“Explorando Painéis Sensoriais para Crianças com Deficiência Visual”

A presente aula visa explorar o uso de painéis sensoriais, especialmente voltados para crianças com deficiência visual. O foco está em proporcionar uma experiência rica e tátil, onde os alunos terão a oportunidade de explorar diferentes texturas, materiais e objetos com as mãos. Os painéis sensoriais são ferramentas valiosas que possibilitam o desenvolvimento cognitivo e emocional, além de facilitar a interação social entre as crianças.

Neste plano, serão abordados métodos práticos que ajudarão a criar um ambiente inclusivo e estimulante, promovendo a valorização da diversidade e o respeito pelas diferenças. Ao final da aula, espera-se que as crianças ampliem suas percepções sensoriais e desenvolvam não apenas habilidades motoras, mas também competências sociais e emocionais.

Tema: Painéis Sensoriais para Deficiência Visual
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 5 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar uma experiência multissensorial que permita que crianças pequenas explorem texturas e formas por meio de painéis sensoriais, promovendo o desenvolvimento da percepção tátil e habilidades sociais.

Objetivos Específicos:

– Estimular a percepção e o reconhecimento de diferentes texturas e materiais.
– Promover a interação social através do compartilhamento de experiências sensoriais.
– Incentivar a autonomia ao explorar os painéis sensoriais e a autoconfiança nas capacidades de cada aluno.
– Fomentar a comunicação entre as crianças, permitindo que compartilhem suas impressões sobre as texturas.

Habilidades BNCC:

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
(EI03EO05) Demonstrar valorização das características de seu corpo e respeitar as características dos outros (crianças e adultos) com os quais convive.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG05) Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses e necessidades em situações diversas.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI03TS01) Utilizar sons produzidos por materiais, objetos e instrumentos musicais durante brincadeiras de faz de conta.

Materiais Necessários:

– Painéis sensoriais com diferentes texturas (tecidos, papéis, objetos diversos)
– Caixa de papelão (para criar um painel)
– Cola, tesoura, fitas adesivas
– Papel e caneta para registros
– Objetos variados (grãos, esponjas, rolhas, plásticos)
– Cadeiras e mesas para o trabalho em grupo

Situações Problema:

– Como podemos diferenciar as texturas apenas com as mãos?
– Quais sensações diferentes as texturas podem nos trazer?
– Como compartilhar com o outro o que descobrimos a respeito das texturas?

Contextualização:

Os painéis sensoriais são ferramentas extremamente úteis para crianças com deficiência visual, pois permitem que elas explorem o ambiente de formas inovadoras. Um painel sensorial pode ser visualizado como um espaço lúdico que estimula diferentes sentidos, principalmente o tato, e é um recurso que ajuda não apenas na descoberta da textura mas também em como as crianças se relacionam com o espaço e com os outros.

Desenvolvimento:

1. Introdução (10 minutos): Inicie a aula conversando com as crianças sobre as texturas. Utilizando um painel sensorial simples, apresente algumas texturas e permita que elas toquem e descrevam o que sentem.
2. Exploração do Painel (20 minutos): Divida as crianças em grupos e ofereça diferentes painéis sensoriais que elas possam explorar. A cada grupo, entregue uma história curta sobre as texturas que estão tocando, incentivando a comunicação e o compartilhamento de experiências.
3. Atividade Criativa (15 minutos): Cada grupo deve criar seu próprio painel sensorial utilizando os materiais disponíveis. Estimule a criatividade e o uso de texturas diversas. Ao final, cada grupo deve apresentar seu painel para os colegas e descrever o que ele representa.
4. Registro e Reflexão (5 minutos): Peça para que as crianças façam um registro (desenho ou colagem) do que mais gostaram de experimentar no painel sensorial.

