“Plano de Aula: Aprendendo a Escrever Resenhas no 2º Ano”

Neste plano de aula, abordaremos o tema da resenha no âmbito do 2º ano do Ensino Médio. O objetivo é proporcionar aos alunos uma compreensão aprofundada sobre a elaboração de resenhas, enfatizando a importância desse gênero textual na construção de opiniões críticas e informadas sobre obras literárias e outros tipos de produções artísticas. Utilizaremos a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como guia, assegurando que a prática pedagógica atenda às necessidades e expectativas educacionais dos estudantes.

As resenhas são fundamentais para que os alunos desenvolvam a habilidade de análise crítica, promovendo um olhar atento sobre o que consomem culturalmente. Durante as atividades propostas, os alunos serão incentivados a relacionar leitura e escritura, permitindo-lhes expressar suas opiniões de maneira argumentativa e fundamentada. Este plano foi elaborado visando a conduzir os alunos à prática da produção de textos resenhísticos, além de explorar a estética e os contextos que cercam as obras analisadas.

Tema: Resenha
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Médio
Sub-etapa: 2º Ano Médio
Faixa Etária: 15 a 16 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a habilidade de elaboração de resenhas críticas, promovendo a capacidade de análise e reflexão sobre obras literárias, artísticas ou midiáticas, além de fomentar a prática da escrita como forma de comunicação e expressão de opiniões fundamentadas.

Objetivos Específicos:

– Compreender a estrutura de uma resenha, incluindo introdução, desenvolvimento e conclusão.
– Identificar as características fundamentais do texto resenha e sua finalidade.
– Fomentar a capacidade crítica dos alunos por meio da análise de obras em diferentes mídias.
– Produzir uma resenha a partir de uma obra selecionada, aplicando os conhecimentos adquiridos sobre o gênero.
– Estimular o debate e a troca de opiniões sobre as resenhas produzidas.

Habilidades BNCC:

– (EM13LP29) Resumir e resenhar textos, por meio do uso de paráfrases, de marcas do discurso reportado e de citações, para uso em textos de divulgação de estudos e pesquisas.
– (EM13LP15) Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar textos escritos e multissemióticos, considerando sua adequação às condições de produção do texto, no que diz respeito ao lugar social a ser assumido e à imagem que se pretende passar a respeito de si mesmo, ao leitor pretendido, ao veículo e mídia em que o texto ou produção cultural vai circular.
– (EM13LP05) Analisar, em textos argumentativos, os posicionamentos assumidos, os movimentos argumentativos e os argumentos utilizados para sustentá-los, para avaliar sua força e eficácia, e posicionar-se criticamente diante da questão discutida.

Materiais Necessários:

– Exemplos de resenhas (impressos ou digitais)
– Obras literárias ou produções audiovisuais para análise (livros, filmes ou peças de teatro)
– Papel e caneta para anotações
– Computadores/tablets (opcional) para pesquisa e produção textual

Situações Problema:

A análise crítica se faz necessária em um mundo repleto de informações e produções culturais. Como ser capaz de expressar a opinião de forma clara e objetiva em um texto resenha? Quais são os principais elementos que integram esse gênero textual?

Contextualização:

A prática da resenha é comum na esfera acadêmica e cultural, sendo uma forma de expressar opiniões e críticas sobre uma obra. Durante a aula, os estudantes serão introduzidos aos conceitos e à importância das resenhas, entendendo como elas podem influenciar o público na interpretação de uma obra. A habilidade de resenhar e criticar obras é vital na formação do cidadão crítico e reflexivo.

Desenvolvimento:

1. Introdução (10 minutos): Apresentar aos alunos a definição de resenha e suas características principais. Explicar a diferença entre resenha crítica e sinopse. Exibir exemplos de resenhas de livros e filmes, analisando o que cada uma traz em termos de análise crítica.

2. Discussão (10 minutos): Dividir os alunos em grupos e propor que discutam as informações levantadas na primeira parte da aula. Cada grupo deverá identificar os elementos que consideram essenciais para uma boa resenha.

