“Explorando Memórias: Atividades Criativas para Crianças de 4 Anos”
A proposta deste plano de aula é explorar o tema “outras formas de guardar memórias” com educandos da Educação Infantil, especificamente os pequenos de 4 anos. As atividades foram desenvolvidas para incentivar a expressão e comunicação, além de explorarem a relação afetiva que as crianças têm com suas memórias. Este tema é relevante, pois permite que os alunos conectem suas experiências individuais a uma narrativa coletiva, proporcionando um rico espaço de diálogo entre eles e estimulando o desenvolvimento de suas habilidades sociais e emocionais.
A importância de abordar as memórias na infância é inegável, uma vez que este é um período fundamental para a formação da identidade e da autonomia das crianças. Ao guardarem e compartilharem suas memórias, os pequenos têm a oportunidade de conhecer e valorizar suas experiências pessoais enquanto aprendem a respeitar as vivências dos outros. O planejamento aqui apresentado foi elaborado com base nas diretrizes da BNCC, levando em consideração as habilidades específicas que devem ser trabalhadas nessa faixa etária.
Tema: Outras formas de guardar memórias
Duração: 40 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 4 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar às crianças a exploração das memórias e a valorização das experiências vividas em suas famílias e comunidades, utilizando diversas formas de expressão para registrar e compartilhar essas lembranças.
Objetivos Específicos:
– Estimular as crianças a comunicarem suas ideias e sentimentos, relacionadas a memórias pessoais e coletivas.
– Promover a participação e o compartilhamento de histórias entre os colegas, desenvolvendo o senso de cooperação e empatia.
– Incentivar a expressão artística dos alunos por meio de atividades de desenho e colagem, onde poderão representar suas memórias da forma que preferirem.
Habilidades BNCC:
– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras.
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea) e outras formas de expressão.
Materiais Necessários:
– Cartolinas e folhas de papel coloridas.
– Tesoura e cola.
– Lápis de cor, canetinhas e tintas.
– Caixa de recordações (pode ser uma caixa decorada pelos alunos).
– Fotografias trazidas de casa pelas crianças (caso queiram).
– Fitas adesivas e outros materiais de decoração (botões, tecidos, etc.).
Situações Problema:
– Como podemos guardar nossas memórias?
– Que lembranças são mais importantes para nós?
– O que podemos criar para mostrar nossos sentimentos e lembranças?
Contextualização:
As memórias são parte essencial da formação da identidade e do autoconhecimento. Ao compartilhar suas experiências, as crianças aprendem sobre si mesmas e sobre os outros. A proposta de trabalhar com essas memórias durante a aula entra numa dimensão significativa, onde as crianças veem suas histórias como algo valioso não apenas para si, mas para seus colegas. Esse compartilhar de memórias ajuda a criar um ambiente de afeto e entendimento mútuo.
Desenvolvimento:
1. Iniciar a aula com uma roda de conversa, onde cada criança poderá compartilhar uma memória que considere especial. O professor deve incentivar a escuta e a valorização das falas dos colegas.
2. Apresentar a atividade de criação de uma “caixa de memórias”. Explicar que eles poderão decorá-la e usar para guardar objetos ou criações que representam suas lembranças.
3. Distribuir os materiais e orientar as crianças para que, utilizando as cartolinas e as canetinhas, elas desenhem ou escrevam sobre suas memórias.
4. Após a finalização das caixas e dos desenhos, organizar um momento de apresentação, em que cada criança poderá explicar o que criou e qual a memória representada por meio da atividade.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1: Roda de Memórias
Objetivo: Desenvolver a habilidade de comunicação e escuta ativa.
Descrição: Organizar uma roda onde cada criança compartilha uma memória.
Materiais: Nenhum.
Instruções: Incentivar as crianças a descreverem a memória escolhida, mesmo que com o apoio de palavras ou desenhos.
Adaptação: Para crianças que tenham dificuldade em se expressar, o professor pode oferecer suporte verbal ou pedir que desenhem a memória.
– Atividade 2: Caixa de Memórias
Objetivo: Estimular a expressão artística e o uso dos sentidos.
Descrição: Cada criança cria uma caixa para guardar memórias especiais.
Materiais: Caixa, papel, tesoura, cola.
Instruções: As crianças decoram a caixa e, em seguida, podem escolher itens que representem suas lembranças para guardar nela.
Adaptação: Para crianças menores ou que necessitem de apoio, o professor pode pregar um modelo simples ou ajudar a escolher as decorações.
