Plano de Aula: Artes nos espaços arquitetônicos (Ensino Fundamental 2) – 7º Ano

Este plano de aula tem como foco o uso das artes nos espaços arquitetônicos, voltando-se para as manifestações artísticas contemporâneas que se fazem presentes em locais públicos e/ou arquitetônicos, que envolvem tanto espaços urbanos quanto paisagens naturais. O ensino das artes é uma oportunidade rica para os alunos do 7º ano do Ensino Fundamental compreenderem como a arte e a arquitetura podem dialogar, influenciar e transformar o espaço em que estão inseridos, além de estimular a sua percepção estética e criatividade.

Ao longo de duas aulas, os alunos irão explorar a relação entre arte e arquitetura, analisando obras de arte contemporâneas que estão integradas aos espaços arquitetônicos e discutir seu impacto social e cultural. Este plano vai promover não apenas o aprendizado teórico sobre a arte e a arquitetura, mas também atividades práticas onde os estudantes poderão se expressar artisticamente, refletindo sobre o espaço em que vivem.

Tema: Artes nos espaços arquitetônicos
Duração: 2 aulas
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 7º Ano
Faixa Etária: 12 e 13 anos

Objetivo Geral:

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Proporcionar aos alunos a compreensão da relação entre a arte e a arquitetura nos espaços públicos e naturais, estimulando a reflexão crítica sobre as manifestações artísticas contemporâneas e possibilitando a criação de obras próprias.

Objetivos Específicos:

– Analisar obras de arte contemporânea em espaços arquitetônicos.
– Identificar a função social e cultural de obras artísticas no espaço público.
– Refletir sobre a influência da arte no cotidiano e na paisagem urbana.
– Criar uma proposta de intervenção artística em um espaço da escola ou do bairro.

Habilidades BNCC:

– (EF69AR01) Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas.
– (EF69AR02) Pesquisar e analisar diferentes estilos visuais, contextualizando-os no tempo e no espaço.
– (EF69AR04) Analisar os elementos constitutivos das artes visuais na apreciação de diferentes produções artísticas.
– (EF69AR06) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, fazendo uso de materiais convencionais e alternativos.
– (EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial de culturas diversas.

Materiais Necessários:

– Projetor multimídia e computador para apresentação de slides.
– Acesso à internet para pesquisa.
– Materiais de arte como papel, tintas, pincéis, materiais recicláveis.
– Câmera fotográfica ou celular para registros.
– Caderno para anotações e rascunhos.

Situações Problema:

– Como as artes podem transformar um espaço urbano?
– Quais são os impactos sociais e culturais da arte no cotidiano das pessoas?
– Como podemos integrar arte e arquitetura em nosso ambiente escolar ou no nosso bairro?

Contextualização:

Os espaços arquitetônicos são mais do que apenas construções; eles são contextos nos quais a arte pode se manifestar. Ao longo da história, diversos artistas têm utilizado espaços públicos e naturais para expressar suas ideias, conectar as pessoas e desenvolver diálogos com o ambiente. Este plano propõe uma reflexão sobre como a arte contemporânea pode ser um meio de transformação social e cultural, estimulando a participação ativa dos alunos na análise e criação de obras artísticas.

Desenvolvimento:

Na primeira aula, será realizada uma apresentação sobre a relação entre arte e arquitetura. O professor pode iniciar exibindo imagens de obras de arte em espaços urbanos, como murais, esculturas e instalações, incentivando os alunos a discutirem suas percepções sobre cada uma delas. Em seguida, os alunos poderão trabalhar em grupos, escolhendo uma obra que gostariam de analisar mais a fundo.

Na segunda aula, os alunos devem discutir as características da obra escolhida e suas funções sociais. Após essa reflexão, a atividade prática começará. Cada grupo será desafiado a criar uma proposta de intervenção artística em um espaço da escola ou do bairro, podendo ser uma pintura, uma instalação ou um mural. Eles deverão apresentar suas propostas em um formato visual e discutir como a arte pode impactar positivamente a comunidade.

Atividades sugeridas:

1. Atividade de Análise de Obras (1ª Aula)
Objetivo: Compreender a função e a estética das obras de arte no espaço urbano.
Descrição: O professor apresentará diversas obras de arte contemporâneas expostas em espaços públicos. Os alunos, em grupos, escolherão uma obra para analisar, apresentando aspectos como estilo, materiais usados e impacto na comunidade. As informações devem ser registradas em cartazes que serão expostos na sala.
Materiais: Projetor, computador, cartolinas, canetas.
Adaptações: Oferecer ajuda a alunos com dificuldades de leitura para interpretar as obras.

