“Inclusão do TEA na Educação Infantil: Atividades Lúdicas e Empatia”

O plano de aula que segue busca abordar o tema do Transtorno do Espectro Autista (TEA) dentro da Educação Infantil, focando nas crianças pequenas de 5 anos. O objetivo é proporcionar uma vivência rica e inclusiva, que respeite as características dos alunos e desenvolva habilidades essenciais. Ao longo da aula, utilizaremos a Educação Física como um meio para promover a compreensão e o respeito à diversidade, conversando sobre como as diferenças devem ser valorizadas na convivência escolar.

Serão exploradas atividades que favoreçam a inclusão e a empatia entre essas crianças, em um ambiente onde todos se sintam confortáveis e acolhidos. O plano está alinhado com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), incorporando habilidades essenciais para essa faixa etária, estimulando o interesse e a interação entre os alunos.

Tema: TEA na Educação Infantil e Educação Física
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 5 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover a conscientização sobre o TEA e a importância da inclusão, utilizando atividades lúdicas que desenvolvam a empatia, a cooperação e o respeito às diferenças entre os alunos.

Objetivos Específicos:

– Fomentar a empatia e o respeito pelas características individuais de cada criança.
– Desenvolver movimentos corporais que expressem sentimentos e emoções.
– Incentivar a comunicação e a cooperação durante as atividades em grupo.
– Proporcionar momentos de vivência que abordem a temática do TEA de forma lúdica e acessível.

Habilidades BNCC:

Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.

(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.

Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.

(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos.

Materiais Necessários:

– Tapetes ou colchonetes para atividades de movimento.
– Fitas coloridas para marcar o espaço.
– Música suave para ambientação.
– Cartazes com imagens que representem as emoções.
– Bonecos ou fantoches para dramatização.

Situações Problema:

– O que fazer quando não conseguimos entender o que um colega sente?
– Como podemos ajudar um amigo que se sente diferente?

Contextualização:

O Transtorno do Espectro Autista representa um desafio e uma oportunidade para a construção de um ambiente escolar mais inclusivo. Ao entendermos melhor o TEA e promovendo o respeito às diferenças, criamos uma sociedade mais solidária. É fundamental que as crianças pequenas se sintam bem em seu ambiente, promovendo a interação e o convívio harmonioso.

Desenvolvimento:

1. Início (10 minutos):
– Apresentação do tema com um breve diálogo sobre o que significa ser diferente e como todos têm sentimentos. Utilize imagens de crianças felizes e tristes para promover a discussão.
– Introduza o TEA de forma simples, explicando que algumas crianças veem o mundo de maneira diferente, e isto é normal.

2. Atividade 1 – “Dança das Emoções” (20 minutos):
– Coloque música suave e convide as crianças a se moverem pelo espaço.
– Quando a música parar, cada criança deve escolher um cartaz de emoção, e deve imitar essa emoção com dança ou movimento. Isso ajudará a expressar sentimentos de forma lúdica.

3. Atividade 2 – “Caminhando Juntos” (15 minutos):
– Organize as crianças em duplas, incentivando que caminhem de mãos dadas por um espaço delimitado por fitas coloridas.
– Durante a caminhada, peça que conversem sobre o que gostam e como se sentem. Promova a ideia de que todos têm algo único a compartilhar, respeitando as diferenças.

4. Encerramento (5 minutos):
– Reúna as crianças e converse sobre o que aprenderam e como se sentiram durante as atividades.
– Enfatize a importância de respeitar e cuidar uns dos outros.

Atividades sugeridas:

Dia 1: “Cores e Movimentos”: Crie uma atividade onde as crianças se movimentam pelo espaço, associando cores a sentimentos e explorando essa ideia com pintura e movimento.

Dia 2: “Histórias Inclusivas”: Leitura de uma história em que um personagem tenha TEA, seguida de uma roda de conversa. Utilize fantoches para facilitar a dramatização.

Dia 3: “Jogos Cooperativos”: Propor jogos que exijam trabalho em equipe, como transportar objetos juntos, promovendo a empatia e a coletividade.

Dia 4: “Expressão de Sentimentos”: Painel coletivo onde cada criança poderá desenhar um momento que tenha se sentido feliz ou triste, promovendo a comunicação sobre sentimentos.

Dia 5: “Dança da Inclusão”: Promova uma pequena apresentação onde as crianças podem mostrar seus movimentos e o que aprenderam, reforçando a interação e o respeito.

Discussão em Grupo:

Reflita com os alunos sobre a importância de entender e respeitar as diferenças. Pergunte como eles se sentiram durante as atividades e se conheceram alguém que se sinta diferente.

Perguntas:

– O que você faria se visse um colega se sentindo triste?
– Como podemos ajudar um amigo que é diferente de nós?

Avaliação:

A avaliação será contínua e acontecerá através da observação do envolvimento e da participação das crianças nas atividades. Observe a demonstração de empatia e cooperação entre elas.

