“Explorando Danças Afrobrasileiras: Identidade e Cultura”

A proposta deste plano de aula é trazer um conhecimento enriquecedor sobre as danças identitárias, com ênfase nas danças afrobrasileiras e outras manifestações culturais. A aula de 50 minutos tem como objetivo principal dialogar sobre a importância da dança como expressão cultural e identidade social, além de promover a valorização das raízes e tradições do povo brasileiro. Durante a aula, os alunos serão incentivados a refletir sobre suas próprias identidades e a diversidade presente em suas comunidades. Este plano contempla atividades práticas, discussões e um texto introdutório que proporcionam um aprendizado dinâmico e engajador.

Tema: Danças Identitárias (Afrobrasileiras e Outras)
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Médio
Sub-etapa: 1º Ano Médio
Faixa Etária: 13 a 16 anos

Objetivo Geral:

Proporcionar aos alunos uma compreensão crítica sobre as danças identitárias, abordando suas origens, significados e impactos sociais, promovendo a valorização das culturas afrobrasileiras e suas intersecções com outras expressões culturais.

Objetivos Específicos:

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– Compreender o conceito de dança como forma de identidade cultural.
– Analisar danças afrobrasileiras, suas origens e suas influências na cultura brasileira.
– Promover a reflexão sobre a diversidade cultural e a inclusão de diferentes vozes e identidades.
– Desenvolver uma proposta de atividade prática onde os alunos possam experimentar e vivenciar danças coletivas.

Habilidades BNCC:

– EM13LGG102: Analisar visões de mundo, conflitos de interesse, preconceitos e ideologias presentes nos discursos veiculados nas diferentes mídias.
– EM13LGG201: Utilizar as diversas linguagens (artísticas e corporais) em diferentes contextos, valorizando-as como fenômeno social, cultural, histórico.
– EM13LGG601: Apropriar-se do patrimônio artístico de diferentes tempos e lugares, compreendendo sua diversidade.
– EM13CHS104: Analisar objetos e vestígios da cultura material e imaterial para identificar conhecimentos e práticas que caracterizam a identidade cultural.

Materiais Necessários:

– Aparelhos de áudio para reprodução de músicas relacionadas às danças afrobrasileiras e outras danças identitárias.
– Vídeos curtos que demonstrem diferentes estilos de dança.
– Espaço amplo para a realização das atividades práticas.
– Materiais de papelaria para anotações e fichamentos.

Situações Problema:

– Como as danças afrobrasileiras podem ajudar na construção da identidade cultural dos jovens?
– Quais são as influências das tradições africanas na cultura brasileira contemporânea?

Contextualização:

A danças e ritmos afrobrasileiros estão profundamente entrelaçados com a história e a cultura do Brasil. Elas surgiram da resistência e da preservação das tradições africanas trazidas pelos escravizados, servindo como ferramenta de expressão e resgate cultural. Neste sentido, entender as danças identitárias vai além da movimentação do corpo; trata-se de uma forma de resistência e uma forma de se conectar com a ancestralidade. A aula se propõe a explorar como a dança é um espaço de celebração e resistência, e como ela se manifesta em diversas sociedades ao redor do mundo, impactando a identidade dos indivíduos e coletivos.

Desenvolvimento:

1. Introdução (10 minutos): Apresentação breve das danças afrobrasileiras, citando algumas como o Samba, Maracatu e Capoeira. Discutir a importância da dança como manifestação cultural e expressões de identidade.
2. Vídeo (10 minutos): Assistir a um curto vídeo que mostra danças afrobrasileiras, seguido de uma reflexão em grupo sobre as percepções e emoções evocadas.
3. Dinâmica de Grupo (20 minutos): Dividir a turma em grupos e convidar cada grupo a escolher uma dança para apresentar. Os grupos devem pesquisar sobre a história, a origem e o significado cultural da dança escolhida e preparar uma breve apresentação (5 minutos) que envolva uma demonstração do estilo de dança.
4. Discussão em Grupo (5 minutos): Reunir todos os grupos para discutir o que aprenderam sobre as danças escolhidas e como elas representam identidades diferentes.

Atividades sugeridas:

– Dia 1: Pesquisa Histórica
– Objetivo: Pesquisa sobre uma dança afrobrasileira específica.
– Descrição: Alunos devem buscar em livros, revistas ou fontes digitais informações sobre a dança, sua origem, práticas e significados.
– Dicas: Estimular o uso de várias fontes e a verificação da credibilidade destas.

