“Imperialismo e Proclamação da República: Impactos no Brasil”
A proposta deste plano de aula visa explorar a temática do imperialismo e suas intersecções com a proclamação da república no Brasil, em especial para alunos do ensino EJA do 9º ano. O entendimento desse tema permite aos educandos compreender como a expansão das nações imperialistas influenciou os contextos sociais, políticos e econômicos brasileiros, resultando em uma nova configuração da sociedade e na necessidade de movimentos republicanos – um assunto de relevância histórica e crítica nos dias atuais.
Neste plano, o objetivo é proporcionar um espaço de diálogo e reflexão sobre as influências do imperialismo, abordando suas características e as consequências diretas no processo da proclamação da república no Brasil. O educador é encorajado a fomentar o pensamento crítico, estimulando os alunos a perceberem os efeitos do colonialismo nas estruturas sociais e nas manifestações políticas, tanto no Brasil quanto em seu próprio contexto de vida e aprendizado. Com isso, espera-se que os alunos saiam não só mais informados, mas também capacitados a articular suas próprias posições sobre esses temas.
Tema: O Imperialismo e sua influência na Proclamação da República no Brasil
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 9º Ano
Faixa Etária: 16 anos
Objetivo Geral:
Levar os alunos a entenderem como o imperialismo influenciou a proclamação da república no Brasil, promovendo uma reflexão crítica sobre as interelações sociais, políticas e econômicas.
Objetivos Específicos:
1. Identificar as características do imperialismo e suas manifestações no Brasil.
2. Analisar como os eventos imperialistas impactaram a sociedade brasileira no final do século XIX.
3. Discutir a transição do Império para a República e as implicações dessa mudança no contexto nacional.
4. Refletir sobre as consequências sociais e políticas resultantes da influência do imperialismo na nova estrutura republicana.
Habilidades BNCC:
– (EF09HI01) Descrever e contextualizar os principais aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos da emergência da República no Brasil.
– (EF09HI02) Caracterizar e compreender os ciclos da história republicana, identificando particularidades da história local e regional até 1954.
– (EF09HI10) Identificar e relacionar as dinâmicas do capitalismo e suas crises, os grandes conflitos mundiais e os conflitos vivenciados na Europa.
Materiais Necessários:
– Quadro branco e marcadores coloridos.
– Projetor multimídia para exibição de vídeos e imagens.
– Cartolinas e canetinhas para atividades em grupo.
– Texto impresso sobre o imperialismo e a proclamação da república (disponibilizado para os alunos).
– Fontes de pesquisa sobre o tema (livros didáticos e sites).
Situações Problema:
– O que levou ao fim do Império no Brasil?
– Como o imperialismo europeu impactou a política e a economia brasileira?
– De que forma as influências externas moldaram a nova república?
Contextualização:
Os processos de expansão imperialista no final do século XIX tiveram um impacto significativo em diversas partes do mundo. No Brasil, as consequências do imperialismo, junto à insatisfação com o regime monárquico, fomentaram o desejo de mudança e resultaram na proclamação da república em 1889. Este processo não pode ser dissociado do contexto internacional e da luta por independência e autonomia em países colonizados.
Desenvolvimento:
1. Introdução ao Tema (10 min): Iniciar a aula apresentando um breve panorama histórico do imperialismo, com destaque às potências europeias e suas colônias. Estimular um debate inicial sobre o que os alunos já sabem sobre o tema, juntando suas vozes ao conhecimento já existente.
2. Exposição de Conteúdo (15 min): Utilizar um vídeo curto, seguido de uma apresentação em slides sobre as influências do imperialismo no Brasil, mostrando como aspectos econômicos e políticos da época moldaram a sociedade.
3. Atividade Reflexiva (15 min): Em grupos, os alunos devem criar uma linha do tempo destacando os principais eventos relacionados ao imperialismo e sua influência na história brasileira. Eles devem incluir a vistoria de eventos internacionais que afetaram o Brasil.
