“Explorando a Arte: Sons e Visuais no Ensino Fundamental”

A elaboração deste plano de aula é uma oportunidade poderosa para promover a intersecção entre as disciplinas de Sons e Artes Visuais. O objetivo é explorar a relação entre elementos sonoros e visuais, permitindo que os alunos desenvolvam uma compreensão crítica e criativa sobre como esses dois campos podem se influenciar e dialogar entre si. Ao longo da aula, os alunos terão a chance de se expressar e experimentar a criatividade através de atividades práticas.

Tema: Sons e Artes Visuais
Duração: 45 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 8º Ano
Faixa Etária: 13 e 14 anos

Objetivo Geral:

Levar os alunos a compreenderem a relação entre sons e artes visuais, desenvolvendo a capacidade de percebem como diferentes formas de expressão artística se combinam e se potencializam mutuamente.

Objetivos Específicos:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

– Promover a análise dos elementos sonoros e visuais em diferentes obras de arte.
– Estimular a criatividade dos alunos através da produção artística que combine sons e visuais.
– Desenvolver a habilidade de trabalhar em grupo para criar uma obra colaborativa.

Habilidades BNCC:

– (EF69AR01) Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em diferentes contextos e matrizes estéticas.
– (EF69AR03) Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às linguagens sonoras.
– (EF69AR05) Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, etc.).
– (EF69AR06) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas de modo individual, coletivo e colaborativo.

Materiais Necessários:

– Aparelho de som ou computador com caixas de som.
– Obras de arte que integrem sons e visuais (vídeos ou instalação sonora).
– Material de desenho, como folhas de papel, lápis, pincéis, tintas e outros recursos artísticos.
– Gravador de áudio ou aplicativos de smartphone para captura de sons.

Situações Problema:

Como podemos mesclar elementos sonoros e visuais para criar uma obra de arte que dialogue emocional e esteticamente?

Contextualização:

Historicamente, as artes visuais e sonoras sempre dialogaram. Pinturas, esculturas e instalações podem evocar sons, enquanto a música e o som podem criar imagens mentais e visuais de intensa expressividade. Esta relação é rica e pode levar à criação de obras que transcendem as fronteiras de cada tipo de arte.

Desenvolvimento:

A aula será dividida em três momentos principais:
1. Introdução ao Tema (15 minutos): O professor apresentará diferentes obras que misturam sons e artes visuais, incentivando uma discussão sobre as emoções e significados que emergem dessa combinação.
2. Atividade Prática (25 minutos): Os alunos serão divididos em grupos, onde cada grupo escolherá uma trilha sonora (música, ruído urbano, sons da natureza) para refletir em uma produção artística (desenho, pintura ou colagem) que represente essa sonoridade.
3. Apresentação e Reflexão (5 minutos): Cada grupo apresentará seu trabalho, explicando como a escolha sonora influenciou sua produção visual. O professor poderá facilitar uma discussão sobre o impacto das obras criadas.

Atividades sugeridas:

1. Exploração Sonora
Objetivo: Compreender a diversidade de sons presentes no cotidiano.
Descrição: Os alunos saem da sala para registrar sons em um ambiente, utilizando gravadores ou smartphones.
Instruções: Pedir para que capturem os sons que mais chamarem atenção e tragam para a sala.
Materiais: Gravadores ou aplicativos de gravação, smartphones.
Adaptação: Para alunos com dificuldades auditivas, sugerir que registrem visões que para elas correlacionam-se com sons.

2. Análise de Obras
Objetivo: Analisar como diferentes artistas integram sons e visuais.
Descrição: Show em classe uma obra de arte multimídia, como um vídeo ou instalação.
Instruções: Discutir coletivamente o impacto da obra, como os sons e imagens colaboram para a mensagem.
Materiais: Vídeos ou imagens de instalações.
Adaptação: Utilizar legendas ou descrições visuais para alunos com necessidades especiais.

3. Criação Coletiva
Objetivo: Produzir uma obra que reflete sonoridades escolhidas.
Descrição: Grupos criam obras visuais inspiradas em uma seleção de sons ou músicas.
Instruções: Orientar sobre a conexão entre som e imagem, propondo essa reflexão na prática.
Materiais: Papel, tintas, canetas.
Adaptação: Criar mini-grupos para facilitar a cooperação e o suporte mútuo.

4. Exposição e Feedback
Objetivo: Apresentar obras para a turma e receber feedback.
Descrição: Cada grupo apresenta e ainda pode tocar a trilha sonora enquanto explica.
Instruções: Cada grupo deve mencionar o que o som representa e como se mostrou na arte criada.
Materiais: Obras criadas, equipamento de áudio.
Adaptação: Criar uma folha de perguntas para que colegas possam escrever feedback construtivo.

