Plano de Aula: alto e baixo (Educação Infantil) – Criancas bem pequenas
A proposta deste plano de aula visa desenvolver a percepção espacial e as noções de altura em crianças da Educação Infantil, especialmente para a faixa etária de 1 a 2 anos. Durante a aula interativa, exploraremos os conceitos de alto e baixo de maneira lúdica e envolvente, utilizando jogos e atividades que estimulem a participação e a interação dos pequenos. O aprendizado será promovido através da observação, da expressão corporal e do diálogo, contribuindo para que os alunos compreendam melhor esses conceitos básicos.
O plano de aula é estruturado de forma a atender as necessidades específicas das crianças bem pequenas, respeitando seu tempo de atenção e suas habilidades motoras. Serão realizadas atividades que envolvam movimento, som e a manipulação de objetos, de forma que a aprendizagem aconteça de maneira natural e divertida. Além disso, todas as atividades estão alinhadas às diretrizes da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), garantindo um ensino de qualidade que respeite o desenvolvimento integral das crianças.
Tema: Alto e baixo
Duração: 90 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças bem pequenas
Faixa Etária: 1 a 2 anos de idade
Objetivo Geral:
Estimular a percepção das crianças sobre as noções de alto e baixo por meio de atividades lúdicas, explorando conceitos espaciais e a interação social.
Objetivos Específicos:
– Proporcionar a exploração das diferenças de altura em objetos e colegas de maneira interativa.
– Estimular o cuidado e solidariedade nas interações durante as atividades em grupos.
– Desenvolver a habilidade motora grossa através de movimentos que incorporem as noções de altura.
– Fomentar a comunicação entre as crianças para que compartilhem suas observações durante as brincadeiras.
Habilidades BNCC:
Campo de experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”:
– (EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos.
– (EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.
Campo de experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”:
– (EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo.
Campo de experiências “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”:
– (EI02TS01) Criar sons com materiais, objetos e instrumentos musicais, para acompanhar diversos ritmos de música.
Campo de experiências “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”:
– (EI02ET04) Identificar relações espaciais (dentro e fora, em cima, embaixo).
Materiais Necessários:
– Fita adesiva colorida (para marcar alturas no chão).
– Brinquedos de diferentes tamanhos e alturas (bolas, blocos, bonecos).
– Caixas ou almofadas (para criar variações de altura).
– Instrumentos musicais simples (como tambor, maracas ou outros objetos que façam som).
– Papel e giz de cera (para registro das atividades de forma artística).
Situações Problema:
Como podemos saber o que é alto e o que é baixo? O que acontece quando subimos e descemos? Quais são os objetos que encontramos em diferentes alturas? Essas questões irão guiar as discussões e atividades durante a aula.
Contextualização:
As crianças estarão em um ambiente seguro e conhecido, onde poderão explorar os conceitos de maneira prática. A sala será organizada de forma a facilitar o deslocamento e a observação dos diferentes níveis de altura. Através da exploração e brincadeiras, as crianças serão estimuladas a perceberem as variações de altura nos objetos e entre elas, promovendo um entendimento mais claro sobre o tema. Além disso, as interações sociais que surgirem durante as atividades serão fundamentais para o desenvolvimento da empatia e da solidariedade.
Desenvolvimento:
A aula será dividida em três momentos: a exploração, a brincadeira e o registro.
1. Exploração:
– Iniciar a atividade com uma conversa breve sobre o que é “alto” e “baixo”. Mostrar com a fita adesiva colocada no chão exemplos de alturas. Perguntar às crianças se conseguem identificar o que é alto e o que é baixo usando as próprias alturas como referência.
– Utilizar brinquedos de diferentes tamanhos para que as crianças possam observar e comparar, fazendo perguntas como “Esse brinquedo é alto ou baixo?”.
2. Brincadeira:
– Organizar uma atividade onde as crianças poderão brincar de “baixo e alto”. Elas deverão se posicionar em pé (alto) ou agachar-se (baixo) de acordo com as instruções dadas pelo educador, utilizando canções ou músicas para tornar a atividade mais dinâmica e divertida.
– Montar um pequeno “obstáculo” com caixas e almofadas, onde as crianças deverão subir e descer, explorando a noção de altura na prática. A cada vez que uma criança subir, o educador deverá incentivá-las a verbalizar que estão “indo alto” e quando descerem, que estão “indo baixo”.