4. Discussão em Grande Grupo (10 min): Compartilhar as linhas do tempo, debatendo as diferenças e semelhanças das influências do imperialismo em diversos contextos. O professor mediará o debate, fazendo ocorrer a conexão entre o imperialismo e a proclamação da república.
Atividades Sugeridas:
– Atividade 1: Debate em Duplas (50 min como tarefa)
Objetivo: Desenvolver habilidades argumentativas sobre a transição Monarquia-Republiqueta.
– Descrição: Divida a turma em duplas e forneça a cada uma dois papéis (pró e contra) sobre a Monarquia.
– Instruções: Cada dupla deverá preparar um rápido debate a partir da leitura de textos indicados. Forneça orientação sobre como sustentar argumentos com base no que foi discutido na aula.
– Atividade 2: Mapa Conceitual (50 min em sala)
Objetivo: Criar conexões significativas entre imperialismo e Proclamação da República.
– Descrição: Usando cartolinas, os alunos trabalharão em pequenos grupos para desenvolver um mapa conceitual que conecte conceitos, eventos e figuras históricas relevantes.
– Instruções: Explique como desenvolver um mapa conceitual, sugerindo que demonstrem como os eventos interagem ou se contradizem.
– Atividade 3: Produção Textual (50 min)
Objetivo: Elaborar um pequeno texto argumentativo.
– Descrição: Após a culminação dos debates e reflexões, os alunos devem desenvolver um artigo de opinião sobre a influência do imperialismo na sociedade brasileira atual.
– Instruções: O professor pode sugerir que incluam elementos como introdução, argumentos, contra-argumento, conclusão e referências.
Discussão em Grupo:
Fomentar uma discussão que aborde questões como: O imperialismo ainda é uma realidade em nosso dia a dia? Quais formas de imperialismo podemos identificar hoje? Como a história molda a política atual do Brasil e as percepções mundiais sobre o país?
Perguntas:
1. Quais os principais fatores que contribuíram para a proclamação da república no Brasil?
2. De que maneira o imperialismo alterou as estruturas sociais no Brasil?
3. Como as influências externas moldaram a maneira como os brasileiros viam sua própria política e sociedade?
Avaliação:
A avaliação será contínua, levando em consideração a participação dos alunos durante as discussões, o trabalho em grupo e as produções textuais. O professor pode realizar uma autoavaliação para os alunos refletirem sobre o que aprenderam e como isso se relaciona com sua vivência.
Encerramento:
Revisar os principais pontos discutidos em sala. Convidar os alunos para refletirem sobre como compreensões históricas podem moldar a forma como nós nos entendemos como cidadãos em uma sociedade globalizada e interconectada.
Dicas:
1. Incentive o uso de recursos multimídia para enriquecer a discussão e ampliar a compreensão.
2. Busque relacionar a história com questões atuais, permitindo que os alunos façam conexões significativas.
3. Esteja aberto a perguntas e debates, sempre visando criar um ambiente construtivo e respeitoso.
Texto sobre o tema:
O imperialismo foi um fenômeno global que afetou não só os países subjugados, como eles também influenciaram seus colonizadores. Durante o final do século XIX, diversas potências europeias expandiram seus domínios para a África e Ásia em busca de matérias-primas e novos mercados consumidores. O Brasil, embora não tenha sido formalmente colonizado da mesma forma, sentiu o impacto dessas dinâmicas imperialistas através das suas relações comerciais e políticas com a Europa. Tudo isso culminou em um período de forte instabilidade social e política, que se refletiu na insatisfação popular com o regime monarchy, levando à proclamação da república em 1889. A república prometia uma nova era, onde, supostamente, o povo teria a oportunidade de participar de suas decisões políticas e sociais.