– Atividade 3: Desenho das Memórias
Objetivo: Expressar suas vivências através da arte.
Descrição: Usando papel e lápis de cor, as crianças desenham uma memória que considerem importante.
Materiais: Papéis, lápis de cor, canetinhas.
Instruções: Dar tempo para que cada criança possa desenhar e depois fazer uma apresentação sobre o que representaram.
Adaptação: O professor pode indicar a utilização de figuras para crianças que preferirem não desenhar.
– Atividade 4: Mural das Famílias
Objetivo: Relacionar a memória familiar com as experiências da turma.
Descrição: Criar um mural com fotos e desenhos que representem a família de cada criança.
Materiais: Fitas adesivas, papel, fotos (se disponível).
Instruções: As crianças compartilham as fotos e ajudam a montar o mural.
Adaptação: Estimular crianças que têm dificuldade em se separar de seus objetos, permitindo que se sintam seguras.
– Atividade 5: Contação de Histórias em Dupla
Objetivo: Estimular a empatia e a escuta.
Descrição: Em duplas, as crianças contam uma memória uma para a outra e depois recontam para o grupo.
Materiais: Nenhum.
Instruções: Organizar as duplas e supervisionar, incentivando a troca de histórias.
Adaptação: Se necessário, o professor pode ajudar a formular perguntas para os alunos mais tímidos.
Discussão em Grupo:
Após as atividades, o professor deve abrir um espaço para que as crianças discutam o que aprenderam sobre suas memórias e com as memórias dos colegas. Perguntas que podem guiar a discussão incluem:
– Qual memória foi a mais especial para você?
– Como se sentiu ao compartilhar sua memória?
– O que você aprendeu sobre seu colega ouvindo a história dele?
Perguntas:
– O que são memórias?
– Por que é importante guardar nossas memórias?
– Como podemos representar uma memória sem usar palavras?
– Qual foi a lembrança mais feliz que você compartilhou?
– Você já guardou alguma lembrança de forma especial? Como?
Avaliação:
A avaliação será feita de forma contínua, observando a participação e o envolvimento das crianças nas atividades. Criar uma autoevaluar pode auxiliar na reflexão sobre suas memórias e o que aprenderam com os outros. O professor deve prestar atenção às interações entre os alunos e a maneira como eles se comunicam, mostrando empatia e respeito pelas memórias alheias.
Encerramento:
Para encerrar, o professor pode realizar uma pequena música ou dança que simbolize a alegria de guardar e compartilhar memórias. A ideia é reforçar o valor da amizade e o respeito entre os colegas, além de criar uma nova memória positiva para todos.
Dicas:
– Incentivar sempre o respeito pelas diferenças e pelas experiências diversificadas entre os alunos.
– Usar músicas ou histórias que retratem o tema de memórias e vivências.
– Proporcionar um espaço de escuta, onde cada criança possa se sentir confortável para se expressar.
Texto sobre o tema:
As *memórias* ocupam um lugar especial na formação da *identidade* das crianças. Desde os primeiros anos de vida, somos moldados por essas lembranças que guardamos em nossas *mentes* e corações. Guardar memórias, portanto, não se resume a armazenar momentos; é sobre a construção de uma *narrativa* pessoal que nos define. As memórias são as histórias que contamos e que nos conectam às experiências do dia a dia. Elas são um reflexo do nosso passado, permitindo um entendimento mais profundo sobre quem somos e de onde viemos.
As crianças, ao vivenciarem experiências e interagirem com o mundo ao seu redor, começam a formar suas próprias memórias. Cada risada durante uma brincadeira, cada viagem em família, cada conquista na escola se torna uma trilha em sua história. Introduzir a noção de guardar memórias também ensina a elas a importância de registrar suas vivências, seja por meio de desenhos, fotos ou objetos. Este processo ajuda não apenas na elaboração de sua identidade, mas também na valorização do outro, ao compartilhar suas histórias e ao ouvir as histórias dos colegas.
Além disso, quando trabalhadas em grupo, as memórias criam laços de empatia e respeito. As crianças aprendem que todos têm experiências únicas, que são válidas e importantes. Guardar memórias em conjunto pode fortalecer os laços de amizade e inclusão, revelando a riqueza das diferenças culturais e pessoais que cada um traz para o grupo. Esse valor se reflete em comportamentos como a cooperação e a compreensão, essenciais para a convivência harmoniosa desde os primeiros anos de vida.