3. Registro:
– Ao final da atividade, as crianças poderão utilizar papel e giz de cera para desenhar algo que se lembrem do que foi visto sobre o tema. O educador pode fazer perguntas do tipo “Você desenhou algo alto ou baixo?” para estimular a comunicação.
Atividades sugeridas:
1. Atividade de Comparação de Altura:
– Objetivo: Comparar a altura de diferentes objetos.
– Passo a Passo: Disponibilizar vários brinquedos e pedir que as crianças organizem os objetos do menor para o maior, ajudando-as a verbalizar suas escolhas.
– Material: Brinquedos variados.
– Adaptação: Crianças que não podem montar a comparação sozinhas podem trabalhar em duplas.
2. Dança das Alturas:
– Objetivo: Explorar movimentos altos e baixos.
– Passo a Passo: Colocar uma música animada e iniciar a dança, alternando entre movimentos que enfatizam o “alto” (pular, esticar os braços para cima) e o “baixo” (agachar, tocar os pés).
– Material: Música animada.
– Adaptação: Para crianças com dificuldade de movimentação, pode-se realizar a atividade sentadas.
3. Caça ao Tesouro:
– Objetivo: Identificar objetos altos e baixos pela sala.
– Passo a Passo: Pedir às crianças que encontrem objetos que estejam “altos” e “baixos”, usando pares de ajuda para estimular o diálogo.
– Material: Objetos pela sala que variam em altura.
– Adaptação: Para crianças que não se movem rapidamente, o educador pode ajudar a indicar os objetos.
4. Construindo Torres:
– Objetivo: Construir torres com blocos ou outros materiais.
– Passo a Passo: Propor que as crianças construam a torre mais alta que conseguirem, discutindo o que está “em cima” ou “abaixo”.
– Material: Blocos de construção.
– Adaptação: Crianças com dificuldades motoras podem ser auxiliadas por adultos.
5. Hora da História:
– Objetivo: Ouvir e verbalizar sobre conceitos de alto e baixo em histórias.
– Passo a Passo: Ler uma história que inclua referências a altura e pedir para as crianças apontarem ilustrações que representem “alto” e “baixo”.
– Material: Livros de história com ilustrações apropriadas.
– Adaptação: Incentivar a comunicação, pedindo que as crianças indiquem apenas com gestos.
Discussão em Grupo:
Ao final das atividades, reunir as crianças e promover uma troca de experiências. Algumas perguntas podem incluir:
– O que você achou mais divertido, pular ou se agachar?
– Algum objeto foi mais alto que você?
– Como você se sentiu ao brincar de “alto” e “baixo”?
Perguntas:
– O que é algo que você considera alto?
– O que você vê que é baixo?
– Como você faz para alcançar algo que está alto?
Avaliação:
A avaliação será contínua e observacional. O educador deverá atentar-se à participação das crianças nas atividades, à forma como interagem entre si e com os objetos, e à capacidade de verbalizar as suas descobertas. Poderá haver registro fotográfico das atividades para posteridade e futuras reflexões.
Encerramento:
Para encerrar, agradecer pela participação de todos, reforçando os conceitos aprendidos de maneira positiva. Repetir jogadores ou canções que exploraram os conceitos de alto e baixo e sugerir que as crianças realizem uma dança final, celebrando o que aprenderam.
Dicas:
Utilizar sempre uma linguagem simples e acessível para que as crianças possam compreender facilmente os conceitos abordados. É essencial criar um ambiente acolhedor onde todas as interações sejam vistas como valiosas e respeitadas, criando um espaço de aprendizado significativo e coletivizável.
Texto sobre o tema:
Os conceitos de altura, como alto e baixo, são fundamentais para o aprendizado das crianças. Uma vez que compreendemos o mundo ao nosso redor, a habilidade de distinguir entre diferentes alturas também contribui para a motricidade e a percepção espacial. Durante os primeiros anos, as crianças estão em contínua descoberta e exploração, e essa curiosidade pode ser alimentada por atividades que incentivem a interação e a observação.
As brincadeiras que envolvem movimento, como saltar e agachar, não apenas oferecem uma oportunidade de aprendizagem, mas também promovem o desenvolvimento físico. Quando as crianças enfrentam desafios, como alcançar um objeto alto ou encontrar algo baixo, elas aprendem a resolver problemas e a desenvolver habilidades sociais. Essa interação com o ambiente confere às crianças autoconfiança e uma noção de realização ao conseguirem atingir seus objetivos.