3. Atividade prática (20 minutos): Com base em uma obra previamente selecionada, cada aluno deve escrever uma resenha crítica. Durante a escrita, eles devem ser incentivados a pensar nas seguintes questões:
– O que a obra aborda?
– Quais são os principais pontos que lhe chamaram a atenção?
– O que você criticaria na obra?
– Quais são os méritos dela?

4. Apresentação e feedback (10 minutos): Ao final, os alunos poderão compartilhar suas resenhas em pequenos grupos, recebendo feedback de seus colegas e do professor.

Atividades sugeridas:

Dia 1 – Introdução ao Gênero Resenha
*Objetivo:* Compreender o conceito de resenha e suas características.
– Leitura de exemplos de resenhas (livros e filmes).
– Discussão em sala sobre os elementos principais que compõem uma resenha.

Dia 2 – Análise Crítica
*Objetivo:* Realizar um debate sobre uma obra lida ou assistida.
– Os alunos escolhem uma obra e apresentam uma breve análise crítica em grupo.
– Cada grupo faz um resumo e apresenta sua visão sobre o tema tratado.

Dia 3 – Produção Textual
*Objetivo:* Escrever uma resenha de uma obra escolhida.
– Os alunos escolhem um livro recente ou filme que assistiram e produzem uma resenha crítica.
– Instruções sobre como elaborar uma introdução atrativa e uma conclusão eficaz.

Dia 4 – Revisão e Edição
*Objetivo:* Revisar e editar suas resenhas.
– Aplicação de ferramentas de revisão de texto e construção de argumentos coerentes.
– Trocas de resenhas com um colega para feedback e edição.

Dia 5 – Apresentação Final
*Objetivo:* Compartilhar as resenhas e discutir as opiniões.
– Apresentação das resenhas por duas ou três pessoas da turma, promovendo um espaço de discussão sobre os pontos abordados.

Discussão em Grupo:

Formar um círculo de discussão onde os alunos compartilham suas opiniões sobre o processo de escrita e a forma como analisaram as obras. Estimule a argumentação e o respeito pelas ideias dos colegas.

Perguntas:

– O que você acha que torna uma resenha efetiva?
– Quais elementos de uma obra influenciam sua opinião sobre ela?
– Como a estrutura de uma resenha pode afetar a persuasão do leitor?

Avaliação:

A avaliação será baseada na participação em discussões, qualidade da resenha escrita e capacidade de articular críticas e opiniões durante as apresentações.

Encerramento:

Refletir com os alunos sobre a importância de desenvolver habilidades críticas no consumo de informações. Reforçar que a prática da resenha é um exercício de cidadania e expressão individual.

Dicas:

– Incentive os alunos a ler frequentemente e diversificar suas escolhas literárias e cinematográficas.
– As resenhas podem ser publicadas em um blog da turma, assim aumentando o público para as opiniões dos alunos.
– Utilize ferramentas digitais para facilitar a escrita e a edição das resenhas.

Texto sobre o tema:

A resenha é um gênero textual que desempenha um papel crucial na mediação entre o público e a produção cultural. Ela não é apenas uma síntese da obra, mas uma análise crítica que permite ao leitor compreender as nuances e o contexto em que a obra foi criada. Diferente de uma sinopse, que apenas resume o conteúdo, uma resenha convida o leitor a refletir sobre a significância da obra, além de apresentar uma avaliação informada sobre a mesma.

Um dos grandes desafios na elaboração de uma resenha é a capacidade de articular opinião e análise. Isso exige que o autor da resenha tenha não apenas um entendimento profundo da obra, mas também amplos conhecimentos sobre os fatores que influenciam sua produção e recepção. Ao escrever uma resenha, o autor deve considerar questões como a intenção do autor da obra, os contextos sociais e culturais que a cercam, e as abordagens críticas que podem ser empregadas para a análise.