– Dia 2: Montagem de Apresentação
– Objetivo: Criar uma apresentação em grupo sobre a dança pesquisada.
– Descrição: Utilizar ferramentas digitais para criar slides que apresentem a evolução da dança ao longo dos anos e sua relevância social.
– Sugestões de Ferramentas: Google Slides ou Canva.

– Dia 3: Ensaio
– Objetivo: Ensaiar a apresentação para a turma.
– Descrição: Cada grupo deve ensaiar a parte em que vai apresentar a dança, incluindo movimentos básicos e, se possível, uma música típica.
– Sugestões de Materiais: Equipamento de som para tocar a música.

– Dia 4: Apresentação
– Objetivo: Apresentar suas pesquisas para a turma.
– Descrição: Cada grupo terá a oportunidade de compartilhar sua dança e o que aprenderam com a pesquisa.
– Feedback: Após cada apresentação, incentivar o feedback construtivo dos colegas.

– Dia 5: Reflexão Final
– Objetivo: Refletir sobre o aprendizado.
– Descrição: Propor um fichamento onde cada aluno deve escrever uma síntese do que aprenderam ao longo da semana sobre danças identitárias.

Discussão em Grupo:

– Quais danças afrobrasileiras vocês conhecem?
– Como as danças refletem a história e a cultura de um povo?
– Qual é a importância da dança na resistência cultural?

Perguntas:

– Como as danças afrobrasileiras promovem a inclusão social?
– De que maneira a dança pode ser um reflexo das lutas identitárias?
– O que vocês acham que a prática de danças afrobrasileiras nos ensina sobre a construção da identidade cultural no Brasil?

Avaliação:

A avaliação será contínua e pode ser feita através da observação da participação dos alunos durante as discussões e atividades práticas, assim como pela apresentação final e pela qualidade do fichamento escrito ao longo da semana. O professor pode criar um critério de avaliação com notas para os grupos, levando em consideração clareza, envolvimento, e profundidade da pesquisa.

Encerramento:

Para encerrar a aula, o professor deve reforçar a importância das danças identitárias e a contribuição que cada uma delas oferece à diversidade cultural do Brasil. Encorajar a turma a continuar explorando suas culturas e a danças de suas próprias comunidades, promovendo sempre o respeito e a valorização das diferenças.

Dicas:

– Utilize vídeos curtos que mostrem danças em contextos culturais específicos para enriquecer as apresentações.
– Proponha um dia de integração onde os alunos possam trazer suas experiências e danças de diferentes culturas.
– Reforce a importância das danças como forma de expressão emocional e comunitária, instigando curiosidade entre os alunos.

Texto sobre o tema:

As danças identitárias são expressões culturais profundamente enraizadas nas tradições e na história de um povo. No Brasil, as danças afrobrasileiras emergem como representações significativas de resistência e afirmação identitária ante os desafios impostos pelo colonialismo e pela escravidão. Cada um desses estilos de dança carrega consigo relatos de ancestralidade e força, traduzindo histórias de luta e superação. O Samba, o Maracatu e a Capoeira, por exemplo, não apenas encantam o público, mas também servem como instrumentos de conscientização sobre as realidades sociais e históricas que moldaram o Brasil.

Além disso, a prática de dançar se revela poderosa para fortalecer laços comunitários e resgatar a autoidentidade. São essas manifestações que possibilitam diálogos entre gerações, permitindo que jovens e adultos compartilhem e revitalizem suas raízes culturais. O importante é reconhecer que as danças são um intercâmbio entre passado e presente, um convite a celebrações coletivas que reafirmam a diversidade e a riqueza cultural do Brasil. A dança, portanto, se torna um portal para a compreensão do que somos, uma linguagem universal que, apesar da variedade de estilos e ritmos, ecoa a busca por liberdade e identidade.

