A proposta deste plano de aula é proporcionar uma experiência significativa e envolvente para os bebês com idades entre 1 e 2 anos, utilizando argolas como ferramenta de aprendizado e exploração. O manuseio dessas argolas irá estimular não apenas a curiosidade, mas também o desenvolvimento motor e a interação social dos pequenos. É essencial que as atividades sejam planejadas com atenção, para que os bebês se sintam seguros e acolhidos durante o processo de aprendizado, o que contribui para o seu desenvolvimento emocional e cognitivo.

O trabalho com argolas favorece a exploração tátil e visual, além de permitir diversas brincadeiras que podem incentivar a criatividade e a comunicação entre as crianças. Através dessas interações, os pequenos aprendem sobre suas próprias habilidades e limites, além de começarem a perceber como suas ações afetam o ambiente e as pessoas ao seu redor. Este plano de aula foi elaborado seguindo as orientações da BNCC, incentivando o desenvolvimento integral da criança.

Tema: Argolas
Duração: 40 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 1 a 2 anos

Objetivo Geral:

×

Promover o manuseio e a exploração de argolas, estimulando a coordenação motora, a interação social e a expressão das emoções, permitindo que as crianças se familiarizem com seu corpo e com o espaço ao seu redor.

Objetivos Específicos:

– Proporcionar experiências de manuseio e exploração de argolas, desenvolvendo a coordenação motora.
– Estimular a comunicação e a interação entre as crianças durante as atividades.
– Incentivar a percepção dos limites e possibilidades do próprio corpo nos movimentos realizados.
– Promover a exploração de cores, formas e texturas através das argolas.

Habilidades BNCC:

– Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”:
– (EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
– (EI01EO02) Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais participa.
– (EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
– (EI01EO06) Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.

– Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”:
– (EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
– (EI01CG05) Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos.

Materiais Necessários:

– Argolas de diferentes tamanhos e cores
– Tapete acolchoado ou colchonetes
– Objetos de diferentes texturas (fios, pelúcias, papel)
– Música suave para a ambientação
– Brinquedos de encaixar (opcional)

Situações Problema:

Como as argolas podem ser manipuladas de diferentes formas? Quais as reações que observamos quando jogamos as argolas e as pegamos de volta? Como podemos brincar juntos?

Contextualização:

As crianças, nessa faixa etária, estão em uma fase de descobertas constantes e têm uma curiosidade natural sobre o mundo ao seu redor. O manuseio de objetos, como as argolas, promove uma série de aprendizagens importantes que vão desde a coordenação motora até a socialização com os colegas. Por meio da exploração, os bebês aprendem a circular o espaço em que estão, perceber as texturas e cores e, acima de tudo, interagir com as outras crianças.

Desenvolvimento:

– Iniciar o encontro com uma música suave que estimule a atenção dos bebês.
– Após a música, apresentar as argolas, mostrando suas cores e tamanhos, permitindo que cada criança toque e explore.
– Conduzir as crianças a uma área acolchoada onde possam sentar-se comodamente e iniciar a manipulação das argolas. Observar as reações das crianças e incentivá-las a brincar em grupo.
– Promover momentos em que as crianças possam tentar empilhar as argolas, trabalhar a preensão e o equilíbrio.
– Durante a atividade, incentivar a comunicação entre as crianças, fazendo perguntas sobre as cores e tamanhos das argolas, e encorajando-as a expressar suas emoções e sentimentos ao brincar.

Atividades sugeridas:

1. Atividade de exploração tátil:
– Objetivo: Desenvolver a percepção tátil e a curiosidade.
– Descrição: Colocar as argolas em um cesto. Permitir que as crianças explorem as argolas, tocando, pegando e observando.
– Materiais: Argolas de diferentes texturas.
– Instruções: Deixar que as crianças peguem as argolas de um cesto sob sua própria escolha.

2. Brincadeira de empilhamento:
– Objetivo: Incentivar a coordenação motora e a noção de equilíbrio.
– Descrição: As crianças tentam empilhar as argolas em um formato de torre.
– Materiais: Argolas.
– Instruções: Orientar as crianças, encorajando-as a tentar empilhar as argolas, fazendo perguntas sobre quantas argolas conseguem empilhar.

3. Roda de músicas e argolas:
– Objetivo: Promover a música e o movimento.
– Descrição: Cantar uma música enquanto as crianças dançam com as argolas nas mãos.
– Materiais: Música suave.
– Instruções: Ao som da música, as crianças devem balançar as argolas e se movimentar.

