“Explorando a Territorialidade Nazista: História e Reflexões”

Compreender a territorialidade da Alemanha nazista é essencial para entendermos as dinâmicas de poder, ocupação e resistência que marcaram o leste europeu durante a Segunda Guerra Mundial. Neste plano de aula, pretende-se explorar as complexidades por trás da expansão territorial de um regime que buscou não apenas conquistar um espaço físico, mas também afirmar uma ideologia devastadora. A discussão sobre este tema promove uma reflexão crítica sobre as implicações sociais, políticas e culturais das ações do regime, além de convidar os alunos a analisarem as consequências que esses eventos tiveram para as populações da época.

O estudo da territorialidade nazista convida à reflexão sobre a formação de identidades nacionais e a construção de fronteiras, sendo uma questão fundamental para o entendimento da história contemporânea e da geopolítica. Este plano de aula é voltado para alunos do 2º ano do Ensino Médio, buscando uma abordagem que vá além dos fatos históricos para encorajar uma crítica ativa e a iniciação ao pensamento historiográfico.

Tema: Territorialidade da Alemanha nazista
Duração: 40 minutos
Etapa: Ensino Médio
Sub-etapa: 2º ano do Ensino Médio
Faixa Etária: 18 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a habilidade dos alunos em analisar criticamente os processos de territorialidade da Alemanha nazista e suas consequências sociais, culturais e políticas, promovendo uma compreensão mais ampla da história e suas repercussões nos dias atuais.

Objetivos Específicos:

a) Objetivos de conhecimento:
– Identificar os principais eventos históricos que caracterizaram a expansão territorial nazista.
– Compreender as consequências sociais e políticas da ocupação de outros países pela Alemanha.
– Analisar as ideologias que sustentaram a territorialidade nazista.

b) Objetivos de habilidades:
– Desenvolver a capacidade de pesquisa e análise crítica de fontes históricas.
– Criar conexões entre os eventos históricos e suas repercussões contemporâneas.

c) Objetivos de atitudes:
– Valorizar o respeito à diversidade cultural e étnica.
– Promover a reflexão ética sobre as ações do passado e suas lições para o presente.

Habilidades BNCC:

(EM13CHS101) Identificar, analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas linguagens, com vistas à compreensão de ideias filosóficas e de processos e eventos históricos, geográficos, políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais.
(EM13CHS102) Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas, políticas, econômicas, sociais, ambientais e culturais de matrizes conceituais, avaliando criticamente seu significado histórico e comparando-as a narrativas que contemplem outros agentes e discursos.
(EM13CHS104) Analisar objetos e vestígios da cultura material e imaterial de modo a identificar conhecimentos, valores, crenças e práticas que caracterizam a identidade e a diversidade cultural de diferentes sociedades inseridas no tempo e no espaço.

Materiais Necessários:

– Documentário ou trechos de filmes sobre a Segunda Guerra Mundial.
– Mapas da Europa no período da Segunda Guerra.
– Textos históricos e acadêmicos sobre a Alemanha nazista.
– Quadro branco e marcadores.
– Computer e projetor para exibição de slides.
– Materiais de papelaria (canetas, folhas, etc.) para atividades.

Situações Problema:

– Como a Alemanha nazista justificou sua expansão territorial?
– Quais foram as consequências diretas e indiretas da territorialidade nazista para os países ocupados?
– De que maneira a ideologia nazista influenciou a forma como a territorialidade foi imposta?

Contextualização:

A territorialidade da Alemanha nazista foi concebida com base na ideologia da supremacia racial e do “Lebensraum” (espaço vital). Este conceito defendia que o povo alemão precisava de mais espaço para prosperar, resultando na ocupação de países vizinhos e na implementação de políticas agressivas de limpeza étnica. A análise crítica desse período é crucial para entender não apenas os eventos da era, mas também para avaliar sua influência nas relações contemporâneas entre nações.

Desenvolvimento:

1. Preparação Inicial (5 minutos):
– Iniciar a aula apresentando uma pergunta central: “Quais foram os efeitos da territorialidade da Alemanha nazista sobre a Europa?”. Promover um momento de troca de ideias, onde os alunos compartilham seus conhecimentos prévios.

2. Apresentação (10 minutos):
– Utilizar um mapa da Europa para ilustrar as mudanças territoriais e apresentar um breve resumo dos eventos mais significativos que ocorreram entre 1939 e 1945, destacando a invasão da Polônia, a estratégia Blitzkrieg, e a ocupação de outros países.

