“Plano de Aula: Acolhendo Sentimentos no 1º Ano do Ensino Fundamental”
Este plano de aula é voltado para a identificação e acolhimento de sentimentos, lembranças, memórias e saberes de cada aluno no contexto do 1º ano do Ensino Fundamental. A proposta busca incentivar o uso da linguagem como um instrumento de expressão dos alunos, permitindo que cada um se sintaouvido e respeitado em seus sentimentos e histórias pessoais. Através de diversas atividades interativas, os alunos poderão compartilhar suas experiências, desenvolver empatia e construir um ambiente escolar mais acolhedor.
Para que a aula alcance seus objetivos de forma eficaz, será necessário envolver os alunos em situações práticas, onde possam não apenas aprender, mas também vivenciar os conceitos que estão sendo trabalhados. Este plano propõe uma sequência de atividades que estimulam o autoconhecimento, a escuta ativa e a valorização das singularidades de cada um, promovendo um espaço de afetividade e respeito pelas diferentes histórias de vida.
Tema: Identificar e acolher sentimentos, lembranças, memórias e saberes de cada um.
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Objetivo Geral:
Promover a identificação e o acolhimento de sentimentos, lembranças e saberes individuais de cada aluno, desenvolvendo habilidades de escuta e empatia.
Objetivos Específicos:
– Fomentar a expressão oral dos alunos sobre suas histórias e sentimentos.
– Criar um ambiente seguro onde todos se sintam à vontade para compartilhar.
– Estimular o respeito à diversidade de experiências e sentimentos.
– Incentivar a escrita criativa através da construção de narrativas pessoais.
Habilidades BNCC:
Educação Religiosa:
– (EF01ER05) Identificar e acolher sentimentos, lembranças, memórias e saberes de cada um.
Materiais Necessários:
– Folhas de papel em branco.
– Lápis e canetas coloridas.
– Cartolinas para cartazes.
– Livreto ou caderno para anotação de sentimentos.
– Recortes de revistas (para colagem).
– Cola e tesoura.
– Projetor ou quadro branco (opcional para exposição de conteúdo).
Situações Problema:
Apresentar aos alunos uma situação desafiadora em que eles precisam identificar uma memória afetiva (como um momento feliz ou triste). Perguntar: “Qual foi um momento em que você se sentiu muito feliz ou triste? Como você pode expressar isso com seus colegas?”. Isso instiga a reflexão e a conversa em grupo.
Contextualização:
Conversar com os alunos sobre a importância de conhecer e valorizar a história de cada um. Introduzir a ideia de que os sentimentos e as lembranças moldam quem somos e que cada pessoa tem seu próprio conjunto de experiências que contribui para a diversidade dentro da sala de aula.
Desenvolvimento:
1. Abertura da Aula (10 minutos): Realizar uma roda de conversa onde cada aluno pode, voluntariamente, compartilhar um sentimento ou uma memória que seja importante para ele. O professor deve chamar a atenção para as histórias contadas e validar os sentimentos expostos, mostrando que todos são ouvidos.
2. Construção de Cartazes (20 minutos): Os alunos receberão folhas de papel e canetas coloridas. Cada um deve ilustrar ou escrever sobre uma lembrança significativa, mostrando suas emoções através de imagens e palavras. Os professores devem incentivar a criatividade, ajudando se necessário.
3. Exposição das Histórias (15 minutos): Criar um momento onde os alunos podem expor suas obras. Cada um que desejar, pode apresentar o que fez para a turma, explicando porque escolheu aquela lembrança. Aqui, a prática da escuta ativa é essencial.
4. Fechamento (5 minutos): Finalizar a aula pedindo que os alunos escrevam em uma folha o que aprenderam sobre os outros e sobre si mesmos durante a atividade.
Atividades sugeridas:
Atividades para uma semana inteira:
Dia 1 – Roda de Memórias
Objetivo: Fomentar a expressão oral.
Descrição: Os alunos se sentam em círculo e, um por um, compartilham memórias.
Instruções: O professor pode moderar, fazendo perguntas para aprofundar a reflexão.
Materiais: Nenhum material necessário.