Nessa faixa etária articulamos o desenvolvimento da coordenação motora e a expressão das emoções por meio das interações sociais durante as brincadeiras. É importante lembrar que cada experiência ofertada contribui para o crescimento emocional e cognitivo das crianças. Elas não aprendem apenas conceitos específicos, mas também desenvolvem habilidades de convívio social e empatia ao aprenderem a respeitar limites e a esperar sua vez nas brincadeiras.
Desdobramentos do plano:
As atividades propostas podem ser expandidas em temas relacionados à geometria e percepção espacial, explorando outros formatos e estruturas além de simplesmente alto e baixo. Por exemplo, introduzir o conceito de circular, quadrado, e até triangular pode estimular as crianças a conhecerem mais sobre a forma como os objetos se manifestam em diferentes dimensões. Essa aprendizagem pode ser enriquecida através de jogos onde as crianças possam interagir com objetos de tamanhos e formatos variados.
Adicionalmente, as saídas de campo para explorar a natureza podem proporcionar uma verdadeira aula prática onde as crianças podem observar árvores altas e pequenos arbustos. Isso estimula a curiosidade e expansão do conhecimento sobre o mundo ao seu redor. As discussões que surgem a partir dessas observações seriam ricas em envolver as crianças no processo de descrição e comparação, permitindo que elas se expressem.
Por fim, a proposta de dar sequência à temática com a apresentação de livros com histórias que abordem a noção de altura pode reforçar a compreensão. Histórias com personagens que enfrentam desafios relacionados a alturas podem ajudar as crianças a conectarem a teoria à prática, ampliando ainda mais seu entendimento sobre o conceito de alto e baixo de forma abrangente e divertida.
Orientações finais sobre o plano:
É fundamental que throughout toda a atividade, o educador mantenha um ambiente seguro e estimulante, respeitando os limites individuais de cada criança. É importante fomentar a iniciativa delas, permitindo que se expressem livremente durante as explor ações. Ouvir as crianças atentamente promove um ambiente de diálogo saudável em sala, onde cada interação é vista como uma oportunidade de crescimento. Isso cria um vínculo de confiança entre educador e alunos, essencial nesse estágio do desenvolvimento.
Durante o desenvolvimento das atividades, o educador deve estar atento às dinâmicas em grupo, encorajando a educação cooperativa ao invés de competitiva. Ao destacar e celebrar as conquistas individuais e coletivas, reforçamos a importância do trabalho em equipe e do respeito e valorização das diferenças. Explore a variedade das interações, destacando características de cada criança e como essas contribuições fazem a diferença no coletivo.
Por último, ao atingir o final do plano de aula, é importante fazer um registro contínuo do progresso das crianças. Isso não apenas ajudará a refletir sobre as práticas pedagógicas, mas também permitirá que o educador adapte futuras atividades, baseando-se nas necessidades e interesses que se manifestaram durante as aulas.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Pisa Leve: Uma brincadeira onde as crianças caminha descalças em diferentes alturas, como almofadas, placa de madeira e papelão. O objetivo é explorar diferentes texturas e altitudes, fazendo barulho com os pés. Essa atividade pode ser adaptada para realizar imagens em um papel utilizando o pé que foi pisado nas tintas.
2. Mini Coração e Andar Pelo Alto: Criar um percurso onde as crianças devem andar por um espaço que contenha obstáculos e superfícies de diferentes alturas. A ideia é que elas façam exercícios físicos que promovam a altura, explorando as áreas “altas” e “baixas” do espaço em segurança.
3. Arte Sonora: Criar uma sinfonia ensaiada unindo diferentes sons, onde as crianças tocam instrumentos em determinadas posições, criando alturas diferentes por controle de intensidade e altura. Essa atividade pode ser adptada em pequenos grupos, onde cada criança traz um som de casa.
4. História em Movimento: Introduzir o conceito de “alto” e “baixo” em uma história e fazer com que as crianças reencenem a narrativa demonstrando, com gestos, os tamanhos dos personagens e objetos da história. Assim, as crianças aprenderão os conceitos de forma ativa e lúdica.
5. Experiência Sensorial: Reúna diferentes objetos de várias alturas e texturas. Embora não seja a maior, as crianças devem explorar com os olhos fechados o que sentir, introduzindo a capacidade de reconhecer texturas “altas” e “baixas”. Elas formarão em duplas com a educação, a fim de incentivar as interações e o discurso.
Essas sugestões enriquecerão a proposta pedagógica inicial com atividades práticas, lúdicas e diversificadas, que irão promover o aprendizado efetivo sobre as noções de alto e baixo de forma envolvente e adaptada às habilidades da faixa etária.