3. Desenvolvimento (20 minutos):
– Dividir a turma em grupos e distribuir textos diferentes sobre temas como: “O Lebensraum”, “A política de ocupação”, “A resistência nos países ocupados” e “As consequências da territorialidade nazista”. Após a leitura, cada grupo deve resumir os principais pontos e apresentar para a turma.

4. Recapitulação (5 minutos):
– Finalizar o assunto levantando questões sobre o que os alunos aprenderam, estimulando reflexões sobre como as ações do regime ainda impactam a sociedade contemporânea.

Atividades sugeridas:

1. Atividade de Investigação Histórica
Objetivo: Identificar e classificar as diferentes formas de resistência nos países ocupados.
Descrição: Os alunos deverão pesquisar em diferentes fontes (livros, documentários, sites confiáveis) e elaborar um painel no qual apresentem as formas de resistência (armadas, civis, culturais) e seus impactos.
Material: Acesso à internet, papel, canetas.
Adaptação: Alunos com dificuldades podem ser orientados a focar em um país específico, enquanto alunos com maior habilidade poderão investigar múltiplos casos.

2. Debate
Objetivo: Compreender as implicações éticas das ações da Alemanha nazista.
Descrição: Dividir a turma em dois grupos: um que defenderá a posição da Alemanha nazista justificando suas ações baseado na ideologia do Lebensraum e outro grupo que condenará essa ideologia e suas consequências.
Material: Nenhum específico, apenas anotações pessoais.
Adaptação: Os alunos podem escrever suas opiniões antes do debate para garantir que possam se expressar com clareza.

3. Elaboração de Cartazes
Objetivo: Resumir informações sobre os países ocupados.
Descrição: Provê-los agrupamentos e demandar que elaborem cartazes informativos sobre um país específico que foi ocupado pela Alemanha, abordando questões como contexto histórico, reações da população e consequências pós-guerra.
Material: Papel, canetas, imagens impressas.
Adaptação: Alunos com dificuldades podem apresentar suas informações oralmente ao invés de na forma escrita.

Discussão em Grupo:

– Que características da territorialidade nazista ainda são visíveis na Europa contemporânea?
– Como as ideologias de supremacia e expansão territorial impactaram as relações internacionais atuais?

Perguntas:

1. Quais foram os princípios que justificaram a expansão territorial da Alemanha nazista?
2. Como os países ocupados reagiram à opressão nazista?
3. Que lições podemos aprender com as ações da Alemanha nazista em relação ao respeito à diversidade cultural e étnica?

Avaliação:

A avaliação ocorrerá por meio da participação nas discussões, do envolvimento nas atividades em grupo e da produção dos textos e painéis, onde a clareza e a profundidade da análise são fundamentais. Será oferecida também uma atividade para a elaboração de um pequeno texto reflexivo sobre o impacto da territorialidade nazista nas sociedades contemporâneas.

Encerramento:

Propor uma reflexão final sobre a importância de lembrar os erros do passado e como isso se relaciona com a nossa responsabilidade atual como cidadãos. Encorajar os alunos a compartilharem suas impressões e a analizarem suas próprias percepções sobre diversidade e respeito no contexto atual.

Dicas:

– Incentivar a utilização de fontes variadas para apresentar diferentes perspectivas.
– Fomentar uma atmosfera de respeito para discussão, onde todas as vozes são ouvidas e valorizadas.
– Criar um ambiente em que os alunos se sintam confortáveis para expressar suas opiniões, mesmo que discordem das ideias dos colegas.

Texto sobre o tema:

O conceito de Lebensraum, ou “espaço vital”, foi central na ideologia nazista e serviu de justificativa para a expansão territorial da Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. De acordo com essa ideologia, o povo alemão necessitava de mais terras para sobreviver e se desenvolver, o que levou o regime a invadir e ocupar nações vizinhas, resultando em um dos períodos mais sombrios da história. A ocupação militar não apenas trouxe destruição e sofrimento, mas também uma série de mudanças sociais, políticas e culturais significativas, que ainda ressoam nas sociedades europeias contemporâneas.

As consequências da territorialidade nazista não se limitaram ao fim da guerra. O impacto sobre as populações ocupadas é visível até hoje em debates sobre identidade cultural e nacional. Durante o período da ocupação, práticas de desumanização e violência sistemática foram empregadas para consolidar o controle nazista. Esses métodos não apenas afetaram as populações locais, mas também moldaram a dinâmica de poder na região e contribuíram para as divisões que persistem até os dias atuais.

