Plano de Aula: Amarelinha (Educação Infantil) – crianças_pequenas

A proposta deste plano de aula visa ensinar às crianças pequenas, com idades entre 4 e 5 anos, o conceito de números de uma forma lúdica e interativa através da tradicional brincadeira da amarelinha. A amarelinha se configura como uma atividade que não só promove o aprendizado numérico, mas também estimula o desenvolvimento físico, motor e social, características essenciais nesta fase da educação infantil. Deste modo, o plano integra diversas habilidades que estimulam tanto o aprendizado individual quanto o coletivo, promovendo a valorização de relações interpessoais e a expressão criativa.

Envolver as crianças em jogos e brincadeiras é fundamental para o seu aprendizado e desenvolvimento, uma vez que a aprendizagem significativa se dá através da experiência e da interação. Além disso, esta atividade permite que os alunos experimentem sentimentos de cooperação, empatia e autoconfiança, todos cruciais na formação de uma base emocional sólida. Com isso, as crianças não só aprendem os números, mas também conhecem melhor a si mesmas e ao próximo, preparando-se para interações sociais mais complexas no futuro.

Tema: Amarelinha
Duração: 30 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 4 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover o aprendizado dos números de forma divertida, utilizando a brincadeira da amarelinha como meio de desenvolvimento motor e social.

Objetivos Específicos:

– Incentivar a contagem e a reconhecimento dos números.
– Promover a coordenação motora por meio dos saltos e movimentos na atividade.
– Desenvolver a cooperação entre os alunos durante as interações na brincadeira.
– Estimular a expressão de sentimentos e o respeito ao próximo.

Habilidades BNCC:

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
(EI03ET07) Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes, o depois e o entre em uma sequência.

Materiais Necessários:

– Giz colorido ou fita adesiva para desenhar a amarelinha no chão.
– Um pequeno objeto para ser utilizado como “pedra” ou “pino” (por exemplo, um botão ou uma tampinha).
– Cartões com números de 1 a 10 para reforçar a aprendizagem.

Situações Problema:

– Como podemos contar os números ao saltar na amarelinha?
– De que maneira podemos usar a amarelinha para trabalhar juntos?
– Como nos sentimos ao brincar com os amigos e acertar os números?

Contextualização:

A brincadeira da amarelinha é tradicional em diversas culturas e representa uma forma divertida de aprender. As crianças, ao pularem nas casas numeradas, podem desenvolver habilidades cognitivas enquanto se divertem e interagem umas com as outras. No contexto do campo de experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”, este jogo pode ser utilizado para abordar valores como o respeito, a paciência e a capacidade de trabalhar em grupo.

Desenvolvimento:

1. Preparação do Espaço: O professor deve desenhar a amarelinha no chão com giz ou fita adesiva, garantindo que as casas estejam numeradas de 1 a 10.
2. Apresentação do Jogo: O professor introduzirá a brincadeira conversando com as crianças sobre o que é a amarelinha, mostrando como é a dinâmica do jogo. Pode também explicar a importância dos números e como os utilizamos no dia a dia.
3. Divisão em Grupos: As crianças serão divididas em pequenos grupos, de modo a garantir uma melhor interação e participação.
4. Início da Brincadeira: Cada grupo terá a chance de jogar. Um aluno de cada vez lançará a “pedra” para um dos números e deverá saltar até ele, contando os números em voz alta. O instructor deve monitorar a atividade, ajudando e encorajando cada criança.
5. Rodízio: Após um jogador completar sua vez, deve passar o turno para o próximo do grupo, assegurando que cada um tenha a oportunidade de jogar.

Atividades sugeridas:

1. Atividade de Contagem: Após o jogo, o professor pode trazer cartões com números e pedir que as crianças os coloquem na ordem correta, incentivando a contagem em conjunto.
Objetivo: Reforçar o reconhecimento dos números.
– Materiais: Cartões numerados.
– Adaptação: Para alunos que estejam mais desenvolvidos, pode-se incentivar a escrita dos números usando giz na lousa.

2. Desenho da Amarelinha: As crianças poderão desenhar sua própria amarelinha no papel, utilizando diferentes cores de giz de cera.
Objetivo: Trabalhar a coordenação motora fina e a criatividade.
– Materiais: Papel, giz de cera.
– Adaptação: Proporcionar folhas maiores para aqueles que precisam de mais espaço.

