Plano de Aula: ações para evitar mordidas e trabalhar a identidade (Educação Infantil) – crianças_pequenas

Este plano de aula foi elaborado com o intuito de promover um ambiente de aprendizado seguro e respeitoso, além de incentivar a identidade e a empatia nas crianças pequenas, com idades entre 3 a 4 anos. Neste contexto, é fundamental que as crianças entendam a importância de respeitar os colegas, além de identificar seus próprios sentimentos e ações. O tema, relacionado a ações para evitar mordidas e promover a identidade, será explorado através de atividades lúdicas e interativas, que favoreçam a inclusão e a colaboração entre os alunos. A ideia é criar um espaço onde cada criança se sinta valorizada, compreendida e parte do grupo.

Durante a aula, serão desenvolvidas atividades que estimulam a comunicação, a ligação interpessoal, além de promover o autocuidado e o respeito às diferenças. As diversas atividades propostas também buscarão fomentar a linguagem oral, a expressão de sentimentos e a socialização entre os alunos. O professor atuará como mediador, auxiliando na construção do conhecimento e na resolução de conflitos de maneira construtiva e respeitosa.

Tema: Ações para evitar mordidas e trabalhar a identidade
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 3 a 4 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

O objetivo geral deste plano de aula é promover a empatia e a identidade nas crianças, através de atividades que ajudem a evitar comportamentos agressivos, como mordidas, e promovam uma interação saudável entre os alunos.

Objetivos Específicos:

1. Estimular a comunicação dos sentimentos e pensamentos sobre o comportamento de mordidas.
2. Promover a valorização da própria identidade e das características dos outros.
3. Fomentar habilidades de cooperação e respeito em atividades coletivas.
4. Desenvolver a consciência corporal e a expressão de sentimentos por meio de movimento e dança.

Habilidades BNCC:

Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
– (EI03EO05) Demonstrar valorização das características de seu corpo e respeitar as características dos outros (crianças e adultos) com os quais convive.

Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
– (EI03CG04) Adotar hábitos de autocuidado relacionados à higiene, alimentação, conforto e aparência.

Campo de Experiências “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral.

Materiais Necessários:

– Cartões com imagens de rostos mostrando diferentes emoções (feliz, triste, bravo, preocupado).
– Espelho.
– Música suave para dançar.
– Materiais para desenho (papel, lápis de cor, canetinhas).
– Bonecos ou fantoches para encenacões.

Situações Problema:

– A ocorrência de mordidas durante brincadeiras e como lidar com esses comportamentos de maneira construtiva.
– Como expressar os sentimentos quando um amigo não respeita seu espaço.

Contextualização:

As crianças pequenas estão começando a compreender suas próprias emoções e as dos outros, assim como a importância de interagir positivamente em grupo. Ao abordar o tema das mordidas, buscamos não apenas a redução deste comportamento, mas também a promoção do respeito e da empatia. Nesse sentido, utilizar a linguagem e o jogo é fundamental para que as crianças possam compreender e dialogar sobre suas experiências.

Desenvolvimento:

1. Chamadinha do Nome: O professor irá começar a atividade chamando cada criança pelo seu nome, estimulando-as a responder e se apresentarem. Esse momento ajuda a reforçar a identidade e o pertencimento no grupo.

2. Roda de Conversa: Após a chamada, o professor orienta as crianças a sentarem em círculo e introduz a temática sobre como se sentem quando alguém as morde. Utiliza os cartões com expressões faciais para ilustrar diferentes sentimentos. Perguntas a serem feitas incluem: “Como você se sente quando alguém te morde?” ou “O que podemos fazer para não morder os amigos?” Esse será um espaço para expressar suas emoções e fomentar a comunicação.

3. Dança dos Sentimentos: Em seguida, serão realizadas atividades de movimento. Ao toque de uma música suave, as crianças deverão se movimentar pelo espaço e quando a música parar, o professor mostrará um cartão com uma expressão facial e todos deverão demonstrar como conseguem expressar aquele sentimento com seu corpo. Essa atividade vai contribuir para o autoconhecimento e para o controle do corpo.

4. Hora do Espelho: Após a dança, as crianças serão divididas em duplas e cada uma terá a chance de se olhar no espelho e dizer algo positivo sobre si mesmas, assim como sobre o colega. O professor pode mediar essa atividade, reforçando o respeito à individualidade de cada um e a importância de valorizar as características próprias e dos outros.

