“Explorando a Arte Indígena e Africana no 3º Ano do Ensino Fundamental”
Este plano de aula é uma rica oportunidade para os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental explorarem as expressões artísticas das culturas indígenas e africanas. Ao abordar a arte indígena e a arte africana, as crianças não apenas aprenderão sobre variadas formas de expressão artística, mas também sobre a diversidade cultural e as diferentes formas como essas culturas se manifestam em suas comunidades. A arte é um reflexo das experiências, valores e histórias de um povo, e, por meio desta aula, os alunos poderão adquirir uma compreensão mais profunda e empática sobre as tradições e contribuições desses grupos étnicos à sociedade.
As atividades propostas têm o objetivo de promover a interação e o aprendizado colaborativo, além de estimular a criatividade dos alunos. Com isso, a aula busca não apenas transmitir conhecimento, mas também incentivar a valorização das culturas indígenas e africanas, promovendo o respeito e a diversidade. Os educadores, ao seguir este plano, terão um recurso didático que promove um ambiente inclusivo e rico em aprendizado.
Tema: Arte Indígena e Arte Africana
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 3º Ano
Faixa Etária: 6 a 9 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar aos alunos uma compreensão sobre a importância da arte indígena e africana, explorando suas formas de expressão, significados e o papel que desempenham nas respectivas culturas.
Objetivos Específicos:
Fomentar o reconhecimento da diversidade cultural, estimular a criatividade através da produção artística e promover a apreciação e o respeito pelas culturas indígenas e africanas.
Habilidades BNCC:
(EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.
(EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não convencionais.
(EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.
Materiais Necessários:
Papel sulfite, tintas guache, pincéis, lápis de cor, giz de cera, tesouras, colas, material reciclável (como garrafas, caixas de papelão), imagens impressas de obras de arte indígena e africana, músicas e danças afro-brasileiras.
Situações Problema:
1. O que torna a arte indígena e africana únicas e significativas?
2. Como podemos usar a arte para expressar nossas próprias histórias e experiências?
3. De que maneira a arte pode nos ensinar sobre diferentes culturas e tradições?
Contextualização:
Iniciar a aula apresentando aos alunos imagens de obras de arte indígenas e africanas, destacando suas cores, formas e materiais. Conversar com os alunos sobre suas percepções e sentimentos ao observar as artes apresentadas. Introduzir conceitos básicos sobre a história dessas culturas e a importância da arte como meio de expressão e comunicação.
Desenvolvimento:
1. Apresentação das Obras (10 minutos)
Utilizar um projetor ou cartazes para mostrar diferentes obras de arte indígena e africana. Perguntar aos alunos o que eles veem e como essas obras fazem eles se sentirem. Incentivar a discussão sobre as cores, formas e possíveis significados.
2. Exploração Criativa (20 minutos)
– Dividir a turma em pequenos grupos e fornecer materiais de artesanato. Cada grupo deve escolher um estilo de arte indígena ou africana para pesquisar e recriar.
– Os alunos podem criar máscaras, pinturas em papel, ou arte com materiais recicláveis, inspirados nas obras étudiadas.
– Estimular a colaboração entre os alunos e discutir as ideias que movem suas criações.
3. Apresentação das Criações (15 minutos)
– Pedir que cada grupo apresente sua obra aos colegas, explicando a inspiração e o significado por trás dela.
– Incentivar os alunos a descrever como se sentiram ao trabalhar em grupo e o que aprenderam com a arte que recriaram.
4. Encerramento com Música e Dança (5 minutos)
– Finalizar a aula com uma música ou dança afro-brasileira, que os alunos possam acompanhar. Essa atividade irá conectar ainda mais a experiência de aprender sobre arte à vivência cultural.
Atividades sugeridas:
Dia 1: Introdução à arte indígena
Objetivo: Compreender os elementos da arte indígena.
Descrição: Mostrar imagens de arte indígena e discutir suas características.
Instruções: Apresentar imagens no projetor e fazer perguntas aos alunos. Sugestões de materiais: impressões de obras de arte.
Dia 2: Criação artística – Arte Indígena
Objetivo: Produzir uma obra de arte inspirada na arte indígena.
