“Explorando Lugares de Vivência no Ensino Fundamental 1”

A proposta deste plano de aula é explorar o tema “Lugares de vivência”, focando no desenvolvimento das características observadas dos estudantes em seus ambientes. Nessa fase do Ensino Fundamental 1, onde o aluno possui aproximadamente 6 anos, é fundamental incentivar a observação e o reconhecimento de suas vivências cotidianas. O ensino que se centra nas experiências dos estudantes possibilita não só a interação com o aprendizado, mas também a construção da identidade e do pertencimento.

Trabalhar com o conceito de lugares de vivência é essencial, pois proporciona aos alunos uma oportunidade de pronunciar e escrever sobre o que conhecem, envolvendo-os de maneira lúdica e prática no processo de aprendizado. É também uma maneira de desenvolver habilidades linguísticas e matemáticas, ao mesmo tempo que se torna uma atividade rica em interações sociais e culturais.

Tema: Lugares de vivência
Duração: 120 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 6 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

O objetivo geral é que os alunos explorem e descrevam suas experiências em diferentes lugares de vivência, reconhecendo características que os tornam especiais e únicos. A proposta busca desenvolver habilidades de observação e descrição, favorecendo a expressão oral e escrita.

Objetivos Específicos:

– Estimular a observação de pontos específicos nos lugares onde vivem, como a casa e a escola.
– Promover a interação entre os alunos através de discussões sobre suas experiências.
– Incentivar a escrita e o desenho como formas de representar os lugares de vivência.
– Comparar semelhanças e diferenças entre os lugares descritos pelos alunos.

Habilidades BNCC:

– (EF01GE01) Descrever características observadas de seus lugares de vivência (moradia, escola etc.) e identificar semelhanças e diferenças entre esses lugares.
– (EF01LP01) Reconhecer que textos são lidos e escritos da esquerda para a direita e de cima para baixo da página.
– (EF01LP02) Escrever, espontaneamente ou por ditado, palavras e frases de forma alfabética – usando letras/grafemas que representem fonemas.
– (EF012LP03) Observar escritas convencionais, comparando-as às suas produções escritas, percebendo semelhanças e diferenças.

Materiais Necessários:

– Papel em branco.
– Lápis de cor e giz de cera.
– Cartolina.
– Fichas de observação.
– Câmeras digitais ou smartphones (opcional).
– Recortes de revistas que representem diferentes lugares (opcional).
– Quadro branco e marcadores.

Situações Problema:

– Como a sua casa é diferente da casa do seu amigo?
– O que você mais gosta na sua escola?
– Quais são os lugares que você frequenta na sua comunidade?

Contextualização:

Os alunos serão incentivados a refletir sobre os lugares que habitam e que frequentam. Eles devem identificar e descrever os elementos que tornam esses lugares únicos. Essa reflexão pode incluir aspectos visuais, sonoros e até olfativos dos ambientes observados.

Desenvolvimento:

1. Início da aula (20 minutos): Apresentar o tema “Lugares de vivência”. Perguntar aos alunos se eles sabem o que é um lugar de vivência e se podem citar alguns. Anotar suas respostas no quadro.

2. Discussão em grupo (20 minutos): Organizar os alunos em pequenos grupos e solicitar que conversem sobre suas casas e a escola. Cada grupo deve eleger um representante que compartilhará com a turma as informações discutidas.

3. Atividade de observação (30 minutos): Distribuir fichas de observação e pedir que cada aluno observe e anote características de sua casa e da escola, como a cor das paredes, os móveis ou qualquer outra característica marcante.

4. Atividade artística (30 minutos): Com base nas observações, os alunos devem desenhar uma parte da sua casa e a escola em cartolina. Eles deverão apresentar seus desenhos, descrevendo as características observadas.

5. Apresentação (20 minutos): Cada aluno apresenta seu desenho para a turma. Incentivar a interação e os comentários das outras crianças.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: “Minha Casa em Palavras”
Objetivo: Estimular a escrita.
Descrição: Cada aluno escreverá uma frase sobre a sua casa, utilizando as observações feitas durante a atividade.
Instruções: Orientar os alunos como escrever de forma simples, utilizando letras legíveis e respeitando a separação das palavras.

