“Explorando Texturas: Pintura Criativa para Bebês de 1 a 2 Anos”

A proposta deste plano de aula é fazer com que os bebês explorem as texturas e desenvolvam a creatividade por meio da pintura com tintas em flores recortadas em papelão. Ao permitir que os pequenos utilizem seus dedinhos para pintar, estamos promovendo um momento de diversão que, além de ser lúdico, também estimula a coordenação motora e a expressão artística. Esta atividade promove a interação social e a comunicação entre as crianças, fortalecendo laços afetivos e o convívio social.

Neste contexto, ao longo da aula, os bebês poderão não apenas perceber as texturas das tintas e do papelão, mas também entender que suas ações têm efeito em seu entorno. O desenho das flores em papelão servirá como uma ferramenta educativa que favorece o desenvolvimento cognitivo e a exploração dos sentidos. É uma atividade que favorece a expressão e a criatividade, ao mesmo tempo em que promove a socialização na faixa etária de 1 a 2 anos.

Tema: Texturas e Diversão
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 1 a 2 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar um espaço de exploração e descoberta por meio da pintura, onde os bebês possam interagir com diferentes texturas e desenvolver habilidades motoras e sociais.

Objetivos Específicos:

– Estimular a coordenação motora ao usar os dedinhos para pintar.
– Favorecer a interação social entre as crianças.
– Desenvolver a capacidade criativa ao explorar cores e formas.
– Promover a expressão das emoções e sensações através da arte.

Habilidades BNCC:

Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
– (EI01EO02) Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais participa.
– (EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.

Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
– (EI01CG05) Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos.

Campo de Experiências “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
– (EI01TS02) Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, usando instrumentos riscantes e tintas.

Materiais Necessários:

– Papelão
– Tintas atóxicas em várias cores
– Pincéis e esponjas de pintura
– Recipientes para as tintas
– Papel toalha para limpeza das mãos
– Aventais para os bebês

Situações Problema:

Como podemos usar nossas mãos para criar formas e cores? Quais texturas conseguimos sentir ao tocar em diferentes materiais?

Contextualização:

Os bebês serão apresentados ao conceito de textura através do contato direto com o papelão e as tintas. Este ambiente acolhedor permitirá que explorem livres de pressões, fomentando a curiosidade e o prazer de criar. Eles serão convidados a interagir uns com os outros, aprendendo sobre o espaço em que estão e dividindo os materiais.

Desenvolvimento:

1. Preparação do Ambiente: Organizar o espaço, colocando as flores de papelão em uma superfície acessível a todos os bebês, assim como os recipientes com tintas.
2. Apresentação da Atividade: Reunir os bebês em círculo e apresentar as flores. Incentivar a observação e a exploração do papelão, destacando as texturas.
3. Início da Pintura: Ajudar os bebês a escolherem as cores e as tintas que querem usar, estimulando a troca de ideias e a comunicação entre eles.
4. Mão na Massa: Incentivar o uso dos dedinhos para pintar, dando liberdade para que se expressem da maneira que desejarem. Supervisione de perto, garantindo que todos se sintam confortáveis e seguros.
5. Momento de Interação: Ao final da atividade, promover um pequeno momento para que cada criança mostre sua obra, permitindo que falem sobre suas escolhas de cores e sensações.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Exploração do Papelão
Objetivo: Familiarizar os bebês com diferentes texturas.
Descrição: Deixar que toquem e explorem as flores de papelão antes de pintar.
Instruções: Por meio da conversa, estimule que nomeiem texturas.
Materiais: Apenas papelão.
Adaptação: Permitir que façam sons ou gestos ao tocar nas flores.

Atividade 2: Pintura Coletiva
Objetivo: Incentivar a socialização e o trabalho em equipe.
Descrição: Organizar as crianças em pequenos grupos para pintarem juntas.
Instruções: Ensinar a compartilhar os pincéis e as tintas.
Materiais: Pincéis, tintas e papelão.
Adaptação: Para crianças que não conseguem segurar o pincel, oferecer esponjas para pintar.

Atividade 3: Roda de Sensações
Objetivo: Desenvolver a comunicação e a expressão.
Descrição: Após a pintura, fazer uma roda e permitir que cada um compartilhe como se sentiu usando as tintas.
Instruções: Incentivar os bebês a balbuciarem ou imitem sons ao expressarem suas emoções.
Materiais: Pinturas finalizadas.
Adaptação: Para crianças mais tímidas, solicitar que um responsável ajude a expressar.

Discussão em Grupo:

Conduzir uma conversa sobre as sensações que as crianças sentiram ao fazer a pintura, como “O que você sentiu quando a tinta passou pelo seu dedo?” e “Quais cores você escolheu e por quê?”.

Perguntas:

– Como a tinta se sente nas suas mãos?
– O que você conseguiu fazer com seus dedinhos?
– Que cor você mais gostou de usar?
– Como foi trabalhar junto com os amiguinhos?

Avaliação:

A avaliação será contínua e realizada através da observação do envolvimento e interação dos bebês durante as atividades, buscando identificar seu nível de interesse e participação. O professor deve registrar as reações, interações e a capacidade de comunicação e motricidade de cada bebê. Os momentos de partilha serão fundamentais para entender como cada um expressa suas emoções e sensações em relação à atividade.

Encerramento:

Finalizar a aula ressaltando a importância da expressão artística e como cada um pode se sentir no seu próprio espaço de criação. Reunir todas as produções artísticas e, se possível, colar em uma parede para montar uma galeria com as criações do dia.

Dicas:

– Sempre tenha papel toalha ou panos disponíveis para limpar as mãos dos bebês durante ou após a atividade.
– Utilize aventais para minimizar a sujeira e facilitar a limpeza.
– Esteja sempre atento para garantir que os materiais utilizados sejam seguros e atóxicos.

