“Explorando Texturas: Atividades Sensoriais para Bebês”
A proposta desta aula é introduzir as texturas de forma lúdica e sensorial, estimulando bebês de 6 meses a 2 anos a explorar o mundo ao seu redor através de atividades que envolvam brinquedos leves e diversificados. É fundamental proporcionar experiências que toquem os sentidos das crianças, especialmente o tato, ampliando suas percepções e conhecimentos sobre as diferentes texturas que anexam a sua realidade. O plano foi estruturado para trabalhar em sintonia com os campos de experiências sugeridos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), promovendo o desenvolvimento integral dos pequenos.
Através de atividades simples e práticas, as crianças terão a oportunidade de interagir, manipular e descobrir as características dos materiais com os quais brincam. Além disso, os educadores poderão observar as reações das crianças às texturas e promover diálogos que incentivem a comunicação e a expressão de sentimentos e necessidades. Isso contribuirá para o desenvolvimento das relações sociais e pessoais, fundamentais nesta faixa etária.
Tema: Explorando Texturas
Duração: 1 hora
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 6 meses a 2 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar experiências sensoriais que permitam aos bebês explorar diferentes texturas, estimulando a interação social e a comunicação.
Objetivos Específicos:
– Proporcionar a exploração de texturas variadas através de brincadeiras e manipulação de brinquedos.
– Estimular a comunicação das crianças por meio de gestos e balbucios.
– Incentivar a percepção do corpo e das suas capacidades nas brincadeiras.
– Promover o convívio social e a interação entre as crianças e os educadores.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
(EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI01CG05) Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI01EF06) Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de expressão.
Materiais Necessários:
– Brinquedos leves com texturas variadas (como pelúcias, livros de tecido, cubos macios, etc.)
– Materiais diversos como papel celofane, papel manteiga, esponjas de diferentes texturas.
– Almofadas, tapetes ou colchonetes para criar um espaço confortável e seguro para os bebês.
– Música suave e ritmos envolventes para acompanhar a atividade.
Situações Problema:
– Como os diferentes materiais autênticos podem influenciar as emoções das crianças?
– Que texturas as crianças mais gostam e por quê?
– Como expressar o que estamos sentindo ao tocar objetos diferentes?
Contextualização:
No ambiente de aprendizagem, considerar as preferências e respostas emocionais dos bebês é essencial. Cada criança reage de forma única ao estímulo das texturas, e isso deve ser observado e respeitado. O objetivo é criar um ambiente seguro onde os pequenos se sintam confortáveis para explorar, se expressar e interagir com outras crianças. O desafio é garantir que todos os bebês tenham oportunidades de participação, respeitando seus ritmos e preferências individuais.
Desenvolvimento:
1. Ambientação: Organize o espaço com os tapetes e almofadas para que os bebês se sintam à vontade. Crie estações de texturas, onde os diferentes materiais estejam dispostos para fácil acesso.
2. Introdução: Reúna os bebês no ambiente e, usando os brinquedos, comece a mostrar as texturas que eles podem tocar. Fale sobre cada textura (macio, áspero, liso, rugoso), incentivando a interação.
3. Exploração: Deixe que as crianças explorem as diferentes texturas à vontade, enquanto os educadores observam e interagem, fazendo perguntas sobre o que estão sentindo.
4. Comunicação: Incentive os bebês a se comunicarem utilizando gestos, sons e balbucios, expressando suas necessidades e emoções durante as interações.
5. Ampliar a Experiência: Envolva a música durante a exploração para que os bebês associem sons ao toque e à movimentação, enriquecendo a experiência.
Atividades sugeridas:
Atividade 1: Estação das Texturas
– Objetivo: Explorar diferentes texturas pelo toque.
– Descrição: Organize uma mesa com diversos objetos de texturas variadas.
– Instruções: Convide os bebês para tocar os objetos, ajudando-os a descrever o que sentem.
Atividade 2: Dança das Texturas
– Objetivo: Estimular movimentos corporais e reconhecimento das texturas através do corpo.
– Descrição: Com músicas suaves, convide as crianças a dançar enquanto tocam diferentes materiais com os pés e as mãos.
– Instruções: Crie um ambiente animado para que as crianças se sintam livres para se movimentar e explorar as sensações.
Atividade 3: Tato e Som
– Objetivo: Associar sons a diferentes texturas.
– Descrição: Use objetos que façam barulho ao serem manuseados, como papel celofane e jornal.
– Instruções: Convide os bebês a explorar os sons enquanto tocam as texturas, observando como podem variar.
Discussão em Grupo:
Reúna os bebês em círculo e converse sobre as experiências sentidas. Pergunte aos pequenos, se puderem, o que mais gostaram de tocar e como aquelas texturas fizeram eles se sentir. Estimule uma discussão simples, acompanhando as respostas com gestos e expressões.
Perguntas:
– O que você sentiu ao tocar a pelúcia?
– Você gosta mais da textura suave ou da rugosa?
– O que acontece quando você toca no papel celofane?
Avaliação:
A avaliação será baseada na observação da participação dos bebês durante a exploração das texturas, na maneira como interagem com os objetos e com outros colegas e na capacidade de comunicar seus sentimentos e preferências. Registre as reações e interações para futuras reflexões.
Encerramento:
Para finalizar, convide os bebês para uma roda de atividade de relaxamento, onde, ao som de uma música tranquila, eles possam ter um momento de calma após a exploração. Isso propiciará uma transição suave para a próxima atividade do dia.
Dicas:
Escolha materiais seguros e adequados para a idade, sempre tendo em mente a prevenção de riscos. Mantenha um olhar atento para a reação de cada bebê, pois alguns podem ser mais sensíveis a estímulos táteis e sonoros. Incentive os cuidadores a estarem presentes, pois suas interações são essenciais para o desenvolvimento social e emocional dos pequenos.
