“Matemática e Cidadania: Planificação e Reflexões Sociais”

A proposta deste plano de aula é trabalhar a planificação de figuras espaciais através de temas relevantes como a escravidão na atualidade e a modificação das cidades. A aula busca não apenas ensinar a matemática através da geometria, mas também criar reflexões sobre questões sociais e históricas que impactam a nossa realidade. Essa abordagem interdisciplinar possibilitará que os alunos desenvolvam uma compreensão mais abrangente e crítica dos temas abordados.

As atividades planejadas incluirão a observação de figuras tridimensionais que se transformam em planificações bidimensionais e a análise de como a escravidão se manifesta atualmente, interligando conceitos de geometria e ciências sociais. Desta forma, os alunos terão a chance de aplicar o conhecimento matemático a contextos reais, promovendo uma aprendizagem significativa.

Tema: Planificação de figuras espaciais, escravidão na atualidade, modificação das cidades
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 5º Ano
Faixa Etária: 9 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a habilidade de reconhecimento e representação de figuras espaciais, suas planificações e, ao mesmo tempo, refletir sobre a escravidão na atualidade e suas consequências na configuração das cidades.

Objetivos Específicos:

– Identificar e representar figuras espaciais e suas respectivas planificações.
– Desenvolver uma sensibilidade crítica sobre a escravidão contemporânea e suas expressões nas cidades.
– Relacionar a matemática com a história e a geografia, compreendendo como a matemática se aplica na perspectiva social.

Habilidades BNCC:

– Matemática: *EF05MA16* – Associar figuras espaciais a suas planificações (prismas, pirâmides, cilindros e cones) e analisar, nomear e comparar seus atributos.
– História: *EF05HI05* – Associar o conceito de cidadania à conquista de direitos dos povos e das sociedades, compreendendo-o como uma conquista histórica.
– Geografia: *EF05GE03* – Identificar as formas e funções das cidades e analisar as mudanças sociais, econômicas e ambientais provocadas pelo seu crescimento.

Materiais Necessários:

– Papéis coloridos (geometria)
– Régua e lápis
– Tesoura e cola
– Imagens impressas de figuras espaciais (prismas, pirâmides, cilindros e cones)
– Textos sobre escravidão contemporânea
– Quadro branco e marcadores

Situações Problema:

1. Como podemos desenhar a planificação de um cubo? Quais são as suas características?
2. De que maneira a escravidão está presente nas cidades hoje em dia?

Contextualização:

As figuras espaciais são importantes para compreendermos o espaço ao nosso redor, desde edifícios até objetos cotidianos. Ao aprender sobre sua planificação, os alunos conseguem ter uma noção prática do que é volume e espaço. Em paralelo, refletir sobre a escravidão na atualidade é crucial para entendermos as desigualdades sociais que moldam a nossa sociedade. A metamorfose do espaço urbano também pode ser analisada à luz das injustiças históricas que ainda ecoam no presente.

Desenvolvimento:

1. Introdução à geometria, apresentando as figuras espaciais (cubo, pirâmide, cilindro, cone).
2. Demonstração da planificação dessas figuras, utilizando papéis coloridos para exemplificar.
3. Leitura de um texto sobre a escravidão na atualidade, seguida de uma discussão em grupo.
4. Relacionamento entre as planificações das figuras e a organização das cidades, levando em conta as marcas da escravidão e como podem estar presentes na estrutura urbana.

Atividades sugeridas:

Dia 1 – Compreensão das Figuras Espaciais:
Objetivo: Introduzir os conceitos de figuras espaciais.
Descrição: Apresentar as figuras espaciais com imagens e exemplos práticos.
Instruções: Use um quadro branco, desenhe figuras diferentes e peça aos alunos que as nomeiem.
Materiais: Papel, canetas e imagens de figuras.

Dia 2 – Planificação Prática:
Objetivo: Criar as planificações de figuras.
Descrição: Os alunos deverão criar planificações de figuras espaciais utilizando papéis coloridos.
Instruções: Distribua papéis, tesouras e explique como recortar e colar para montar as planificações.
Materiais: Papéis, tesouras, cola.

Dia 3 – Reflexão sobre a Escravidão:
Objetivo: Discutir a escravidão na atualidade.
Descrição: Leitura e análise de um texto sobre o assunto.
Instruções: Em grupos, os alunos deverão discutir as evidências da escravidão hoje e como isso impacta as cidades.
Materiais: Textos impressos sobre a escravidão na atualidade.

Dia 4 – Dinâmica Interativa:
Objetivo: Relacionar a matemática à vida cotidiana.
Descrição: As figuras planificadas devem ser utilizadas para criar uma maquete de uma cidade ideal, levando em consideração a inclusão e direitos humanos.
Instruções: Grupos devem unir suas criações para formar uma cidade.
Materiais: As planificações feitas anteriormente, papelão, tesoura, cola.

Dia 5 – Apresentação e Análise:
Objetivo: Apresentar as cidades planejadas e refletir sobre os aprendizados.
Descrição: Cada grupo apresentará sua cidade, explicando como cada figura representa um aspecto da vida urbana e os direitos humanos.
Instruções: Permita que cada grupo compartilhe suas percepções e reflexões em um debate.
Materiais: Quadro para anotações.

Discussão em Grupo:

Os alunos devem discutir:
– Quais são as vantagens e desvantagens da urbanização?
– Como as mudanças nas cidades podem ajudar a combater as desigualdades sociais?
– De que maneira a matemática pode nos ajudar a entender e planejar essas questões?

