“Explorando Lendas Folclóricas do Rio Grande do Sul na Educação Infantil”
O presente plano de aula visa explorar a rica cultura brasileira por meio de lendas folclóricas, com especial atenção às lendas do Rio Grande do Sul. Com este objetivo, os educadores poderão proporcionar às crianças da educação infantil um contato direto e divertido com o folclore nacional, desenvolvendo sua criatividade, imaginação e apreciação cultural. Durante uma semana, as atividades lúdicas propostas estimularão a exploração das lendas, incentivando o desenvolvimento de habilidades interativas e a valorização de diferentes modos de vida.
A sequência de atividades abordará lendas distintas, permitindo que os alunos experimentem a narrativa oral, a expressão artística e as interações valorativas entre os colegas. Com isso, espera-se que as crianças desenvolvam habilidades sociais, reconheçam e respeitem a diversidade cultural e, acima de tudo, se envolvam ativamente no processo de aprendizado.
Tema: Lendas Brasileiras Diferentes
Duração: 50 minutos por dia durante uma semana
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 5 e 6 anos
Objetivo Geral:
Promover o contato das crianças com lendas folclóricas brasileiras, especialmente do Rio Grande do Sul, através de atividades lúdicas que estimulem a criação, a cultura e o respeito à diversidade.
Objetivos Específicos:
– Introduzir as crianças ao universo das lendas folclóricas.
– Incentivar a expressão através de diversas formas de arte.
– Fomentar a cooperação e a valorização das diferenças culturais entre as crianças.
– Estimular a habilidade de recontar histórias com base nas lendas apresentadas.
Habilidades BNCC:
– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções.
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita.
– (EI03EF04) Recontar histórias ouvidas e planejar coletivamente roteiros de vídeos e de encenações, definindo os contextos, os personagens, a estrutura da história.
– (EI03EF06) Produzir suas próprias histórias orais e escritas (escrita espontânea).
– (EI03ET01) Estabelecer relações de comparação entre objetos, observando suas propriedades.
Materiais Necessários:
– Livros de lendas brasileiras e do Rio Grande do Sul.
– Materiais de artesanato como papéis coloridos, tintas, pinceis, tesouras e cola.
– Fantoches ou marionetes.
– Áudio de canções tradicionais e instrumentais que remetem ao folclore.
– Espaço aberto para atividades físicas e de dramatização.
Situações Problema:
Como podemos contar uma lenda de forma divertida?
Quais sentimentos e emoções as lendas nos trazem?
O que podemos aprender com as histórias de diferentes culturas?
Contextualização:
As lendas brasileiras são narrativas que fazem parte do nosso patrimônio cultural. Por meio delas, podemos entender melhor o modo de ver e viver das diferentes comunidades e regiões do Brasil. O Rio Grande do Sul, por exemplo, possui lendas que retratam a cultura gaúcha, com suas tradições e peculiaridades. Essas lendas ajudam as crianças a desenvolverem uma identidade cultural, além de ensinar sobre o respeito às tradições dos outros.
Desenvolvimento:
Durante a semana, as atividades seguirão um cronograma que propõe a exploração de uma lenda por dia, utilizando diferentes formas de expressão artística, recriação de personagens e interação entre os alunos.
Atividades sugeridas:
Dia 1 – A Lenda do Negrinho do Pastoreio
Objetivo: Introduzir a lenda e suas principais características.
Descrição: Leia a lenda para as crianças, focando nas emoções do personagem. Depois, incentive as crianças a desenharem o Negrinho e seus animais.
Materiais: Livros, papel, lápis de cor.
Adaptação: Para as crianças que têm dificuldade, podem ser oferecidos moldes para colorir ou imagens para recortar.
Dia 2 – Dramatização da Lenda do Negrinho
Objetivo: Recontar a lenda utilizando dramatizações.
Descrição: Organize as crianças em grupos para recriarem a história através de atuações. Utilize fantoches e figurinos.
Materiais: Fantoches, acessórios, espaço para encenação.