Atividade 2: “Mistério na Escola”
Objetivo: Incentivar a observação aguda.
Descrição: Os alunos devem procurar um objeto ou elemento específico que queiram descrever, mas que não deve ser revelado para os colegas.
Instruções: Pedir que eles desenhem e escrevam uma descrição, deixando os outros colegas adivinharem o que é.

Atividade 3: “Explorando a Comunidade”
Objetivo: Desenvolver o senso comunitário.
Descrição: Planejar uma visita em grupo a um lugar importante da comunidade, como uma praça ou museu.
Instruções: Após a visita, os alunos devem voltar e trabalhar em pequenos grupos para discutir suas experiências.

Atividade 4: “Cartão Postal dos Meus Lugares”
Objetivo: Criar um produto artístico-final.
Descrição: Os alunos criam cartões postais sobre seus lugares de vivência.
Instruções: Os cartões devem conter desenhos e pequenas descrições dos lugares que representam.

Atividade 5: “Comparando Casas”
Objetivo: Apresentar aprendizagens sobre comparação.
Descrição: Os alunos irão comparar suas casas com a casa de um colega.
Instruções: Após a atividade, será feito um gráfico simples com as semelhanças e diferenças encontradas.

Discussão em Grupo:

Promover uma discussão sobre as diferenças e semelhanças que surgiram ao apresentar as casas e a escola. Questões podem incluir:
– O que todos têm em comum nas suas casas?
– Que coisas são diferentes e por quê?

Perguntas:

– Quais cores você vê na sua casa?
– Que sons você escuta na sua escola?
– O que você gostaria de mudar na sua sala de aula?

Avaliação:

A avaliação será realizada de forma contínua através da observação da participação dos alunos nas atividades, nas discussões e na qualidade dos desenhos e relatos produzidos. Uma avaliação final poderá ser feita com a apresentação dos cartões postais, levando em conta a clareza da descrição, a criatividade e a interação com os colegas.

Encerramento:

No final da aula, é importante fazer um fechamento das atividades realizadas. Agradecer a todos pela participação e reforçar a importância dos lugares de vivência na construção da identidade de cada um. Os alunos poderão compartilhar insights ou curiosidades sobre o que aprenderam.

Dicas:

– Incentive a participação de todos, especialmente aqueles que costumam ser mais tímidos.
– Crie um ambiente onde os alunos sintam-se seguros para expressar seus pensamentos e sentimentos.
– Utilize os recursos visuais como mapas ou imagens de diferentes casas para inspirar a imaginação dos alunos.

Texto sobre o tema:

Os lugares em que vivemos desempenham um papel crucial na formação de nossa identidade. Desde a casa onde moramos até a escola onde aprendemos, cada espaço traz uma série de experiências e memórias que contribuem para o nosso crescimento. Em um mundo diversificado culturalmente, é essencial que as crianças sejam estimuladas a reconhecer e a valorizar os lugares que habitam. Ao descrever suas casas e escolas, os alunos não apenas exercitam o relato criativo, mas também desenvolvem empatia ao entender as diferentes realidades que existem ao seu redor.

Explorar os “Lugares de vivência” não é apenas um exercício de observação, mas um convite a todos para ver a beleza nas suas particularidades. As casas, por exemplo, são muito mais do que paredes; elas são testemunhas de histórias vividas, de alegrias e tristezas, de momentos marcantes que moldam quem somos. Através da troca de experiências entre os colegas, as crianças aprendem que, embora possam ter lugares diferentes, compartilham muitas semelhanças, o que as une como uma comunidade.

Portanto, ao trabalhar a temática dos lugares de vivência, essas discussões e atividades se tornam uma oportunidade valiosa para ensinar sobre diversidade, cultura e pertencimento. O respeito às diferenças deve estar sempre presente, pois isso enriquece o ambiente escolar e contribui para a formação de cidadãos mais conscientes e atuantes em suas comunidades.