Atividades sugeridas:

Dia 1: Apresentação dos painéis. As crianças devem explorar diversos materiais e descrever suas experiências.
Objetivo: Ampliar o vocabulário e as habilidades de comunicação.
Sugestão de materiais: Painéis com texturas variadas, cadernos para registrar.
Dia 2: Criação do painel sensorial. Cada grupo deve criar um painel coletivo.
Objetivo: Trabalhar em equipe e a coordenação motora.
Materiais: Caixa de papelão, fitas, materiais diversos.
Dia 3: Apresentação dos painéis. As crianças compartilham sua experiência e explicam as escolhas das texturas.
Objetivo: Desenvolver a expressão oral.
Dia 4: Atividade artística. Desenhar ou colar diferentes texturas em um papel.
Objetivo: Explorar a criatividade e a coordenação motora.
Dia 5: Reflexão final. Cada criança compartilha o que aprendeu.
Objetivo: Estimular a empatia e a habilidade de ouvir os colegas.

Discussão em Grupo:

Realize uma roda de conversa onde as crianças possam compartilhar o que sentiram e aprenderam ao longo da semana. Isso reforçará a importância de respeitar as diferenças e valorizar as experiências dos outros.

Perguntas:

– Quais texturas vocês mais gostaram?
– Como foi a sensação ao tocar cada painel?
– O que você descobriu sobre as texturas que não sabia antes?

Avaliação:

A avaliação será feita observando a participação e o envolvimento das crianças nas atividades, além de verificar se elas conseguem descrever suas experiências e auxiliar na construção do painel sensorial. O professor pode utilizar uma lista de verificação para anotar o progresso de cada criança.

Encerramento:

Finalizar a aula com uma sistematização onde todos os alunos possam dizer uma palavra sobre suas experiências. Isso pode ser feito em forma de uma roda de conversa, permitindo uma reflexão coletiva sobre o aprendizado da semana.

Dicas:

– Adaptar a atividade conforme cada grupo, proporcionando diferentes níveis de complexidade.
– Garantir que todos os materiais sejam seguros para a faixa etária.
– Incentivar o uso de linguagem descritiva ao falar sobre as texturas.

Texto sobre o tema:

Os painéis sensoriais são instrumentos pedagógicos que têm ganhado destaque na educação infantil, especialmente no atendimento a crianças com deficiência visual. Essas ferramentas oferecem uma experiência rica, onde as crianças podem interagir com o ambiente de forma tátil e concreta. A criação de um painel sensorial promove não apenas o desenvolvimento de habilidades motoras e sensoriais, mas também a inclusão e o respeito pela diversidade, fundamentais para a formação de uma sociedade mais justa e igualitária.

Esses painéis podem ser compostos por uma variedade de materiais, que estimulam a curiosidade e a exploração. As crianças que interagem com texturas diferentes, como feltros, papéis, grãos e até objetos do cotidiano, têm a oportunidade de desenvolver uma percepção mais aguçada de seu ambiente, fortalecendo a relação de confiança consigo mesmas. Além disso, a construção e manuseio desses painéis criam momentos de cooperação e diálogo, incentivando interações sociais significativas entre as crianças, ao mesmo tempo que elas compartilham suas impressões e sentimentos sobre as experiências.

A diversidade sensorial é crucial na educação infantil, especialmente em contextos que envolvem deficiência visual. A proposta dos painéis sensoriais vai muito além do simples toque; ela estimula a imaginação e a potencialização das emoções, tornando-se um recurso didático valioso que não apenas enriquece o aprendizado, mas também promove uma apreciação mais profunda do mundo ao nosso redor. Por meio dessa abordagem, as crianças são convidadas a explorar práticas inclusivas que valorizam cada indivíduo em sua singularidade.

Desdobramentos do plano:

Após a implementação dos painéis sensoriais, é fundamental que a prática continue na sala de aula. Sugere-se criar um espaço dedicado à exploração sensorial, onde as crianças possam constantemente interagir com diversos materiais e objetos. A ideia é transformar o aprendizado em uma experiência contínua, que complementa o desenvolvimento individual de cada criança.