Perguntas:

1. Quais figuras espaciais você conheceu hoje?
2. O que você aprendeu sobre a escravidão na atualidade?
3. Como a matemática pode nos ajudar a compreender o espaço urbano?

Avaliação:

A avaliação será realizada através da observação da participação dos alunos nas atividades, sua capacidade de aplicar conceitos matemáticos nas discussões e sua habilidade de articulação nas reflexões sociais. Um trabalho final onde eles apresentam suas cidades e explicam as relações entre os conceitos de espaço e cidadania será vital para a avaliação.

Encerramento:

Reflexão sobre a importância dos conceitos abordados. Estimular os alunos a continuarem explorando como a matemática pode ser aplicada em situações sociais e históricas, promovendo discussões contínuas sobre a cidadania e os direitos dos cidadãos nas cidades.

Dicas:

– Utilize tecnologia, como vídeos, para ilustrar as figuras espaciais.
– Inclua alunos com diferentes habilidades em grupos heterogêneos para incentivar a colaboração.
– Sempre reforce a conexão entre matemática e realidades sociais, para gerar maior empatia e consciência social.

Texto sobre o tema:

O estudo das figuras espaciais e suas planificações oferece um olhar único sobre como podemos entender o espaço ao nosso redor. Através dessa prática, não apenas adquirimos habilidades matemáticas preciosas, como também podemos aplicar essa compreensão em questões mais amplas, como a necessidade de uma cidadania ativa e inclusiva. Ao associar a matemática à escravidão na atualidade, os alunos começam a perceber que essas figuras não são meras abstrações, mas podem ser instrumentos para entender a injustiça social. As cidades em que vivemos se tornam espaços que não apenas comportam pessoas, mas podem amplificar vozes ou silenciá-las, dependendo de como escolhemos organizá-las.

Analisando a planificação de figuras geometricas, entendemos que elas são interconectadas com os espaços que ocupamos. Cada esquina de uma cidade, cada edifício e cada praça têm seu papel em como a sociedade funciona, por isso, é crucial discutir as vivências de diferentes grupos históricos que constituem nosso espaço urbano. A escravidão não é apenas um capítulo passado, mas um conceito que reverbera nos desafios que enfrentamos hoje. Aprender a planificar figuras espaciais, ligando-as a essas questões sociais, ajuda a formar cidadãos críticos, que não só conhecem aritmética e geometria, mas entendem a importância de uma sociedade mais justa e igualitária.

Desdobramentos do plano:

Para desdobrar os conhecimentos adquiridos, o professor pode expandir as discussões sobre cidades e cidadania, introduzindo debates sobre planejamento urbano e como ele pode ser feito de forma mais inclusiva e acessível a todos. Além disso, trabalhar com projetos que envolvem a pesquisa de como figuras espaciais são visualizadas em projetos arquitetônicos pode ajudar a entender melhor a relação entre matemática e espaços reais. Projetos de aula em que alunos podem sugerir melhorias para sua própria cidade são uma maneira eficaz de reiterar o aprendizado sobre cidadania e inclusão.

Por fim, um possível desdobramento consiste em realizar uma atividade prática em parceria com a comunidade, onde os alunos, equipados com suas planificações, possam ajudar a reformar ou criar pequenos espaços comunitários. Essa ação não só faz com que se sintam ativos dentro da sociedade, mas também reconhece a importância de espaços que permitam a inclusão e a cidadania ativa. Mobilizando outras disciplinas, como Artes, para registrar essas experiências de forma expressiva, pode enriquecer ainda mais o aprendizado.

Orientações finais sobre o plano:

As orientações finais para o sucesso desse plano de aula incluem a necessidade de uma preparação abrangente, onde o professor deve se sentir confortável com os conceitos de figuras espaciais e as questões sociais propostas. Armar-se de ferramentas visuais e recursos variados facilitará a compreensão dos alunos. Um espaço de diálogo aberto, onde todos possam expor suas opiniões e reflexões, é essencial para que todos se sintam parte do processo.

É importante também fazer uma conexão entre a teoria e a prática, destacando a relevância de cada tema e como eles se interligam. Ao final do projeto, considerar a realização de um pequeno “seminário” ou “feira do conhecimento”, onde alunos podem apresentar suas planificações e reflexões, contribui para fortalecer sua autoconfiança e habilidades comunicativas. Além disso, essas ações são formas de ajudar a consolidar o aprendizado, que é, afinal, a verdadeira essência de um ensino significativo.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça ao Tesouro Matemático: Criar uma caça ao tesouro onde as pistas estejam relacionadas a figuras espaciais e situações sociais. O aluno irá traçar um mapa usando planificações.

2. Teatro de Sombras: Utilizar figuras feitas de papel para criar um teatro de sombras, onde os estudantes poderão contar histórias ligadas à escravidão e urbanização, unindo artes e história.

3. Construção de Cidades com Blocos: Usar blocos de montagens para construir as planificações e formas, conectando a matemática com construção real.

4. Mural Coletivo: Produzir um mural onde os alunos desenhem suas visões de cidades ideais, refletindo as mudanças urbanas e a inclusão social.

5. Desafio de Criar uma Cidade: Em grupos, os alunos criam uma cidade usando apenas figuras geométricas. Devem apresentar como seus espaços representam diferentes comunidades, promovendo um debate sobre cidadania e inclusão.

Essas atividades lúdicas e interativas não apenas tornam o aprendizado mais dinâmico e divertido, mas também asseguram que os alunos possam ver a matemática e os conceitos sociais operando em suas vidas cotidianas, promovendo uma educação verdadeiramente integrada e significativa.

Botões de Compartilhamento Social