Conhecer esse panorama histórico permite analisar como os resquícios do imperialismo se perpetuaram nas relações sociais, nas práticas culturais e nas estruturas políticas contemporâneas. A compreensão do imperialismo se torna relevante por não apenas informar sobre o passado, mas também por nos ajudar a refletir criticamente sobre as condições atuais de domínio, igualdade e participação social.
Desdobramentos do plano:
O estudo do imperialismo e suas consequências na proclamação da república pode abrir portas para várias discussões, tanto históricas quanto contemporâneas. É interessante observar que, ao longo dos anos, alguns dos efeitos desse fenômeno ainda persistem, como as desigualdades sociais, econômicas e culturais que afetam populações em diversos níveis. Ao desenvolver uma compreensão sobre esses aspectos, os alunos podem não apenas se tornar mais críticos em relação ao passado, mas também abrir espaço para analisar o presente e como suas escolhas podem impactar a sociedade no futuro.
Outro desdobramento importante é a reflexão sobre autonomia. Discutir os processos de imperialismo instiga uma análise sobre quem detém o poder no Brasil e no mundo atual. Os alunos são encorajados a refletir sobre as relações de poder e como elas moldam suas experiências de vida – seja na escola, em casa ou na sociedade de forma mais ampla.
Além disso, a avaliação das dinâmicas de resistência às imposições do imperialismo torna-se um outro pilar para estudo. Os movimentos que surgiram como contestação e defesa das culturas locais em face à dominação imperialista nos ajuda a compreender como as vozes subalternas buscam espaço e respeito no cenário atual. Com isso, podemos abrir discussões sobre a importância do respeito às diversidades culturais, identidades e histórias.
Orientações finais sobre o plano:
Este plano de aula não deve ser visto apenas como uma forma de aprendizado sobre um conceito histórico, mas também como uma maneira de provocar discussões sobre como a história se entrelaça com a vida moderna. O professor deve estar preparado para lidar com debates e discordâncias, valorizando as diferentes opiniões e vivências dos alunos.
Além disso, é crucial que o professor adapte sua abordagem de ensino ao contexto dos alunos, utilizando exemplos que façam sentido para a realidade deles. Assim, a história não será apenas um relato do passado, mas uma ferramenta poderosa para entender e transformar o presente.
Por último, uma avaliação constante e a busca pelo feedback dos alunos é essencial para que o professor possa adaptar suas estratégias pedagógicas, assegurando que o aprendizado seja significativo e pertinente.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Jogo de Tabuleiro Histórico: Crie um tabuleiro onde os alunos possam avançar conforme aprendem sobre os eventos do imperialismo e seus efeitos. O jogo os ensina a se familiarizar com datas e personagens históricos de forma divertida.
2. Festa do Conhecimento: Organize um evento onde cada grupo apresenta uma manifestação cultural influenciada pelos processos de imperialismo, como danças ou culinárias. Isso pode abrir espaço para discussões sobre como essas influências se perpetuam na cultura brasileira.
3. Teatro de Fantoches: Os alunos podem criar brincadeiras teatrais com fantoches que representem diferentes países e suas interações durante o imperialismo, permitindo um espaço lúdico de aprendizado.
4. Laboratório de Ideias: Propor um espaço onde os alunos possam desenvolver ideias e projetos que reflitam sua compreensão sobre o imperialismo e o que significa ser um cidadão em uma sociedade com vestígios imperialistas.
5. Estudo de Caso: Dividir a turma em grupos e designar a cada um o papel de uma nação imperialista ou um país colonizado, apresentando sua história, seus interesses e os desdobramentos dessa relação. As apresentações podem envolver teatro, uma narrativa ou uma pesquisa em formato de documentário.
Este plano de aula possui uma estrutura ideal para uma reflexão crítica e abrangente sobre o tema do imperialismo e seu impacto na formação da República no Brasil, promovendo um aprendizado significativo que instiga a curiosidade e formação de cidadãos críticos e informados.
