“Meu Rostinho: A Importância da Autoestima na Educação Infantil”

Este plano de aula, intitulado “Meu rostinho”, visa promover a experiência de autoidentificação das crianças pequenas, por meio da exploração de suas características físicas e emocionais. Estas atividades são fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autoestima, permitindo que os alunos se reconheçam e valorizem sua individualidade. Ao mesmo tempo, as crianças também aprenderão a respeitar e apreciar as diferenças dos outros, que é um passo importante para o convívio social.

A proposta é que, por meio de atividades lúdicas e criativas, os alunos possam se expressar, compartilhar suas emoções e aprender a importância de cada traço que compõe seu rosto. Com isso, espera-se que as crianças construam uma imagem positiva de si mesmas e desenvolvam habilidades sociais, emocionais e de comunicação.

Tema: Meu rostinho
Duração: 1 hora
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 4 e 5 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Fomentar a consciência da identidade e autoestima através da exploração das características do próprio rosto, incentivando o respeito às diferenças e a empatia pelos outros.

Objetivos Específicos:

– Estimular a autoexpressão através da arte e da linguagem.
– Promover a valorização das características físicas individuais.
– Incentivar a comunicação de sentimentos e emoções.
– Desenvolver o respeito pela diversidade dos colegas.

Habilidades BNCC:

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO05) Demonstrar valorização das características de seu corpo e respeitar as características dos outros (crianças e adultos) com os quais convive.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
– (EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.

Materiais Necessários:

– Papéis em branco (tamanhos variados)
– Lápis, canetinhas, tintas e pincéis
– Espelhos de tamanho adequado para crianças
– Adesivos coloridos (estrelinhas, formas geométricas)
– Exemplos de rostos desenhados (impresso ou digital)
– Projetor ou TV (opcional, para exibir imagens)

Situações Problema:

– Como podemos expressar o que sentimos com nosso rosto?
– O que torna cada um de nós especial e único?
– Como podemos respeitar as características diferentes dos nossos colegas?

Contextualização:

Iniciar a aula conversando com as crianças sobre a importância de conhecer a si mesmas e como isso está relacionado ao reconhecimento dos outros. Levar espelhos para que possam observar e discutir sobre o que veem, ressaltando que todos têm rostos diferentes, e que isso é o que nos torna únicos.

Desenvolvimento:

1. Conversação Inicial (10 minutos):
– Iniciar com uma conversa aberta sobre o que as crianças veem em seus rostos ao olharem no espelho. Incentivar o uso de adjetivos para descrever as diferentes partes do rosto (exemplo: olhos, boca, nariz).
2. Atividade de Desenho (30 minutos):
– Distribuir papéis em branco e materiais de desenho. Pedir que cada criança desenhe seu próprio rosto. As crianças devem utilizar cores para representar seus sentimentos, e assim poderão expressar-se artisticamente.
3. Apresentação (15 minutos):
– Cada criança apresentará seu desenho para os colegas, explicando o que cada parte do rosto representa e como se sentem em relação ao que desenharam.
4. Encerramento (5 minutos):
– Concluir a atividade reforçando a ideia de que todos somos diferentes, mas igualmente especiais.

Atividades sugeridas:

1. Desenho do Rosto:
– Objetivo: Aumentar a autoconfiança e a autoexpressão via desenho.
– Material: Papéis e tintas.
– Passo a passo: Distribuir materiais e pedir para desenharem seu rosto. Orientar sobre a utilização de cores que representem sentimentos.
– Adaptação: Para estudantes que possam ter dificuldade, fornecer um modelo para colorir.

2. Expressão com o Corpo:
– Objetivo: Criar uma conexão entre os sentimentos e a expressão corporal.
– Material: Espaço livre para movimentação.
– Passo a passo: Incentivar as crianças a fazerem diferentes expressões faciais e corporais que representem diferentes emoções.
– Adaptação: Para crianças mais tímidas, trabalhar em grupos pequenos, encorajando cada uma a observar e imitar.

3. Mostra do rosto:
– Objetivo: Desenvolver habilidades de comunicação.
– Material: Espelhos.
– Passo a passo: As crianças devem se observar e refletir sobre o que veem, verbalizando suas descobertas.
– Adaptação: Para crianças que têm dificuldade em verbalizar, pedir que toquem as partes do rosto e identifiquem funcionalidades (ex: o que o nariz faz).

