“Explorando Propriedades Associativas com Brincadeiras Lúdicas”
Neste plano de aula, abordaremos as propriedades associativas em uma experiência lúdica e interativa voltada para crianças pequenas de 4 anos. A ideia central é que as crianças possam explorar e compreender a noção de que a forma como agrupamos os números ou objetos pode influenciar o resultado nas operações. A metodologia será baseada em atividades práticas que incentivem a participação ativa e o trabalho em grupo, tendo como papel central a brincadeira como forma de aprendizado.
As propriedades associativas serão apresentadas de modo simples e divertido, utilizando elementos do cotidiano que tornem a aprendizagem mais significativa. O objetivo é criar um ambiente onde as crianças se sintam confortáveis para experimentar, explorar e expressar suas ideias, sempre respeitando as diferenças e ampliando suas relações interpessoais.
Tema: Propriedades Associativas
Duração: 2 horas
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 4 anos
Objetivo Geral:
Promover o entendimento das propriedades associativas através de atividades lúdicas, favorecendo a capacidade de expressão, interação e cooperação entre as crianças.
Objetivos Específicos:
1. Identificar diferentes formas de agrupamento e suas influências nos resultados das operações.
2. Fomentar o reconhecimento da importância do respeito às ideias dos colegas em atividades de grupo.
3. Desenvolver habilidades de comunicação por meio da expressão de sentimentos e ideias sobre as atividades realizadas.
Habilidades BNCC:
– Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
(EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
– Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções.
– Campo de Experiências “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
(EI03ET01) Estabelecer relações de comparação entre objetos, observando suas propriedades.
Materiais Necessários:
– Blocos de montar ou objetos de diferentes formas e tamanhos.
– Papel, lápis de cor e tintas para desenhar.
– Caixas ou recipientes variados para agrupar os objetos.
– Música para dançar durante a atividade de movimentação.
Situações Problema:
1. Como podemos juntar diferentes tipos de blocos e verificar se o resultado é o mesmo organizado de outra maneira?
2. O que acontece se agrupamos os objetos de modos diferentes? Vamos experimentar e ver!
Contextualização:
As propriedades associativas nos possibilitam entender que ao somar ou multiplicar, a ordem em que os números são adicionados ou multiplicados não altera o resultado, mas a forma como agrupamos esses números pode nos ajudar a visualizar isso de uma forma mais prática e divertida. Ao utilizarmos objetos do dia a dia, essa teórica se torna muito mais concreta para as crianças de forma que possam se relacionar e participar ativamente.
Desenvolvimento:
1. Início da aula com uma roda de conversa sobre os tipos de objetos que temos em sala, suas cores, formas e tamanhos.
2. Apresentação da atividade principal onde as crianças irão trabalhar em grupos para agrupar os blocos de diferentes formas, experimentando as propriedades associativas enquanto conversam sobre o que estão fazendo.
3. Depois da exploração dos blocos, as crianças serão convidadas a desenhar suas criações e explicar para os colegas como agruparam os objetos.
Atividades sugeridas:
1. Atividade de Agrupamento de Blocos
– Objetivo: Explorar as propriedades associativas através do agrupamento de blocos.
– Descrição: As crianças serão divididas em pequenos grupos e receberão um conjunto de blocos para agrupar de diferentes formas (por cor, forma, etc.). Após alguns minutos de exploração, cada grupo pode fazer uma apresentação de como agrupou os blocos e o que notou sobre esses agrupamentos.
– Materiais: Blocos de montar.
– Adaptação: Para crianças que precisam de mais suporte, incentive-as a agrupar os blocos de acordo com as instruções visuais que podem ser disponíveis na lousa.
2. Dança dos Blocos
– Objetivo: Associar movimento à aprendizagem através de dança.
– Descrição: Com os blocos colocados em diversos lugares da sala, as crianças devem dançar ao som de uma música e parar quando a música parar. Ao parar, devem pegar os blocos mais próximos e tentar agrupá-los da forma que achar melhor.
– Materiais: Música animada.
– Adaptação: Para crianças que não participam com facilidade, um adulto pode acompanhá-las na dança, incentivando o envolvimento.
3. Desenhando Agrupamentos
– Objetivo: Exprimir graficamente os agrupamentos feitos.
– Descrição: Após a atividade de agrupamento, as crianças desenharão os blocos que agruparam e poderão contar para a turma como e por que escolheram agrupá-los daquela forma.
– Materiais: Papel, lápis de cor, tintas.