3. Música e Movimento: Incentivar as crianças a criar uma música ou rima sobre os números da amarelinha, fazendo gestos enquanto cantam.
Objetivo: Trabalhar a criatividade e a memória musical.
– Materiais: Instrumentos simples, como pandeiros ou caixas de som.
– Adaptação: Incluir alguns alunos como “assistentes” que toquem a música.

4. Caminhada dos Números: Criar um caminho com números pelo espaço, onde as crianças andarão de forma a contar até 10, parando em cada número.
Objetivo: Aumentar a consciência espacial em relação aos números.
– Materiais: Fitas adesivas coloridas com números.
– Adaptação: Reduzir a quantidade de números para crianças que precisam de um desafio mais fácil.

5. Jogo de Imitar Números: Fazer uma atividade onde o professor mostra um número em gestos e as crianças imitam de diversas maneiras.
Objetivo: Promover o movimento corporal de forma divertida.
– Materiais: Nenhum material específico.
– Adaptação: Para maior envolvimento, criar pares de crianças que imitem juntas.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, o professor pode promover uma discussão em grupo para que as crianças compartilhem suas experiências. O professor pode fazer perguntas como:
– Como você se sentiu ao pular na amarelinha?
– Com quem você gostou de brincar?
– O que você achou mais fácil ou mais difícil?

Perguntas:

– Quais números você se lembra ao saltar?
– Como você se sente quando acerta o número?
– Você se divertiu brincando com seus amigos? O que mais gostou nessa brincadeira?

Avaliação:

A avaliação será realizada de forma contínua durante a atividade, observando aspectos como a participação, a interação entre as crianças e o desenvolvimento na contagem dos números. O professor deverá prestar atenção no engajamento dos alunos e no entendimento do uso dos números na prática.

Encerramento:

Para encerrar a aula, o professor pode reunir todas as crianças e promover um momento de reflexão sobre o que aprenderam. Além disso, poderá reforçar a importância de respeitar uns aos outros durante as brincadeiras e a alegria que essa interação traz.

Dicas:

– Sempre estimule a participação de todos os alunos, mesmo aqueles que possam ser mais tímidos.
– Utilize músicas e danças que envolvam números para tornar as atividades ainda mais dinâmicas e divertidas.
– Tenha paciência durante as brincadeiras, lembrando que cada criança tem seu próprio ritmo de aprendizado.

Texto sobre o tema:

A amarelinha é um jogo que proporciona diversos benefícios às crianças. Por meio desta brincadeira, as crianças são capazes de desenvolver a coordenação motora, a noção de espaço e a capacidade de contagem. Este jogo, que consiste em desenhar uma sequência numerada no chão, convida os pequenos a pularem e a interagirem, permitindo que tornem o aprendizado mais dinâmico. A amarelinha é uma forma divertida de integrar o aprendizado acadêmico ao movimento, fundamental nesta faixa etária.

Além disso, a notoriedade da amarelinha vai além da simples contagem de números. As crianças aprendem valiosas lições sociais ao jogar em grupo, como a cooperação e o respeito. Quando competem para ver quem alcança o final da amarelinha primeiro, elas exercitam não só o corpo, mas também a paciência e a empatia por seus colegas. Assim, a brincadeira se transforma em um ambiente propício para o desenvolvimento de habilidades sociais necessárias para a vida cotidiana.

Por fim, o ambiente escolar deve estimular a brincadeira como parte do processo de aprendizado. Incorporar atividades lúdicas como a amarelinha nas práticas pedagógicas não apenas diverte as crianças, mas também abre espaço para que elas se expressem, aprendam a trabalhar em equipe e pratiquem a valorização das diferenças. É essencial que o professor oriente os alunos durante essas atividades, para garantir que todos participem ativamente e extraiam o máximo proveito do aprendizado.

Desdobramentos do plano:

Ao implantar este plano de aula, podemos enxergar desdobramentos significativos no aprendizado das crianças. O uso da amarelinha não deve ser visto apenas como uma atividade única, mas como uma oportunidade para integrar outras atividades didáticas. As crianças podem aventurar-se na construção de sua própria amarelinha em sala de aula utilizando materiais diversos, como papelão ou até mesmo garrafas plásticas, ampliando sua experiência de aprendizado.