Além disso, é possível promover atividades interdisciplinares, integrando aspectos de Matemática e Linguagens, como a construção de histórias sensoriais em que os alunos possam utilizar os painéis como cenários para narrativas criativas. Essa prática não só amplia o repertório verbal das crianças, mas também as incentiva a pensar de forma criativa e colaborativa.

Por último, o diálogo com as famílias deve ser incentivado, permitindo que as experiências sensoriais sejam compartilhadas em casa, enriquecendo o processo de aprendizagem e fortalecendo o vínculo entre escola e família. Os pais podem ser convidados a participar em atividades de criação de novos painéis em casa, transformando o aprendizado em um projeto colaborativo e integrado à vida familiar.

Orientações finais sobre o plano:

Na aplicação deste plano, é importante que o professor esteja atento às reações das crianças e às suas necessidades. A flexibilidade nas abordagens e a adaptação das atividades são essenciais para garantir que todos se sintam incluídos e estimulados em suas capacidades únicas. Uma observação cuidadosa permitirá ao educador ajustar e diversificar as experiências oferecidas, tornando-as mais significativas para cada aluno.

Incentivar a diversidade de experiências e respeitar as particularidades de cada criança são práticas que devem ser incorporadas permanentemente. Ao criar um ambiente acolhedor e seguro, onde todas as crianças podem explorar, criar e comunicar-se, o professor fomenta um aprendizado verdadeiramente inclusivo e transformador.

Por fim, as práticas sensoriais não devem ser tratadas como uma atividade isolada, mas como parte de uma trajetória de aprendizado integrada. Durante a construção dos painéis sensoriais e seu uso, sempre que possível, é importante referenciar e refletir sobre como essas experiências práticas podem conectá-las com competências e habilidades que ultrapassam o campo sensorial, envolvendo outras áreas do conhecimento, como a arte, a ciência e a cultura.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Exploração Táctil: Propor uma atividade onde cada criança deve descrever uma textura sem olhar, estimulando a observação e a comunicação, utilizando materiais como algodão, papel de lixa e tecidos variados.
Objetivo: Desenvolver a percepção sensorial e a comunicação.
Materiais: Objetos táteis, papel e caneta.
Idade: 5 anos.
Método: As crianças tocam os materiais nas mãos, tentando descrever quais são e como se sentem.

2. Caixa dos Sons: Criar uma caixa com objetos que produzem sons diferentes ao serem manuseados, como botões, sinos e grãos.
Objetivo: Desenvolver a audição e a atenção.
Materiais: Caixa, objetos sonoros.
Idade: 5 anos.
Método: Enquanto um grupo toca os objetos, o outro ouve e tenta adivinhar de onde vem o som.

3. Histórias Sensoriais: Criar uma história em grupo onde cada criança deve trazer um objeto de casa que represente uma textura e participar da narrativa.
Objetivo: Fomentar a criatividade e a expressão verbal.
Materiais: Objetos do cotidiano.
Idade: 5 anos.
Método: Cada criança apresenta seu objeto e conta a história ligada à textura que trouxe, criando uma narrativa coletiva.

4. Pintura com Textura: Utilizar diferentes texturas para pintar (esponjas, folhas, papel bolha) e criar um mural sensorial.
Objetivo: Explorar a criatividade e a apreciação estética.
Materiais: Tintas, pincéis, texturas.
Idade: 5 anos.
Método: Cada criança utiliza diferentes texturas para fazer uma pintura colaborativa, que será exposta na sala.

5. Jogo de Comparação: Propor que as crianças comparem e classifiquem diferentes texturas em categorias, como liso, áspero, macio.
Objetivo: Ampliar habilidades de observação e classificação.
Materiais: Variedade de objetos e texturas.
Idade: 5 anos.
Método: Trabalhando em pequenos grupos, as crianças devem analisar e classificar os objetos, discutindo pelo que selecionaram cada textura na classificação.

Este plano de aula sobre painéis sensoriais para crianças pequenas com deficiência visual é uma oportunidade única de estimular o desenvolvimento sensorial e social, promovendo uma prática inclusiva e respeitosa de aprendizado que acomoda e valoriza cada aluno.

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