Adaptação: Para alunos mais tímidos, permitir que compartilhem por escrito.
Dia 2 – Diário de Sentimentos
Objetivo: Desenvolver habilidades de escrita.
Descrição: Os alunos desenvolverão um diário onde anotarão suas emoções durante a semana.
Instruções: Compre um caderno e ajude os alunos a escrever suas emoções.
Materiais: Cadernos e lápis.
Adaptação: Para alunos que têm dificuldades de escrita, permitir que desenhem em vez de escrever.
Dia 3 – Colagem de Sentimentos
Objetivo: Trabalhar a expressão através de artes visuais.
Descrição: Os alunos farão colagens usando recortes de revistas representando seus sentimentos.
Instruções: Orientá-los para que escolham imagens que reflitam o que sentem.
Materiais: Revistas, tesouras, cola, papel.
Adaptação: Para aqueles que não podem usar tesouras, trabalhar apenas com imagens já recortadas.
Dia 4 – Contação de Histórias
Objetivo: Estimular a imaginação e a narrativa.
Descrição: Os alunos devem contar uma história baseada em uma memória que trouxeram.
Instruções: Um aluno por vez na frente apresenta a história que escolheu, podendo ser mais de um se assim desejarem.
Materiais: Nenhum material necessário.
Adaptação: Incentivar o uso de fantoches ou objetos para ajudar na narração.
Dia 5 – Apresentação Final
Objetivo: Fomentar a capacidade de apresentação e autoexpressão.
Descrição: Os alunos expõem suas colagens e diários em uma mini-exposição para outras turmas.
Instruções: Montar um espaço onde todos possam mostrar suas obras.
Materiais: Cartazes, exposição dos diários.
Adaptação: Permitir a participação de outros alunos em mesas.
Discussão em Grupo:
Promover um debate e reflexão sobre como cada um se sentiu ao compartilhar suas emoções. Perguntar:
– Como você se sentiu ao contar sua história?
– O que você aprendeu sobre os seus colegas?
– Você fez novas amizades ou se aproximou de alguém?
Perguntas:
– O que é uma memória importante para você?
– Como os sentimentos podem mudar o jeito que vemos as coisas?
– Você acha que é importante ouvir as histórias dos outros? Por quê?
Avaliação:
Avaliar a participação dos alunos nas atividades, a interação durante as rodas de conversas e a qualidade das expressões apresentadas, tanto nas colagens quanto nas histórias contadas.
Encerramento:
Concluir a aula ressaltando a importância de cada um e a singularidade de suas experiências de vida. Encorajar os alunos a continuar expressando e acolhendo emoções nas interações diárias.
Dicas:
– Incentivar todos os alunos a participar, mas respeitar os que preferem não se expor.
– Criar um ambiente de respeito e acolhimento, sempre reforçando a aceitação das emoções.
– Propor momentos criativos e manter o dinamismo durante as aulas.
Texto sobre o tema:
Nos dias atuais, em que a diversidade se faz presente em todos os aspectos da vida social, é essencial que o ambiente escolar promova um espaço de acolhimento e respeito às histórias e sentimentos de cada indivíduo. Cada aluno traz consigo um universo repleto de experiências que moldam sua identidade. Quando falamos sobre memórias, sentimentos e saberes, não estamos apenas abordando temas isolados, mas construindo um alicerce para o desenvolvimento emocional.
A prática de ouvir e compartilhar histórias pode desenvolver empatia e criar vínculos entre os estudantes, permitindo que se percebam como parte de um todo, onde cada um, com suas particularidades, enriquece a experiência coletiva. Esse diálogo das lembranças, principalmente na infância, pode ser profundamente transformador e ainda servir como uma via para o fortalecimento da autoestima.
Além de ajudar a reconhecer e acolher seus próprios sentimentos, o trabalho em grupo também possibilita a abertura de um canal de comunicação saudável e respeitoso. Criar atividades que incentivam a partilha de memórias e sentimentos é fundamental para formar cidadãos mais conscientes, empáticos e respeitosos. A educação emocional se entrelaça, assim, com a formação da identidade dos estudantes, preparando-os para as interações futuras na sociedade.