Outra possibilidade é agregar a amarelinha em outras disciplinas, como literatura, onde os alunos podem criar histórias envolvendo personagens que saltam nos números. Dessa forma, eles começam a conectar o ato de brincar com o ato de aprender, solidificando a compreensão de diferentes áreas do conhecimento. Com isso, a transversalidade do aprendizado se fortalece, permitindo que as crianças desenvolvam um pensamento crítico desde cedo.

Por fim, a avaliação e o feedback do professor são fundamentais para entender como cada criança interage com o jogo e quais aspectos deverão ser desenvolvidos em futuros encontros. Essa escuta atenta do educador permitirá criar novas estratégias que seguem o fluxo do aprendizado em grupo, além de adaptar as atividades de acordo com as necessidades individuais de cada aluno, garantindo que cada um sinta-se parte do aprendizado.

Orientações finais sobre o plano:

No final do plano de aula, é essencial que o professor reflita sobre a prática e os objetivos traçados inicialmente. Considerar a eficácia das atividades propostas e como elas se integraram ao contexto da sala de aula é crucial para o aprimoramento das futuras atividades. A experiência da amarelinha pode ser um ponto de partida para um leque de estratégias didáticas que trarão novos desafios e aprendizagens aos alunos.

Além disso, é fundamental que o professor se apague em um papel de monitor e mediador, buscando identificar como as crianças se sentem durante a brincadeira. Registro oral e/ou em vídeo pode ajudar na construção de relatórios futuros, que sintetizam como o aprendizado ocorreu ao longo da atividade e quais habilidades foram mais desenvolvidas.

Por último, considere a inclusão de diferentes contextos e realidades socioeconômicas. Propor desafios que envolvam a adaptação da brincadeira e seus recursos de maneira acessível e inclusiva garantirá que a experiência lúdica chegue a todos os alunos, respeitando suas individualidades e promovendo um aprendizado significativo e transformador.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Amarelinha Sensorial: As crianças podem explorar diferentes texturas para a amarelinha, utilizando materiais como papel de lixa, tule, feltro e papel alumínio.
Objetivo: Estimular os sentidos e a percepção tátil.
Materiais: Vários tipos de materiais texturizados e fita adesiva.
Modo de condução: Após criar a amarelinha, as crianças serão incentivadas a descrever as sensações enquanto saltam nas diferentes texturas.

2. Amarelinha Musical: Ao tocar uma música, as crianças devem pular nas casas e, quando a música parar, elas têm que gritar o número em que estão paradas.
Objetivo: Relacionar música e movimento, reforçando a contagem.
Materiais: Caixinha de som e uma seleção de músicas animadas.
Modo de condução: Alternar entre o canto coletivo e a movimentação, fazendo com que os alunos pratiquem contagens em meio à diversão.

3. Amarelinha de Estações: Cada número da amarelinha traz uma estação do ano, e cada criança deve fazer um movimento que represente essa estação ao saltar.
Objetivo: Aprender sobre as estações do ano de forma dinâmica.
Materiais: Cartões com ilustrações de cada estação.
Modo de condução: Depois de pular, as crianças podem escolher uma das estações e dramatizar uma cena relacionada a ela.

4. Amarelinha de Histórias: Cada número da amarelinha corresponde a um personagem ou um evento de uma história que as crianças inventaram juntas.
Objetivo: Fomentar a criatividade e o uso de narrativas.
Materiais: Cartões com desenhos de personagens e eventos.
Modo de condução: As crianças vão narrando a história enquanto saltam, fortalecendo habilidades de contação e conexão com números.

5. Amarelinha Gigante: Criar uma amarelinha em um espaço ao livre, utilizando materiais recicláveis para delimitar as casas.
Objetivo: Conectar-se com a natureza e promover a reciclagem.
Materiais: Garrafas plásticas, papelão, fita adesiva e tinta.
Modo de condução: Enquanto constroem e jogam, os alunos irão também discutir sobre a importância da reciclagem e a preservação do meio ambiente.

Com essas atividades, o plano de aula se integra de forma prática, lúdica e educativa, permitindo que as crianças explorem a matemática de forma divertida e significativa. A combinação de aprendizagem com movimento e emoções propõe um ambiente rico em experiências, essencial para o crescimento e desenvolvimento infantil.

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