Plano de Aula: A comunidade e seus registros. (Ensino Fundamental 1) – 2º Ano

A proposta deste plano de aula é explorar a temática da comunidade e seus registros, permitindo que os alunos do 2º ano do Ensino Fundamental compreendam a importância da convivência e das interações sociais. Através de uma abordagem lúdica e reflexiva, os alunos serão incentivados a reconhecer a relação entre o “Eu” e o “Outro”, promovendo um ambiente de respeito e colaboração. Este plano busca desenvolver habilidades essenciais na formação dos estudantes, dentro e fora da sala de aula.

Para esta atividade, utilizaremos dinâmicas de grupo, registros escritos e artísticos, além de conversas e leituras, o que proporciona uma experiência rica e completa. Vamos nos aprofundar na importância da memória, das histórias e dos registros de vivências que formam a base da coletividade. O objetivo é que as crianças se sintam parte de seu ambiente e compreendam a relação de pertencimento que possuem dentro de suas comunidades.

Tema: A Comunidade e Seus Registros
Duração: 2 aulas
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 2º Ano
Faixa Etária: 7 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover a compreensão da importância da convivência em comunidade, reconhecendo o papel dos registros e memórias de cada indivíduo dentro desse contexto.

Objetivos Específicos:

– Incentivar a reflexão sobre a identidade pessoal e coletiva.
– Desenvolver habilidades de escrita e leitura por meio de registros de experiências e vivências.
– Promover o respeito às diferenças e a empatia nas relações interpessoais.
– Fomentar a criatividade através de atividades artísticas que representem a comunidade local.

Habilidades BNCC:

(EF02HI01) Reconhecer espaços de sociabilidade e identificar os motivos que aproximam e separam as pessoas em diferentes grupos sociais ou de parentesco.
(EF02HI04) Selecionar e compreender o significado de objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar, escolar e comunitário.
(EF02HI09) Identificar objetos e documentos pessoais que remetam à própria experiência no âmbito da família e/ou da comunidade, discutindo as razões pelas quais alguns objetos são preservados e outros são descartados.
(EF12LP20) Reconhecer a função de textos utilizados para apresentar informações coletadas em atividades de pesquisa (enquetes, pequenas entrevistas, registros de experimentações).

Materiais Necessários:

– Lápis e borracha
– Papel A4 e cartolina
– Material para colagem (fita adesiva, tesoura, cola)
– Cores (lápis de cor, canetinhas)
– Imagens de revistas para recorte
– Gravadores de voz ou tablets para registrar conversas (opcional)

Situações Problema:

– Como os registros pessoais e comunitários ajudam a contar a história de nossa comunidade?
– O que torna a nossa comunidade única e especial?

Contextualização:

Na fase de formação dos alunos, é essencial que compreendam de forma lúdica a noção de comunidade. Para tanto, explorar registros do cotidiano e as experiências pessoais faz-se necessário. A construção dessa noção se dá através de trocas, lembranças e, acima de tudo, respeitando as diferenças e similaridades entre os seus integrantes. Assim, buscamos dar voz a cada aluno, onde suas vivências, memórias e percepções são centralizadas.

Desenvolvimento:

1. Introdução à Aktividades: Na primeira aula, propõe-se um bate-papo sobre o que é uma comunidade e o que significa pertencer a ela. Perguntas como “O que vocês sabem sobre a nossa comunidade?” ou “Quais são os objetos que representam a história de vocês?” serão úteis para iniciar a dinâmica.
2. Atividade de Coleta de Memórias: Os alunos farão uma roda de conversa onde cada um poderá compartilhar uma memória ou um objeto que tenha significado para sua história. Após essa atividade, os registros serão feitos de forma escrita e desenhada numa folha grande.
3. Criação de um Mural da Comunidade: Usando suas produções individuais, cada aluno participará da criação de um mural que represente histórias e informações sobre a comunidade, unindo tudo em um só local. O mural pode contar com colagens, desenhos e textos coletivos.
4. Apresentação do Mural: Todos serão convidados a apresentar suas contribuições para o mural e falar sobre as histórias e experiências associadas às suas produções. Aqui, será importante reforçar o respeito e a escuta ativa.

