Plano de Aula: Acolhida (Educação Infantil) – Bebês

Este plano de aula para a Educação Infantil, especificamente voltado para bebês de 0 a 1 ano, centra-se na acolhida através de brincadeiras que promovem interações e o reconhecimento das emoções. A acolhida é um momento extremamente importante no cotidiano das crianças, pois possibilita não apenas um início de dia tranquilo, mas também uma preparação emocional para as atividades que se seguem. Neste plano, as brincadeiras foram cuidadosamente selecionadas para estimular o desenvolvimento social, motor e cognitivo dos pequeninos, criando um ambiente acolhedor e seguro.

O foco deste plano é proporcionar experiências lúdicas que incentivem as crianças a reconhecerem o espaço que ocupam e a interagirem com as demais crianças e com os adultos. Ao explorarem essas atividades, os bebês terão a oportunidade de expressar suas emoções e desejos, enquanto têm seus limites e habilidades corporais respeitados e compreendidos. Desta forma, o ambiente escolar se torna um verdadeiro espaço de acolhimento, formando laços afetivos e promovendo o desenvolvimento integral.

Tema: Acolhida
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 0 a 1 ano

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover a acolhida dos bebês de forma lúdica, utilizando brincadeiras que incentivem a comunicação, a interação social e o reconhecimento do próprio corpo.

Objetivos Específicos:

– Proporcionar experiências que permitam aos bebês perceberem seus próprios limites e as possibilidades do seu corpo.
– Estimular a comunicação não verbal e a verbal, através de gestos, balbucios e expressões.
– Criar oportunidades para que os bebês interajam com seus colegas e adultos, reconhecendo a importância do convívio social.

Habilidades BNCC:

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
(EI01EO02) Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais participa.
(EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
(EI01EO04) Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
(EI01CG02) Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI01EF06) Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de expressão.

Materiais Necessários:

– Brinquedos de diferentes texturas e sons (como chocalhos e pelúcias).
– Esteiras ou tapetes macios para a atividade de acolhimento.
– Música suave e calmante para criar um ambiente acolhedor.
– Espelhos pequenos e seguros (plásticos) para a exploração do corpo.
– Livros de imagens adequados à faixa etária.

Situações Problema:

A situação problema que podemos introduzir é: “Como podemos brincar juntos e compartilhar nossos brinquedos?” Essa pergunta estimulará a conversa sobre a importância de brincar coletivamente e como os sentimentos de alegria e tristeza podem surgir nesse contexto.

Contextualização:

No início da aula, será criada uma atmosfera de acolhimento, onde cada bebê, ao entrar, será recebido por adultos com sorrisos, gestos afetuosos e palavras bem-humoradas. A música suave tocará ao fundo, ajudando a tranquilizar e preparar os bebês para as atividades. Este momento inicial é fundamental para estabelecer um vínculo de confiança entre educadores e crianças, criando um ambiente seguro para a exploração e o aprendizado.

Desenvolvimento:

1. Acolhida (10 minutos):
Ao receber os bebês, os educadores devem saudar cada um pelo nome e utilizar gestos amigáveis. A música suave deve continuar tocando, e os educadores poderão estimular a exploração dos brinquedos.

2. Atividade de Movimento (20 minutos):
Os bebês serão colocados em um círculo sobre as esteiras. Os educadores devem, então, guiar uma atividade onde os bebês são incentivados a se movimentar, rolando, engatinhando ou até mesmo tentando ficar em pé com apoio. O objetivo aqui é que eles percebam as diferentes possibilidades de movimento, incentivando a expressão corporal e as interações entre eles.

3. Brincadeiras Sonoras (10 minutos):
Utilizando os brinquedos de diferentes texturas e sons, os educadores devem incentivar os bebês a explorar sonoridades. Enquanto brincam, o educador pode cantar e imitar sons de animais, incentivando os bebês a imitarem e interagirem.

4. Roda de Leitura (10 minutos):
Para encerrar, será feita uma roda de leitura com os livros de imagens. Os educadores devem incentivar os bebês a tocarem nas páginas e a interagirem com as ilustrações, promovendo a leitura como um momento de acolhimento e atenção.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Explorando o Corpo
Objetivo: Reconhecer o próprio corpo e suas partes.
Descrição: Os educadores utilizarão espelhos seguros, permitindo que os bebês vejam suas próprias reflexões e toquem em diferentes partes do corpo.
Instruções: Exibir partes do corpo no espelho e nomeá-las (ex: “Olha, essa é a sua mão!”).
Materiais: Espelhos pequenos de plástico.

