“Explorando Texturas: Atividades Sensoriais para Bebês”
Este plano de aula se propõe a explorar o tema texturas de forma lúdica e interativa, visando facilitar a descoberta e o conhecimento de diferentes superfícies através de experiências sensoriais. Na faixa etária de 0 a 1 ano e 6 meses, as crianças estão em uma fase de desenvolvimento em que a exploração do mundo é feita através dos sentidos, e o contato com diferentes texturas será fundamental para o aprimoramento de suas habilidades motoras e cognitivas. A iniciativa é proporcionar um ambiente seguro, acolhedor e repleto de oportunidades de aprendizagem, onde a curiosidade das crianças possa ser estimulada.
Com base nas diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), este plano de aula tem como objetivo promover a interação social, a comunicação e a percepção sensorial nas crianças, respeitando suas individualidades e promovendo experiências significativas. As atividades propostas são estruturadas para facilitar o aprendizado colaborativo e a expressão afetiva, estimulando a confiança e a autonomia das crianças no ambiente escolar.
Tema: Texturas
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 0 a 1 ano e 6 meses
Objetivo Geral:
Promover a exploração sensorial das texturas através de atividades práticas que estimulem a curiosidade e a interação social entre as crianças.
Objetivos Específicos:
– Incentivar a exploração das texturas através de diferentes materiais.
– Estimular a habilidade de comunicação entre as crianças ao compartilharem suas descobertas.
– Desenvolver o cuidado e o respeito ao interagir com os objetos e os colegas.
– Fomentar a autonomia na manipulação de materiais de forma segura e adequada.
Habilidades BNCC:
– O EU, O OUTRO E O NÓS: (EI02EO01), (EI02EO02), (EI02EO03), (EI02EO04), (EI02EO06)
– CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS: (EI02CG01), (EI02CG02), (EI02CG04)
– TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS: (EI02TS02)
– ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO: (EI02EF01), (EI02EF03)
– ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES: (EI02ET01)
Materiais Necessários:
– Tecido de diferentes texturas (liso, áspero, macio, rugoso)
– Espumas, algodão, papel alumínio, papel de lixa
– Recipientes diversos para armazenamento dos materiais
– Faixa de tecido para cobrir os olhos (opcional, para atividade sensorial)
– Papel sulfite para registros visuais
Situações Problema:
Como podemos descrever o que sentimos ao tocar as diferentes texturas?
Quais texturas você gosta mais? Por quê?
Como podemos compartilhar nossos sentimentos e impressões sobre as texturas que encontramos?
Contextualização:
Neste plano de aula, as crianças serão apresentadas aos diversos tipos de texturas e a importância delas no nosso cotidiano. As crianças, ao tocarem e interagirem com as texturas, poderão desenvolver sua capacidade de percepção sensorial e reconhecimento das diferenças entre os materiais. Além disso, a interação com os colegas irá promover um ambiente de cooperação e empatia, essencial nessa fase de desenvolvimento.
Desenvolvimento:
A atividade será dividida em três partes: introdução e apresentação das texturas, exploração e interação, e compartilhamento de experiências. O professor será o mediador das atividades, iniciando a conversa sobre texturas e introduzindo os materiais que serão utilizados.
1. Apresentação das texturas (10 minutos): O professor mostrará os diferentes materiais, explicando suas características e incentivando as crianças a tocarem. Profundamente observar e sentir as diferenças entre cada textura é muito importante nesta fase.
2. Atividade de exploração (30 minutos): As crianças serão divididas em grupos para explorar os diversos materiais. Serão estimuladas a tocar, manipular e brincarem com os materiais de forma livre, sempre sob supervisão do professor. Esta etapa é crucial, pois agrega experiências de aprendizado. O professor deve incentivá-las a descrever o que sentem, fazendo perguntas como “Como isso é?” ou “Qual textura você mais gosta?”.
3. Compartilhamento (10 minutos): Ao final, as crianças devem se reunir em um círculo para compartilhar suas experiências e o que mais gostaram de tocar. O professor irá incentivar a linguagem oral, ajudando-as a se expressar e a respeitar a fala dos outros.
Atividades sugeridas:
1. Explorando Tecido
– Objetivo: Desenvolver a percepção das texturas através do toque.
– Descrição: As crianças tocarão em tiras de diferentes tecidos e descreverão a sensação.
– Instruções para o professor: Disponibilizar os tecidos e ajudar as crianças a descreverem o que sentem.
– Materiais: Tiras de tecido de diferentes texturas.
– Adaptação: Crianças mais novas podem apenas explorar, enquanto as mais velhas podem verbalizar suas experiências.
2. Mundos de Espuma
– Objetivo: Aprofundar a percepção tátil e a linguagem.
