtração, multiplicação e divisão em situações que os alunos podem vivenciar no dia a dia, tornando-os mais relevantes e significativos.
Contextualização:
Iniciaremos a aula apresentando a Árvore Pedagógica, discutindo seu significado e sua representação visual. Em seguida, explicaremos como as operações matemáticas se interligam na resolução de problemas. Para isso, usaremos exemplos simples e claros, adequados à faixa etária, estabelecendo uma conexão direta com a vida diária dos alunos.
Desenvolvimento:
1. Apresentação da Árvore Pedagógica: O professor deve desenhar uma árvore no quadro e explicar suas partes, associando os ramos às operações matemáticas.
2. Formação dos grupos: Dividir a turma em grupos de 4 a 5 alunos, promovendo uma dinâmica colaborativa.
3. Criação de fichas de problemas: Cada grupo criará 3 a 4 fichas com problemas utilizando as operações.
4. Troca de fichas: Os grupos trocarão as fichas entre si e resolverão os problemas propostos.
5. Apresentação dos resultados: Ao final, cada grupo apresentará as soluções encontradas, estimulando a discussão sobre diferentes estratégias usadas.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1: Jogo da Árvore
– Objetivo: Resolvendo problemas de adição.
– Descrição: Os alunos desenharão uma árvore no papel e em cada ramo haverá um problema de adição.
– Instruções: Cada aluno deve resolver uma operação e apresentar a sua solução para o grupo.
– Materiais: Cartolina, lápis e canetas.
– Adaptação: Para alunos que precisam de mais desafio, incluir problemas que envolvem mais números.
– Atividade 2: Caça ao Tesouro Matemático
– Objetivo: Resolução de problemas de subtração.
– Descrição: Criar pistas que levam a diferentes lugares da sala, onde haverá problemas de subtração a serem resolvidos.
– Instruções: Ao resolver cada problema corretamente, eles ganham uma nova pista.
– Materiais: Fichas com problemas de subtração.
– Adaptação: Para alunos com dificuldades, fornecer exemplos resolvidos antes da atividade.
– Atividade 3: O que há na minha árvore?
– Objetivo: Compreender multiplicação.
– Descrição: Cada aluno desenhará sua árvore e colocará visivelmente diferentes itens (ex: frutas) e deverá multiplicar esses itens.
– Instruções: Os alunos devem calcular quantas frutas terão, considerando que cada ramo terá o mesmo número de frutas.
– Materiais: Papel, lápis, e objetos diversos se desejado.
– Adaptação: Para alunos que não dominam bem multiplicação, utilizar material manipulativo.
– Atividade 4: Resolva o desafio!
– Objetivo: Trabalhar a divisão.
– Descrição: Propor contextos de divisão usando a árvore como base. Exemplo: “Se temos 12 maçãs e 4 amigos, quantas maçãs cada um teria?”
– Instruções: Dividir o número de maçãs e fazer a contagem coletiva.
– Materiais: Itens manipuláveis para contagem.
– Adaptação: Utilizar representação visual para facilitar o entendimento.
Discussão em Grupo:
Promover um diálogo aberto após a implementação das atividades, onde cada grupo poderá compartilhar as dificuldades encontradas e as estratégias usadas para superá-las. Além disso, promove-se uma troca de experiências sobre como cada um resolveu os problemas, valorizando as diferentes abordagens.
Perguntas:
– Como você resolveu o problema que encontramos na árvore?
– Quais operações você usou?
– Existe mais de uma maneira de resolver o mesmo problema?
– Como você se sentiu ao trabalhar em grupo?
Avaliação:
A avaliação será contínua e formativa, observando a participação dos alunos nas discussões, a colaboração no trabalho em grupo e a compreensão demonstrada nas atividades. O professor poderá usar as fichas de problemas criadas pelos grupos como uma das formas de avaliar a compreensão dos alunos sobre o conteúdo.
