“Explorando a Arte de Beatriz Milhazes na Educação Infantil”
A proposta deste plano de aula direciona-se à Educação Infantil, especificamente para crianças pequenas, com o intuito de explorar a obra da artista Beatriz Milhazes. Este plano promove uma pintura coletiva, permitindo que os alunos expressem suas emoções e criatividade, ao mesmo tempo que desenvolvem habilidades sociais e motoras. Esta atividade artística é um meio eficaz para que as crianças se familiarizem com a arte e a história cultural, estimulando a observação e a interpretação.
A escolha das obras de Beatriz Milhazes, conhecidas por suas formas geométricas e cores vibrantes, serve como excelente inspiração para as crianças. Ao se envolverem nessa atividade, os alunos poderão não apenas se divertir, mas também aprimorar a capacidade de trabalhar em grupo, respeitar as opiniões dos colegas e expressar suas próprias ideias. Por meio da pintura, buscaremos promover um ambiente mais inclusivo, onde cada criança sinta-se parte do processo criativo.
Tema: Beatriz Milhazes e a Pintura Coletiva
Duração: 30 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 6 anos
Objetivo Geral:
Desenvolver a criatividade e a expressão artística das crianças por meio da pintura coletiva, inspirada nas obras de Beatriz Milhazes, promovendo a cooperação e a valorização das diferenças.
Objetivos Específicos:
– Estimular a criatividade e a expressão pessoal através de técnicas de pintura.
– Fomentar a lidar com as emoções e expressá-las de forma artística.
– Promover o trabalho em equipe, onde cada integrante do grupo contribui para a obra coletiva.
– Desenvolver a apreciação sobre arte e a cultura diversificada.
Habilidades BNCC:
EM CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– (EI03EO06) Manifestar interesse e respeito por diferentes culturas e modos de vida.
EM CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
– (EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.
Materiais Necessários:
– Tinta de várias cores (guache ou acrílica)
– Pincéis de diferentes tamanhos
– Rolos de pintura
– Uma grande folha de papel ou lona para pintura coletiva
– Jornais ou plásticos para forrar a mesa e proteger o chão
– Copos com água para limpeza dos pincéis
– Toalhas de papel ou panos para secagem dos materiais
– Luvas descartáveis (opcional)
Situações Problema:
Como podemos expressar nossas emoções e sentimentos através das cores e formas? Qual a importância de trabalharmos juntos em uma atividade coletiva e como nossas individualidades podem se unir em um único projeto?
Contextualização:
A artista Beatriz Milhazes é reconhecida por suas obras vibrantes e coloridas que mesclam diferentes influências culturais. Sua arte é um espaço onde as cores e formas se encontram, criando novas realidades. Este plano de aula visa incentivar as crianças a perceberem como a arte pode refletir emoções e contar histórias, tornando a experiência da pintura uma forma de conexão e comunicação.
Desenvolvimento:
1. Introdução (5 minutos):
Inicie a atividade apresentando as obras de Beatriz Milhazes através de imagens impressas. Pergunte às crianças o que elas veem nas obras, incentivando-as a descrever as cores e formas. Facilite uma breve discussão sobre o que a arte representa para cada uma delas.
2. Organização do Espaço (5 minutos):
Prepare a área de trabalho, cobrindo mesas e o chão com jornais ou plásticos. Distribua os materiais, incluindo tintas, pincéis e a folha grande de papel ou lona onde a pintura coletiva será realizada.
3. Pintura Coletiva (15 minutos):
Explique que cada criança terá a oportunidade de contribuir para a obra coletiva. Incentive-as a experimentar as cores, criando formas que remetam ao estilo da artista. Enquanto pintam, promova um ambiente de cooperação, e sugira que ofereçam ideias umas às outras sobre como podem trabalhar juntas na criação das formas e cores.
4. Finalização (5 minutos):
Após a pintura, reserve um tempo para que as crianças observem seu trabalho coletivo. Faça perguntas reflexivas sobre como se sentiram trabalhando em grupo e o que gostaram na experiência.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1: “Explorando as Cores”
*Objetivo:* Compreender a influência das cores nas emoções.
