“Explorando Música: Aula Criativa com Tambores de Brinquedo”
A proposta de aula sobre a utilização do tambor de brinquedo é uma excelente oportunidade para que as crianças explorem os sons e ritmos, estimulando sua criatividade musical e a coordenação motora. A música é uma forma de expressão fundamental para o desenvolvimento das habilidades sociais e emocionais, e a atividade de tocar o tambor permitirá que cada aluno explore sua individualidade e, ao mesmo tempo, aprenda a trabalhar em grupo. Este plano de aula busca criar um ambiente propício ao aprendizado colaborativo, onde as crianças possam não apenas escutar, mas vivenciar a música de maneira prática e envolvente.
A atividade de tocar o tambor de brinquedo também está alinhada às habilidades propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para essa faixa etária, promovendo a percepção sonora, além da exploração e criação com os instrumentos. É uma forma de conectar a música ao cotidiano dos alunos, fazendo com que integrem o conhecimento artístico à sua vida diária.
Tema: Tocar tambor de brinquedo
Duração: 45 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 2º Ano
Faixa Etária: 7 a 10 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar às crianças a oportunidade de explorar e criar sons utilizando tambores de brinquedo, desenvolvendo a percepção musical e a coordenação motora.
Objetivos Específicos:
– Estimular a criatividade através da criação de ritmos.
– Desenvolver a coordenação motora fina ao manusear os tambores.
– Promover a socialização e o trabalho em grupo durante as atividades musicais.
– Explorar diferentes sons e timbres, ampliando o repertório sonoro das crianças.
Habilidades BNCC:
– (EF15AR14) Perceber e explorar os elementos constitutivos da música (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de jogos, brincadeiras, canções e práticas diversas de composição/criação, execução e apreciação musical.
– (EF15AR15) Explorar fontes sonoras diversas, como as existentes no próprio corpo (palmas, voz, percussão corporal), na natureza e em objetos cotidianos, reconhecendo os elementos constitutivos da música e as características de instrumentos musicais variados.
Materiais Necessários:
– Tambores de brinquedo (ou tambores improvisados com materiais recicláveis, como latas e balões).
– Varas ou baquetas para tocar os tambores.
– Aparelho de som ou caixa de som (opcional, para tocar músicas).
– Papel e canetas coloridas para anotações e desenhos.
– Materiais de artesanato (cola, tesoura, fitas) para personalizar os tambores.
Situações Problema:
As crianças podem se deparar com diferentes ritmos e sonoridades durante a aula. A proposta é que cada uma pense em como pode modificar o som do tambor: de que maneiras diferentes toques podem criar ritmos distintos? Também pode ser desafiador para algumas, em um primeiro momento, coordenar a parte motora enquanto se concentra nos sons e nos ritmos.
Contextualização:
A música está presente em todas as culturas do mundo e é uma forma de comunicação universal. Ao tocar o tambor, as crianças poderão não apenas aprender sobre música, mas também sobre a importância dela em diversas tradições e festividades ao redor do planeta. Este momento pode se tornar um aprendizado sobre a diversidade musical.
Desenvolvimento:
Inicie a aula explicando a importância dos tambores na música e como eles são utilizados em várias culturas. Demonstre diferentes formas de tocar o tambor e os diferentes sons que podem ser produzidos. Convide as crianças a imitarem esses sons. Organize os alunos em grupos e faça com que experimentem criar seus próprios ritmos.
1. Introdução (10 min): Faça uma breve conversa com os alunos sobre a música e roles do tambor nas diferentes culturas. Dê exemplos e mostre vídeos curtos se possível.
2. Exploração (15 min): Distribua os tambores e deixe que as crianças experimentem livremente os sons. Encoraje-as a explorar diferentes toques e ritmos e incentive a criação de uma pequena performance em grupo.
3. Criação (15 min): Agora, proponha que cada grupo crie um conjunto de ritmos e sons que podem ser tocados em sequência. Permita que elas utilizem outros materiais para enriquecer a sonoridade.