Texto sobre o tema:

Este plano de aula foi pensado para estimular a criatividade e a exploração sensorial das crianças. A pintura não é apenas uma atividade artística; ela também desempenha um papel essencial no desenvolvimento motor e cognitivo dos bebês. Ao manipular tintas e explorar texturas, os pequenos têm a oportunidade de desenvolver a coordenação motora fina, uma habilidade crítica em seus primeiros anos de vida. Além disso, a arte proporciona uma forma de expressão que é fundamental para comunicar emoções e sentimentos, especialmente em uma faixa etária tão nova.

A possibilidade de trabalhar em grupo e de compartilhar materiais e ideias é uma excelente maneira de promover a socialização e o aprendizado no convívio social. Os bebês aprendem a se relacionar com os outros, percebendo que suas ações têm consequências nos outros e que a troca de experiências é enriquecedora. A pintura, portanto, torna-se um meio para eles vivenciarem a colaboração, aprendendo sobre o conceito de equipe muito antes que palavras como “colaborar” sejam compreendidas.

Por fim, o uso de materiais simples, como papelão e tintas, mostra que não é necessário dispor de recursos caros para desenvolver atividades significativas na Educação Infantil. As nossas práticas devem valorizar a criação e a exploração, pois são esses momentos que constroem as bases para a aprendizagem ao longo da vida. Criar um ambiente lúdico e acolhedor é fundamental para que as crianças se sintam à vontade para descobrir, experimentar e expressar-se livremente.

Desdobramentos do plano:

Podemos considerar ampliar esta atividade ao explorar outras formas de textura, como através da introdução de materiais diferentes, como areia, tecido, ou espuma. O uso de várias texturas pode enriquecer ainda mais a experiência sensorial e a curiosidade dos bebês. Por exemplo, após a atividade de pintura, podemos criar um espaço de exploração onde eles possam tocar e sentir diferentes superfícies, ampliando seu repertório sensorial.

Outra ideia de desdobramento é a organização de uma exposição das obras criadas pelos bebês. Essas atividades não apenas legitimam o trabalho artístico dos pequenos, mas também envolvem os pais e responsáveis, fortalecendo o vínculo entre escola e família. Essa socialização pode acontecer com um evento para que todos compartilhem as experiências vividas na aula, proporcionando um momento de conexão entre os adultos e as crianças.

Além disso, é interessante que o professor, ao longo das próximas aulas, continue a utilizar pintura e outras atividades artísticas e sensoriais como forma de introduzir novos temas e estimular outras habilidades, como a reconhecimento de cores, formas e até mesmo a narrativa, ao criar histórias que as crianças podem ilustrar. Esse processo irá construir gradualmente a base da alfabetização e da criatividade.

Orientações finais sobre o plano:

É fundamental que o profissional que conduzirá a atividade esteja atento às particularidades de cada bebê, sempre respeitando seu tempo de descoberta e seus limites. Os bebês têm sensibilidades e ritmos diferentes, e cabe ao educador adaptar-se a essas necessidades, garantindo que todos se sintam seguros e confortáveis.

Além disso, as intervenções do professor devem ser feitas de forma a encorajar a exploração e a comunicação sem impor diretrizes rígidas. Isso permite que as crianças expressem suas emoções e criatividades de forma livre, favorecendo um ambiente de aprendizado mais natural e acolhedor.

Por último, é importante lembrar que as experiências de arte não devem ser vistas apenas como atividades isoladas, mas como uma parte integrante do currículo infantil, contribuindo para o desenvolvimento holístico das crianças. Ao cultivar a criatividade, a exploração e a interação social, estamos oferecendo um espaço para que os bebês se desenvolvam como indivíduos únicos e expressem suas identidades desde cedo.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Jardim Sensorial: Criar um jardim com diferentes texturas, onde os bebês possam explorar grama, pedras, areia e outros materiais naturais. Incentivar que toquem e sintam cada um deles.
Objetivo: Estimular o reconhecimento de texturas e exploração sensorial.
Materiais: Materiais variados (grama, pedras, areia).
Como Conduzir: Dispor um espaço seguro para que as crianças explorem livremente, acompanhadas de educadores.

2. Caixa de Texturas: Preparar caixas com diferentes materiais para que os bebês possam tocar e explorar. Pode incluir tecido, papel de diferentes tipos, bolas de diferentes tamanhos e texturas.
Objetivo: Desenvolver a sensibilidade tátil.
Materiais: Caixas, diferentes tipos de materiais.
Como Conduzir: Apresentar cada material e oferecer tempo para toques livres.

3. Caminho das Texturas: Criar um percurso com diferentes superfícies no chão, como tapetes, grama, papel bolha e tecido.
Objetivo: Estimular a percepção sensorial e a motricidade.
Materiais: Materiais diversos para criar o caminho.
Como Conduzir: Orientar que os bebês andem descalços, explorando cada textura ao longo do percurso.

4. Pintura com Texturas Naturais: Usar folhas, flores e outros elementos naturais como carimbos na pintura.
Objetivo: Explorar texturas e cores de forma criativa.
Materiais: Folhas, flores, tintas.
Como Conduzir: Mostrar como usar os elementos para estampar no papel.

5. Histórias Sensoriais: Utilizar livros de histórias que tenham texturas para que os bebês interajam durante a leitura.
Objetivo: Estimular a linguagem e a interação.
Materiais: Livros com texturas.
Como Conduzir: Ler em voz alta e incentivar os bebês a tocarem as partes texturizadas dos livros.

Este plano é um convite à exploração e à descoberta do mundo que nos cerca, utilizando as texturas como aliadas para o aprendizado e o desenvolvimento integral na faixa etária de 1 a 2 anos.

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