Descrição: Os alunos criam suas próprias peças de arte inspiradas nas imagens vistas.
Instruções: Fornecer papel, tintas, pincéis. Adaptar a atividade para alunos com necessidades especiais, oferecendo materiais como tinta com texturas.
Dia 3: Introdução à arte africana
Objetivo: Explorar a arte africana.
Descrição: Mostrar obras de arte africanas e suas histórias.
Instruções: Utilizar o projetor e fazer perguntas para estimular a discussão.
Dia 4: Criação artística – Arte Africana
Objetivo: Produzir uma obra de arte inspirada na arte africana.
Descrição: Os alunos fazem sua interpretação da arte africana.
Instruções: Prover materiais que estimulem a criatividade e permitir que os alunos explorem diferentes técnicas.
Dia 5: Exposição e Dança
Objetivo: Expor as obras e conectar a arte à cultura.
Descrição: Os alunos organizam uma pequena exposição e apresentam suas obras.
Instruções: Durante a exposição, tocar músicas africanas e permitir que os alunos participem de uma dança.
Discussão em Grupo:
1. O que aprendemos sobre as culturas indígenas e africanas por meio de suas artes?
2. Como a arte pode nos ajudar a entender melhor outras culturas?
3. Que sentimentos as artes nos provocaram?
Perguntas:
1. Quais cores predominam nas obras de arte indígenas?
2. De onde você acha que as histórias contadas por essas artes vêm?
3. Como você se sente ao criar sua própria arte inspirada nessas culturas?
Avaliação:
A avaliação será contínua e se dará através da observação da participação dos alunos nas discussões, na colaboração durante a criação artística e na capacidade de expressar suas ideias e sentimentos sobre a arte e a cultura estudada.
Encerramento:
Conduzir uma reflexão final sobre o que aprenderam durante a aula e a importância de respeitar e valorizar as diferenças culturais. Encorajar os alunos a continuarem explorando e aprendendo sobre as diversas culturas do mundo.
Dicas:
1. Envolver a família: Propor que os alunos conversem com seus familiares sobre a arte e cultura de suas raízes.
2. Promover visitas: Se possível, realizar uma visita a um museu ou centro cultural que aborde a arte indígena e africana.
3. Criação de livro de arte: Sugerir que os alunos criem um pequeno livro da arte indígena e africana para ampliar o legado cultural na sala de aula.
Texto sobre o tema:
A arte indígena e africana representa complexas e diversas expressões culturais que refletem as vivências, tradições e histórias de suas respectivas sociedades. Em suas formas, cores e técnicas, estas artes narram as histórias de seus povos, oferecendo uma janela para compreender não só a estética, mas também a cosmovisão e os valores que isso representa. A arte indígena pode incluir pinturas corporais, cerâmicas, e tecelagem, cada uma delas carregando um significado profundo que muitas vezes está relacionado à natureza e ao espiritualismo da conexão do homem com o seu entorno.
A arte africana, por sua vez, se manifesta em diversos segmentos, que vão de esculturas a danças, envolvendo um forte componente comunitário. A musicalidade é uma parte fundamental dessas práticas, engajando a comunidade em celebrações que exaltam a resistência, a memória e a identidade cultural. Por meio da arte, os grupos africanos e indígenas reivindicam a sua história e identidade em um mundo que frequentemente busca homogeneizar experiências. Essas expressões artísticas não servem apenas como entretenimento, mas como um veículo vital de preservação cultural e resistência.
Entender e valorizar a arte indígena e africana é fundamental para apreciar a riqueza e a diversidade cultural que existem ao nosso redor. Isso também nos ensina sobre a importância do diálogo entre culturas, promovendo um aprendizado que vai além da sala de aula. À medida que somos apresentados a essas diversas expressões artísticas, somos desafiados a refletir sobre nossos próprios pré-conceitos e a desenvolver um olhar mais empático e respeitoso pelas culturas que nos rodeiam. É essencial que as novas gerações reconheçam e celebrem a diversidade cultural, entendendo que essa diversidade é o que enriquece a sociedade como um todo.