4. Colagem de Características:
– Objetivo: Promover a identificação de diferenças e semelhanças.
– Material: Revistas, tesoura, colas.
– Passo a passo: Criar uma colagem a partir de imagens de rostos diversos.
– Adaptação: Trabalhar em conjunto, onde cada criança pode escolher uma imagem e explicar por que a escolheu.

5. Estórias de Identidade:
– Objetivo: Trabalhar com narrativas pessoais.
– Material: Livros ilustrados.
– Passo a passo: Ler uma história sobre diversidade e identidade, seguida de uma discussão.
– Adaptação: Dar tempo para que cada criança busque uma palavra que representam a história.

Discussão em Grupo:

Promover um diálogo sobre a atividade. Perguntar como as crianças se sentiram ao desenhar seus rostos e o que aprenderam sobre si mesmas e sobre os colegas. Esse momento é essencial para reforçar o aprendizado sobre empatia e reconhecimento da diversidade.

Perguntas:

– O que você gosta mais em seu rosto?
– Como você se sente quando olha para seu desenho?
– O que você aprendeu sobre o rosto dos seus amigos?

Avaliação:

A avaliação será contínua e prática. Observar como as crianças participam das atividades, fazem perguntas, expressam-se e demonstram empatia. O sucesso da atividade não está apenas nos desenhos finais, mas na capacidade de comunicação e na valorização das experiências compartilhadas.

Encerramento:

Finalizar a atividade com uma roda de conversa, agradecendo a participação de todos e reforçando a importância da valorização das diferenças. Encorajar os alunos a continuarem pensando sobre o que os faz especiais.

Dicas:

– Esteja atento às reações emocionais das crianças durante a atividade.
– Crie um ambiente acolhedor, onde cada criança sinta-se à vontade para se expressar.
– Utilize músicas ou contos que falem sobre diversidade e identidade para enriquecer a experiência.

Texto sobre o tema:

A identidade de uma criança é uma construção que se inicia desde os primeiros anos de vida. É fundamental que as crianças entendam que cada um de nós é único, e que essas características que nos fazem diferentes devem ser valorizadas. Este conceito de individualidade enriquece a convivência, promovendo empatia e respeito. O rosto é um dos principais elementos de nossa expressão. Ele não apenas nos identifica, mas também revela nossos sentimentos e emoções. Quando somos capazes de reconhecer e valorizar nosso próprio rosto, podemos também aprender a apreciar as diferenças dos outros, o que é essencial para uma convivência harmoniosa na sociedade.

Brincadeiras e atividades que envolvam a autoimagem podem ser um excelente ponto de partida para discussões sobre diversidade e aceitação. A autoaceitação é um valor fundamental que deve ser instigado desde a mais tenra idade, pois é por meio dela que desenvolvemos a confiança necessária para interagir com o mundo ao nosso redor. Ao aprender a expressar admiração por si mesmos, os pequenos naturalmente se tornam mais abertos à aceitação das variáveis que existem na sociedade, como as diferenças físicas e emocionais entre as pessoas.

Por meio de dinâmicas que promovem a autoexpressão e a reflexão sobre a própria imagem, as crianças são convidadas a desenvolver sua autoestima e a formar laços mais profundos com seus colegas. Atividades que integram a arte e a comunicação, além de serem fundamentais para o desenvolvimento cognitivo, também favorecem a conexão emocional entre as crianças, preparando-as para serem cidadãos respeitosos e empáticos.

Desdobramentos do plano:

Os desdobramentos deste plano podem ser vastos. É possível explorar ainda mais a temática da diversidade, introduzindo histórias e contos de diferentes culturas que abordam a autoimagem e a aceitação. Além disso, o desenvolvimento de uma exposição dos trabalhos realizados pelas crianças pode ser uma forma enriquecedora de compartilhar as experiências vividas. Essa exposição poderia incluir os desenhos e até mesmo performances que retratam os sentimentos das crianças em relação a si mesmas e aos outros.

A interação entre as crianças é uma rica oportunidade de aprendizagem e um cenário propício para fortalecer laços de amizade. A continuidade desse aprendizado pode ser estimulada através da criação de um mural na escola onde as crianças possam colar suas produções e compartilhar suas histórias. O mural pode se tornar um espaço permanente para reflexão sobre a identidade, as emoções e as particularidades de cada um, perpetuando a mensagem de que cada rosto é único e digno de ser celebrado.