O estudo desse tema é de suma importância para que possamos desenvolver uma consciência crítica a respeito do racismo e xenofobia. A história da Alemanha nazista nos ensina que a busca por território e a luta pela manutenção da “pureza racial” têm consequências devastadoras que geram melhorias na reflexão sobre os desafios contemporâneos de convivência multicultural. Portanto, é essencial refletirmos sobre a importância de um diálogo respeitoso e da construção de uma sociedade mais inclusiva e justa para todos.

Desdobramentos do plano:

Esse plano de aula pode ser expandido com a inclusão de materiais audiovisuais, como documentários e filmes, que ilustram as experiências dos países ocupados e a vida sob o regime nazista. Além disso, pode ser interessante estabelecer conexões com temas contemporâneos, discutindo a ascensão de movimentos nacionalistas e xenófobos em várias partes do mundo. Os alunos poderiam ainda se envolver em projetos de pesquisa que relacionem a história com a atualidade, investigando como a memória seletiva e o revisionismo histórico podem impactar a percepção pública sobre eventos históricos.

De modo geral, os desdobramentos deste plano visam aprofundar a compreensão do papel que a territorialidade teve na formação das identidades nacionais e na construção de políticas contemporâneas, incentivando os alunos a se posicionarem criticamente em relação a discursos de ódio e intolerância. Empoderá-los a agir de forma construtiva e crítica em suas comunidades é essencial para promover a paz e a justiça social em um mundo em constante mudança.

Orientações finais sobre o plano:

Ao executar este plano de aula, o professor deve estar atento às diversas reações e interpretações que os alunos poderão ter em relação a este tema delicado. É fundamental criar um ambiente seguro e aberto para discussão, onde todos os alunos se sintam encorajados a compartilhar suas opiniões e experiências. As intervenções do professor devem ser feitas de forma a direcionar o debate para a compreensão histórica, evitando o moralismo ou a simplificação dos temas discutidos.

Além disso, a utilização de diversas fontes de informação deve ser incentivada para enriquecer as discussões. Os alunos devem ser orientados a questionar as informações que recebem e a pensar criticamente sobre a validade das fontes utilizadas. O papel do professor é fundamental para guiar essa pesquisa e para ajudar os alunos a desenvolverem um entendimento sofisticado sobre a história e suas implicações no presente.

Por fim, reforçar a importância de recordar o passado não é apenas uma questão de estudar a história, mas um convite à construção de um futuro mais respeitoso e empático entre as pessoas de diferentes culturas. Promover a empatia, a escuta e o diálogo são ações que devem ser cultivadas constantemente dentro e fora da sala de aula, ajudando a formar cidadãos críticos e conscientes de seu papel na sociedade.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Jogo de Memória Histórico: Criar um jogo de memória com cartões que representam figuras importantes, eventos e momentos-chave da territorialidade da Alemanha nazista. O objetivo é que os alunos não apenas encontrem pares, mas também aprendam e discutam os acontecimentos relacionados. Para alunos mais novos, limitar o número de pares de cartas; para os alunos do 2º ano do ensino médio, podem ser acrescentadas informações ou desafios para cada par encontrado.

2. Role-Playing de Conferência de Paz: Dividir a classe em grupos representando as principais potências aliadas e seus interesses após a Segunda Guerra. Cada grupo deve apresentar argumentos no contexto de uma conferência de paz onde o futuro da Europa e das fronteiras é discutido. Esta atividade exige pesquisa, argumentação e compreensão das complexidades sociais e políticas.

3. Criação de um Mapa Interativo: Usar plataformas digitais como Google Earth para que os alunos criem um mapa interativo que mostre as mudanças territoriais da Europa durante a Segunda Guerra Mundial. Isso pode incluir a marcação de fronteiras antes e depois da ocupação, além de breves descrições dos impactos nos países afetados. Essa atividade pode ser adaptada para ser feita em grupos, permitindo o trabalho colaborativo.

4. Teatro Histórico: Encorajar os alunos a escreverem e encenarem pequenas peças que representem diálogos entre figuras importantes daquele período, como líderes aliados e nazistas. Isso aprofundará o entendimento dos conflitos e das ideologias envolvidas, tornando o aprendizado mais dinâmico e memorável. Para facilitar, fornecer roteiros com um limite de palavras para grupos menores.

5. Exposição de Artes: Propor que os alunos criem obras de arte (desenhos, pôsteres, colagens) que reflitam as consequências da territorialidade da Alemanha nazista em diferentes comunidades. A exposição pode ser apresentada para o restante da escola ou comunidade, promovendo reflexões sobre diversidade e inclusão.


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