– Descrição: As crianças brincarão com esponjas em recipientes com água.
– Instruções para o professor: Orientar a brincadeira e incentivar o uso de termos como “macio”, “úmido”.
– Materiais: Esponjas de diferentes texturas e recipientes com água.
– Adaptação: Monitorar a supervisão de perto para evitar engasgos.
3. Experiência Sensorial Cega
– Objetivo: Fomentar a confiança e a exploração através do toque.
– Descrição: As crianças deverão tocar em texturas vendadas, descrevendo suas sensações.
– Instruções para o professor: Explicar a atividade e monitorar cuidadosamente.
– Materiais: Tecido para cobrir os olhos e objetos para tocar.
– Adaptação: Às crianças que se sentirem inseguras devem ser mantidos com os olhos destapados.
4. Arte Texturizada
– Objetivo: Criar uma peça artística utilizando diferentes texturas.
– Descrição: As crianças criarão uma colagem utilizando os materiais de textura disponível.
– Instruções para o professor: Supervisão na colagem.
– Materiais: Cola, papel sulfite e diversos materiais texturizados.
– Adaptação: Algumas crianças podem se sentir mais atraídas por colar do que outras, então deve-se respeitar o tempo de cada uma.
5. Roda de Conversa
– Objetivo: Promover a comunicação e o respeito pelas opiniões alheias.
– Descrição: As crianças se sentarão em um círculo e compartilharão suas preferências sobre as texturas.
– Instruções para o professor: Facilitar a conversa e encorajar a escuta.
– Materiais: Um objeto que as crianças possam passar enquanto falam.
– Adaptação: Crianças mais tímidas podem ser convidadas a falar quando se sentirem à vontade.
Discussão em Grupo:
1. Como você descreveria essa textura?
2. O que você mais gostou de tocar?
3. Você conhece outros objetos que tenham texturas diferentes?
Perguntas:
1. Que tipo de textura você gostaria de tocar? Por quê?
2. Como foi a sensação de explorar?
3. Você se sentiu confortável ao tocar?
Avaliação:
A avaliação será secundária ao processo, observando a participação das crianças nas atividades e a capacidade de expressarem suas percepções sobre as texturas. O professor deverá estar atento à interação e ao desenvolvimento da linguagem, assim como o cuidado e a solidariedade nas interações com os colegas.
Encerramento:
Ao final da aula, o professor deverá reunir as crianças para um momento de reflexão sobre as atividades realizadas. Em um clima descontraído, será importante reforçar as descobertas que cada um teve e como isso os fez sentir. Assim, a conexão entre as experiências sensoriais e a linguagem se fortalece, promovendo um ambiente de aprendizado significativo.
Dicas:
Incentivar a liberdade de exploração e a expressão verbal é essencial. Os adultos devem facilitar o diálogo e a escuta, promovendo uma comunicação respeitosa entre as crianças. É fundamental garantir que todos tenham a oportunidade de experimentar as texturas sem se sentirem pressionados a compartilhar. Ao manter o ambiente seguro e acolhedor, contribui-se para que as crianças se sintam confortáveis em expressar suas emoções e opiniões.
Texto sobre o tema:
As texturas estão presentes em nossa vida cotidiana, e a percepção delas vai muito além do simples toque. Nos primeiros anos de vida, as crianças fazem todas as suas explorações sensoriais através do tato, e a interação com diferentes superfícies é crucial para o desenvolvimento do cérebro. Ao brincar com texturas, as crianças não apenas exploram o mundo ao seu redor, mas também começam a desenvolver habilidades motoras que serão essenciais para o seu crescimento e aprendizados futuros. Através de experiências como tocar em materiais variados, como penas, algodão, papel de lixa ou tecidos, as crianças aprendem a diferenciar o macio do áspero, o frio do quente e, consequentemente, começam a formar conceitos que são fundamentais para a construção do seu conhecimento.
Além disso, explorar diferentes texturas também alimenta o desenvolvimento da linguagem. Ao se descreverem as experiências sensoriais, as crianças ampliam seu vocabulário e aprendem a expressar sentimentos e emoções. Incentivar a comunicação nesta fase é essencial, pois isso proporciona o sentimento de pertencimento e a construção de relações interpessoais saudáveis. As interações que as crianças têm enquanto compartilham suas experiências com texturas ajudam a nutrir empatia e solidariedade, estabelecendo conexões significativas com seus pares e adultos.