2. Debate sobre Impactos da Arte (1ª Aula)
Objetivo: Discutir a relação entre arte, espaço e sociedade.
Descrição: Após a apresentação das obras, os alunos participarão de um debate, levando em conta as questões levantadas na situação problema. O professor poderá moderar e dirigir as discussões, incentivando o respeito às opiniões divergentes.
Materiais: Quadro branco para anotações, microfone (opcional).
Adaptações: Para alunos tímidos, pode-se permitir que eles escrevam suas contribuições em bilhetes para serem lidos.

3. Criação de Propostas Artísticas (2ª Aula)
Objetivo: Desenvolver habilidades criativas e de trabalho em grupo.
Descrição: Com base nas discussões da aula anterior, cada grupo criará uma proposta de intervenção artística. Eles devem elaborar uma apresentação visual que descreva a sua ideia, como o espaço será transformado e o impacto esperado.
Materiais: Materiais de arte (papel, tintas, tesouras, colas, materiais recicláveis).
Adaptações: Permitir auxílios adicionais, como modelos de design, para alunos que necessitam de suporte extra.

4. Apresentação das Propostas (2ª Aula)
Objetivo: Praticar habilidades de apresentação e argumentação.
Descrição: Cada grupo terá tempo para apresentar sua proposta à turma. O professor poderá fazer perguntas e estimular uma discussão sobre como cada proposta pode impactar o espaço apresentado.
Materiais: Câmera para gravação das apresentações (opcional).
Adaptações: Grupos menores ou pares podem ser formados para que alunos mais tímidos apresentem.

5. Feedback e Reflexão Final
Objetivo: Promover a autocrítica e a troca de ideias.
Descrição: Após todas as apresentações, os alunos poderão dar feedback construtivo sobre as propostas apresentadas, abordando o que mais gostaram e sugestões para melhorias.
Materiais: Fichas para anotação do feedback.
Adaptações: Incentivar o uso de sussurros e bilhetes para alunos que preferem expressar suas opiniões de maneira menos verbal.

Discussão em Grupo:

Iniciar a discussão em grupo após a apresentação das propostas para refletir sobre a importância da integração entre arte e arquitetura. Perguntar:
– Como a arte pode influenciar as relações sociais em um determinado espaço?
– Que sentimentos as obras artísticas evocam no público?
– Quais obras de arte vocês têm em mente que fazem parte do cotidiano de vocês?

Perguntas:

– Qual a importância da arte em espaços públicos?
– Como as intervenções artísticas podem transformar a percepção de um bairro?
– Que tipo de mensagem a sua proposta artística quer passar à comunidade?

Avaliação:

A avaliação será contínua, levando em consideração a participação dos alunos nas discussões, a qualidade da análise das obras, a criatividade e a viabilidade das propostas artísticas, além da habilidade de apresentação. O feedback do professor e dos colegas também será parte da avaliação.

Encerramento:

Para encerrar, o professor pode pedir que os alunos compartilhem o que aprenderam sobre a relação entre arte e seus contextos urbanos e naturais, refletindo sobre como isso pode influenciar suas vidas e ações. As propostas criadas poderão ser expostas em uma mostra para a comunidade, reforçando a importância de envolver o público nas discussões artísticas.

Dicas:

– Explore diferentes estilos de arte contemporânea e suas influências.
– Encoraje os alunos a olharem ao redor e identificarem formas de arte que podem estar em seu dia a dia.
– Considere levar os alunos a um passeio para observar arte em espaços públicos, se possível.

Texto sobre o tema:

A relação entre arte e arquitetura é um dos elementos mais fascinantes do cotidiano contemporâneo. Através da arte, podemos expressar emoções, contestar valores e propor novas narrativas. Quando a arte se insere em espaços arquitetônicos, ela não apenas embeleza, mas também provoca reflexões profundas sobre nossas interações com o ambiente urbano. Obras de arte podem se tornar marcadores de identidade cultural, pontes de diálogo entre as comunidades e ferramentas críticas de transformação social e ambiental.

Por exemplo, a prática de muralismo é uma forma poderosa de arte pública que transforma a percepção de uma localidade. Muralistas não apenas pintam paredes; eles contam histórias e discutem questões relevantes que afetam a comunidade. O muralismo, como o desenvolvido em várias cidades ao redor do mundo, serve como uma forma de resistência cultural, expressão política e identidade coletiva. O espaço se torna um canvas, um palco onde a interação humana é incentivada e o diálogo ocorre diariamente.