4. Interação com os adultos:
– Objetivo: Estimular a interação social e a comunicação.
– Descrição: As crianças são incentivadas a mostrar as argolas ao adulto e falar sobre o que estão fazendo.
– Materiais: Argolas.
– Instruções: Fazer perguntas abertas, como “Qual é a sua cor favorita?” para aprofundar a conversa.

5. Atividade de rodas e arremesso:
– Objetivo: Praticar o movimento de arremessar e pegar.
– Descrição: As crianças arremessam argolas para um alvo (como um cesto).
– Materiais: Argolas e um cesto.
– Instruções: Incentivar a arremessar as argolas para o cesto, promovendo o aprendizado sobre causa e efeito.

Discussão em Grupo:

Durante a atividade, promover um espaço para que as crianças compartilhem como se sentiram ao explorar as argolas. Incentivar a observar as cores, as formas e discutir o que cada uma significa para elas. Perguntas como “Como você se sentiu ao jogar a argola?” ou “Qual cor você gosta mais?” podem gerar uma rica conversa.

Perguntas:

– O que você sentiu quando tocou as argolas?
– Que cores você viu nas argolas?
– Você consegue empilhar as argolas? Que tal tentar?
– O que aconteceu quando você jogou as argolas?
– Como você se sente quando brinca com seus amigos?

Avaliação:

A avaliação deve ser contínua, observando o envolvimento das crianças nas atividades. É importante atentar-se às interações que ocorrem entre elas e com os adultos, ao mesmo tempo em que se observa a compreensão das propostas de brincadeira. O foco deve ser mais no processo de aprendizado e diversão do que em resultados específicos.

Encerramento:

Para encerrar a aula, reúna as crianças em um círculo e promova uma conversa leve sobre o que foi feito. Incentive-as a expressar o que mais gostaram e a compartilhar suas emoções. Cante uma canção de despedida, para que o momento de encerramento seja leve e alegre, criando um ambiente positivo para que as crianças sintam que o aprendizado foi divertido.

Dicas:

É importante garantir que o ambiente esteja seguro e acolhedor para a exploração das argolas, com um espaço amplo e livre de objetos que possam representar risco. Também é fundamental estar atento às necessidades emocionais de cada criança, oferecendo apoio sempre que necessário. A interação com os adultos é crucial nessa fase, então incentive conversas e a expressão verbal das crianças.

Texto sobre o tema:

As argolas são brinquedos simples, mas extremamente versáteis no processo de aprendizagem infantil, especialmente para os bebês. Elas oferecem inúmeras possibilidades de exploração, ajudando as crianças a desenvolver habilidades motoras, cognitivas e sociais. Desde a capacidade de empilhar até o ato de arremessá-las e pegar novamente, as argolas têm a capacidade de entreter enquanto ensinam. A interação com essas cores e formas promove um desenvolvimento abrangente, especialmente quando as crianças compartilham o espaço com outras, colaborando e aprendendo a conviver socialmente.

No contexto da psicologia infantil, o uso de brinquedos, como as argolas, é essencial para que as crianças expressam suas emoções e descobertas. O ato de manusear os objetos facilita a comunicação entre as crianças, mesmo antes que elas desenvolvam a fala fluente. As argolas não apenas servem como um meio para aprender sobre cores e formas, mas também funcionam como um veículo para as crianças se expressarem e se conectarem com os outros, promovendo a empatia e o entendimento sobre o coletivo.

A investigação do mundo através de objetos é uma etapa fundamental para a construção das primeiras memórias e aprendizagens da infância. Os bebês, ao manusear as argolas, ativam áreas cerebrais relacionadas à percepção e ao movimento, criando um repertório de experiências que será ressignificado em sua jornada de aprendizado. Assim, as argolas têm um papel fundamental não apenas como brinquedos, mas como mediadores de experiências significativas na educação infantil.

Desdobramentos do plano:

Este plano de aula pode ser desdobrado em várias outras atividades, incorporando novos materiais que ampliem a exploração das argolas. Por exemplo, a inclusão de tintas e a possibilidade de pincelar as argolas podem transformar a aula em uma experiência de aprendizado voltada para a arte. Além disso, pode-se introduzir conceitos de matemática simples, como contagem e comparação de quantidades, através da manipulação das argolas, uma vez que a curiosidade infantil está sempre aberta a novas possibilidades.