– Adaptação: Às crianças que têm dificuldades motoras, forneça formas maiores para que possam fazer suas representações de maneira mais simples.
4. História em Quadrinhos dos Blocos
– Objetivo: Criar uma narrativa em grupo sobre a atividade realizada.
– Descrição: As crianças poderão trabalhar em grupos para criar uma história em quadrinhos usando desenhos que representem os blocos e o agrupamento que fizeram, criando diálogos entre os blocos.
– Materiais: Papel e canetas.
– Adaptação: Para crianças menos seguras no desenho, o professor pode sugerir algumas configurações de personagens, facilitando a criação.
5. Experimentação com Outros Materiais
– Objetivo: Comparar a experiência com diferentes materiais.
– Descrição: Expandir a atividade experimental em casa como um dever divertido, onde cada criança pode trazer objetos de casa (de tamanho similar, como tampinhas de garrafa) e experimentar os agrupamentos em um próximo encontro.
– Materiais: Tampinhas e outros objetos do cotidiano.
– Adaptação: Promover essa atividade em casa como um momento familiar, podendo envolver os pais na experiência.
Discussão em Grupo:
– Como vocês se sentiram ao trabalhar em grupo?
– O que aprendeu sobre a forma como os objetos podem ser agrupados?
– Havia uma maneira que vocês mais gostaram de agrupar os blocos? Por quê?
Perguntas:
1. O que acontece se mudarmos a ordem dos blocos ao agrupá-los?
2. Podemos usar outros objetos além dos blocos? Quais?
3. Como vocês se sentiram trabalhando juntos para agrupar os objetos?
Avaliação:
A avaliação será contínua e realizada através da observação da participação das crianças nas atividades, da capacidade de comunicação entre elas, além da percepção sobre como aplicaram as propriedades associativas em seus agrupamentos. Será observado se as crianças conseguem se expressar, respeitar a opinião dos colegas e se participam ativamente nas dinâmicas propostas.
Encerramento:
Finalizando a atividade, promover uma roda de conversa onde cada grupo compartilha como foi sua experiência e os aprendizados obtidos. Explorar os relatos ajuda as crianças a desenvolverem um senso de comunicação e reflexão sobre suas práticas. Agradecer a participação, elogiar o esforço e reafirmar a importância do trabalho em grupo.
Dicas:
– Estimule sempre o respeito às opiniões dos colegas durante as discussões.
– Utilize músicas animadas para tornar a atividade mais dinâmica e envolvente.
– Ao final, promova encerramentos de atividades com uma atividade de relaxamento, como um alongamento, ajudando as crianças a transitar de volta ao ritmo calmo.
Texto sobre o tema:
As propriedades associativas são fundamentais na matemática e em diversas situações do cotidiano. Elas nos mostram que a forma como agrupamos elementos pode alterar nossa percepção dos mesmos, mesmo que o resultado final se mantenha. Por exemplo, em operações matemáticas, a maneira como agrupamos números pode facilitar nossos cálculos e a compreensão de resultados, porém o que realmente muda é a abordagem e o raciocínio que empregamos.
Essas propriedades se tornam ainda mais relevantes na Educação Infantil, uma vez que os alunos estão em uma fase crucial de formação de conceitos e compreensão do mundo ao seu redor. O trabalho com essas propriedades permite que as crianças desenvolvam habilidades essenciais, como a observação e a comparação, além de fomentar a interação social e o respeito às ideias dos colegas. É uma oportunidade rica para promover experiências que alavanquem o aprendizado de maneira lúdica e engajada, utilizando a criatividade e a curiosidade natural da infância.
Além disso, as atividades em grupo propiciam um ambiente de aprendizado colaborativo, onde as crianças podem observar e interagir, trocando ideias e construindo conhecimento coletivo. Esse tipo de aprendizagem é importante para a formação de competências socioemocionais, contribuindo para que as crianças aprendam a trabalhar juntas, a ouvir o outro e a valorizar as diferenças. Promover momentos em que elas possam se expressar, compartilhar e discutir os diferentes agrupamentos realizados é uma excelente forma de cultivar esses aspectos.
Desdobramentos do plano:
A prática de trabalhar com as propriedades associativas pode se desdobrar em diversas atividades que vão além do agrupamento de blocos. A exploração de diferentes materiais e contextos pode ser uma forma rica de ampliar a aprendizagem. Por exemplo, ao introduzirmos outros objetos, como frutas ou brinquedos diversos, podemos desafiar as crianças a criar novas formas de agrupamentos, e assim, trazer à tona a noção de quantidade e sua relação com as operações matemáticas.