Texto sobre o tema:
As texturas são uma forma de linguagem visual e tátil que permite que crianças e bebês experimentem detalhes de maneira única. Desde tenras idades, a exploração sensorial é crucial para o desenvolvimento cognitivo e emocional. Tocar um objeto macio pode evocar sentimentos de conforto, enquanto uma superfície áspera pode trazer curiosidade e até uma resposta surpresa. Ao entrar em contato com diferentes texturas, os bebês começam a formar conexões em seus cérebros, ligando as experiências sensoriais ao aprendizado e à lembrança.
Através da prática de explorar texturas, os educadores facilitam um espaço onde os bebês podem interagir uns com os outros. Isso é vital para o desenvolvimento social, pois os pequenos aprendem a responder as ações dos outros, entendendo que suas ações têm consequências. Esse aprendizado vai além do toque; ele também envolve comunicação. Ainda que os bebês não usem palavras, eles se expressam por meio de sons, gestos e expressões faciais, desenvolvendo assim suas habilidades de comunicação desde os primeiros meses de vida.
A interação oferecida por meio de experiências de toque não apenas desenvolve a percepção tátil das crianças, mas também fomenta a curiosidade e o desejo de aprender mais sobre o mercado ao seu redor. Esta curiosidade inata deve ser nutrida e incentivada, garantindo que os pequenos se sintam seguros e confortáveis para investigar e fazer perguntas. Assim, ao utilizar texturas nas atividades propostas, estamos não somente enriquecendo o aprendizado sensorial, mas também dando espaço para a imaginação e a interação social florescerem.
Desdobramentos do plano:
O plano de aula pode ser expandido para incluir atividades adicionais que abordem outras dimensões do aprendizado, como as abordagens artísticas. Por exemplo, uma atividade onde os bebês podem usar tintas com texturas (como areias e grãos) pode ser introduzida em uma próxima aula, ampliando a experiência sensorial e permitindo que os pequenos conheçam diferentes materiais. Isso, por sua vez, pode levar a discussões sobre a natureza dos materiais (sólidos, líquidos) e suas interações.
As mães e os pais também podem ser envolvidos em futuras atividades, promovendo um espaço de interação familiar que possibilite a continuidade das experiências em casa. Quando as famílias participam da exploração das texturas, elas criam um vínculo forte com as experiências educativas, tornando-se co-participantes no processo de aprendizado. Isso pode ser particularmente valioso, já que a interação familiar é um aspecto crucial no desenvolvimento social e emocional dos bebês.
Além disso, para estimular a retenção da experiência vivida, os educadores podem coletar feedback através de registros e anotações sobre as respostas dos pequenos, permitindo que se construam estratégias pedagógicas mais robustas para o futuro. Essa reflexão contínua sobre o planejamento e o que foi observado na prática ajudará a adaptar as atividades para atender às necessidades e interesses de cada grupo, criando um espaço de aprendizado dinâmico e enriquecedor.
Orientações finais sobre o plano:
É fundamental lembrar que cada bebê tem seu próprio ritmo de desenvolvimento e que as atividades devem ser adaptadas para respeitar as individualidades de cada um. A observação cuidadosa do que agrada e engaja os bebês durante as atividades ajudará os educadores a planejar futuras experiências de maneira mais eficaz.
O ambiente deve ser acolhedor e seguro, proporcionando um espaço onde as crianças possam explorar livremente sem a pressão para desempenhar. Isso permitirá que cada um se sinta à vontade para experimentar as diversas texturas e socializar com seus pares. Desta forma, cria-se um ambiente respeitoso e estimulante, onde o aprendizado acontece de maneira orgânica.
Por fim, a prática de proporcionar experiências sensoriais ricas através das texturas não deve ser vista como uma atividade pontual, mas como parte de um currículo abrangente que visa desenvolver a curiosidade inata das crianças, promovendo um aprendizado significativo e duradouro. A Educação Infantil desempenha um papel vital nesse sentido, ajudando as crianças a fazer conexões entre suas experiencias e o mundo, garantindo uma base sólida para as próximas etapas do desenvolvimento.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Festa das Texturas: Organizar um dia onde cada bebê traga um objeto de casa com textura diferente para compartilhar com os colegas. Os educadores podem criar um mural para colar as texturas trazidas, permitindo que os bebês visualizem as diferenças e conversem sobre cada item.
2. Caminhada Tátil: Criar um ambiente com superfícies texturizadas em diferentes áreas da sala (como feltro, papel bolha, esponjas, etc.) por onde os bebês possam rastejar ou andar. Use um carrinho ou um tapete de atividades para conduzir a exploração, fazendo uma roda de conversa ao final.
3. Exploração Sensorial com Água e Areia: Propor um espaço ao ar livre (ou em uma área coberta) com caixas sensoriais que misturem água e areia. Introduza brinquedos de diferentes texturas para os bebês explorarem esses dois elementos em conjunto, promovendo uma experiência multi-sensorial.
4. Música e Movimento: Usar diferentes instrumentos musicais que os bebês possam tocar (como chocalhos, tambores de texturas diferentes) e dançar ao som de músicas que combinam ritmos e objetos texturizados. Isso promove a coordenação e o reconhecimento de sons.
5. Ateliê de Arte Sensorial: Propor uma atividade artística onde os bebês poderão colar materiais texturizados (como pom-poms, lixas, algodão, etc.) em folhas de papel. A atividade pode ser acompanhada de canções que mencionem texturas, reforçando a relação entre som e toque.
Com essas estratégias, o plano de aula proporcionará uma experiência rica e ampla para os bebês, integrando aprendizado, movimento e socialização de maneira dinâmica e lúdica.