“Frotagem: Criatividade e Textura no Ensino Fundamental”

A proposta deste plano de aula está centrada na técnica da frotagem, uma forma de arte que envolve a criação de imagens a partir de superfícies texturizadas. Esta prática artístico-educacional é apropriada para o 4º ano do Ensino Fundamental, pois estimula a criação artística, o desenvolvimento da percepção e a exploração da criatividade dos alunos, visando também o aprendizado sobre diferentes elementos das artes visuais. A frotagem, além de ser uma atividade divertida, pode ser utilizada para discutir a importância da observação das texturas e formas do meio que nos rodeia.

Neste plano, serão abordados conteúdos relacionados com a imagem e a textura, aliados a um processo criativo que envolve os alunos de maneira lúdica e reflexiva. O aprendizado se dará por meio da realização de atividades práticas e da análise das produções, permitindo que cada aluno explore acreditando na própria criatividade e trazendo para a sala de aula reflexões sobre o olhar artístico e a apreciação das artes.

Tema: Frotagem
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 4º Ano
Faixa Etária: 9 a 10 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a habilidade de expressão artística dos alunos por meio da técnica de frotagem, promovendo a observação e a valorização das texturas do ambiente, incentivando a criatividade e a autoexpressão.

Objetivos Específicos:

– Introduzir o conceito de frotagem e suas aplicações artísticas.
– Estimular a percepção das diferentes texturas que cercam o cotidiano dos alunos.
– Promover a produção artística individual e coletiva utilizando a frotagem.
– Fomentar a apreciação das obras de arte e a análise crítica dos trabalhos realizados.

Habilidades BNCC:

– (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.
– (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, forma, cor, espaço, movimento etc.).
– (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não convencionais.

Materiais Necessários:

– Papel em branco (Tamanho A4)
– Lápis de cor ou giz de cera
– Folhas de papel de diferentes texturas (ex: lixa, papel toalha, folhas de plantas)
– Lápis ou carvão para realizar o frotagem
– Tesoura
– Fita adesiva

Situações Problema:

– Como podemos representar as texturas que encontramos no nosso dia-a-dia de maneira artística?
– Quais texturas nos atraem mais e como podemos utilizá-las em uma obra de arte?

Contextualização:

A frotagem é uma técnica que pode ser utilizada para captar texturas de objetos que fazem parte do nosso cotidiano. Podemos observar texturas em várias superfícies, como paredes, folhas, tecidos, e até mesmo em moedas. Compreender como utilizar essa técnica não só aprimora as habilidades artísticas, mas também nos ajuda a perceber a beleza das texturas que nos cercam.

Desenvolvimento:

1. Introdução (10 minutos): Apresentar a técnica de frotagem para os alunos. Explicar que frotagem é uma técnica que captura a textura de uma superfície através da sobreposição de papel e o uso de lápis ou carvão. Exibir imagens de trabalhos artísticos que utilizam essa técnica para estimular o interesse.
2. Exploração (10 minutos): Permitir que os alunos percorram a sala ou o espaço escolar em busca de superfícies texturizadas. Eles devem observar e, se possível, fazer anotações sobre as texturas que mais chamam a atenção.
3. Frotagem (20 minutos): Cada aluno deve escolher uma superfície texturizada e, em dupla ou individualmente, posicionar o papel sobre essa superfície. Com um lápis ou carvão, devemos passar sobre o papel, capturando a textura. Após fazer a frotagem, os alunos podem realçar a imagem com lápis de cor ou giz de cera.
4. Exposição e reflexão (10 minutos): Após a conclusão das sobras, promover uma exposição onde cada aluno pode apresentar seu trabalho, compartilhando a superfície escolhida e o que observou sobre ela. A sala pode ser organizada em um “museu” onde os alunos podem apreciar os trabalhos dos colegas e conversar sobre as diferentes texturas capturadas.

Atividades sugeridas:

1. Atividade de pesquisa em grupos: Dividir a turma em grupos e solicitar que cada grupo busque informações sobre artistas que usam texturas em suas obras. Ao final da pesquisa, cada grupo deve apresentar suas descobertas.
2. Visita a um parque ou área externa: Programar uma visita ao parque para que os alunos coletem folhas e outros materiais texturizados que podem ser utilizados em novas produções artísticas.
3. Criação de um mural coletivo: Usar as produções individuais de frotagem para criar um mural expositivo na sala de aula, onde todos possam ver e interagir.
4. Desenhos a partir das frotagens: Pedir aos alunos para produzirem desenhos inspirados nas texturas de suas frotagens, estimulando a criatividade por meio de diferentes técnicas de desenho.
5. Colagem de texturas: Propor uma atividade de colagem, onde os alunos vão usar os papéis texturizados que criaram para formar uma nova composição artística.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, conduzir uma discussão em grupo sobre as texturas que mais agradaram e como elas conseguem transmitir sensações diferentes nas obras de arte. Perguntar também como se sentiram ao fazer as frotagens e quais novas ideias surgiram durante o processo.

Perguntas:

– O que você aprendeu sobre texturas e sua importância na arte?
– Qual foi a textura que você mais gostou de trabalhar e por quê?
– Como você descreveria a sensação que as diferentes texturas trazem para a sua obra?

Avaliação:

A avaliação se dará através da observação do envolvimento e participação dos alunos durante as atividades, além do produto final (as frotagens) e suas apresentações. A reflexão em grupo também será uma oportunidade de avaliar a capacidade de análise e apreciação artística dos alunos.

Encerramento:

Finalizar a aula com uma reflexão sobre a importância de observar e valorizar as belezas do cotidiano, encorajando os alunos a continuarem explorando suas habilidades artísticas em casa e na escola. Promover um bate-papo sobre as diversas formas de arte e como cada um pode se expressar através delas.