É importante garantir que o ambiente de aprendizagem seja enriquecido com materiais variados e que estimulem a curiosidade. A educação infantil deve ser um espaço onde as crianças possam se sentir seguras para explorar e experimentar. Dessa forma, a exploração sensorial não é apenas uma experiência agradável, mas sim um alicerce para o desenvolvimento de habilidades essenciais para a vida e a interação social. Na educação infantil, cada atividade deve ser pensada de forma a proporcionar um aprendizado prazeroso, onde a prática, a interação, o cuidado e a criatividade estão sempre em primeiro plano.
Desdobramentos do plano:
Este plano de aula pode se desdobrar em uma série de atividades continuadas que visem a exploração de outros sentidos. Após a exploração de texturas, o professor pode abordar o tema sonoridade, permitindo que as crianças conheçam e explorem sons variados associados a diferentes materiais. A relação entre som e textura pode ser muito significativa e ampliará a capacidade de escuta e atenção das crianças. Essa sequência proporcionaria um aprendizado integrador, que respeita a curiosidade e o potencial de cada criança, promovendo sua expressão pessoal e desenvolvimento motor.
Além disso, é possível realizar atividades ao ar livre, coletando materiais naturais, como folhas, pedras e terra, para verificarem como são as diferentes texturas que a natureza nos oferece. Essa conexão com o ambiente pode instigar o interesse pela preservação e cuidado com o meio ambiente, além de promover um aprendizado ativo e envolvente. Qualquer exploração fora do ambiente fechado deve ser realizada com cautela e sob constante supervisão, garantindo a segurança das crianças.
Outra possibilidade de desdobramento do plano é a realização de um mural colaborativo, onde as crianças possam colar texturas que coletaram ou que foram apresentadas durante as atividades. O mural não apenas será uma representação visual das experiências das crianças, mas também fomentará a linguagem e a interação ao descreverem suas contribuições. Após completar o mural, pode-se promover uma “visita” ao espaço, onde as crianças compartilham suas experiências, enriquecendo o diálogo e a expressão no grupo. Este tipo de atividade não apenas coloca os pequenos em um papel ativo na construção do aprendizado, mas também promove a autoestima e a confiança.
Orientações finais sobre o plano:
A educação infantil é uma fase preciosa do desenvolvimento humano, e todo espaço de aprendizagem deve proporcionar oportunidades de descoberta e reflexão. É fundamental que o educador esteja sempre atento às reações das crianças, respeitando seus tempos e interesses. A abordagem das texturas deve ser realizada de maneira inclusiva, considerando as individualidades e os ritmos de cada uma, garantindo que todos se sintam parte do grupo e valorizados em suas expressões.
Ao longo das atividades, o professor deve também considerar a possibilidade de adaptar o ambiente e os materiais conforme necessário. Por exemplo, para aquelas crianças que podem ter sensibilidades a certas texturas, oferecer alternativas ou um ambiente diferenciado pode ser crucial para garantir uma experiência positiva. A flexibilidade é um componente forte do trabalho pedagógico, especialmente em faixas etárias tão variadas e em desenvolvimento.
O mais importante é que as experiências proporcionadas sejam vivenciadas de maneira prazerosa e significativa. As texturas podem ser um ponto de partida para uma infinidade de aprendizados sobre o mundo, sobre si mesmo e sobre os outros. Ao final do dia, o que mais deve ser celebrado são não apenas as descobertas realizadas, mas as conexões afetivas formadas durante o processo. A educação infantil deve sempre ser um espaço onde se aprende e se ensina com alegria, curiosidade e amor.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Caça ao Tesouro Texturizado
– Objetivo: Desenvolver a habilidade de explorar e reconhecer texturas.
– Descrição: Os educadores podem esconder diferentes materiais texturizados pela sala e, com a ajuda de um adulto, as crianças devem encontrar e descrever os objetos.
– Materiais: Vários objetos de texturas diferentes (macio, duro, áspero, liso).
– Instruções: Achar os materiais e tocá-los, assim começando uma discussão sobre as palavras que podem descrever as texturas.
2. Sons e Texturas
– Objetivo: Relacionar o som e a textura.
– Descrição: Criar instrumentos com materiais texturizados (por exemplo, um tambor de papelão forrado com tecidos diferentes).
– Materiais: Papelão, tecidos, materiais sonoros.
– Instruções: As crianças podem criar seus instrumentos e fazer uma apresentação para a sala, reconhecendo os sons que as texturas produzem.
3. Jogo das Correspondências
– Objetivo: Identificar e comparar texturas.
– Descrição: Montar pares de materiais que tenham texturas diferentes.
– Materiais: Amostras de diversos materiais e diferentes texturas em pares.
– Instruções: As crianças devem buscar e emparelhar as texturas semelhantes em um jogo colaborativo, promovendo a interação.
4. Arte com Textura
– Objetivo: Explorar e criar através das texturas.
– **Descrição

