“Explorando a Dança: Criatividade e Musicalidade no Ensino”
A dança é uma das expressões artísticas mais antigas da humanidade e possui uma incrível capacidade de conectar pessoas através de movimentos corporais. Este plano de aula tem como objetivo explorar o corpo dos alunos como uma fonte sonora por meio da dança, utilizando palmas, voz e percussão corporal. Através dessa atividade, os estudantes poderão não apenas se divertir, mas também desenvolver habilidades rítmicas e de coordenação. A dança também promove a compreensão do espaço e a expressividade, essenciais no desenvolvimento das crianças.
Estimular a exploração do corpo como instrumento musical ajuda os alunos a perceberem a musicalidade presente em seu próprio ser. As atividades propostas favorecem o autoconhecimento e a autoconfiança, ao mesmo tempo em que promovem a integração entre os alunos. A abordagem prática e lúdica garantirá um envolvimento efetivo dos alunos, tornando o aprendizado mais prazeroso e significativo.
Tema: Dança e Percussão Corporal
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 2º Ano
Faixa Etária: 7-8 anos
Objetivo Geral:
Reconhecer e explorar o próprio corpo como instrumento musical através da dança, utilizando palmas, voz e percussão corporal.
Objetivos Específicos:
– Desenvolver a consciência corporal por meio da exploração de diferentes movimentos dançados.
– Criar e reproduzir ritmos utilizando as palmas e sons corporais.
– Integrar a dança e a música, conectando sentimentos e expressões.
Habilidades BNCC:
– (EF15AR08) Explorar e apreciar formas distintas de manifestações da dança presentes em diferentes contextos, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório corporal.
– (EF15AR09) Estabelecer relações entre as partes do corpo e destas com o todo corporal na construção do movimento dançado.
– (EF15AR15) Explorar fontes sonoras diversas, como as existentes no próprio corpo (palmas, voz, percussão corporal).
Materiais Necessários:
– Um espaço amplo e livre de obstáculos.
– Recursos audiovisuais (caixa de som ou celular com música).
– Materiais para anotações (papel e lápis).
Situações Problema:
– Como podemos utilizar o nosso corpo para criar sons e ritmos?
– De que formas a dança pode transmitir emoções?
Contextualização:
A dança é uma forma de expressão que vem sendo utilizada ao longo da história por diversas culturas. Cada grupo possui seus ritmos e movimentos únicos, refletindo suas tradições e costumes. Neste plano de aula, vamos explorar essas possibilidades com foco na descoberta das sonoridades do próprio corpo, além da locomoção e expressividade que a dança proporciona.
Desenvolvimento:
O desenvolvimento da aula será pautado em três etapas principais: aquecimento, prática de percussão corporal e finalização com criação da dança integrada.
1. Aquecimento (10 minutos)
– Inicie a aula com uma breve conversa sobre a importância da dança e do corpo como instrumento. Pergunte aos alunos sobre suas experiências prévias com dança.
– Realize exercícios de aquecimento que estimulem a mobilidade do corpo, como alongamentos, flexões de braços e pernas e rotações das articulações. Utilize música animada para motivar os alunos.
2. Percussão Corporal (20 minutos)
– Explique o conceito de percussão corporal, onde sons podem ser produzidos usando as palmas, os pés e outras partes do corpo.
– Demonstre diferentes sons: palmas batendo, estalos dos dedos, batidas no peito, nas pernas e no chão. Incentive os alunos a experimentar e reproduzir os sons.
– Forme grupos pequenos, pedindo que cada grupo crie uma sequência de ritmos utilizando percussão corporal. Este momento deve ser rico em criatividade e liberdade.
3. Criação da Dança Integrada (20 minutos)
– Os alunos devem unir os ritmos criados com os movimentos de dança. Libere a imaginação deles e encoraje movimentos que representem os sons que produzem.
– Proponha a formação de um grupo onde cada um apresente a sua criação. Envolva todos na apresentação e celebre as ideias de cada grupo.
Atividades sugeridas:
– Dia 1: Conversa e pesquisa sobre danças do mundo. Discussão sobre como as danças podem variar de acordo com a cultura. Os alunos podem pesquisar em casa e trazer exemplos para a aula.
– Dia 2: Prática de percussão corporal. Os alunos devem trazer diferentes materiais de casa que façam sons, como garrafas vazias ou potes, e usar esses materiais em conjunto com a percussão corporal.
– Dia 3: Criação de uma coreografia em grupos. Primeiro, cada grupo deve elaborar uma mini apresentação, depois as apresentações podem ser gravadas pelo professor.
– Dia 4: Aula de dança em conjunto. O espaço deve ser preparado para uma grande roda de dança, onde cada aluno pode expressar suas habilidades em movimento.
– Dia 5: Reflexão e discussão sobre a experiência da semana. Cada aluno deve compartilhar suas descobertas e como se sentiram ao dançar e criar.
Discussão em Grupo:
– O que vocês sentiram ao usar o corpo para fazer música?
– Como a dança pode ajudar a expressar sentimentos?
– Existe uma dança específica que vocês gostariam de aprender ou apresentar?
Perguntas:
– O que vocês acham que é mais importante em uma apresentação de dança: a precisão dos movimentos ou a expressão dos sentimentos?
– Quais partes do corpo conseguimos usar para gerar sons?
– Que emoções vocês sentiram ao dançar e tocar percussão corporal?
Avaliação:
A avaliação será contínua, observando a participação dos alunos nas atividades, seu envolvimento em grupo e a capacidade de criar e expressar-se ao longo da aula.
