“Explorando Texturas: Atividades Sensorais para Bebês”
O plano a seguir é uma atividade educativa destinada a crianças bem pequenas, abrangendo a faixa etária de 6 meses a 1 ano. A proposta central é o manuseio de diferentes materiais que permitem explorar texturas, promovendo, assim, um desenvolvimento sensorial mais efetivo. O reconhecimento e a interação com o mundo ao redor são fundamentais nessa fase, e a variedade de texturas proporciona novas experiências que estimulam a curiosidade e a percepção.
A atividade é voltada para o desenvolvimento integral das crianças, por meio de experiências significativas e interativas com diferentes superfícies e materiais. Desse modo, além de promover a exploração e descoberta, o plano de aula permite que as crianças desenvolvam habilidades sociais e motoras, enquanto interagem com os objetos e seus colegas.
Tema: Diferentes Texturas
Duração: 40 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 6 meses a 1 ano
Objetivo Geral:
Proporcionar às crianças a oportunidade de explorar e vivenciar diversas texturas por meio do manuseio de diferentes materiais, favorecendo o desenvolvimento sensório-motor e as interações sociais.
Objetivos Específicos:
– Estimular a curiosidade e o interesse das crianças em relação ao mundo que as cerca.
– Fomentar o desenvolvimento das habilidades motoras finas através do toque e manipulação de materiais.
– Promover momentos de interação e socialização entre as crianças.
– Incentivar a comunicação através do compartilhamento de experiências sensoriais.
Habilidades BNCC:
– Campo de experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”:
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos.
(EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.
– Campo de experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”:
(EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.
– Campo de experiências “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”:
(EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação (argila, massa de modelar), explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes ao criar objetos tridimensionais.
– Campo de experiências “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”:
(EI02ET01) Explorar e descrever semelhanças e diferenças entre as características e propriedades dos objetos (textura, massa, tamanho).
Materiais Necessários:
– Diferentes tipos de texturas: papel seda, papel alumínio, feltro, lixa, esponjas, tecido, entre outros.
– Caixas ou recipientes variados para armazenar os materiais.
– Toalhas para delimitar o espaço de exploração.
– Cesto de frutas ou objetos naturais (como bolinhas de algodão, espuma e penas).
– Pincéis ou as mãos para aplicar tinta ou embeber os materiais.
Situações Problema:
– Como as diferentes texturas se sentem ao toque?
– O que acontece se misturarmos diferentes materiais?
– As crianças conseguem descrever qual texto elas mais gostaram?
– Qual material é mais agradável ao toque e por que?
Contextualização:
A partir de seis meses, as crianças começam a explorar o ambiente que as cerca, utilizando principalmente o toque. A manipulação de diferentes texturas é uma maneira eficaz de estimular o desenvolvimento sensorial, motor e cognitivo. Sneste sentido, é essencial criar um espaço seguro e acolhedor onde elas possam explorar livremente, promovendo a autoconfiança e a curiosidade.
Desenvolvimento:
1. Preparar o ambiente: Criar um espaço amplo, seguro e acessível para as crianças. Colocar toalhas ou tapetes para que possam se sentar e manusear os materiais confortavelmente.
2. Apresentação dos materiais: Mostrar os diferentes materiais às crianças um a um. Falar sobre as características de cada um, suas cores, texturas e sons (se houver), utilizando uma linguagem simples e clara.
3. Tempo de exploração: Liberar os materiais e deixar as crianças explorarem livremente. Observar o comportamento delas,, dando espaço para que interajam sozinhas ou entre si, e incentivando-as a compartilhar os objetos.
4. Interação social: Fomentar diálogos e comunicações durante a exploração. Perguntar sobre o que sentem e observam em relação às texturas.
5. Conclusão da experiência: Reunir as crianças para compartilhar o que descobriram e sentiram durante a exploração. Utilizar um momento para fechamento, onde elas desenhem ou expliquem como se sentem em relação a cada textura explorada.
Atividades sugeridas:
1. Exploração Tátil:
Objetivo: Incentivar o desenvolvimento sensorial e motor das crianças.
Descrição: Disponibilizar diferentes materiais texturizados e deixar as crianças explorarem.
Instruções: Oferecer papel seda, feltro, lixa e outros materiais. Observar cada criança enquanto brincam e estimule a interação entre elas. Materiais como colheres de madeira ou pincéis podem ser utilizados para que sintam a diferença ao tocar cada textura.
Sugestões de materiais: Papel sagu, tecido, espuma, papel alumínio.
Adaptação: Para crianças mais novas, utilizar materiais mais seguros e suaves.
