“Explorando a Percepção: Atividades Lúdicas para Crianças de 3 Anos”

Neste plano de aula, abordaremos o tema percepção com um enfoque voltado para a identificação do mundo ao redor, adequando atividades específicas à faixa etária de três anos no contexto da Educação Infantil. É fundamental que crianças pequenas tenham experiências que estimulem seus sentidos e suas interações com o ambiente, favorecendo uma compreensão mais ampla das realidades que as cercam. Nesse sentido, nosso objetivo é fomentar a exploração e a valorização das características do corpo e do espaço por meio de atividades lúdicas e criativas.

A percepção se torna a chave para que essas crianças ampliem suas relações e expressem suas emoções, levando-as a reconhecer a diversidade ao seu redor. As práticas propostas almejam cultivar um ambiente de respeito e empatia, além de proporcionar a oportunidade de desenvolver habilidades motoras e cognitivas enquanto brincam e interagem com os colegas e o ambiente.

Tema: Percepção
Duração: 40 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 3 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Fazer com que as crianças pequenas explorem sua percepção sobre os elementos do mundo ao seu redor, utilizando seus sentidos como ferramentas principais de aprendizado e interação.

Objetivos Específicos:

1. Desenvolver a habilidade de observar e identificar características de objetos e pessoas no ambiente.
2. Promover a expressão de sentimentos, emoções e desejos, permitindo que as crianças se comuniquem de forma efetiva.
3. Estimular a cooperação e o respeito entre as crianças durante as atividades em grupo.

Habilidades BNCC:

– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro e música.
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.
– (EI03ET01) Estabelecer relações de comparação entre objetos, observando suas propriedades.

Materiais Necessários:

– Folhas de papel em branco.
– Lápis de cor e giz de cera.
– Objetos do cotidiano (frutas, brinquedos, utensílios).
– Música suave para criar uma atmosfera de relaxamento.
– Máquinas fotográficas (ou celulares) para registrar momentos.

Situações Problema:

Como as crianças percebem e se relacionam com os objetos e pessoas ao seu redor? Quais sentimentos e emoções surgem ao explorá-los?

Contextualização:

Apresente uma roda de conversa com as crianças, onde será possível falar sobre as diferentes coisas que existem em seu ambiente e convidá-las a compartilhar o que elas mais gostam ou sentem curiosidade. O foco é criar um espaço seguro onde as crianças possam se expressar livremente.

Desenvolvimento:

Inicie a atividade com uma breve apresentação sobre percepção, explicando que se refere a como percebemos as coisas à nossa volta. Pergunte às crianças sobre o que elas veem, ouvem e sentem. Use elementos do ambiente para estimular a descrição.

1. Exploração Sensorial: Após a conversa, proponha uma atividade onde as crianças toquem, vejam e cheirem diferentes objetos disponíveis. Incentive-as a descreverem o que sentem e notam a respeito deles.
2. Criação de Desenhos: Depois da exploração, ofereça papel e materiais de desenho, pedindo para que desenhem o que observaram, destacando cores e formas.
3. Dança das Emoções: Coloque uma música suave e convide as crianças a se moverem conforme suas emoções – se estão felizes, tristes ou curiosos. Isso ajuda a fortalecer a ligação entre seus sentimentos e expressões corporais.
4. Roda de Reflexão: Finalize com uma roda onde cada criança pode compartilhar o que desenhou e como se sentiu durante as atividades, promovendo a escuta e a empatia entre elas.

Atividades Sugeridas:

Dia 1 – Exploração dos Sentidos: Realizar uma atividade de reconhecimento de objetos utilizando o tato e olfato. Entregue diferentes objetos para as crianças tocarem e cheirarem e converse sobre as sensações.
Dia 2 – Colagem Sensorial: Usar texturas para realizar uma colagem. As crianças devem colar diferentes materiais (feltro, algodão, papel lixa, borracha) em suas folhas. O objetivo é incentivar a percepção tátil.
Dia 3 – Jogos de Memória: Organizar jogos utilizando pares de objetos ou figuras, favorecendo a observação e a memória.
Dia 4 – Teatro de Sombras: Criar figuras de papel para explorar a luz e a sombra, levando as crianças a perceberem essas mudanças e seu efeito visual.
Dia 5 – Exposição Artística: Realizar uma “exposição” com os trabalhos feitos durante a semana, dando às crianças a oportunidade de apresentarem e explicarem suas criações.

Discussão em Grupo:

Após cada atividade, reserve um tempo para que as crianças compartilhem suas percepções e pensamentos sobre o que realizaram. Essa troca é fundamental para o desenvolvimento da comunicação e da empatia.

Perguntas:

– O que você sentiu ao tocar ou cheirar esse objeto?
– Pode me contar como foi desenhar o que você percebeu?
– Como você se sentiu ao dançar e mover seu corpo?

Avaliação:

Observe a participação e o envolvimento das crianças nas atividades propostas. Avalie sua habilidade de expressar sentimentos e percepções e busque identificar se houve desenvolvimento nas interações sociais.

Encerramento:

Finalizar a aula com uma breve reflexão sobre a experiência completa. Pergunte às crianças o que mais gostaram e o que aprenderam. Convide-as a pensar sobre como nossa percepção muda com a prática e a convivência.