Adaptação: Crianças tímidas podem atuar em papéis menores ou participar da narração.
Dia 3 – A Criatura do Rio
Objetivo: Introduzir a lenda “A Lenda do Boto”.
Descrição: Utilize desenhos para representar o boto e crie uma atividade onde as crianças desenham a história.
Materiais: Papéis coloridos, canetinhas, glitter.
Adaptação: Crianças com dificuldades motoras podem usar carimbos para ajudar na confecção.
Dia 4 – A Música do Folclore
Objetivo: Aprender canções relacionadas às lendas.
Descrição: Apresente canções folclóricas e ensine os passos de uma dança simples, relacionando-as com as lendas.
Materiais: Áudio das canções, espaço para dançar.
Adaptação: Para crianças que não se sentem à vontade para dançar, que elas possam cantar ou tocar instrumentos simples como chocalhos.
Dia 5 – Criação Coletiva de Histórias
Objetivo: Criar novas lendas com base nas que aprenderam.
Descrição: Divida as crianças em pequenos grupos para que elas inventem uma nova lenda e a apresentem aos colegas.
Materiais: Papel, lápis.
Adaptação: Para suporte à escrita, os professores poderão ajudar a registrar as histórias.
Discussão em Grupo:
Proponha uma discussão onde as crianças possam compartilhar o que mais gostaram das lendas apresentadas. Pergunte também como elas se sentiram ao dramatizar e contar as histórias.
Perguntas:
– O que você mais gostou na lenda do Negrinho do Pastoreio?
– Como você acha que o Boto se sente?
– Qual foi a parte mais divertida da encenação?
– Que ensinamentos podemos ter com essas histórias?
Avaliação:
A avaliação será feita de forma contínua, observando a participação e o engajamento das crianças nas atividades, assim como seu interesse nas lendas e a capacidade de trabalhar em grupo.
Encerramento:
Ao final da semana, será realizado um momento de confraternização, onde as crianças poderão apresentar suas histórias inventadas e as danças aprendidas para os pais e a comunidade escolar.
Dicas:
Estimule a curiosidade das crianças com perguntas abertas sobre as lendas e suas tradições. Proporcione um ambiente acolhedor onde elas se sintam à vontade para expressar suas opiniões e sentimentos. Reforce a importância do respeito às diferenças culturais e aproveite para traçar paralelos com suas próprias vivências.
Texto sobre o tema:
A cultura brasileira é riquíssima e repleta de histórias que foram passadas de geração em geração. As lendas folclóricas são um recurso poderoso para introduzir as crianças no universo da narrativa, permitindo-lhes entender e valorizar o que compõe a identidade nacional. Cada região do Brasil tem suas próprias lendas, que são reflexos das tradições e costumes locais. Assim, as lendas não são apenas histórias divertidas, mas também uma forma de ensinar sobre a natureza, as relações sociais e a importância do coletivo.
O Rio Grande do Sul apresenta uma diversidade de narrativas que dialogam com a formação de sua cultura. Historicamente, essas lendas têm como elementos centrais os costumes dos gaúchos, as particularidades do clima e da geografia, e a convivência com a natureza. Por meio das lendas, as crianças podem aprender sobre o respeito à natureza e ao próximo, valores fundamentais para a convivência em sociedade. Portanto, o ensino sobre lendas não deve ser visto apenas como uma atividade lúdica, mas sim como um pilar essencial na formação da identidade e do caráter dos pequenos.
Dessa forma, ao introduzirmos atividades lúdicas relacionadas às lendas, não apenas estamos cultivando o amor pelos contos, mas, principalmente, formando cidadãos mais conscientes e respeitosos com seu próprio patrimônio cultural e, por consequência, com outros. Cada lenda oferece a oportunidade de conectar os alunos a um sentido mais profundo de pertencimento a uma cultura rica e diversificada.