Encerramento:
Finalize a aula com uma reflexão conjunta sobre as experiências do dia. Agradeça a participação de todos e incentive-os a continuar explorando as sonoridades do corpo e as danças em sua vida cotidiana.
Dicas:
– Utilize músicas variadas para manter a energia durante as atividades.
– Esteja atento às necessidades de cada aluno e adapte as atividades para garantir que todos possam participar confortavelmente.
– Considere integrar elementos visuais, como danças em vídeos, para inspirar os alunos.
Texto sobre o tema:
A dança, como forma de arte, é uma linguagem universal que transcende as barreiras culturais, permitindo a expressão dos sentimentos humanos através do corpo. Desde os tempos antigos, a dança tem sido utilizada em cerimônias, celebrações e, até mesmo, como forma de comunicação. No contexto contemporâneo, as danças evoluíram e se diversificaram, incorporando práticas de diferentes culturas, estilos e sonoridades. É importante perceber que cada movimento e cada gesto têm um significado, e essa compreensão pode enriquecer ainda mais a experiência do dançar.
A percussão corporal, por sua vez, é uma forma de expressão que utiliza o corpo como instrumento musical. Essa técnica promove um aprendizado lúdico e prazeroso, onde os alunos não apenas se divertem, mas também desenvolvem seu domínio corporal e rítmico. Ao criar sons utilizando partes do corpo, as crianças compreendem melhor a musicalidade do movimento e a relação entre ritmo e dança. A prática da música e da dança também contribui para o desenvolvimento social, já que estimula a capacidade de trabalhar em grupo e a empatia.
Incorporar o corpo na música, seja com batidas, palmas ou movimentos fluidos, favorece um espaço de autodescoberta que pode ser muito enriquecedor para as crianças. A aula de dança e percussão corporal, portanto, não apenas tem um aspecto técnico, mas também um aspecto emocional e social que contribui significativamente para o desenvolvimento integral dos alunos.
Desdobramentos do plano:
As atividades propostas podem ser estendidas para além da sala de aula. Os alunos podem ser incentivados a formar grupos de dança e realizar apresentações em eventos escolares ou comunitários. Este engajamento promove a autoestima e incentiva o trabalho em equipe. Além disso, a interação com outras classes ou séries pode enriquecer a experiência, criando momentos de troca cultural e aprendizado mútuo.
Suspeitas de que a dança seja uma forma de inclusão social também podem ser exploradas. O professor pode levar os alunos a refletirem sobre como a dança pode ajudar a unir pessoas de diferentes origens e experiências. As danças folclóricas, por exemplo, podem ser introduzidas, permitindo que os alunos aprendam e pratiquem movimentos tradicionais, valorizando a cultura brasileira e de outros povos.
Por fim, a inserção de elementos teóricos pode ser feita de forma leve, com conversas sobre a história da dança e seus estilos presentes no mundo. Expor os alunos à diversidade da dança pode inspirá-los a explorar ainda mais suas habilidades e desbloquear a criatividade.
Orientações finais sobre o plano:
Ao implementar este plano, é fundamental garantir que o ambiente de aprendizagem seja seguro e acolhedor. Os alunos devem sentir-se à vontade para se expressar e experimentar sem o medo de julgamentos. O professor, como mediador, deve promover uma atmosfera de respeito e encorajamento, possibilitando que cada criança encontre sua própria forma de expressão.
É essencial que as atividades sejam adaptáveis, respeitando o ritmo e as necessidades de cada aluno. Algumas crianças podem ser mais tímidas ou inseguras em relação ao corpo, e cabe ao educador garantir que todos participem de maneira confortável e agradável. O fortalecimento da autoconfiança deve ser um dos focos principais durante as atividades.
O uso de tecnologias, como gravadores ou vídeos, também pode ser uma excelente maneira de documentar o progresso dos alunos. As gravações podem até mesmo ser utilizadas para uma análise crítica das performances, permitindo que as crianças identifiquem suas próprias evoluções e experimentem um aprendizado mais profundo. Assim, a dança se transforma em uma prática educativa rica e multifacetada, capaz de instigar a curiosidade, a amizade e o respeito entre as crianças.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. “Dança por Emoção”: Cada aluno deve escolher uma emoção (feliz, triste, bravo, etc.) e criar uma dança que represente essa emoção. Depois, a turma tentará adivinhar a emoção que está sendo representada. Materiais: um espaço livre para movimentação e músicas que puxem a emoção escolhida.
2. “Sonoridades do Corpo”: Divida a turma em grupos e dê a eles a tarefa de criar uma composição musical apenas com sons corporais. Cada grupo deve desenvolver um ritmo e uma melodia usando palmas, batidas no peito e pés batendo no chão. Materiais: espaço livre e músicas para inspirar a formação de grupos.
3. “Desafio da Dança”: Crie um jogo onde um aluno dança ao som de uma música e os outros devem imitar seus movimentos. Assim, todos exercitam a percepção do corpo e a coordenação. Materiais: músicas variadas.
4. “Caminhando e Dançando”: Proponha uma caminhada onde cada aluno é desafiado a criar um novo movimento a cada 10 passos. Isso promove a criatividade e a conexão com o espaço ao redor. Materiais: espaço para caminhar.
5. “Contando Histórias Dançadas”: Os alunos devem criar uma pequena apresentação onde a dança narra uma história simples (ex.: O Coelho e a Tartaruga). Isso ajuda na compreensão da narrativa e da expressão corporal. Materiais: adereços simples que representem os personagens.
Com essas atividades, os alunos poderão se divertir, aprender e descobrir o mundo da dança de uma maneira única e significativa, desenvolvendo habilidades que vão muito além da sala de aula.