Atividades sugeridas:

Segunda-feira:
Objetivo: Reconhecer o significado da comunidade e compartilhar memórias.
Descrição: Realizar uma roda de conversa, onde cada aluno compartilha um objeto significativo.
Instruções: Os alunos devem trazer um objeto que tenha uma história por trás. Ao compartilhar, o professor deve incentivar a escuta ativa, repetindo e refletindo sobre o que foi dito.

Terça-feira:
Objetivo: Produzir narrativas simples.
Descrição: Após o compartilhamento, cada aluno escolherá um objeto que foi mais interessante e realizará um desenho e uma breve descrição de sua história.
Materiais necessários: Lápis, papel, cores.

Quarta-feira:
Objetivo: Criar um mural da comunidade.
Descrição: Juntar todas as produções e colá-las juntos, formando um mural. Os alunos podem trabalhar em grupo para planejar a disposição das peças.
Instruções: Estimular a colaboração em grupo, pedindo que discutam sobre como melhor organizar o espaço.

Quinta-feira:
Objetivo: Apresentar histórias em grupo.
Descrição: Cada grupo apresentará o que construíram e explicar o significado do que foi criado.
Dica: O professor deve incentivar o respeito à fala, com aplausos ou gestos silenciosos quando outrem estiver falando.

Sexta-feira:
Objetivo: Reflexão final sobre a experiência.
Descrição: Promover uma discussão sobre o que aprenderam sobre a comunidade e como cada um percebe seu lugar nela.
Instruções: Fazer perguntas que incentivem a reflexão, como “O que você aprendeu sobre seu colega?”.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, os alunos devem ser divididos em pequenos grupos para discutir o que aprenderam sobre a comunidade, suas histórias, e a importância de cada objeto trazido. Esse espaço deve proporcionar um ambiente seguro para a expressão de ideias e sentimentos, encorajando a empatia e a escuta.

Perguntas:

– Qual a importância de contar histórias da nossa comunidade?
– Como os objetos que trouxemos nos ajudam a entender melhor nossas vidas?
– O que aprendemos sobre a diversidade e a convivência?

Avaliação:

A avaliação será contínua e qualitativa, considerando a participação de cada aluno nas atividades e discussões. O professor deve observar a habilidade dos alunos em se expressar, a capacidade de ouvir o outro e a forma como se envolvem nas atividades do grupo. Serão considerados os registros feitos pelos alunos, bem como a construção do mural colaborativo.

Encerramento:

O professor deverá finalizar a aula reforçando a importância de cada memória e história para a formação da comunidade. Agradecer a participação de cada aluno e reforçar a ideia de que todos contribuíram para o mural, tornando-o uma representação única da sua convivência.

Dicas:

1. Propor momentos de escuta ativa, onde os alunos possam expressar-se sem interrupções.
2. Valorizá-los por suas histórias, independentemente da complexidade, mostrando que todos têm algo importante a compartilhar.
3. Fomentar um ambiente de respeito e acolhimento, essencial durante as discussões e apresentações, estimulando a aceitação das diferenças.

Texto sobre o tema:

A comunidade é formada por indivíduos que compartilham um espaço e, frequentemente, um conjunto de valores, tradições e modos de vida. Cada membro carrega consigo histórias, memórias e elementos físicos que representam sua jornada. Assim, os registros da comunidade, sejam eles documentos, fotografias ou objetos pessoais, escrevem um relato coletivo que nos ajuda a entender quem somos. O ato de contar e preservar essas histórias não é apenas uma forma de recordar nosso passado, mas também um método para educar futuras gerações sobre a importância de suas raízes e do lugar em que habitam.

A convivência nas comunidades torna-se enriquecedora quando somos capazes de escutar as narrativas de outros, uma vez que isso nos permite desenvolver empatia e respeito pela diversidade. Cada indivíduo, com sua história única, contribui para a construção de um tecido social complexo e intricado. Portanto, quando falamos sobre comunidades, devemos lembrar que cada voz é essencial para formar uma narrativa completa.

No âmbito escolar, compreender a função dos registros na formação da identidade e da memória coletiva é fundamental para a educação integral. Os alunos devem ser incentivados a valorizar e a comunicar suas experiências, o que reforça laços sociais. Ao encorajar o compartilhamento de objetos significativos e experiências pessoais, as instituições educacionais fortalecem a noção de pertencimento e identidade, fundamentais para a formação de cidadãos conscientes de seu papel dentro de uma sociedade plural.