Atividade 2: Sons e Gestos
Objetivo: Explorar diferentes sons e movimentos.
Descrição: Os bebês deverão experimentar diferentes objetos sonoros e replicar os sons com seus próprios corpos.
Instruções: Pelas vozes dos educadores, imitar os sons feitos e encorajar os bebês a participar.
Materiais: Chocalhos, tamborzinhos e outros brinquedos que emitem sons.

Atividade 3: Histórias Interativas
Objetivo: Fomentar a escuta e a imaginação.
Descrição: Contar histórias curtas de forma interativa, permitindo que os bebês apontem figuras.
Instruções: Ler em voz alta e fazer perguntas simples sobre as figuras nas ilustrações.
Materiais: Livros de figuras coloridas e grandes.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, os educadores devem abrir espaço para que, com a ajuda dos adultos, os bebês expressem como se sentem. Perguntas como “O que você mais gostou de fazer?” e “Quais sons você ouviu?” podem ajudar a promover conversas que vão ilustrar o entendimento da interação e do acolhimento.

Perguntas:

– Como você se sentiu ao brincar com os outros?
– Que sons você gostou de fazer?
– O que você viu no espelho?

Avaliação:

A avaliação durante a atividade deve ser contínua, observando as interações das crianças entre si e com os educadores, seu engajamento nas atividades propostas e sua capacidade de expressar-se corporalmente e verbalmente. A participação e a expressão de emoções devem ser os critérios principais a serem levados em consideração.

Encerramento:

O encerramento se dará com um momento de relaxamento, onde os educadores devem suavemente reduzir a música e estimular os bebês a se sentarem ou deitarem, fazendo uma breve reflexão sobre o que aconteceu na aula. Esta prática de reflexão auxiliará na consolidação das experiências vividas.

Dicas:

– Utilize elementos sensoriais (texturas e sons) que variem a rotina.
– Esteja sempre atento às reações dos bebês e adapte as atividades conforme necessário.
– Promova sempre uma comunicação clara e carinhosa, para gerar confiança e segurança aos pequenos.

Texto sobre o tema:

A acolhida é um pilar fundamental na Educação Infantil, especialmente para os bebês que estão em processo de formação de vínculos afetivos. Este momento é essencial para que a criança se sinta segura e parte de um grupo, proporcionando uma sensação de pertencimento que é vital na primeira infância. O ambiente acolhedor que se cria na sala de aula deve ser preparado com carinho, com músicas suaves, brinquedos de diferentes texturas e um espaço que facilite o movimento. Dessa forma, o bebê pode começar a explorar seu corpo e suas habilidades motoras, essencial para seu desenvolvimento.

Além disso, a interação durante a acolhida fortalece os laços entre as crianças e os adultos que os cercam. Os educadores, nesse contexto, têm um papel fundamental. Ao se aproximarem das crianças, utilizando uma linguagem acolhedora e gestos afetuosos, eles ajudam a criar um ambiente seguro. Isso favorece a autonomia dos pequenos e permite que eles se expressem de maneira livre, seja através de balbucios, gestos ou movimentos corporais. A partir do momento em que a criança se sente à vontade, ela se abre para novas experiências de aprendizado, seja através de brincadeiras individuais ou coletivas.

Por último, é importante ressaltar que a acolhida vai além de um simples cumprimento. É, na verdade, um momento de conexão emocional e física, onde cada interação conta, seja no olhar, no toque ou na voz. Estes primeiros contatos são a base para a construção de autoconfiança e do desenvolvimento social. As experiências proporcionadas durante esse período influenciam profundamente a forma como a criança se relacionará com o mundo ao seu redor, tornando a acolhida um dos principais elementos a serem trabalhados nas práticas pedagógicas voltadas para a primeira infância.

Desdobramentos do plano:

Este plano de acolhida pode abrir portas para o desenvolvimento de outras atividades que envolvam mais diretamente a interação social. Uma sequência didática pode ser elaborada, na qual as crianças explorem diferentes tipos de brincadeiras que envolvem a partilha de brinquedos e a comunicação de sentimentos, como jogos de roda e canções onde todos podem participar. Esta ação irá solidificar a importância do convívio, promovendo novas descobertas sobre si e sobre o outro, além de contribuir para o aprendizado de habilidades essenciais para a convivência social.