Ainda, a atividade pode ser expandida com a inclusão de pais e responsáveis, promovendo um dia de reconhecimento da diversidade familiar, onde todos podem compartilhar suas histórias e experiências. Essa inclusão é fundamental, pois fortalece o vínculo entre a escola e a família, e enriquece o entendimento de que a identidade não é apenas individual, mas também coletiva.

Orientações finais sobre o plano:

É essencial que o professor esteja atento às diversas formas de expressão das crianças, validando cada uma delas de maneira que elas se sintam seguras para se manifestar. O encorajamento deve ser constante, criando um ambiente onde a liberdade de expressão seja uma realidade. Ao abordar o tema da identidade, é importante que o professor faça a mediação do diálogo, garantindo que todos os alunos tenham oportunidade de expressar suas opiniões e sentimentos, promovendo assim um espaço de acolhimento.

Incentivar a curiosidade e a vontade de aprender sobre as diferenças é um passo fundamental para construir uma sociedade mais justa e igualitária. As próximas aulas podem ser planejadas para aprofundar o tema, sempre buscando maneiras inovadoras e lúdicas de trabalhar a diversidade. Não exite em adaptar as atividades ao perfil dos alunos, garantindo que cada um tenha a espaço para surpreender a todos com suas particularidades e talentos.

A reflexão sobre a identidade deve ser uma constante no cotidiano da sala de aula, promovendo debates, discussões e atividades práticas que façam as crianças se verem como parte de algo maior, onde a diversidade é o que torna a vida mais rica e interessante. Este plano é uma oportunidade de não apenas ensinar, mas também de aprender com as crianças, promovendo um ciclo de aprendizagem que valoriza a singularidade de cada individuo.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. A dança dos rostos:
– Objetivo: Criar uma conexão entre a expressão corporal e facial e a música.
– Material: Música animada e espaço livre.
– Passo a passo: Coloque uma música e peça para as crianças dançarem livremente. Durante a música, peça que elas mudem suas expressões faciais e corporais a cada mudança de melodia ou batida.
– Adaptação: Para alunos mais tímidos, ofereça um espaço seguro donde possam dançar em grupos menores.

2. Rosto de papel:
– Objetivo: Aumentar a habilidade motora e incentivar a criatividade.
– Material: Papéis coloridos, tesouras, cola e canetinhas.
– Passo a passo: Cada criança deve criar um rosto utilizando recortes de papel. Elas podem usar diferentes formas e cores para criar expressões diversas.
– Adaptação: Oferecer moldes de rostos para as crianças que ainda estão desenvolvendo fine motor skills.

3. Jogo dos sentimentos:
– Objetivo: Aumentar o vocabulário emocional das crianças.
– Material: Cartões com diferentes emoções e expressões faciais desenhadas.
– Passo a passo: As crianças devem sortear um cartão e imitar a expressão desenhada nele, enquanto os colegas tentam adivinhar qual é o sentimento.
– Adaptação: Trabalhar em duplas, onde um atua e o outro deve adivinhar, caso a turma esteja muito tímida.

4. Teatro das emoções:
– Objetivo: Incentivar o uso da linguagem oral e a criatividade.
– Material: Um pequeno palco improvisado e adereços diversos.
– Passo a passo: As crianças devem criar uma pequena cena onde expressam um sentimento e os colegas devem identificar o sentimento representado.
– Adaptação: Dividir a turma em grupos pequenos para que cada grupo apresente.

5. Mergulho nas cores:
– Objetivo: Aprender sobre cores e a relação delas com os sentimentos.
– Material: Tintas de diversas cores e papéis.
– Passo a passo: As crianças devem pintar seus rostos em papéis e usar cores que representem como se sentem em um determinado dia.
– Adaptação: Para aqueles com dificuldades motoras, podem usar esponjas para aplicar a tinta, facilitando o manuseio.

Este plano foi pensado para criar um espaço acolhedor e lúdico onde crianças de 4 a 5 anos podem explorar e valorizar sua identidade de forma divertida e participativa, estimulando sua criatividade, expressão e interação com os colegas.

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