Dicas:

– Sempre incentive a criatividade e a originalidade de cada aluno.
– Esteja atento à diversidade das respostas e dos estilos de cada aluno, respeitando e valorizando as diferenças.
– Utilize materiais recicláveis e sustentáveis para promover a conscientização ambiental nas atividades artísticas.

Texto sobre o tema:

A frotagem é uma técnica artística que tem sua origem no desejo de capturar as texturas do mundo ao nosso redor. Comumente utilizada em artes plásticas, a frotagem remete a uma relação direta entre o artista e seu ambiente, fomentando uma percepção mais aguçada sobre o que nos cerca. Os artistas, ao longo da história, exploraram as superfícies de maneira curiosa e inovadora, estabelecendo um diálogo entre a arte e a natureza. Essa técnica não só resulta em obras de arte como também proporciona ao artista um momento de introspecção e observação.

Ao lidarmos com a frotagem, estamos não apenas criando, mas também desenvolvendo a habilidade de observar o ambiente com um olhar mais critico. As diferentes superfícies e texturas que encontramos ao longo do dia têm o poder de nos inspirar e de nos contar histórias. É através desse reconhecimento que se abre um universo repleto de possibilidades criativas, onde cada superfície é uma nova história a ser explorada.

Além disso, a frotagem nos ensina sobre a importância da experimentação e do fracasso. Nem todas as tentativas resultarão em uma obra “perfeita”, mas cada uma delas é passo fundamental em direção ao aprendizado e à expressão pessoal. É necessário ter coragem para se expor artisticamente, e a frotagem serve como um dos muitos caminhos que podemos trilhar nessa jornada artística.

Desdobramentos do plano:

A prática da frotagem pode servir como uma introdução a diversas outras técnicas artísticas que exploram a textura e a observação. Os alunos poderão ser desafiados a explorar outras abordagens, como a pintura com texturas ou a escultura a partir de elementos encontrados na natureza. Por meio disso, é possível estimular uma maior apreciação das mudanças de perspectiva e do uso de materiais não convencionais nas artes. Cada passo fornecido no processo poderá contribuir para um amplo repertório artístico que formará a base para futuras explorações criativas.

Outro desdobramento interessante seria a inclusão de discussões sobre as diferentes formas de arte que são influenciadas pelas texturas, como a escultura, a pintura e até a arquitetura. A relação entre arte e espaço pode ser refletida em projetos que envolvem a criação de obras em grande escala, permitindo que os alunos entendam o impacto que uma texturização correta pode ter sobre a percepção do espectador. Estimular a conexão entre diferentes expressões artísticas pode enriquecer ainda mais o aprendizado dos alunos.

Além disso, um desdobramento da prática da frotagem seria a realização de um projeto de arte comunitário. Os alunos podem se organizar para coletar texturas e fazer exposições ao ar livre, convidando a comunidade a participar e compartilhar suas próprias experiências. Facilitar esse tipo de interação pode fortalecer o sentimento de pertencimento e a valorização da arte como meio de comunicação e expressão emocional.

Orientações finais sobre o plano:

Por fim, o plano de aula sobre frotagem deve sempre incentivar a criatividade e a individualidade dos alunos. É fundamental que se lembre de que a arte é um processo único para cada indivíduo, e cada obra deve ser apreciada dentro deste contexto. Fomentar um ambiente acolhedor e estimulante é essencial para garantir que todos os alunos tenham a liberdade para explorar suas ideias sem medo de julgamentos.

Outra orientação importante diz respeito à flexibilidade do plano de aula. Dependendo do engajamento da turma ou das condições do ambiente, é vital estar pronto para adaptar as atividades. Isso pode incluir a extensão do tempo dedicado a cada fase do processo ou a inclusão de novos desafios que surgem durante os trabalhos em grupo. Manter os alunos motivados e envolvidos é o principal objetivo, e a educação artística deve ser um caminho aberto, com espaço para improvisação e descoberta.

Por último, é essencial que o educador se mantenha atento ao desenvolvimento emocional dos alunos durante as atividades. Artes visuais têm o potencial de ser uma potente ferramenta de expressão pessoal e comunicação. Em um ambiente de ensino inclusivo e respeitoso, cada aluno poderá não apenas desenvolver suas habilidades artísticas, mas também encontrar maneiras de expressar suas emoções e experiências de vida de forma verdadeira e significativa.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. A Caça às Texturas: Organize uma atividade ao ar livre onde os alunos devem coletar diferentes objetos que apresentam texturas distintas. Após a coleta, eles devem realizar frotagens desses itens, e então apresentar para a turma.
2. Mural Coletivo de Frotagem: Propor que a turma, coletivamente, crie um mural utilizando várias frotagens feitas com as texturas encontradas na própria escola. O mural pode ser assunto de uma apresentação, onde cada aluno fala sobre sua parte.
3. Histórias de Texturas: Após fazer as frotagens, os alunos devem escrever pequenas histórias inspiradas nas texturas que capturaram. Essa atividade une texto e imagem, proporcionando uma experiência ainda mais rica.
4. Frotagem Musical: Propor que os alunos desenhem texturas que remetem a diferentes sons, para no final, associar as imagens aos sons correspondentes. Essa atividade propicia a intersecção entre a arte visual e a música.
5. Visita a Museus Virtuais: Mostrar aos alunos exposições de arte que utilizam texturas e diferentes materiais em suas obras. Essa atividade pode ser feita online e alimentará a curiosidade dos alunos sobre estilos artísticos contemporâneos e clássicos.

Esse plano de aula é um guia que se propõe a tornar a experiência de aprendizado envolvente e significativa para todos os alunos, levando em consideração a importância da expressão artística e do desenvolvimento da criatividade em contextos educacionais.

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