5. Desenho e Contação de Histórias: Para encerrar, as crianças poderão desenhar o que sentem e como podem se comportar de forma respeitosa. Após isso, o professor pode criar um momento de contação de histórias utilizando bonecos ou fantoches para representar situações de conflitos e soluções em que a comunicação e o respeito mútuo são essenciais.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Chamadinha do Nome
Objetivo: Promover a identificação e o respeito pelas individualidades.
Descrição: Chamando cada criança pelo nome, estimule-as a se apresentarem. A ideia é que elas reconheçam e se sintam parte do grupo.
Materiais: Nenhum.
Adaptação: Para crianças tímidas, o professor pode ajudar a criar um espaço seguro para a apresentação.

Atividade 2: Roda de Conversa
Objetivo: Discutir sentimentos e interações.
Descrição: As crianças participam de uma roda, compartilhando seus sentimentos sobre ser mordido ou morder outros, usando os cartões de emoções.
Materiais: Cartões com emoções.
Adaptação: Crianças que têm dificuldade em verbalizar podem se expressar com gestos ou desenhos.

Atividade 3: Dança dos Sentimentos
Objetivo: Expressar emoções através do movimento.
Descrição: Ao parar a música, as crianças devem imitar a emoção mostrada no cartão.
Materiais: Música suave e cartões de emoções.
Adaptação: Para crianças que não gostam de dança, pode-se criar movimentos alternativos, como gestos.

Atividade 4: Hora do Espelho
Objetivo: Valorizar a identidade e promover a autoestima.
Descrição: As crianças se observam no espelho e dizem algo de positivo sobre si mesmas e sobre o colega ao lado.
Materiais: Espelhos.
Adaptação: Para crianças que se sentem inseguras, o professor pode fazer a primeira demonstração.

Atividade 5: Desenho e Contação de Histórias
Objetivo: Expressar sentimentos através da arte e da narrativa.
Descrição: As crianças desenham como se sentem e criam pequenas histórias.
Materiais: Papel, lápis de cor e bonecos ou fantoches.
Adaptação: Crianças com dificuldades motoras podem usar tinta ou massinha de modelar.

Discussão em Grupo:

Ao final das atividades, é importante promover uma discussão em grupo, onde os alunos podem compartilhar o que aprenderam sobre empatia, identificação de sentimentos e a importância do respeito nas relações interpessoais. Perguntar a eles o que podem fazer para resolver conflitos e como agir quando alguém os machuca pode ajudar a desenvolver o pensamento crítico e a resolução de problemas.

Perguntas:

1. Como você se sente quando alguém morde você?
2. O que podemos fazer juntos para que as mordidas não aconteçam?
3. Quais são as maneiras de expressar o que sentimos?
4. O que você gosta em você mesmo?
5. Como respeitamos os sentimentos dos nossos amigos?

Avaliação:

A avaliação do aprendizado ocorrerá por meio da observação da participação das crianças durante as atividades e discussões. O foco se dará em perceber como expressam seus sentimentos, se interagem respeitosamente com os colegas e como colaboram nas atividades em grupo. Além disso, o professor deve avaliar a capacidade das crianças de relacionar suas emoções às das outras, demonstrando empatia.

Encerramento:

Ao final da aula, uma breve recapitulação das atividades e o relembrar das emoções discutidas. O professor pode promover um momento de reflexão: “Como podemos continuar a ser amigos e respeitar uns aos outros todos os dias?” Isso reforça a importância do respeito mútuo e da empatia, formando uma base sólida para um bom relacionamento social.

Dicas:

– Utilize sempre uma linguagem acessível e próxima ao universo infantil, tornando a comunicação mais eficaz.
– Crie um ambiente acolhedor, onde as crianças sintam-se à vontade para expressar seus sentimentos.
– Esteja atento às dinâmicas em grupo, buscando garantir que todas as crianças tenham a oportunidade de participar.
– Ofereça diferentes formas de expressão, permitindo que cada criança se manifeste da maneira que se sentir mais confortável.
– Utilize música e movimento como aliada nas atividades, tornando o aprendizado mais lúdico e envolvente.

Texto sobre o tema:

A interação entre crianças é sempre um campo rico e poderoso para o desenvolvimento de habilidades sociais. Durante a educação infantil, os momentos de brincadeira são cruciais, pois, através deles, as crianças começam a explorar as emoções humanas. O comportamento, como as mordidas, pode surgir em situações de frustração, raiva ou simplesmente por falta de outras formas de expressão. Neste sentido, é fundamental que educadores e responsáveis sejam capacitados para entender e gerenciar essas ações de maneira construtiva. Promover discussões sobre sentimentos e ensinar como expressá-los adequadamente pode contribuir significativamente para a redução desses comportamentos indesejados.