4. Apresentação (5 min): Ao final, cada grupo apresenta sua criação para os demais colegas, promovendo uma troca enriquecedora de experiências.
Atividades Sugeridas:
1. Banco de Sons: Utilize os tambores improvisados e explore sons diferentes. As crianças podem trabalhar em dupla para criar um “banco de sons”, onde cada uma apresenta um ritmo diferente e as outras têm que tentar replicar.
2. Ritmo da Sombra: Um aluno toca o tambor e os outros têm que imitar o ritmo sem fazer som. O objetivo é trabalhar a coordenação motora e sincronia em grupo.
3. Jogo dos Ritmos: As crianças se sentam em um círculo e se passa o tambor. Quem segura o tambor deve tocar um ritmo que os outros devem imitar. Podem ter um tempo limite para cada aluno, estimulando a rapidez e a criatividade.
4. História com Ritmo: Proponha uma contação de histórias onde a narrativa é acompanhada por sons de tambor. As crianças devem desenvolver a sonorização das partes da história, usando os tambores como inspiração.
5. Criação de Música: Cada grupo escolhe uma música conhecida e cria um arranjo rítmico para o tambor, adaptando a melodia com os sons que aprenderam.
Discussão em Grupo:
Após as apresentações, promova uma discussão em grupo sobre as experiências vivenciadas. Pergunte como foi criar um ritmo em equipe e o que cada um sentiu durante a execução da atividade.
Perguntas:
– O que vocês sentiram ao tocar o tambor?
– Como vocês criaram os ritmos?
– Quais foram os desafios que encontraram?
– Como a música pode nos unir?
Avaliação:
A avaliação será contínua e processual, observando a participação de cada aluno, sua capacidade de trabalhar em grupo, a criatividade na construção dos ritmos e a demonstração de habilidades motoras ao tocar. O feedback pode ser dado tanto em forma de verbalização durante as atividades quanto individualmente após a execução.
Encerramento:
Para encerrar a aula, reúna os alunos e agradeça pela participação de todos, ressaltando a importância da música e das atividades coletivas. Proponha que, em casa, eles explorem outros sons e ritmos que podem ser criados com objetos do cotidiano. Também incentive a conversa sobre o que aprenderam sobre a cultura musical.
Dicas:
– Mantenha um ambiente respeitoso durante as apresentações.
– Proporcione instrumentos variados, como tambores de diferentes tamanhos e formatos, para diversificar a exploração musical.
– Fomente a criatividade das crianças ao sugerir que personalizem seus tambores com desenhos e cores, tornando o aprendizado ainda mais divertido.
Texto sobre o tema:
A música é uma construção cultural que expressa sentimentos, pensamentos e experiências de diversos povos ao longo da história. Assim, quando os alunos tocam um tambor, não estão apenas produzindo som; estão se conectando a uma prática que se estende por diferentes culturas. Os tambores, por exemplo, são instrumentos presentes em rituais, celebrações e expressões artísticas em diversas tradições ao redor do mundo, desde as tribos africanas até maracatus e forrós brasileiros.
Mais do que um mero instrumento, o tambor carrega consigo uma herança cultural rica, simbolizando resistência, luta e identidade. Em muitos contextos, é um meio de comunicação, usado para transmitir mensagens em longas distâncias. Esse aspecto faz do tambor não apenas um objeto físico, mas uma ponte entre comunidades e histórias.
A proposta de tocar o tambor em aulas significa oferecer às crianças a chance de explorar sua própria musicalidade. Incentivando a liberdade criativa, elas aprendem a se expressar não só através da música, mas também em trabalhos colaborativos, desenvolvendo habilidades sociais. A música pode servir como um espaço de união, fazendo com que elas compartilhem ideias, aprendam sobre respeito e acolhimento, características fundamentais para a formação de indivíduos críticos e empáticos.
