“Explorando Texturas: Atividades Sensoriais para Crianças de 2 Anos”

Este plano de aula, voltado para crianças bem pequenas de até 3 anos, tem como foco principal a exploração de texturas. As texturas despertam a curiosidade e a imaginação das crianças, permitindo que elas conectem suas percepções sensoriais ao mundo ao seu redor. As atividades propostas estimulam não apenas a percepção tátil, mas também a interação social e a comunicação entre os alunos, aspectos cruciais para o desenvolvimento nesta faixa etária.

Durante os 10 minutos de aula, as crianças terão a oportunidade de tocar, sentir e explorar diferentes materiais com características variadas. O plano de aula destaca a importância do brincar como forma de aprendizagem e o papel do educador em proporcionar um ambiente rico em estímulos sensoriais e sociais. Ao longo da atividade, vamos trabalhar em sintonia com as diretrizes da BNCC, explorando as habilidades que são fundamentais para o desenvolvimento integral na educação infantil.

Tema: Texturas
Duração: 10 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 2 anos

Objetivo Geral:

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Permitir que as crianças explorem diferentes texturas, desenvolvendo suas habilidades sensoriais, além de promover a interação e a comunicação entre os colegas.

Objetivos Específicos:

– Explorar texturas diversas através do toque e da manipulação.
– Promover a interação social entre as crianças, incentivando o compartilhamento e a comunicação.
– Estimular a curiosidade das crianças sobre as características dos materiais.

Habilidades BNCC:

– (EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
– (EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos.
– (EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação, explorando texturas.
– (EI02ET01) Explorar e descrever semelhanças e diferenças entre as características dos objetos (textura).

Materiais Necessários:

– Caixas de diferentes texturas (papel lixa, algodão, feltro, papel bolha, tecido áspero e liso, entre outros).
– Objetos comuns do dia a dia com texturas variadas (esponja, cascas de frutas, pedras, folhas).
– Uma toalha ou tapete para que as crianças possam sentar ao redor.

Situações Problema:

Como podemos descrever o que estamos sentindo ao tocar diferentes materiais? Quais texturas são mais agradáveis ou interessantes para nós?

Contextualização:

As texturas estão presentes em nosso cotidiano e em todos os materiais que nos cercam. A exploração tátil é essencial na infância, pois contribui significativamente para o desenvolvimento sensorial e cognitivo das crianças. Quando as crianças manipulam diferentes texturas, elas aprendem não apenas sobre o mundo ao seu redor, mas também a expressar suas sensações e sentimentos.

Desenvolvimento:

1. Preparação do ambiente: Organize as caixas com as texturas em volta da toalha ou tapete, criando um circuito onde as crianças podem se movimentar livremente.
2. Introdução à atividade: Reúna as crianças em círculo e apresente as caixas, explicando que vocês irão explorar o que há dentro delas.
3. Exploração individual: Cada criança será convidada a escolher um objeto de cada caixa e descrever a textura para os colegas, utilizando palavras simples e gestos.
4. Interação: Incentive as crianças a tocarem os objetos umas das outras, sempre promovendo a comunicação sobre o que sentiram.
5. Encerramento da atividade: Finalize a aula reunindo todos e discutindo as diferentes sensações que tiveram durante a atividade, reforçando as descrições e promovendo o diálogo.

Atividades sugeridas:

Atividade 1 – Exploração das caixas de texturas
– Objetivo: Estimular a exploração sensorial.
– Descrição: As crianças devem tocar, sentir e descrever as texturas encontradas nas caixas.
– Instruções: Cada criança deve explorar um objeto de cada caixa e, quando se sentir confortável, compartilhar sua experiência com os colegas.
– Materiais: Caixas com texturas.
– Adaptação: Crianças que tenham dificuldades motoras podem ter a ajuda de um educador para explorar as caixas.

Atividade 2 – Criação de um mural das texturas
– Objetivo: Incentivar a criatividade e a expressão.
– Descrição: Após a exploração, as crianças poderão colar pedaços de texturas em um mural coletivo.
– Instruções: Os professores orientam as crianças a colarem suas texturas em um cartaz, explicando o que sentiram ao tocar cada uma.
– Materiais: Papel adesivo e texturas.
– Adaptação: Solicitar a ajuda de um adulto para as crianças que têm dificuldades motoras.

Discussão em Grupo:

Promova uma conversa onde as crianças possam compartilhar o que mais gostaram de tocar e por quê. Pergunte como cada uma se sentiu em relação às texturas e quais experiências gostariam de repetir.

Perguntas:

– Qual textura você achou mais gostosa?
– Alguma textura te fez sentir desconfortável?
– O que você faria diferente se pudesse explorar novamente?

Avaliação:

A avaliação será contínua e observacional. O educador deve atentar-se para como cada criança interage com os materiais, se expressando verbalmente e se relacionando com os colegas durante a atividade.

Encerramento:

Conclua a aula com uma reflexão conjunta, onde as crianças são convidadas a expressar suas sensações e descobertas. Reforce a importância da exploração sensorial e do respeito ao que cada um sente em relação às texturas.

Dicas:

– Mantenha a atividade fluida e leve, respeitando o tempo de atenção das crianças.
– Use sempre palavras positivas para incentivar a participação e a expressão.
– Esteja atento às reações das crianças e esteja preparado para ajustar a atividade conforme necessário.

Texto sobre o tema:

A exploração das texturas é uma atividade fundamental na infância, pois as crianças aprendem mais sobre o mundo através de seus sentidos. O tato é uma das primeiras formas de comunicação que os bebês desenvolvem e continua a ser um canal de aprendizado à medida que crescem. Ao tocar diferentes superfícies, as crianças não apenas identificam características dos objetos, mas também desenvolvem a linguagem e a capacidade de observar o que as cerca. Essa orientação sensorial ajuda na formação de conceitos importantes e na socialização, já que o compartilhamento de experiências se torna uma parte crucial da interação entre as crianças.