Outra maneira de desdobrar o plano é promover um circuito de atividades envolvendo as argolas, onde as crianças se movimentem de uma área para outra, estimulando a atividade física ao mesmo tempo em que brincam. Isso ajudará a desenvolver a consciência corporal, a coordenação motora e, ao mesmo tempo, proporcionará um ambiente seguro e acolhedor. A interação entre as crianças deve ser incentivada, fazendo com que conversem e se ajudem mutuamente em cada etapa da brincadeira.

Por fim, pode-se criar uma sequência de atividades temáticas que explorem as argolas com diferentes contextos e interações. Por exemplo, as argolas podem ser utilizadas em jogos que envolvam histórias, onde são associadas a personagens, criando um ambiente mais lúdico e imaginativo. Dessa forma, as argolas se tornam não apenas um objeto de aprendizado, mas uma possibilidade de desenvolver um mundo recheado de narrativas e aprendizagens para os pequenos.

Orientações finais sobre o plano:

É essencial que o professor esteja preparado para atender diferentes necessidades e ritmos de aprendizagem dos bebês, criando ambientes que sejam ao mesmo tempo estimulantes e seguros. As atividades devem ser flexíveis e adaptáveis, permitindo que cada criança encontre seu próprio jeito de explorar. Espontaneidade deve ser incentivada, já que as melhores aprendizagens ocorrem quando as crianças se sentem livres para descobrir e experimentar.

Além disso, a observação atenta do educador é fundamental para identificar momentos de interesse das crianças e promover aquilo que mais as encanta. As interações não devem ser apenas mediadas por brinquedos, mas também pela presença e companhia do adulto. Favoreça um ambiente onde a criança possa se sentir à vontade para comunicar suas emoções e necessidades, respeitando seu tempo e seu espaço.

Por fim, ao planejar as atividades, lembre-se de que o objetivo é sempre promover o prazer pela descoberta, pela interação e pela diversão. Assim, o aprendizado se tornará uma experiência rica e valiosa, que acompanhará os bebês por toda a sua trajetória educativa, criando bases sólidas para uma aprendizagem contínua e significativa.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Cores e Sons:
– Objetivo: Promover a associação de cores com sons.
– Descrição: Colocar diferentes argolas em volta de um tambor. Ao tocar o tambor, as crianças gostam de pegar as argolas correspondentes às cores que o adulto indicar.
– Materiais: Argolas coloridas e um tambor.
– Modo de condução: Tocar o tambor e pedir que as crianças peguem a argola que combina com a cor mencionada.

2. Arremessando para o Alvo:
– Objetivo: Incentivar a habilidade motora e o trabalho em grupo.
– Descrição: Criar alvos com caixas e jogar as argolas.
– Materiais: Caixas ou cestos e argolas.
– Modo de condução: Formar um círculo e cada bebê tentará jogar a argola no alvo, colaborando e torcendo pelos amigos.

3. Argolas Musicalizadas:
– Objetivo: Desenvolver ritmo e movimento.
– Descrição: Usar as argolas como instrumentos de percussão, batendo levemente um no outro, enquanto se brinca com músicas.
– Materiais: Argolas auditivas ou coloridas e uma seleção de músicas infantis.
– Modo de condução: Tocar as argolas junto com a música, criando rítmica e movimento.

4. Descobrindo Texturas:
– Objetivo: Explorar diferentes texturas através das argolas.
– Descrição: Confeccionar argolas de diferentes materiais (feltro, borracha, plástico) e permitir: manipulação e comparação das texturas.
– Materiais: Argolas de diferentes texturas.
– Modo de condução: Distribuir as argolas e deixar que as crianças explorem as diferenças, proporcionando comentários e estímulos.

5. Argolas na Natureza:
– Objetivo: Explorar cores e formas na natureza com as argolas.
– Descrição: Ao ar livre, as crianças vão coletar folhas e flores que se assemelhem às cores das argolas e usá-las para enfeitar suas argolas.
– Materiais: Argolas e um espaço ao ar livre.
– Modo de condução: Incentivar a observatione seleção de folhas e flores, promovendo uma conexão com a natureza.

Com essas sugestões, o educador pode criar uma experiência educativa dinâmica e rica para os bebês, utilizando as argolas como uma ferramenta para explorar o mundo ao redor de maneira divertida e significativa.