Desdobramentos do plano:

Após a realização dessa aula, é interessante que o professor considere desdobramentos que possam enriquecer ainda mais a experiência dos alunos. Uma possível proposta é a organização de uma mostra cultural, onde os alunos possam apresentar não apenas as danças que aprenderam, mas também outros elementos culturais que as envolvem, como vestimentas e a história por trás de cada movimento. Esse tipo de atividade contribui para que os alunos sintam-se mais à vontade para expressarem-se artisticamente e a interatividade entre as diferentes culturas se torna uma oportunidade de aprendizado e respeito mútuo. É fundamental que essa mostra também inclua a perspectiva de outras danças do mundo, enriquecendo o conteúdo com a valorização das identidades globais.

Outra possibilidade de desdobramento é a criação de uma coreografia, que pode ser desenvolvida ao longo do semestre. Os alunos poderiam trabalhar em grupos para criar novos estilos, inspirando-se nas danças afrobrasileiras e agregando movimentos contemporâneos. Este projeto poderia culminar em um espetáculo a ser apresentado para a escola, envolvendo família e comunidade, o que incentiva não só a expressão artística, mas também o envolvimento comunitário, uma vez que os alunos arquitetariam toda a estrutura do evento.

Por fim, incorporações de tecnologias digitais na pesquisa e apresentação de danças podem ser exploradas, permitindo que alunos utilizem plataformas e aplicativos para criar vídeos, editar apresentações e até mesmo montar um blog ou canal para compartilhar conhecimentos sobre as danças que pesquisaram. Dessa forma, a tecnologia se torna um aliado no processo educativo, proporcionando aos alunos habilidades que são cada vez mais valorizadas no mundo contemporâneo.

Orientações finais sobre o plano:

É essencial que o professor se prepare para conduzir esta aula com sensibilidade e empatia, estimulando um ambiente inclusivo e respeitoso, onde todos os alunos possam se sentir seguros para expressar suas ideias e experiências. A diversidade cultural deve ser sempre o foco da aula, promovendo uma aprendizagem significativa que reconhece e abraça as diferenças. Durante a discussão, é importante não apenas compartilhar informações, mas também ouvir as histórias e experiências trazidas pelos alunos, promovendo um aprendizado mútuo onde cada voz é valorizada.

Incentivar os alunos a refletirem sobre a sua própria identidade e a sua conexão com as danças que estudam é um passo importante para a construção de um entendimento mais amplo sobre quem somos. O diálogo aberto sobre como as danças representam tradições de luta e resistência à opressão pode ajudar a criar uma consciência crítica entre os jovens sobre a importância da preservação cultural e histórica, promovendo ações que respeitem e valorizem a cultura afrobrasileira.

Por fim, fazer uso de recursos audiovisuais e interativos para tornar as aulas mais dinâmicas e engajadoras é uma estratégia poderosa que pode instigar o interesse dos alunos. As danças podem abrir um leque de possibilidades de aprendizado que ensinam tanto sobre a arte como sobre questões sociais e identitárias, formando jovens mais conscientes e respeitosos com a diversidade cultural.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Oficina de Ritmos
– Objetivo: Aprender passos básicos de dança afrobrasileira.
– Material: Música de diferentes estilos de dança afrobrasileira.
– Descrição: Em grupos, os alunos aprendem e ensaiam os passos para uma apresentação.

2. Desafio de Dança
– Objetivo: Criar uma coreografia em grupos.
– Material: Aparelho de som e câmera para gravação.
– Descrição: Os alunos têm 30 minutos para criar uma coreografia e gravá-la. As apresentações podem ser exibidas em um evento escolar.

3. Contação de Histórias através da Dança
– Objetivo: Contar uma história usando a linguagem da dança.
– Material: Espaço amplo e tempo para ensaios.
– Descrição: Grupos contam histórias por meio de danças e movimentos, levando ao entendimento das emoções e significados.

4. Troca de Experiências
– Objetivo: Compartilhar tradições dançantes de diferentes culturas.
– Material: Espaço para apresentações e gravação de vídeos.
– Descrição: Cada aluno pode apresentar ou demonstrar danças que representam sua própria cultura.

5. Festa da Cultura
– Objetivo: Criar um ambiente de celebração das diversas culturas.
– Material: Comida típica, músicas, e vestimentas.
– Descrição: Organizar uma festa na escola onde os alunos trazem comidas típicas de suas culturas, além de danças e vestimentas para compartilhar as tradições de forma lúdica.

Ao final, essas atividades lúdicas permitem que os alunos integrem aprendizado e diversão, promovendo um ambiente propício para o acolhimento da diversidade na escola.