Dicas:

– Esteja atento às reações das crianças durante as atividades para ajustar a proposta conforme necessário.
– Busque sempre criar um ambiente que estimule a expressão livre e respeitosa.
– Estimule a curiosidade das crianças, levando-as a explorar mais além do que foi apresentado.

Texto sobre o tema:

A percepção é um conceito intrinsecamente ligado à forma como interagimos com o mundo. Na infância, esse aspecto se revela ainda mais importante, pois é nesse período que estamos em constante aprendizado sobre nosso corpo e o ambiente ao redor. As crianças, ao explorarem diferentes texturas, sons e cores, desenvolvem suas habilidades sensoriais e motoras, o que as capacita a entender melhor a complexidade de sua realidade. Essa curiosidade básica é fundamental para a construção do conhecimento.

Ao promover situações que favoreçam o uso da percepção, estamos contribuindo significativamente para o desenvolvimento da empatia e da comunicação. Através de brincadeiras e interações, as crianças são levadas a reconhecer e respeitar a diversidade dos sentimentos e das vivências dos outros. Isso não só aprimora a habilidade de dialogar, mas também fortalece laços sociais que serão cruciais ao longo da vida.

Integrar o tema da percepção às atividades em sala de aula enriquece o ambiente educacional, transformando-o em um espaço de aprendizado ativo. Crianças que são incentivadas a perceber e expressar suas emoções estão mais aptas a construir relações saudáveis, demonstrar autoconfiança e manifestar suas ideias de forma clara. Portanto, ao explorarmos a percepção, estamos cimentando as bases para um desenvolvimento global e harmonioso dos pequenos.

Desdobramentos do plano:

Os resultados das atividades propostas podem ser ampliados para incentivar projetos interdisciplinares. Uma ideia seria criar um projeto de sensibilização, onde as crianças participem de visitas a diferentes ambientes, como parques e museus, sempre acompanhados de adultos que possam estimular a discussão sobre o que elas percebem. Dessa forma, cada experiência fora da sala pode se tornar uma lição valiosa, agregando conhecimento prático.

Além disso, a integração de outras disciplinas como a artes, a geografia ou a ciência pode ser promovida por meio da percepção. As crianças podem, por exemplo, explorar a arte em suas diferentes formas, reconhecendo como elas se comunicam visualmente e quais emoções são despertadas nelas. Isso não apenas fecha o ciclo de aprendizado que começou na sala de aula, mas também aprofunda a compreensão sobre a diversidade cultural e artística que permeia nosso cotidiano.

Por fim, ao trabalhar com a percepção, é essencial a inclusão de famílias e comunidade, estimulando um diálogo mais amplo sobre a importância da interação e do respeito às diferentes vivências. Realizar momentos onde os familiares podem participar das atividades e interagir com as crianças oferece um espaço de compreensão e conexão mais profundo, onde a percepção é fortalecida e alentadora para todos.

Orientações finais sobre o plano:

Ao concluir o plano, é importante sublinhar que a percepção é uma habilidade que, quando trabalhada de maneira lúdica e integrativa, pode render frutos significativos no desenvolvimento das crianças. O objetivo é sempre criar um ambiente seguro onde todos se sintam confortáveis para explorar e expressar suas vivências de forma autêntica. Manter uma postura flexível e observadora é fundamental, permitindo ajustamentos e adequações que façam sentido para os pequenos.

Não podemos esquecer que a educação infantil é a fase em que vivemos uma diversidade de aprendizagens, então é importante que este plano de aula se articule não apenas com a percepção em si, mas com o aprendizado global que as crianças devem vivenciar. A abordagem deve sempre ser multidimensional, proporcionando assim um amplo espectro de experiências que ajudarão na formação da identidade e das habilidades sociais das crianças.

Finalmente, engajar as crianças de maneira tangível e prática é essencial. Itens e atividades que possam ser manuseados, explorados e discutidos ajudam a tornar o aprendizado mais relevante e significativo. As crianças pequenas aprenden melhor quando podem fazer parte do processo ativo de descoberta do mundo que as cerca, e essa é a essência de um ensino verdadeiramente eficaz.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça aos Sentidos: Organize um jogo onde as crianças devem encontrar objetos que tenham diferentes texturas e cores em um espaço delimitado. O objetivo é que elas possam descrever o que encontraram utilizando seus sentidos de forma lúdica.
2. Música e Movimento: Coloque diferentes tipos de músicas e peça que as crianças dancem de acordo com a sensação que a música transmite. Ao final, pergunte sobre o que sentiram e por quê.
3. Teatro de Fantoches: Crie uma peça curta onde as crianças possam expressar suas emoções através de fantoches. As crianças podem criar seus próprios personagens e apresentar para os colegas, fomentando a criatividade e a escuta.
4. Cesta de Sensações: Monte uma cesta com itens de diferentes texturas (macio, rugoso, frio, quente) e proponha que as crianças toquem e descrevam suas impressões sobre cada objeto. Essa atividade enriquece a percepção tátil.
5. Histórias e Sons: Leia uma história enquanto introduz sons que combinem com a narrativa (como sons de animais ou de natureza). Pergunte às crianças como os sons se relacionam com a história e o que elas perceberam, fazendo uma ponte entre percepção auditiva e narrativa.

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