Além disso, o trabalho em equipe entre os educadores deve ser intensificado, para que todos compartilhem e planejem atividades conjuntas que proporcionem a continuidade deste acolhimento, criando assim uma cultura de segurança e relação interpessoal. A avaliação desse processo deve ser discutida em equipe, a fim de que cada educador possa contribuir com seus olhares e perceber como as crianças estão se adaptando e recebendo tais acolhidas.

Por fim, o tema da acolhida pode ser ampliado para envolver as famílias no ambiente escolar, permitindo que pais ou responsáveis participem de atividades com as crianças. Essa interação pode fortalecer a relação família-escola, ampliando o círculo de segurança e encorajamento para as crianças, que perceberão que tanto em casa quanto na escola elas são acompanhadas e apoiadas, favorecendo assim um desenvolvimento harmônico e integral.

Orientações finais sobre o plano:

Um dos principais fatores a serem considerados neste plano é a flexibilidade. Cada grupo de crianças é único e pode responder de maneira diferente às atividades propostas. Portanto, os educadores devem estar abertos a fazer ajustes e adaptações sempre que necessário, garantindo que todas as crianças consigam participar e aproveitar ao máximo as experiências oferecidas.

É igualmente importante lembrar que o clima emocional criado durante a acolhida é fundamental para estabelecer um espaço de aprendizado. Os educadores devem observar cuidadosamente as reações das crianças para entender como estão se sentindo durante as atividades, respeitando seu espaço e suas necessidades. Essa atenção permitirá que os adultos ajudem as crianças a se expressarem melhor e a interagirem de forma mais efetiva com os colegas.

Por último, um ambiente de acolhimento, carinho e respeito é uma responsabilidade compartilhada entre todos que fazem parte do cotidiano das crianças. Cada gesto conta e cada palavra é uma forma de contribuir para o desenvolvimento emocional e social dos bebês. Criar esse contexto é mais do que uma prática pedagógica; é um investimento no futuro das crianças, pois a forma como elas se sentem em relação a si mesmas e aos outros impacta diretamente suas experiências de aprendizagem ao longo de toda a vida.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Banho de Som:
Os bebês podem ser envolvidos em uma atividade onde têm à disposição diferentes objetos sonoros e instrumentos musicais. A atividade irá estimular a exploração dos sons e ritmos, além de propiciar momentos de interação.
Objetivo: Explorar sons de forma livre.
Materiais: Chocalhos, instrumentos de percussão.
Modo de condução: Incentivar a girar e balançar enquanto escutam a música.

2. Trilha Sensorial:
Criar um espaço com diferentes texturas no chão (tapetes, espuma, areia). Isso irá estimular o tato e o movimento.
Objetivo: Estimular os sentidos e o movimento.
Materiais: Tapetes de diferentes texturas, objetos para serem tocados.
Modo de condução: Incentivar os bebês a engatinhar e sentir as mudanças.

3. Espelho da Amizade:
Colocar espelhos de segurança para que os bebês possam ver seu reflexo. Essa atividade ajuda na aceitação da própria imagem.
Objetivo: Trabalhar a autoimagem e familiaridade com o corpo.
Materiais: Espelhos apropriados.
Modo de condução: Incentivar a apontar partes do corpo em seu reflexo.

4. Danças dos Animais:
Realizar uma atividade onde os educadores imitam os movimentos de diferentes animais. Os bebês podem acompanhar e tentar imitar.
Objetivo: Desenvolver a motricidade e a interação.
Materiais: Música e animação.
Modo de condução: Conduzir a atividade mostrando como os animais se movem.

5. Contação de Histórias com Fantoches:
Usar fantoches para contar histórias simples que envolvam os bebês e mantenham sua atenção.
Objetivo: Estimular a imaginação e a atenção.
Materiais: Fantoches de diversos personagens.
Modo de condução: Contar histórias com entusiasmo, mudando as vozes conforme cada personagem.

Esse plano foi cuidadosamente elaborado para garantir uma experiência rica e acolhedora para os bebês, promovendo não apenas o aprendizado, mas também o bem-estar emocional e social, aspectos fundamentais na formação integral das crianças.

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