5. Reflexão Final
Objetivo: Avaliar o que foi aprendido sobre sons e visuais.
Descrição: Debate em sala sobre a experiência de criação.
Instruções: Pedir que os alunos compartilhem um insight que tiveram sobre a atividade.
Materiais: Papel e caneta para os alunos registrarem suas reflexões.
Adaptação: Para alunos que precisam de mais tempo para expressar suas ideias, permitir uso de gravador.

Discussão em Grupo:

– Como diferentes sons vieram a influenciar sua escolha artística?
– O que você aprendeu sobre a relação entre sons e formas visuais?
– Quais foram os principais desafios que enfrentaram ao criar a obra coletiva?

Perguntas:

– De que forma a sonoridade pode alterar a percepção de uma obra de arte visual?
– Você já tinha pensado na relação entre música e artes visuais antes?
– Como diferentes culturas utilizam sons e visuais de formas distintas em suas expressões artísticas?

Avaliação:

– A avaliação da atividade será baseada em critérios como a participação no grupo, a colaboração na criação da obra, a capacidade de conectar os sons com os visuais e a apresentação final.

Encerramento:

Concluir a aula reforçando a importância da tríade: som, imagem e emoção na arte. Incentivar os alunos a continuarem explorando essa relação fora da sala de aula e a trazer novas ideias nas próximas aulas.

Dicas:

– Propor um “dia do artista” onde cada aluno traga um som que represente uma emoção e crie com base nesse áudio.
– Incentivar o uso de aplicativos de criação de música para integrar com a parte visual no futuro.
– Explorar temas de festas ou datas comemorativas que possam entrar na criação coletiva.

Texto sobre o tema:

O diálogo entre sons e artes visuais é um campo fascinante e multidisciplinar. O som, em suas mais variadas formas – desde as melodias suaves da música clássica, passando pelos batuques vibrantes das tradições africanas, até os sons urbanos do cotidiano – pode evocar uma gama ampla de emoções e criando sensações que interagem com o ato de ver a arte visual. Um exemplo claro disso são as instalações multimídia que combinam projeções visuais com trilhas sonoras envolventes, transportando o público a uma experiência sensorial rica e imersiva. A arte contemporânea é um campo fértil para a exploração de como romper as barreiras tradicionais de forma e som, promovendo um espaço onde a criatividade pode florescer em novas direções.

As interações que ocorrem quando combinamos essas formas de arte são intensamente poderosas. O artista, ao incorporar sons a uma obra visual, não apenas enriquece a experiência estética, mas também gera oportunidades para diálogos significativos sobre as mensagens que desejam comunicar. Através de exposições que desafiam as noções convencionais, o público é convidado a refletir sobre o que sente e pensa, explorando exatamente como som e imagem moldam a compreensão individual. Isso permite uma análise crítica não apenas do conteúdo da obra, mas também da sociedade e da cultura em que está inserida.

Por fim, ao orientar gerações futuras a reconhecerem essas ligações, estamos promovendo um ambiente artístico mais inclusivo e diverso. O entendimento de que as experiências sensoriais são interligadas ajuda não só na apreciação da arte, mas também na formação de cidadãos mais criativos e críticos, capazes de desenvolverem ações artísticas e sociais que respeitem e valorizem a pluralidade cultural. Portanto, a relação entre sons e artes visuais é essencial para a evolução do pensamento artístico e para a formação de indivíduos mais completos.

Desdobramentos do plano:

Esse plano de aula pode ser desdobrado de diversas maneiras, expandindo a abordagem de sons e artes visuais para outras dimensões culturais. Uma possibilidade é integrá-lo à História ao discutir a evolução da arte sonora e suas influências ao longo do tempo, permitindo uma análise crítica sobre como os movimentos artísticos históricos impactaram a forma como percebemos a arte atual. Outra direção é incorporá-lo às Ciências, explorando a acústica e como diferentes materiais podem alterar a percepção do som e suas propriedades. Os alunos podem realizar experimentos que integram produção artística com ciência, como construir instrumentos musicais usando materiais recicláveis, demonstrando a interatividade entre arte, ciência e responsabilidade ambiental.

Além disso, o plano de aula pode ser estendido para envolver a turma em convites a artistas locais que trabalham com instalações sonoras e visuais, incentivando um verdadeiro diálogo e colaboração, e ampliando as perspectivas dos alunos sobre sua identidade cultural e os diversos meios de expressão artística. Dessa maneira, o plano não apenas cumpriria os objetivos estabelecidos, mas também promoveria um envolvimento prático e ativo com a comunidade, criando laços entre a escola e as realidades artísticas presentes na cidade.