As texturas podem ser suaves, ásperas, quentes, frias e muito mais, criando uma paleta de sensações que estimula a curiosidade e a exploração. Esta diversidade de percepções não apenas enriquece as experiências individuais de cada criança, como também promove diálogos em grupo, fortalecendo o vínculo social e a empatia. Ao compartilhar suas descobertas, as crianças aprendem a respeitar as diferenças e a comunicar suas preferências e sentimentos, habilidades essenciais para o desenvolvimento emocional e social.

Por fim, é importante ressaltar que as atividades que envolvem o toque e a manipulação de objetos texturizados devem ser supervisionadas cuidadosamente. Muitas vezes, as crianças da faixa etária de 2 anos testam os limites e podem colocar objetos na boca. O papel do educador é criar um ambiente seguro e controlado, onde a exploração permita aprendizado significativo, garantindo que cada criança se sinta valorizada e respeitada em sua individualidade.

Desdobramentos do plano:

Após a atividade de exploração de texturas, o plano pode ser desdobrado para incluir outras áreas sensoriais, tais como sons e cores. Por exemplo, após sentir as texturas, as crianças poderiam ser introduzidas a sons que correspondem a diferentes objetos ou texturas, utilizando instrumentos musicais e materiais sonoros. Este desdobramento estimularia ainda mais a percepção sensorial, enriquecendo a experiência inicial e associando o que foi aprendido a novos contextos.

Outra possibilidade de desdobramento é a realização de uma “semana das texturas”, onde cada dia é dedicado a um tipo de exploração sensorial. Por exemplo, um dia pode ser dedicado ao toque, outro aos cheiros, sim, e assim por diante. Essa abordagem permite que as crianças compreendam a importância de cada sentido, fazendo conexões entre eles e fortalecendo suas habilidades de observação e descrição.

Finalmente, o plano pode incluir atividades fora da sala de aula, como sair para um passeio ao ar livre em busca de diferentes texturas naturais. Essa experiência proporcionaria uma nova dimensão de aprendizado, onde as crianças poderiam sentir a textura das folhas, da terra, das cascas das árvores, além de explorar como a natureza oferece uma infinidade de materiais para o aprendizado sensorial. O contato com o ambiente natural é de extrema importância para o desenvolvimento integral das crianças e favorece sua conexão com o mundo.

Orientações finais sobre o plano:

A implementação deste plano deve ser adaptável à dinâmica da sala de aula e às características individuais de cada criança. É fundamental que o educador esteja atento ao ritmo das crianças e às suas reações durante a atividade. Crie um ambiente seguro e acolhedor, onde todas as crianças possam explorar livremente, pois isso facilita o aprendizado significativo.

Os educadores devem estar preparados para intervir de forma a incentivar a comunicação entre as crianças, ampliando suas expressões e vocabulários, além de estimular o respeito pelas diferenças e a capacidade de resolver conflitos de forma pacífica. A interação social é tão importante quanto a exploração sensorial, uma vez que ambas andam de mãos dadas na construção do conhecimento e na formação do indivíduo.

Por fim, a reflexão conjunta ao final da atividade não deve ser negligenciada. É através da conversa que as crianças poderão organizar suas ideias e consolidar o conhecimento que adquiriram, além de praticar habilidades de escuta e expressão. Esse momento é crucial para que o conhecimento se torne duradouro e significativo.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Sugestão 1 – Caça ao tesouro das texturas
– Objetivo: Estimular a percepção sensorial através da busca ativa.
– Descrição: Esconda diferentes objetos com texturas variadas pela sala e promova uma busca em que as crianças devem encontrar e descrever o que acharam.
– Materiais: Objetos texturizados.
– Modo de condução: As crianças serão divididas em grupos e deverão procurar e descrever o que encontraram.

Sugestão 2 – Experiência da pintura com texturas
– Objetivo: Integrar a arte à exploração sensorial.
– Descrição: As crianças usarão materiais com texturas (como esponjas e pincéis de diferentes tamanhos) para criar pinturas em papel.
– Materiais: Tintas, papéis, esponjas.
– Modo de condução: As crianças vão experimentar diferentes texturas ao pintar e deverão descrever as sensações.

Sugestão 3 – Música das texturas
– Objetivo: Relacionar sons às texturas.
– Descrição: Apresentar diferentes objetos que produzem sons variados e associar esses sons a texturas específicas.
– Materiais: Objetos sonoros (tambores, chocalhos).
– Modo de condução: As crianças devem tocar os instrumentos e associar o som à textura que mais gostam.

Sugestão 4 – Contação de histórias tatil
– Objetivo: Integrar literatura e exploração sensorial.
– Descrição: Escolher uma história que envolva texturas e ter materiais representando essas texturas para que as crianças explorem enquanto a história é contada.
– Materiais: Livros e objetos correspondentes às texturas da história.
– Modo de condução: Ler a história e solicitar que as crianças toquem os materiais quando a textura for mencionada.

Sugestão 5 – Jardim das texturas
– Objetivo: Incentivar o contato com a natureza.
– Descrição: Criar um pequeno espaço no ambiente escolar com diversas plantas e elementos naturais com diferentes texturas para que as crianças possam tocar e explorar.
– Materiais: Plantas, terra, pedras.
– Modo de condução: Guiar as crianças para explorar e discutir as texturas que encontrarem na natureza.

Ao implementar essas atividades, os educadores estarão promovendo uma rica experiência de aprendizado que integra diferentes áreas do conhecimento de forma lúdica e envolvente, respeitando o ritmo de cada criança e seu desenvolvimento individual.