Assim, a prática de escrever resenhas não apenas desenvolve habilidades escrituais dos alunos, mas também promove um engajamento mais crítico com o que é consumido culturalmente. Um leitor crítico é aquele que não aceita passivamente a mensagem que lhe é apresentada, mas que, ao contrário, articula suas próprias reflexões, propondo uma discussão mais rica e fundamentada. Por fim, a resenha se torna uma ferramenta de diálogo entre autor e leitor, apaixonando-se por um universo de possibilidades interpretativas.

Desdobramentos do plano:

A proposta de trabalhar o gênero das resenhas pode ser desdobrada em várias outras disciplinas, proporcionando um caráter interdisciplinar ao conhecimento. Por exemplo, nas aulas de História, os alunos podem resenhar biografias de ícones históricos ou eventos significativos, promovendo uma compreensão mais ampla dos contextos sociais e políticos. Além disso, em Ciências, os estudantes podem resenhar documentários ou livros abordando fenômenos naturais, contribuindo para a formação de uma visão crítica sobre as questões ambientais e científicas.

Outra possibilidade é a criação de um projeto de resenhas em formato digital, onde os alunos podem utilizar plataformas de blog e redes sociais para publicar suas opiniões e análises. Essa experiência não só poderá atingir um público maior, mas também engajar os alunos em um cenário contemporâneo de produção de conteúdos digitais, trabalhando noções de ética e responsabilidade na comunicação.

Ao incentivar a escrita de resenhas em contextos variados, contribui-se para a formação de indivíduos que não apenas consomem cultura, mas que também se tornam produtores e críticos. Essas habilidades são vitais na vida escolar e profissional, visto que promovem o desenvolvimento da argumentação, da coesão e da clareza na escrita, competências demandadas em diversas esferas da comunicação.

Orientações finais sobre o plano:

Neste plano de aula, buscamos não apenas introduzir o conceito de resenha, mas também cultivar uma cultura de apreciação crítica nas aulas. É fundamental que os alunos entendam que a produção da resenha vai além da simples escrita; trata-se de um processo reflexivo que demanda interesse e investimento em suas leituras. Isso os ajudará a desenvolver habilidades para discernir a qualidade das informações que consomem.

Os professores devem estar prontos para oferecer feedback e apoio contínuo durante o processo de escrita, assegurando que todos os alunos sintam-se capacitados a expressar suas opiniões. A diversidade de opiniões é enriquecedora e deve ser celebrada, criando um espaço de diálogo em sala de aula onde todos se sintam ouvidos e respeitados.

Por fim, é importante que o plano de aula tenha flexibilidade, permitindo que os alunos explorem diferentes obras e estilos. Essa liberdade pode levar a descobertas valiosas e a um aprofundamento nas discussões, tornando a experiência mais significativa e pessoal. Ao final do processo, o aluno não apenas aprenderá a escrever uma resenha, mas também a se tornar um pensador mais crítico e consciente em relação ao seu consumo cultural.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Criação de um mural de resenhas: Os alunos podem colaborar em um mural na escola, onde cada um irá colar sua resenha, criando uma galeria de opiniões. Essa atividade promove o debate e a troca de ideias e experiências de leitura.

2. Jogo de adivinhação de obras: Cada aluno escreve uma breve resenha sem revelar a obra analisa e coloca em uma caixa. Os colegas, ao sortearem, devem tentar adivinhar a obra analisada, promovendo uma interação divertida.

3. Teatro de resenhas: Resenhistas em grupo poderão encenar partes de uma obra analisada, atuando sobre os principais pontos discutidos em suas resenhas. Isso ajuda a trabalhar a expressão oral e a colaboração.

4. Clubes de leitura: Criar um clube de leitura onde os alunos devem ler e resenhar livros previamente escolhidos. A troca de resenhas em reuniões regulares pode abrir espaço para discussões rica.

5. Desafio da resenha em 280 caracteres: Propor um desafio onde os alunos devem resumir suas opiniões sobre uma obra em um tweet ou uma frase curta. Essa atividade ensina a concisão e a clareza na escrita.

Assim, esperamos que este plano de aula não apenas atenda aos objetivos estabelecidos, mas também inspire os alunos a se tornarem leitores mais críticos e escritores mais aptos a comunicar suas ideias.

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