Por último, uma oportunidade de aprofundamento é implementar oficinas que combinem a criação artística com tecnologia. Por exemplo, o uso de softwares de design gráfico e edição de som poderia acessar novos territórios artísticos, estabelecendo uma ponte entre as tradições manuais da arte e as expressões digitais contemporâneas. Ao final, o que se busca é expandir o repertório cultural e a percepção artística dos alunos, incentivando-os a explorar, questionar e deixar a criatividade fluir em todas as dimensões da vida.

Orientações finais sobre o plano:

Neste plano, é fundamental que o professor promova um ambiente seguro e receptivo, onde os alunos se sintam à vontade para expressar suas ideias e criatividade. O uso de feedback construtivo deve ser enfatizado, permitindo que todos os alunos aprendam uns com os outros e desenvolvam confiança em suas habilidades artísticas. Além disso, o professor deve ficar atento às diferentes formas de aprendizado e expressão dos alunos, buscando adaptar atividades para garantir que todos possam participar plenamente. Algumas adaptações podem incluir o fornecimento de suporte extra para alunos que possam ter dificuldades em se expressar verbalmente, permitindo que usem outros meios de comunicação, como demonstração prática ou escrita.

Encaminhar os alunos para que documentem seus processos criativos em cadernos ou diários artísticos pode ser uma abordagem útil. Isso os ajuda a desenvolver habilidades de reflexão crítica, além de promover uma prática contínua de registro e apreciação da arte. Ao final da semana, pode ser interessante organizar uma exposição das obras criadas, seguida de uma apresentação, onde não só os alunos apresentam seus trabalhos, mas também compartilham a jornada de criação, o que pode inspirar ainda mais momentos de aprendizado de todos.

Por fim, é essencial que o professor esteja aberto a novas ideias e abordagens apresentadas pelos alunos, permitindo que eles se tornem co-criadores na dinâmica da aula e no processo de aprendizagem, possibilitando um aprendizado mais significativo e participativo. Dessa forma, a sala de aula se torna um espaço de descoberta mútua, diálogo e inovação.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça aos Sons:
Objetivo: Desenvolver a percepção auditiva dos alunos.
Descrição: Criar uma caça ao tesouro sonora onde os alunos precisam encontrar e gravar diferentes sons na escola ou em um ambiente ao ar livre.
Materiais: Bebedoras ou smartphones para gravação.
Como Conduzir: Organizar grupos e oferecer pontos de parada com dicas que levem à captura de sons variados.

2. Desenho Sonoro:
Objetivo: Conectar sons a elementos visuais.
Descrição: Ouvir uma trilha sonora e incentivar os alunos a desenharem o que a música evoca em suas mentes.
Materiais: Papel, lápis e canetas coloridas.
Como Conduzir: Diferenciar trilhas sonoras – clássica, rock, música do mundo – e observar como as expressões artísticas diferem.

3. Teatro de Som:
Objetivo: Explorar a narrativa e expressividade do som.
Descrição: Criar pequenas peças em que os alunos utilizam sons para contar uma história sem palavras, apenas com objetos que gerem sons.
Materiais: Objetos diversos que façam barulhos (frutas, utensílios de cozinha).
Como Conduzir: Orientar os alunos a pensar em histórias que podem contar apenas com sons, sem diálogos.

4. Oficina de Improvisação Auriculada:
Objetivo: Estimular a criatividade na criação de sons.
Descrição: Usar instrumentos de percussão ou objetos para que os alunos criem uma composição sonora juntos.
Materiais: Instrumentos simples, como tambores, chocalhos, etc.
Como Conduzir: Organizar sessões em que os alunos explorem harmonias e ritmos, gravando para ouvir em conjunto.

5. Exposição de Arte Sonora:
Objetivo: Apresentar criações de forma interativa.
Descrição: Organizar uma exposição onde as obras criadas em grupo são dispostas, cada uma acompanhada por uma trilha sonora que os alunos escolheram.
Materiais: Painéis, espaço para montagem das obras e sistema de som.
Como Conduzir: Preparar um ambiente de exposição e convidar outros alunos e famílias a visitarem, enquanto os criadores explicam o processo de criação.

Este plano de aula não apenas proporcionará uma profunda compreensão e apreciação das artes e da sonoridade, mas igualmente instigará a criatividade e o espírito colaborativo entre os alunos, preparando o


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