Desdobramentos do plano:
As atividades e discussões promovidas ao longo da semana podem se desdobrar em eventos que envolvam a comunidade escolar. Por exemplo, a realização de uma feira de culturas onde pais e alunos possam apresentar suas tradições e lendas locais. Será também uma excelente oportunidade para reforçar o respeito e a valorização da diversidade cultural. Os alunos podem trazer de casa livros ou objetos que representem suas culturas familiares e compartilhar com os colegas, fortalecendo ainda mais o laço comunitário que estreita a interação entre diferentes culturas.
Essas ativações são oportunidades para o desenvolvimento emocional e social das crianças, permitindo que elas pratiquem a empatia e reconheçam a singularidade de cada um. Os educadores podem aproveitar a espontaneidade das crianças ao trabalharem em grupo, promovendo a empatia e a união ao trabalhar com lendas que talvez sejam desconhecidas ou menos contadas no contexto local.
Outro desdobramento interessante é a criação de um mural no qual os alunos podem fazer registros visuais sobre as lendas que conhecem, utilizando colagens e desenhos. Esse mural pode ser exibido na escola, estimulando outros alunos a aprenderem sobre as histórias e contribuindo para um ambiente mais rico em relatos folclóricos.
Orientações finais sobre o plano:
É essencial que os educadores utilizem linguagens acessíveis e muito expressivas ao introduzirem as lendas. A narração deve ser rica em detalhes, e os contadores de histórias devem respeitar o tempo e a capacidade de atenção das crianças pequenas, permitindo que elas se envolvam profundamente com os personagens e enredos. Além disso, o uso de diferentes linguagens artísticas ao longo da semana ajudará a manter a atenção e interesse dos alunos, oferecendo múltiplas formas de expressão.
Além disso, é importante lembrar que cada criança traz consigo uma linha de experiências e saberes. Ao valorizar a história de cada aluno, o professor não só trabalha o conteúdo apresentado, mas também abre espaço para a construção de um ambiente mais democrático e respeitador. Incentivá-las a se expressar após cada atividade e dar feedback positivo ao final de cada dia contribui muito para a autoconfiança das crianças.
Por fim, ao final da semana, um encerramento ou um rodízio de lendas pode ser uma forma maravilhosa de celebrar o aprendizado coletivo. Um momento de partilha onde os alunos podem contar suas partes favoritas e compartilhar a suas criações. Essa interação ajudará todos a reconhecerem que, mesmo com histórias diferentes, todas têm um valor intrínseco à formação de quem somos.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Pintura Coletiva de Lendas
Objetivo: Compreender a mensagem de uma lenda e transmitir por meio da arte.
Materiais: Tela grande, tintas e pincéis.
Ao final da semana, as crianças podem se reunir para uma pintura coletiva que represente as lendas que aprenderam.
2. Teatro de Fantoches
Objetivo: Usar a dramatização como ferramenta para contar lendas.
Materiais: Fantoches e um cenário simples.
As crianças podem montar seu próprio teatrinho, e os alunos podem recontar a lenda usando os fantoches.
3. Dança das Lendas
Objetivo: Aprender sobre o movimento e a dança folclórica do Rio Grande do Sul.
Materiais: Música folclórica e espaço amplo.
Ensiná-los a dançar, utilizando instrumentos simples como bombos e chocalhos, que representem a cultura gaúcha.
4. Contação de Histórias
Objetivo: Desenvolver a habilidade de escuta e narrativa.
Materiais: Sala aconchegante e livros das lendas.
Criar um momento onde cada aluno pode contar uma lenda que aprendeu, utilizando pelúcias ou objetos referente aos personagens.
5. Criação de um Livro de Lendas
Objetivo: Registrar as lendas através da escrita e ilustração.
Materiais: Cadernos em branco, lápis de cor e adesivos.
As crianças podem criar o seu livro de lendas, onde cada uma ilustra e descreve uma lenda que mais gostou, promovendo a escrita e expressão criativa.
Este plano de aula, rico em diversidade e criatividade, proporciona oportunidades para que as crianças pequenas explorem e se conectem com o folclore brasileiro, respeitando e valorizando as diferenças culturais e contribuindo para a formação de cidadãos mais conscientes e respeitosos.