Encerramento:
Finalizar a aula fazendo uma recapitulação das operações aprendidas, valorizando a experiência coletiva e individual dos alunos. Sugerir que cada um traga exemplos de problemas que encontram no dia a dia e que podem ser resolvidos utilizando as operações matemáticas.
Dicas:
– Utilize jogos e brincadeiras como reforço, facilitando a aprendizagem ao torná-la divertida.
– Crie um ambiente acolhedor, onde os alunos se sintam à vontade para participar e compartilhar.
– Reforce a prática da cooperação durante as atividades, promovendo a socialização e respeito entre os alunos.
Texto sobre o tema:
As árvores pedagógicas são recursos didáticos que têm se mostrado bastante eficazes na educação. Elas permitem a visualização de conceitos complexos de forma simples e clara, especialmente para alunos da educação infantil e primeira fase do ensino fundamental. Ao utilizar uma “árvore” que associa cada operação matemática a um ramo, os estudantes conseguem entender melhor a relação entre as operações e como elas se aplicam em diferentes situações.
A ideia de usar uma árvore pedagógica vai além de uma simples representação gráfica; ela serve como uma metáfora para o aprendizado crescente. Assim como uma árvore cresce e se ramifica, o conhecimento matemático dos alunos se expande à medida que eles compreendem e aplicam as diferentes operações em suas vidas diárias. A experiência prática em sala de aula resulta em uma aprendizagem mais significativa, pois os alunos conseguem ver como matemática está presente em seu cotidiano e como eles podem aplicar essas operações no seu dia a dia, tornando-se, assim, cidadãos críticos e ativos.
Além disso, o uso de jogos e situações-problema para aplicar o conceito de árvore pedagógica traz um benefício adicional: desenvolve a capacidade de resolução de problemas dos alunos. Quando eles se deparam com situações que necessitam das quatro operações, eles não apenas aprendem a resolvê-las, mas também se tornam mais críticos e criativos na hora de pensar em soluções. O trabalho em grupo também promove o desenvolvimento de habilidades sociais, pois eles precisam dialogar, ouvir o colega e chegar a um consenso sobre a melhor forma de resolver um problema. Portanto, ensinar matemática de forma lúdica e colaborativa, utilizando recursos como a árvore pedagógica, não apenas fortalece o aprendizado acadêmico, mas também desenvolve habilidades importantes para a vida.
Desdobramentos do plano:
Este plano tem a capacidade de se desdobrar em inúmeras direções, permitindo que os professores explorem conteúdos não apenas relacionados à matemática, mas também a outras disciplinas. Uma possibilidade é integrar o ensino da língua portuguesa ao convidar os alunos a descreverem as situações-problema criadas. Por exemplo, cada aluno pode produzir um pequeno texto narrativo utilizando as operações matemáticas e a árvore pedagógica como contexto, desenvolvendo assim a sua habilidade de escrita e interpretação.
Outra sugestão é trabalhar com artes durante a construção da árvore pedagógica. Os alunos podem criar representações artísticas da sua árvore, utilizando diferentes materiais, como papel colorido, cola e tesoura, estimulando a criatividade. Isso não só irá embelezar a sala de aula, mas também proporciona uma oportunidade de conectar a aprendizagem matemática com as expressões artísticas, reforçando a interdisciplinaridade na educação.
Por último, é possível ainda promover um “Dia da Árvore Pedagógica”, onde os alunos trarão suas árvores e problemas para serem resolvidos. Assim, poderão compartilhar as experiências que tiveram trabalhando em grupo, promovendo ainda mais a socialização e o aprendizado coletivo. Para isso, atividades podem ser planejadas que ajudem a avaliar se realmente houve uma compreensão das operações. Esse tipo de evento dará aos alunos a chance de se tornarem multiplicadores do conhecimento, o que é extremamente valioso para o processo de aprendizagem.