A identidade é um aspecto essencial para a formação da personalidade da criança. Quando elas começam a entender quem são, o que sentem e como se relacionam com o outro, o resultado pode ser um ambiente mais harmonioso e cooperativo. Ao valorizar características pessoais e respeitar as diferenças alheias, ensinamos que cada um tem seu espaço e merecimento dentro do grupo. A prática de atividades lúdicas que envolvem o movimento, expressão artística e o diálogo trazem à tona sentimentos e questões que frequentemente ficam escondidos, ajudando a criar uma dinâmica mais empática e respeitosa entre os pequenos.

Promover o respeito e a empatia nas relações das crianças é também um ato de autocuidado, pois ao respeitar o outro, elas estabelecem limites para si mesmas. Essas experiências iniciais moldam a forma como elas se relacionarão com o mundo e com as pessoas que as cercam no futuro. Portanto, é essencial que espaços de diálogo, vivência e expressão sejam garantidos, fazendo com que cada aprendiz compreenda a importância de agir com respeito e empatia em suas interações.

Desdobramentos do plano:

Os desdobramentos desse plano de aula podem se estender para várias áreas, não apenas em relação ao comportamento e à interação dos alunos. A prática regular de atividades que promovem a expressão emocional e a comunicação contribui para a evolução das habilidades sociais das crianças. Além disso, espaços onde elas podem se sentir à vontade para reconhecer suas emoções, como frustração ou alegria, são fundamentais para o desenvolvimento de uma autoestima saudável. Quando as crianças entendem que suas emoções são válidas e que podem ser expressas de maneira respeitosa, o clima na sala de aula se torna mais positivo e cooperativo.

De forma prática, esse plano de aula pode ser o ponto de partida para a criação de um programa mais extenso sobre a convivência respeitosa. Atividades que promovem a empatia e o diálogo, bem como a resolução de conflitos, podem ser inseridas no dia a dia da escola, facilitando que os alunos desenvolvam uma cultura de paz e compreensão. Os educadores poderão implementar um cronograma semanal ou mensal, trabalhando temas como “Respeito”, “Amizade” e “Compreensão”, sempre voltados para a melhoria das interações entre os alunos.

Por fim, esse enfoque também permite que a equipe pedagógica envolva as famílias no processo educativo. Promover oficinas e encontros onde os responsáveis possam discutir a importância da educação emocional e da convivência harmoniosa pode resultar em uma rede de apoio significativa. Incentivando as famílias a aplicar as práticas discutidas em casa, o impacto positivo se potencializa, contribuindo para um desenvolvimento social coerente e saudável entre as crianças.

Orientações finais sobre o plano:

O desenvolvimento de atividades educativas que promovam o respeito e a empatia deve ser um compromisso contínuo por parte dos educadores. É essencial que cada interação, seja em brincadeiras, dinâmicas de grupo ou mesmo em momentos de conflito, seja vista como uma oportunidade de aprendizado. Os professores devem estar preparados para observar e orientar as crianças, ajudando-as a entender a importância de suas ações e sentimentos no contexto grupal.

Além disso, é crucial que os educadores estejam atentos a diferentes perfis de alunos e suas particularidades emocionais e sociais. Cada criança traz consigo uma bagagem única, e reconhecer essas individualidades é o primeiro passo para promover um ambiente incluído e acolhedor. A flexibilidade nas atividades, permitindo adaptações, é fundamental para que todos os alunos se sintam parte do processo educativo.

Por último, cabe salientar que o foco na identidade e na empatia deve ser passado para a prática cotidiana da sala de aula. Com pequenas ações e momentos de interação, os educadores podem semear um clima de amizade e respeito, que posteriormente refletirá em todas as práticas da educação infantil e nas relações interpessoais dos alunos. Cada ação conta, cada momento é uma chance de ensinar, e, acima de tudo, é a oportunidade de formar cidadãos conscientes e respeitosos.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Jogo do Espelho: Proponha um jogo em que as crianças formem pares e se imitem. Uma criança faz um gesto ou uma expressão, e a outra deve replicar. Depois, elas trocam de papel. O objetivo é desenvolver a observação e a empatia, reconhecendo as emoções do outro.

Teatro de Fantoches: Crie um pequeno teatro onde as crianças podem atuar com fantoches, demonstrando situações de conflito e resolução, como “o que fazer se alguém me morde?”. Isso incentiva a expressão e o entendimento das emoções alheias.

Caixa dos Sentimentos: Prepare uma caixa com diversos objetos representando sentimentos (ex: coração para amor, nuvem para tristeza). As crianças devem tirar um objeto e compartilhar um momento em que sentiram aquela emoção. Essa atividade estim

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