2. Montagem de Painéis de Textura:
Objetivo: Criar um painel tátil para identificação de texturas.
Descrição: Juntar as texturas exploradas em um painel.
Instruções: Os educadores colam os materiais em uma cartolina ou placa de papelão para que as crianças possam tocar e reconhecê-los posteriormente.
Sugestões de materiais: Colas atóxicas, cartolina, papel insulfilmado.
Adaptação: Crianças mais novas podem se concentrar em tocar os painéis enquanto os mais velhos são incentivados a falar sobre suas preferências.
3. Caça ao Tesouro Textural:
Objetivo: Exercitar a observação e a curiosidade.
Descrição: Criar um circuito com objetos de diferentes texturas escondidos.
Instruções: O educador pode esconder diversos materiais na sala e convidar as crianças a encontrá-los, caso o circuito fique indisponível, solicite às crianças que falem sobre as texturas que mais gostaram.
Sugestões de materiais: Caixas com texturas ou objetos do cotidiano.
Adaptação: Ensinar a qualidade e segurança dos itens ao redor antes da missão.
4. Atividade de Pintura Texturizada:
Objetivo: Desenvolver habilidades manuais e exploratórias.
Descrição: Pintar com os dedos e texturas diferentes.
Instruções: Usar tinta atóxica e pedir que as crianças explorem as texturas e a combinação de cores como preferência.
Sugestões de materiais: Tintas atóxicas, papel.
Adaptação: Crianças menores podem investir quaisquer materiais que estão em contato como papel reciclado ou, até mesmo, frutas cortadas.
5. Histórias Com Textura:
Objetivo: Incentivar a narratividade e a atenção.
Descrição: Ler histórias que possuam diferentes texturas.
Instruções: Ao ler, usar os materiais texturizados para que as crianças possam senti-las ao longo da história e animar retiradas de materiais disfarçados.
Sugestões de materiais: Livro de histórias táteis.
Adaptação: Traga diversas entradas de histórias ou diferentes propostas.
Discussão em Grupo:
Promover um momento para que as crianças compartilhem suas experiências em relação às texturas, perguntando sobre qual material elas mais gostaram e por quê. Facilitar uma conversa onde possam expressar suas opiniões e curiosidades, ajudando a desenvolver suas habilidades de comunicação e interação.
Perguntas:
1. Qual textura você mais gostou de tocar e por quê?
2. Você consegue descrever como cada material se sentiu?
3. Como você acha que a textura pode mudar a forma como usamos os objetos?
4. Você gostaria de levar algum desses materiais para casa?
Avaliação:
Observar as interações das crianças durante a atividade e como elas exploram os diferentes materiais. Avaliar se as crianças conseguem descrever as texturas e como comunicam suas preferências. Notar se estão cooperando entre si e respeitando os espaços alheios e a turnação no manuseio dos materiais.
Encerramento:
Finalizar a atividade reunindo as crianças novamente. Conversar sobre as descobertas e experiências de cada um em relação às texturas. Essa é uma oportunidade de reforçar a confiança e autoestima das crianças, estimulando suas capacidades de comunicação e expressão.
Dicas:
– Esteja sempre atento às reações das crianças às texturas, adaptando a atividade conforme necessário para garantir seu conforto e segurança.
– Mantenha os materiais organizados e fáceis de acessar, e crie mais oportunidades de exploração tátil ao longo das semanas.
– Utilize músicas e sons que possam combinar com as atividades, criando um ambiente dinâmico e interativo para aprimorar a experiência sensorial.
Texto sobre o tema:
A exploração de texturas é uma parte essencial do desenvolvimento infantil, especialmente em idades tão precoces como as de 6 meses a 1 ano. As crianças, nesta fase, estão em uma descoberta constante do mundo que as rodeia. É comum que utilizem todos os sentidos disponíveis, e o toque se destaca como um dos mais desenvolvidos. Manusear diferentes materiais e texturas é vital para promover não apenas o desenvolvimento sensorial, mas também as habilidades motoras e cognitivas das crianças.
Ao entrar em contato com texturas diferentes – como áspero, liso, fofo, duro – as crianças começam a entender melhor o mundo. Elas descobrem, por exemplo, que um pano de lixa possui uma textura completamente diferente de uma esponja suave. Esse aprendizado é fundamental para a construção do conhecimento e o desenvolvimento de habilidades motoras, como o uso das mãos e dos dedos para explorar e manipular objetos. A partir dessa interação tátil, é possível estabelecer conexões entre objetos e suas propriedades, o que enriquece o entendimento da criança sobre o meio que a cerca.