Além disso, a arquitetura das cidades pode ser pensada como um reflexo da cultura e do tempo em que foi criada. Prédios históricos, monumentos e praças muitas vezes se tornam testemunhas da evolução sociocultural. A inserção de arte contemporânea nesses espaços não é apenas uma questão estética, mas uma oportunidade para reimaginar a cidade e criar vínculos afetivos com os cidadãos. Isso nos leva a pensar em como podemos cultivar um legado cultural, onde a arte se torna uma parte vital da vivência urbana, fomentando a participação e o pertencimento à comunidade.

Desdobramentos do plano:

Esse plano de aula pode ser desdobrado em várias direções. Primeiramente, a intervenção artística proposta pode ser efetivamente realizada, envolvendo a participação da comunidade escolar na execução e preservação da obra. Isso propicia um sentido de pertencimento e valorização do espaço, e pode gerar um sentimento de orgulho entre os alunos. Ao realizarem a intervenção, eles aprendem sobre a importância do trabalho em equipe, da responsabilidade e do respeito ao espaço coletivo.

Além disso, cabe refletir sobre outros temas que podem ser abordados a partir deste plano, como a preservação do patrimônio cultural e a crítica aos espaços urbanos que carecem de arte e beleza. Os alunos podem ser incentivados a investigar e propor soluções para a revitalização de espaços negligenciados em suas comunidades, desenvolvendo habilidades de análise crítica e proposição de mudanças sociais.

Por fim, a experiência servirá como um ponte para outros conteúdos curriculares, como história e geografia. Ao relacionar a arte com a cultura regional ou nacional, os estudantes podem entender melhor a diversidade das expressões artísticas e a influência dos diferentes contextos históricos sobre a arte contemporânea. Esse entrelaçamento pode resultar em um projeto interativo que culmina em uma conferência ou feira de arte, onde as criações dos alunos são compartilhadas com a comunidade escolar, ampliando o alcance educativo do tema.

Orientações finais sobre o plano:

Para que este plano de aula seja efetivo, é fundamental que o professor esteja preparado para conduzir discussões que desafiem os alunos a pensar criticamente sobre o papel da arte em suas vidas e em sua comunidade. O ambiente deve ser acolhedor e aberto a diferentes opiniões e interpretações, favorecendo a troca de experiências e reflexões. Ao fazer isso, o educador promove um espaço de aprendizado que valoriza a individualidade, ao mesmo tempo em que fortalece a coesão do grupo.

Além disso, o uso de tecnologia pode ser integrado ao plano, por exemplo, por meio da utilização de plataformas digitais para a apresentação das propostas artísticas. Isso não apenas agrega valor à experiência de criação, mas também desenvolve habilidades digitais essenciais no mundo contemporâneo. Incentivar os alunos a registrar o processo artístico em vídeos ou fotos pode estender as reflexões para além da sala de aula, permitindo que compartilhem seus trabalhos nas redes sociais, promovendo ainda mais engajamento com a comunidade.

Por último, cabe ao professor relembrar que a arte é uma expressão profundamente humana e um reflexo da sociedade. Estimular os alunos a conectar suas vivências e questionamentos à produção artística pode acender uma chama de curiosidade e criatividade que irá acompanhá-los em outras áreas do conhecimento e em suas trajetórias futuras como indivíduos críticos e engajados.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça ao Tesouro Artístico: Organizar uma caça ao tesouro que incentive os alunos a localizar e documentar obras de arte em sua comunidade, usando fotos e fazendo anotações sobre o impacto visual e social de cada obra.

2. Oficina de Muralismo: Promover uma oficina onde os alunos possam criar um mural coletivo que expresse sua visão sobre a escola ou a comunidade. Utilizar materiais recicláveis para compor a arte pode ensinar sobre sustentabilidade.

3. Pintura Coletiva ao Ar Livre: Organizar um dia de pintura ao ar livre, onde os alunos possam experimentar diferentes técnicas de pintura, como aquarela e guache, inspirando-se em sua paisagem ao redor.

4. Teatro de Sombras: Os alunos podem criar uma peça de teatro de sombras usando recortes de papel e uma fonte de luz. A proposta deve girar em torno de um tema de arte e espaço, permitindo que experimentem com cenários e narrativas.

5. Criação de um Zine de Arte: Os alunos podem ser desafiados a criar um zine (revista independente) que reúna suas experiências artísticas, incluindo ilustrações, escritos e reflexões sobre a arte nos espaços públicos. Isso fomenta a expressão individual e coletiva do grupo.

Esse plano de aula busca não apenas atender aos conteúdos curriculares, mas também despertar e desenvolver o olhar crítico e criativo dos alunos, tornando-os mais conscientes do espaço que habitam e participantes ativos na construção cultural de sua comunidade.