Desdobramentos do plano:

Num desdobramento desse plano de aula, é possível promover encontros intergeracionais, onde alunos possam entrevistar avós ou moradores da comunidade sobre suas histórias. Essa atividade pode gerar um aprendizado ainda maior sobre as tradições e mudanças ao longo do tempo, reforçando ainda mais o sentido de pertença e valorização da história. A possibilidade de gravação em áudio ou vídeo das entrevistas avança a coleta de informações, permitindo que os alunos compartilhem e preservem essas memórias de maneira digital.

Além disso, o projeto pode se expandir para a elaboração de um livro comunitário. Cada aluno pode contribuir com sua história e seus registros, criando uma coletânea que pode ser impressa e distribuída na escola ou na comunidade. Isso não só solidifica o aprendizado sobre a importância do registro e da memória, como também ajuda a construir uma forma física de preservação da história coletiva da turma.

Outro desdobramento interessante seria organizar uma feira de histórias, onde os alunos poderiam apresentar suas criações e compartilhar não apenas suas histórias, mas também as histórias de seus familiares envolvidos no processo. Dessa maneira, cada aluno se tornaria um embaixador da história de sua família, promovendo integração, respeito e fortalecimento dos laços sociais na comunidade escolar.

Orientações finais sobre o plano:

É vital que o professor atue como mediador durante todo o processo, criando um ambiente acolhedor que incentive a expressão livre dos alunos. Manter uma postura de respeito e aceitação permitirá que cada um se sinta confortável para compartilhar suas vivências. Além disso, a diversidade de ideias e experiências deve ser uma prioridade, assegurando que todos os alunos tenham voz e vez ao longo das atividades.

Os registros e as memórias não devem ser vistos apenas como um produto final, mas como parte de um processo educativo contínuo. Encorajar os alunos a revisitar e refletir sobre suas produções pode dar origem a uma compreensão mais profunda de si mesmo e de sua comunidade. Propor atividades que unam diversos modos de expressão, como a escrita, a arte e a oralidade, enriquecerá a experiência de aprendizagem e ampliará a visão sobre o que é uma comunidade rica e multifacetada.

Por fim, é importante ressaltar a relevância do tema no cotidiano dos alunos. O professor deve sempre relacionar as atividades propostas com a realidade vivenciada, mostrando que os laços construídos na escola têm um reflexo direto na convivência comunitária. Ao promover um aprendizado significativo, estaremos não apenas ensinando, mas também formando cidadãos conscientes e críticos em relação ao seu entorno.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça ao Tesouro Comunitário: Organizar uma atividade em que os alunos devem encontrar objetos ou locais que tenham significado para a comunidade. Cada descoberta será registrada com uma pequena nota sobre sua importância, criando um “mapa do tesouro” da comunidade. Essa atividade incentiva a exploração e o reconhecimento do espaço em que vivem.

2. Teatro de Mário e Memórias: Realizar uma encenação onde os alunos representam suas memórias, como um pequeno teatro. Cada aluno pode representar uma situação importante que vivenciou na comunidade, ajudando a reforçar a ideia da diversidade de experiências.

3. Revista da Comunidade: Criar uma revista colaborativa onde os alunos possam contribuir com histórias, desenhos e registros sobre a sua comunidade. Cada aluno poderia escolher um tema, como “meu lugar favorito” ou “quem eu admiro na comunidade” e elaborar uma pequena reportagem sobre o assunto.

4. Fotografia e Memória: Propor uma atividade de fotografia em que os alunos possam capturar momentos e objetos que considerem importantes em sua comunidade. Em seguida, realizar uma exposição na escola, onde todos os alunos e famílias poderão visitar e conhecer a perspectiva de cada um.

5. Construção de um Álbum de Memórias Digitais: Utilizando ferramentas digitais, os alunos podem criar um álbum digital onde registrarão suas histórias e objetos significativos. Esse material pode ser compartilhado com toda a comunidade, promovendo uma interação virtual e sem limites com jovens e adultos que queiram se envolver.

Este plano de aula oferece um caminho abrangente e interativo para explorar a relação entre os alunos e sua comunidade, utilizando histórias, memórias e registros como ferramentas de aprendizado e convivência. Através das atividades propostas, espera-se que os alunos desenvolvam uma compreensão mais profunda sobre a importância de cada um dentro da rede social em que estão inseridos.


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