Além disso, essas experiências favoráveis não apenas garantem um aprendizado ativo, mas também incentivam a interação social entre as crianças. Ao compartilhares essas experiências umas com as outras e exigirem uma comunicação clara para expressarem suas preferências e desejos, as crianças constroem um entendimento mais profundo sobre si e sobre o outro. Assim, as experiências com texturas não proporcionam um aprendizado isolado, mas são uma oportunidade de socialização e construção de vínculos afetivos importantes durante os primeiros anos de vida.
Desdobramentos do plano:
Este plano de aula sobre diferentes texturas pode se desdobrar em atividades relacionadas a outros campos de experiência. Ao explorar as texturas de maneira mais aprofundada, o educador pode trabalhar também questões como sons, cores e formas. Além disso, ao introduzir diferentes elementos que completem essa experiência tátil, é possível criar um material rico que explore não apenas as texturas, mas também as hibridizações entre diferentes artes, como a pintura e a música.
Outro ponto relevante a ser considerado são as interações sociais. O educador deve ser um mediador nas relações e ajudar as crianças a desenvolverem cada vez mais habilidades socioemocionais. Ao observar os conflitos e as trocas de experiências que surgem durante as atividades, o professor pode guiar as crianças a resolverem esses momentos de forma pacífica e construtiva, promovendo a empatia e a convivênciaharmoniosa.
Por fim, é fundamental manter um registro das atividades e das reações das crianças, tanto as positivas quanto as negativas, criando um histórico de desenvolvimento. Assim, o educador poderá avaliar o progresso de cada criança e ajustar futuras atividades de acordo com suas necessidades e interesses, oferecendo sempre um ambiente de aprendizado enriquecedor.
Orientações finais sobre o plano:
Esse plano visa garantir que a experiência de aprendizado para as crianças seja não apenas educativa, mas também prazerosa. O educador deve ser um facilitador, criando um ambiente seguro, onde as crianças possam explorar livremente e interagir com os diferentes materiais de maneira natural. Para isso, é importante ter paciência durante os momentos de exploração, permitindo que cada criança experimente na sua própria velocidade e descubra o que mais lhe agrada.
As experiências sensoriais são muito abrangentes e podem ser expandidas para além das texturas. Assim que as crianças tiverem a segurança necessária para explorar, o educador pode iniciar atividades que incluam sons, cores e formas, criando um ambiente verdadeiramente interativo e dinâmico. O importante é sempre estar em observação e atento às limitações e necessidades de cada criança, adequando o ambiente e os materiais conforme a idade e os interesses coletivos.
Por fim, incentivar o diálogo entre as crianças durante as atividades é essencial. Promova um espaço onde elas possam discutir suas descobertas e relatar suas experiências. Isso não apenas desenvolve a linguagem, mas também fortalece as habilidades de socialização e cooperação. Esses momentos de partilha são incrivelmente valiosos na construção da identidade de cada uma delas e no fortalecimento do vínculo entre os colegas.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Exploração de Texturas na Natureza: Levar as crianças para um passeio externo, onde elas possam tocar diferentes texturas da natureza, como folhas, pedras e areia. O objetivo é fazer conexão com elementos do ambiente natural, desenvolvendo a curiosidade e a observação. Materiais necessários: Sacolas para coletar itens.
2. Brincadeira das Cores e Texturas: Criar um jogo onde as crianças devem encontrar e tocar objetos coloridos com texturas específicas em diferentes áreas da sala. O objetivo é trabalhar visual e sensorial. Materiais necessários: cartões com cores e texturas.
3. Caixa de Surpresas Texturais: Criar uma caixa misteriosa com diversas texturas. As crianças devem colocar as mãos dentro da caixa e descrever o que sentem sem olhar. O objetivo é estimular o uso da linguagem e a percepção sensorial. Materiais necessários: caixa opaca e materiais texturizados.
4. Uma Festa de Texturas: Convidar as crianças para uma “festa” onde elas devem trazer sua textura favorita. Cada criança pode apresentar e descrever a sua escolha. O objetivo é criar um espaço de partilha e estimular a comunicação. Materiais necessários: Texturas variadas trazidas pelas crianças.
5. Jardim Sensório: Montar um espaço com diferentes texturas que representam um jardim (cascalho, areia, grama sintética), onde as crianças podem brincar livremente. O objetivo é explorar os sentidos de forma lúdica. Materiais necessários: tapetes de texturas e objetos que façam alusão ao ambiente de jardim.
Estas sugestões são voltadas para serem adaptadas conforme as necessidades e idades das crianças, sempre buscando promover um aprendizado divertido e interativo que se integre