Desdobramentos do plano:

As atividades podem ser desdobradas em várias direções dependendo do interesse dos alunos. Uma possibilidade é integrar a temática das profissões que emergem de cada lugar observado. Por exemplo, após discutir sobre as casas e a escola, poderiam ser convidados profissionais da comunidade para falar sobre seus papéis e como seus lugares de trabalho se relacionam com a vivência comunitária. Essa atividade poderia se desdobrar em um projeto onde os alunos, após terem contato com diferentes profissões, possam descrever e criar um mural coletivo.

Outra possibilidade é explorar a geografia local por meio de visitas guiadas a locais históricos ou parques. Isso não apenas reforça as diferentes formas de vivência, mas também trabalha a integração e identificação dos alunos com o espaço urbano que os cerca. Ao realizarem registros visuais e descritivos desses locais, afinizamos a habilidade de observação e descrição.

As aulas de arte podem complementar esse projeto, permitindo que os alunos expressem suas experiências e impressões de forma visual. Criações artísticas que redesenhem suas casas ou escolas podem ser expostas em uma apresentação final, unindo todos os aprendizados em uma grande celebração do que significa “habitar um lugar”.

Orientações finais sobre o plano:

É fundamental que o plano de aula enfatize a importância de um ambiente de aprendizado seguro e acolhedor. O professor deve atuar como mediador nas discussões e nas trocas de experiências, promovendo sempre uma atmosfera de respeito e inclusão. É essencial lembrar que os alunos trazem consigo diversas realidades e que a valorização de cada uma delas contribui significativamente para o aprendizado de todos.

Para garantir que todos os alunos estejam engajados, considera-se a diferenciação nas atividades. Alunos que apresentem dificuldades em escrever podem optar por desenhar e, a partir disso, descrever oralmente suas experiências. Assim, cria-se um espaço em que todos podem participar ativamente e expressar suas vivências de maneira adequada ao seu nível de desenvolvimento.

Por fim, o professor deve estar atento às emoções e reações dos alunos durante todo o processo, pois o foco deve sempre ser na construção de uma consciência crítica e reflexiva sobre os seus “Lugares de vivência”. Isso faz com que a aula não seja apenas mais uma atividade curricular, mas sim um espaço de aprendizado significativo e afetivo.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Sugestão 1: “Onde Eu Moro?”
Objetivo: Fazer um mapa da casa.
Descrição: Cada aluno desenha um mapa da sua casa e inclui representações de todos os cômodos. No final, eles apresentam os mapas à turma.
Material: Papel e lápis/cores.

Sugestão 2: “Brincadeira de Imitação”
Objetivo: Aprender sobre os sons dos lugares.
Descrição: Os alunos devem criar sons que representam lugares (rua, escola). Os amigos devem adivinhar de onde são os sons.
Material: Recursos sonoros simples (palmas, batidas).

Sugestão 3: “Caça ao Tesouro”
Objetivo: Explorar a escola.
Descrição: Organizar uma caça ao tesouro em que as pistas levem a diferentes lugares da escola, e os alunos devem descrever o que encontram em cada lugar.
Material: Papéis com pistas.

Sugestão 4: “Teatro dos Lugares”
Objetivo: Atuar em cenas.
Descrição: Criar pequenas dramatizações de situações que ocorrem em diferentes lugares, como a sala de aula ou a casa.
Material: Fantasias simples e objetos de cena.

Sugestão 5: “Viva a Diversidade!”
Objetivo: Criar um mural de diversidade.
Descrição: Cada aluno deve trazer uma foto ou desenho de um lugar que é significativo para ele. Depois, os alunos montam um mural coletivo na sala de aula.
Material: Cartolina e colas.

Esse plano de aula promove um aprendizado integral e significativo, respeitando as individualidades de cada aluno ao mesmo tempo em que se integra harmoniosamente ao currículo, desenvolvendo as habilidades necessárias para essa fase do desenvolvimento infantil.

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