Encerramento:

Para finalizar, resuma os principais aprendizados do dia, ressaltando a importância da inclusão e da empatia nas relações. Deixe uma mensagem de positivismo e acolhimento.

Dicas:

Incentive as crianças a praticarem o que aprenderam em casa, conversando com seus familiares sobre o respeito às diferenças.

Texto sobre o tema:

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) envolve uma ampla gama de características que impactam o comportamento, a comunicação e as interações sociais. Ao falarmos sobre o TEA, buscamos desmistificar conceitos e quebrar preconceitos que muitas vezes cercam este tema. A primeira abordagem deve ocorrer de forma simples e direta, com uma comunicação clara e amigável. É fundamental que a escola se torne um ambiente inclusivo e acolhedor, onde todas as crianças, independentemente de suas características, possam se sentir seguras e respeitadas.

Ao promover atividades que envolvem movimento, dança e brincadeiras, fazemos com que as crianças desenvolvam não apenas habilidades motoras, mas também emocionais. Durante os jogos e as danças, elas aprendem a se relacionar com os amigos, a cooperar e a se colocarem no lugar do outro. Assim, construímos uma rede de apoio e compreensão, onde o respeito às diferenças é um ponto central no convívio escolar.

Uma abordagem inclusiva não é apenas benéfica para as crianças com TEA, mas para todo o grupo. As experiências compartilhadas enriquecem o desenvolvimento social e emocional das crianças, sensibilizando-as sobre a importância da diversidade e da empatia. Com isso, formamos cidadãos mais conscientes e respeitosos, prontos para interagir positivamente em sociedade.

Desdobramentos do plano:

O plano pode se desdobrar em diferentes aprendizagens se for aplicado com continuidade. Primeiramente, pode-se implementar um projeto que envolva os alunos em ações comunitárias que incentivem a inclusão social de pessoas com TEA. Atividades que promovem o respeito, como apresentações em grupos para pais e integrantes da comunidade, podem reforçar a conscientização e a empatia entre alunos e familiares, criando um ciclo de aprendizagem e entendimento.

Além disso, podemos considerar a formação de um comitê escolar que discuta e desenvolva políticas de inclusão, capaz de repensar o espaço escolar e adaptá-lo para que seja mais inclusivo e acessível para crianças com deficiências, buscando melhorar continuamente o ambiente de aprendizagem. Essa ação envolve não apenas educadores, mas também familiares e especialistas no tema, com o intuito de estabelecer um diálogo aberto.

Por fim, a aplicação desse plano pode servir de inspiração para documentar as práticas e experiências adquiridas, permitindo criar um material pedagógico que ajude outros educadores a abordarem o TEA e as questões de inclusão na educação de maneira efetiva. O acompanhamento das crianças, através de um diário de bordo por parte dos professores, pode auxiliar na identificação de necessidades individuais e no mapeamento do progresso da turma como um todo.

Orientações finais sobre o plano:

É fundamental que os educadores estejam sempre abertos ao diálogo com as crianças e suas famílias, buscando entender as particularidades de cada aluno. O envolvimento da família no processo educativo é essencial para garantir que o aprendizado continue em casa, além da escola. Para isso, os educadores devem estar prontos para fornecer informações e orientações de forma clara e acessível, ajudando as famílias a compreenderem as necessidades e a importância de promover um ambiente inclusivo.

Ao implementar as atividades, os professores devem estar atentos ao comportamento e ao feedback dos alunos, fazendo adaptações quando necessário. A formação continuada dos educadores nesse tema é imprescindível, uma vez que promove não somente a melhoria no ensino, mas também a construção de um espaço seguro para todos os alunos.

Neste cenário, os educadores devem atuar como mediadores e facilitadores do aprendizado, sempre promovendo o respeito e a aceitação das diferenças. Mediante um planejamento cuidadoso e adaptável, será possível criar experiências significativas e despertar a empatia nas crianças, contribuindo para a formação de cidadãos críticos e respeitosos.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Brincadeira dos Sentimentos: Prepare cartões com diferentes expressões faciais e sentimentos. As crianças devem identificar e imitar a expressão correspondente em uma roda. Objetivo: Trabalhar a identificação e a expressão de sentimentos.

2. Teatro de Fantoches: Utilize bonecos para criar histórias que representem situações do cotidiano de crianças com TEA. As crianças podem participar da representação, promovendo a discussão sobre a aceitação.

3. Corrida dos Amigos: Proponha um jogo onde as crianças devem realizar atividades em duplas, como correr com um objeto entre elas. Isso promoverá a colaboração e a interação.

4. Desenho Coletivo: Monte um mural onde cada criança irá desenhar algo que aprecie sobre seu amigo. Ao final, a turma pode discutir o valor de cada peculiaridade.

5. Sala de Música Sensorial: Crie um ambiente com diferentes instrumentos musicais e sons da natureza. As crianças poderão explorar livremente, estimulando a audição e o prazer de experimentar novos sons.

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