Desdobramentos do plano:
Este plano de aula pode ser expandido em várias direções dependendo das necessidades e do interesse da turma. Por exemplo, os alunos podem ser incentivados a criar um projeto de classe que reúna todas as memórias e sentimentos coletivas da turma, transformando suas experiências em um livro em grupo. Este livro pode ser uma coletânea que se torna uma recordação duradoura e valiosa, enfatizando a importância da união e respeito pela diversidade dentro da sala de aula.
Outra possibilidade é realizar uma exposição aberta, onde não só a turma, mas também a comunidade escolar é convidada a apreciar os trabalhos realizados. Isso pode aumentar o reconhecimento dos sentimentos e memórias de forma mais ampla, propiciando interação com outros alunos e professores. A exposição servirá para sensibilizar também não apenas os colegas, mas a escola como um todo, para a importância do acolhimento.
Além disso, as memórias e sentimentos podem ser utilizados como base para desenvolver outras habilidades académicas, como leitura e escrita criativa. Os alunos podem fazer diários que vão além do âmbito escolar, refletindo do que vivenciaram em casa, durante as férias, festas ou mesmo suas vivências em grupo. Assim, experiências diárias ganham espaço na discussão vale dizer que a continuidade das atividades deve sempre ser adaptada para atender as necessidades e interesses dos alunos, proporcionando diferentes ferramentas de aprendizagem.
Orientações finais sobre o plano:
Ao final do plano, é importante que o professor reflita sobre a implementação das atividades e o impacto que tiveram no ambiente da sala de aula. A utilização de feedbacks dos alunos pode ser uma ferramenta essencial para monitorar o progresso e áreas que ainda precisam ser trabalhadas. Especial atenção deve ser dada ao clima emocional da sala, pois um ambiente seguro é essencial para o sucesso dessas iniciativas.
Os professores devem sempre lembrar que acolher e respeitar a diversidade de experiências é fundamental. As emoções e memórias individuais têm um papel significativo nas relações interpessoais e no desenvolvimento social. Por isso, ao propor essas atividades, cada educador deve garantir que todos os alunos se sintam empoderados e respeitados ao compartilhar suas histórias, pois cada um deles traz uma contribuição única ao grupo.
Por fim, os alunos, ao se sentirem ouvidos e valorizados, tendem a se mostrar mais colaborativos, contribuindo para um ambiente de aprendizado mais incluído e harmonioso. Por meio dessa prática contínua de acolhimento, a escola se torna um espaço não apenas de aprendizado das disciplinas clássicas, mas também de construção de caracteres e da formação de uma sociedade mais justa e respeitosa.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Fantoches: Os alunos criam fantoches baseados em suas lembranças, representando uma história que os toca. O objetivo é que eles expressem suas memórias de forma lúdica. Os materiais necessários incluem materiais recicláveis para fazer os fantoches e espaço para a apresentação.
2. Jogo de Cartas Emocionais: Criar cartas que representam diferentes emoções. Em pequenos grupos, os alunos devem escolher uma carta e compartilhar uma experiência relacionada à emoção da carta. Os alunos podem desenhar ou recortar imagens que representem cada emoção.
3. Caminhada da Memória: Organizar uma caminhada pela escola onde cada aluno tem que coletar objetos que representem uma memória pessoal. Ao finalizar, cada um poderá compartilhar a história por trás do que coletou em pequenos grupos.
4. Filme da Diversidade: Usar dispositivos de gravação para que os alunos se registrem contando suas memórias. As gravações podem ser editadas e apresentadas como um “filme da classe”, mostrando a diversidade de histórias que cada aluno possui.
5. Mesa da Diversidade: Criar um espaço na sala de aula onde os alunos podem colocar objetos que são significativos para eles e explicar a importância dos mesmos. Cada aluno pode fazer um tour pela “mesa da diversidade”, aprendendo sobre os objetos e as histórias dos colegas.
Todas essas sugestões devem ser adaptadas com sensibilidade às diferenças individuais, permitindo que cada aluno participe no seu próprio ritmo e nível de conforto. A ideia é sempre promover o acolhimento, a escuta e a valorização das particularidades de cada um.