Outro desdobramento interessante seria a realização de atividades que envolvam a contação de histórias ou a criação de narrativas em torno dos agrupamentos realizados. Poderíamos introduzir personagens que interagem com os blocos, ajudando as crianças a entenderem a função de cada peça e a importância da organização na construção de determinadas histórias. Esse aspecto de narração tornaria as experiências ainda mais significativas, estimulando a criatividade e a imaginação dos pequenos.
Por fim, as experiências podem culminar em mostras ou exposições dos trabalhos realizados, onde os alunos poderão compartilhar com a comunidade escolar o que aprenderam sobre a matematização através da brincadeira. Ganhará visibilidade a importância de estratégias lúdicas e colaborativas na educação, reforçando um cenário em que aprender brincando é um princípio basilar para o desenvolvimento infantil.
Orientações finais sobre o plano:
É fundamental que ao implementar o plano, o professor mantenha uma escuta ativa e esteja atento às dinâmicas que ocorrem durante as atividades. As interações entre as crianças são muito ricas, e promover um ambiente onde elas se sintam confortáveis para dar opiniões e fazer perguntas será essencial para um aprendizado profundo e significativo. Além disso, ao final de cada atividade, uma reflexão conjunta ajudará na consolidação do que foi aprendido.
Outra orientação diz respeito à adaptação das atividades para respeitar o ritmo de cada criança. Algumas podem se sentir mais seguras com determinadas atividades, enquanto outras podem necessitar de mais acompanhamento. Portanto, é crucial que o professor esteja preparado para oferecer suporte e também para desafiar aqueles que já demonstram maior domínio sobre a temática, propiciando um aprendizado que respeite a singularidade de cada aluno.
Por último, incorporar todos os elementos lúdicos é vital para que as crianças se sintam atraídas pelos projetos. As atividades devem estar sempre atreladas ao cotidiano dos pequenos, utilizando materiais com os quais eles já estão familiarizados. Essa conexão garante que os conceitos matemáticos sejam percebidos de maneira mais natural e leve, sempre respeitando a essência da infância que é brincar e explorar o mundo com curiosidade e criatividade.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Caça ao Tesouro Numérico
– Objetivo: Explorar agrupamentos através de uma caça ao tesouro com números.
– Descrição: Esconda cartões com números em diferentes lugares da sala. Ao encontrarem, as crianças devem agrupar os números encontrados de acordo com o valor.
– Materiais: Cartões numerados e um cronômetro para criar emoção.
– Adaptação: Para crianças que precisam de mais apoio, fornecer dicas de onde os números estão.
2. Construindo Histórias com Blocos
– Objetivo: Criar narrativas que integram a matemática.
– Descrição: Após agrupar os blocos, as crianças devem criar uma história usando os blocos como personagens, descrevendo o que acontece de acordo com os grupos.
– Materiais: Blocos e papel para escrever ou desenhar a história.
– Adaptação: Fornecer um roteiro básico para ajudar a guiar as histórias.
3. Músicas e Movimentos
– Objetivo: Associar a música ao tema das propriedades associativas.
– Descrição: Criar uma canção que inclua palavras relacionadas aos agrupamentos e suas propriedades, incentivando as crianças a dançarem com os blocos durante a música.
– Materiais: Instrumentos musicais simples ou objetos que possam produzir sons.
– Adaptação: Ajustar a letra da música ao vocabulário dos alunos.
4. Desafio dos Agrupamentos
– Objetivo: Promover o trabalho em grupo e medições.
– Descrição: Criar desafios onde as crianças precisam agrupar objetos de acordo com uma regra estabelecida (ex: mais pesado, menor número).
– Materiais: Balança simples e diferentes objetos.
– Adaptação: Propor desafios em equipes para criar um senso de competição saudável.
5. Jardim dos Blocos
– Objetivo: Explorar a relação da natureza com as propriedades associativas.
– Descrição: Utilizar blocos coloridos para representar flores. Cada grupo deve criar um “jardim”, organizando os blocos em diferentes tamanhos e cores, e mais tarde falar sobre suas escolhas estéticas.
– Materiais: Blocos de diversas cores e tamanhos; espaço para montagem.
– Adaptação: Mostrar exemplos de jardins e suas composições para inspirar as crianças.
Essas sugestões visam enriquecer a experiência de aprendizado em torno das propriedades associativas, incorporando a ludicidade que é fundamental na Educação Infantil e estimulando as crianças a se tornarem ativas no seu próprio processo de ensino.