Orientações finais sobre o plano:
Ao aplicar este plano, o professor deve estar preparado para adaptar as atividades conforme o perfil da turma e as necessidades individuais dos alunos. É importante que cada estudante se sinta incluído e capaz de participar das atividades, sejam elas mais práticas ou colaborativas. O uso de elementos visuais e materiais manipuláveis pode ser muito útil para ajudar os alunos que têm dificuldades em compreender conceitos matemáticos. Além disso, promover um ambiente de respeito e acolhimento é fundamental para que todos se sintam à vontade para expressar suas opiniões e pensamentos.
Os professores também podem incluir mais uma atividade de revisão após a implementação das situações-problema, incentivando a reflexão coletiva. Como parte essencial do aprendizado, essa discussão posiciona os alunos como protagonistas do seu próprio aprendizado, promovendo a conscientização sobre as operações que aprenderam e como essas habilidades podem ser utilizadas no cotidiano. A ideia é que eles possam reconhecer a matemática não apenas como uma disciplina escolar, mas uma ferramenta poderosa para a resolução de problemas diários.
Por fim, é essencial que a prática pedagógica esteja sempre em constante evolução, incorporando novas metodologias e recursos. A cada aplicação deste plano, o professor poderá identificar o que funcionou bem e o que pode ser aprimorado, contribuindo para uma prática de ensino mais rica e significativa. É a reflexão sobre a prática que permitirá um desenvolvimento cada vez mais eficaz no ensino da matemática.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. A Dança das Operações
– Objetivo: Trabalhar a memorização das operações em ritmo de dança.
– Descrição: Criar uma coreografia onde os alunos deverão fazer movimentos diferentes para cada operação (adição, subtração, multiplicação e divisão) durante a música que vai tocar.
– Materiais: Música animada para dançar.
– Adaptação: Para alunos que não se sentem confortáveis em dançar, podem participar batendo palmas ou fazendo gestos.
2. Quebra-Cabeça da Matemática
– Objetivo: Fixar as operações de forma divertida.
– Descrição: Criar peças de quebra-cabeça contendo diferentes operações matemáticas, e os alunos devem montar o quebra-cabeça resolvendo as operações ao mesmo tempo.
– Materiais: Papel para fazer o quebra-cabeça e canetas.
– Adaptação: Para alunos com dificuldades, o professor pode auxiliar na formação de pares que trabalhem juntos.
3. O Jogo da Memória Matemático
– Objetivo: Trabalhar a memorização e o reconhecimento das operações.
– Descrição: Montar um jogo de memória utilizando operações de matemática e suas respostas. Os alunos devem encontrar os pares corretos.
– Materiais: Cartões com operações e cartões com respostas.
– Adaptação: Para alunos que precisam de mais apoio, pode-se trabalhar com um número menor de pares.
4. Teatro Matemático
– Objetivo: Representar situações que envolvam as quatro operações.
– Descrição: Dividir a turma em grupos e cada grupo deverá criar uma pequena peça de teatro onde uma operação matemática terá que ser resolvida com a ajuda da turma.
– Materiais: Fantasias e adereços simples.
– Adaptação: Para alunos tímidos, a peça pode ser apenas um diálogo, sem a necessidade de atuarem.
5. Caixa de Problemas
– Objetivo: Resolver problemas matemáticos de diferentes níveis.
– Descrição: Criar uma caixa cheia de diferentes problemas (adição, subtração, multiplicação e divisão) e cada aluno ou grupo deve sortear um problema para resolver.
– Materiais: Caixa e fichas com problemas escritos.
– Adaptação: Os problemas podem ser organizados em níveis de dificuldade, permitindo que cada aluno escolha o seu nível.
Este plano foi estruturado para envolver os alunos no aprendizado de forma significativa, utilizando uma abordagem lúdica e colaborativa que visa não apenas a compreensão matemática, mas também o desenvolvimento de habilidades sociais e críticas. Com isso, será possível promover um sólido entendimento das operações em um ambiente inclusivo e divertido.