Desdobramentos do plano:
A aula sobre arte indígena e africana pode ser desdobrada em múltiplas direções, enriquecendo o aprendizado dos alunos. Um desdobramento interessante seria a realização de um projeto comunitário que envolvesse a participação de grupos locais que se dedicam à preservação das culturas indígenas e africanas. Isso não apenas traria especialistas para partilhar conhecimentos, mas também permitiria que os alunos vissem a aplicabilidade do que aprenderam em um contexto real. Exemplos disso podem incluir oficinas de arte, cuja produção é voltada para a comunidade, ou até mesmo eventos que celebrem as culturas afro-brasileiras e indígenas.
Outro desdobramento importante é a continuidade da exploração artística. Os alunos podem ser incentivados a criar um portfólio de artes visuais que inclua diferentes estilos inspirados nos aprendizados. Esse portfólio pode incluir pinturas, esculturas feitas com materiais recicláveis e mesmo criações digitais que misturam arte e tecnologia. Incentivar a documentação do processo criativo ajudaria na construção da autonomia percebida nas atividades artísticas, além de prosseguir o aprofundamento em estilos ou termos que eles desejam explorar.
Infelizmente, a arte indígena e africana não é frequentemente abordada nas escolas. Portanto, incluir essa temática na rotina educacional pode gerar uma mudança significativa no modo como os alunos veem e interagem com outras culturas. Um dos caminhos seria a criação de um festival de arte multicultural, onde os alunos possam apresentar suas obras em uma feira aberta ao público. Tal evento não só promoveria a conscientização cultural, mas também estimularia a comunidade a se reunir e dialogar sobre a diversidade presente em seus espaços.
Orientações finais sobre o plano:
As orientações finais deste plano de aula têm como foco a adesão à proposta de aprendizado dinâmico e lúdico que envolve a arte indígena e africana. Primeiramente, é crucial que o professor se sinta confortável em explorar estas culturas, garantindo que se faça com respeito e autenticidade. O fornecimento de material impresso ou digital consistente, que explique contextos e significados, pode contribuir para uma abordagem mais empática e informativa no ensino.
É importante também manter uma atmosfera de respeito e curiosidade, onde as diferenças culturais sejam vistas como pontos de aprendizado e não de divisão. Os alunos devem ser encorajados a compartilhar suas próprias histórias e tradições familiares, conectando-as ao que aprenderam nas aulas. Isso cria um laço ainda mais forte entre a arte e a experiência pessoal de cada um.
Por fim, as artes têm um poder incrível de promover diálogos entre gerações. Ser capaz de trazer pais, avós e outros familiares para a sala de aula para discutir suas experiências artísticas e culturais pode transformar profundamente a percepção dos alunos sobre seu próprio patrimônio cultural. Assim, o plano de aula se torna não só uma forma de aprendizagem, mas uma oportunidade de conectar e engajar a comunidade escolar e a vida fora dela.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Festa de Artes: Organizar um evento no qual os alunos apresentem suas criações artísticas a seus pais e membros da comunidade. Incluir apresentações de músicas e danças relacionadas às culturas estudadas.
2. Dia de Culinária: Explorar as tradições alimentares africanas e indígenas, preparando pratos típicos com as famílias e discutindo a importância dos alimentos na cultura.
3. Visita a Museus Virtuais: Realizar uma pesquisa e visita virtual a museus que exibem arte indígena e africana, incentivando os alunos a fazer perguntas sobre o que veem.
4. Criação de Histórias em Quadrinhos: Pedir que os alunos façam quadrinhos contando uma história sobre uma figura importante na cultura indígena ou africana.
5. Roda de Conversa: Realizar uma roda de conversa com especialistas ou membros da comunidade indígena/africana que possam compartilhar elementos culturais e histórias vivenciadas, promovendo um diálogo aberto sobre a importância dessas culturas.
Este plano é uma maneira de permitir que os alunos explorem a arte como forma de aprender a respeitar a diversidade e valorizar as culturas que compõem a sociedade. Com métodos lúdicos e colaborativos, os educadores podem conectar as experiências de aprendizado à vida real, promovendo um ambiente enriquecedor para todos os envolvidos.