Desdobramentos do plano:
As atividades propostas podem servir como ponto de partida para projetos de longa duração sobre a *historinha da turma*. As crianças podem continuar a criar suas caixas de memórias e utilizá-las como parte de um mural de classe, que represente as vivências de todos. Essa atividade pode ser expandida para que envolva os pais, trazendo mais elementos familiares e culturais ao projeto. Cada participação, cada item inserido nesse espaço coletivo, enriquecerá a experiência de cada criança, sempre sob a ótica do respeito mútuo e da valorização do outro.
Além disso, o impacto desse plano de aula pode ser estendido para outras áreas do conhecimento. Por exemplo, ao observar e registrar suas memórias e as dos colegas, as crianças poderão também desenvolver habilidades relacionadas às *narrativas*, passando a contar suas histórias por meio de diferentes linguagens – visuais, sonoras e corporais. Essa prática vai permitir uma formação integral do aluno, que desenvolve suas capacidades artísticas ao mesmo tempo que aprende sobre suas próprias emoções e a dos outros.
Por fim, propostas como visitas a espaços culturais ou encontros intergeracionais, onde crianças e idosos compartilham histórias, podem contribuir também para ampliar as perspectivas sobre o conceito de memória e sua importância. Isso cria um elo entre diferentes gerações, permitindo que as crianças compreendam que suas memórias estão inseridas em um contexto mais amplo, interligando passado, presente e futuro. África e pluralidade cultural, ao mesmo tempo, se tornam parte da construção de sua identidade, tornando o aprendizado rico e significativo.
Orientações finais sobre o plano:
É fundamental que o professor tenha em mente a necessidade de criar um ambiente seguro e acolhedor para que as crianças se sintam à vontade para compartilhar suas memórias. O papel do educador se torna crucial, pois ele deve facilitar interações, estimular as crianças a ouvir umas às outras e respeitar o tempo de cada um. O incentivo à *expressão* e à *comunicação* deve ser contínuo, buscando sempre trazer à tona a valorização de cada memória compartilhada.
A realização das atividades propostas deve ser flexível, permitindo que as crianças se expressem da forma que se sentirem mais confortáveis. A criatividade e a espontaneidade são essenciais nesse processo, portanto, os educadores devem estar preparados para adaptar o planejamento ao que se apresentar durante a execução. Focar na criação de um ambiente onde as crianças possam explorar suas emoções sem medo de julgamentos é a chave para que os resultados sejam positivos e enriquecedores para todos.
Por último, os educadores devem sempre buscar formas de conectar essas memórias às vivências do dia a dia, ampliando assim o significado das atividades. Mostrar que as memórias guardadas nas “caixas” não são somente objetos, mas representações de momentos significativos, fortalecerá a aprendizagem e a reflexão sobre o que é realmente importante na vida: as experiências e os sentimentos que construímos ao longo de nossa jornada.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
– Teatro de Sombras: Ideal para crianças pequenas. As crianças podem criar figuras que representem suas memórias e usar uma caixa de luz para realizar uma apresentação teatral. O objetivo é desenvolver a *expressão* e a *colaboração*. Materiais: cartolinas, lanternas e quadros. A atividade estimula a imaginação.
– Colagem de Memórias: Propor que as crianças façam colagens usando diferentes materiais para representar suas lembranças. Obras podem ser expostas na sala ou em uma mini exibição. O objetivo é promover a expressão artística e o trabalho em grupo.
– Música de Memórias: Trabalhar com músicas que falam sobre experiências. Propor que construam uma canção com a ajuda do professor. Dessa forma, criam algo coletivo ao mesmo tempo que trabalham com ritmos e expressões sonoras.
– Caça ao Tesouro de Memórias: Organizar uma caça ao tesouro em que cada criança deve encontrar “memórias” representadas por itens escondidos pelo espaço da sala ao longo do dia. Essa interação promove habilidades de *cooperação* e *foco*.
– Jogo de Memórias: Criar um jogo de memória personalizado, com imagens que representam lembranças. O objetivo é estimular a *memória visual* e reflexões sobre as vivências, fortalecendo a lembrança de momentos importantes.
Esse conjunto de propostas visa não apenas a preservação das memórias, mas sim a construção de uma cultura de lembranças que enriqueça a vida escolar e a convivência entre os alunos. Cada atividade proposta é adaptável e pensada para que todos, independentes de suas capacidades, possam participar ativamente e com alegria.