Desdobramentos do plano:
A proposta de aula sobre tocar tambor de brinquedo pode desdobrar-se em diversas outras atividades complementares que favorecem a aprendizagem continuada. Uma das possibilidades é a inclusão de elementos de arte ao processo, permitindo que os alunos personalizem seus tambores antes de utilizá-los. Essa atividade pode envolver experimentações gráficas onde cada aluno expressa algo sobre si mesmo por meio da arte, fazendo uma associação entre suas criações visuais e as sonoridades que eles geram ao tocar.
Além disso, a utilização da música em diferentes disciplinas pode ser um excelente recurso. Por exemplo, ao trabalhar com matemática, pode-se explorar a contagem e a divisão de ritmos durante as aulas de música, fotografando a dinâmica de diferentes tempos em que tocam. Essa abordagem interdisciplinar prepara o aluno para entender que o aprendizado não ocorre em caixas separadas, mas é um todo interconectado.
Por fim, o encerramento do plano pode se estender para uma apresentação de final de ano, onde as crianças terão a oportunidade de mostrar aos pais e à comunidade o que aprenderam. Com isso, proporciona-se não apenas reconhecimento do trabalho done, mas também a valorização do esforço coletivo e um reafirmar o papel da música como elemento cultural e identidade.
Orientações finais sobre o plano:
É fundamental lembrar que a abordagem musical deve ser sempre inclusiva, respeitando o ritmo de aprendizagem de cada aluno. O professor deve promover um ambiente de acolhimento e livre expressão, fazendo com que todos se sintam à vontade para participar e contribuir. Além disso, adaptar as atividades para incluir alunos com necessidades especiais é essencial para garantir que todos tenham a oportunidade de experimentar e se expressar musicalmente.
O uso de instrumentos simples e acessíveis propõe fácil manuseio, mas é importante que o educador também traga à sala instrumentos mais complexos ao longo do tempo, possibilitando novas experiências e desafios. Isso pode ajudar os alunos a desenvolverem ainda mais sua musicalidade e interesse pela arte, respeitando sempre o nível de desenvolvimento de cada grupo.
Por último, a música deve ser encarada como um espaço de libertação, um momento de diversão e aprendizado onde a criatividade tenha espaço. Fomentar essa visão musical pode impactar positivamente a vida escolar e social das crianças, formando indivíduos não apenas melhores alunos, mas também cidadãos conscientes e criativos, capazes de trabalhar em equipe e respeitar a diversidade cultural.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Ritmo na Natureza: Levar as crianças a um passeio onde elas poderão escutar os ritmos da natureza e tentar replicá-los em seus tambores. Isso individualiza a experiência e promove a observação ampla dos sons ao nosso redor.
2. Teatro Musical: Propor uma montagem de uma pequena peça ou história onde o tambor faz parte da narrativa. As crianças criam personagens que aparecem e desaparecem com ritmos diferentes, desenvolvendo habilidades tanto teatrais quanto musicais.
3. Banda do Futuro: Cada grupo de alunos cria uma apresentação, onde o tambor é o principal instrumento. Eles devem incluir diferentes ritmos e um tema, contando uma história através da música. Essa atividade desenvolve criatividade e trabalho em equipe.
4. Explorando o Corpo: Além de usar os tambores, inclua o corpo como instrumento. A ideia é que os alunos explorem palmas, estalos com os dedos e batidas em seus próprios joelhos, combinando sons com o tambor, desenvolvendo percepção rítmica e musical.
5. Festival de Sons: Organizar um evento escolar onde as crianças possam apresentar suas criações sonoras e seus ritmos, democratizando a experiência musical dentro da comunidade escolar. Isso permite que elas vivenciem um verdadeiro festival de apreciação musical e cultural.
Com essas sugestões lúdicas, as crianças terão a oportunidade de explorar e se divertir ao mesmo tempo em que aprendem sobre a musicalidade e seu impacto em suas vidas.