*Descrição:* Propor que cada criança escolha uma cor e diga como ela se sente em relação a essa cor antes de começar a pintar.
*Instruções:* As crianças poderão compartilhar suas ideias com os colegas antes de iniciar a pintura, promovendo a interação.
– Atividade 2: “Movimento e Pintura”
*Objetivo:* Desenvolver a coordenação motora através do movimento.
*Descrição:* Antes da pintura, proponha uma dança onde cada movimento representa uma cor que será utilizada na pintura.
*Instruções:* As crianças podem se movimentar ao som de uma música alegre, identificando suas cores, e em seguida, aplicar isso na pintura.
– Atividade 3: “Jogo das Formas”
*Objetivo:* Reconhecer formas e trabalhá-las na pintura.
*Descrição:* Peça que as crianças desenhem formas básicas (círculo, quadrado, triângulo) antes de começar a pintura, seguindo o estilo de Milhazes.
*Instruções:* Após desenhar as formas, elas poderão preenchê-las com cores, trocando entre si suas criações.
Discussão em Grupo:
Promova uma reflexão em grupo, fazendo perguntas sobre como cada um se sentiu ao colaborar, qual foi a dificuldade de trabalhar em grupo e como foi importante ouvir as ideias dos colegas.
Perguntas:
– O que vocês mais gostaram na atividade de hoje?
– Como se sentiram ao trabalhar em grupo?
– O que cada um aprendeu sobre a arte de Beatriz Milhazes e sobre sua própria arte?
Avaliação:
A avaliação se dará através da observação das interações entre as crianças e como elas expressaram suas ideias durante a atividade. Fatores como a contribuição individual para a obra coletiva, a disposição para colaborar e a capacidade de relatar suas experiências também serão considerados.
Encerramento:
Para finalizar, agradeça a participação de todos, elogie suas criações e convide-os a refletirem sobre a importância da colaboração e da diversidade nas obras de arte.
Dicas:
– Sempre enfatize a importância de respeitar as opiniões e sentimentos dos outros durante a atividade.
– Fomente um ambiente de criatividade e liberdade de expressão, onde os alunos se sintam seguros para explorar.
– Esteja preparado para intervir se surgirem conflitos, utilizando as estratégias de empatia e resolução de problemas.
Texto sobre o tema:
A arte pode ser uma porta de entrada para um mundo de criatividade e expressão emocional. Beatriz Milhazes, uma das maiores artistas contemporâneas brasileiras, utiliza formas geométricas e uma paleta vibrante de cores que fala ao coração e à mente. As suas obras são uma verdadeira festa visual que cativa tanto adultos quanto crianças. Ao mostrar aos pequenos as maravilhas que essa artista oferece, estamos também ensinando sobre cultura e valor artístico, contribuindo para a formação de uma geração mais crítica e sensível.
Explorar a arte, especialmente em um contexto coletivo, permite que as crianças desenvolvam habilidades emocionais e sociais essenciais. Ao trabalhar em grupo, elas aprendem a ouvir e respeitar o outro, a se expressar e a se divertir enquanto criam. Essa interação social é de extrema importância no desenvolvimento infantil, uma vez que promove a empatia e fortalece os laços de amizade. Além disso, a pintura coletiva se transforma em um reflexo da experiência vivida, na qual cada traço é um testemunho do que essas crianças sentem e percebem sobre o mundo.
O papel da arte na infância é complexo e fascinante. Ao nos aprofundarmos na obra de artistas como Milhazes, apresentamos uma rica tapeçaria de possibilidades criativas. A partir da pintura, as crianças são capazes de manifestar sentimentos e experiências que muitas vezes não conseguem expressar em palavras. A prática artística eleva suas vozes e amplia sua percepção sobre a diversidade cultural que os rodeia. Ao final deste processo, espera-se que as crianças não só tenham se divertido, mas também tenham aprendido a importância de suas individualidades dentro de um contexto coletivo.
Desdobramentos do plano:
O plano de aula proposto abre um leque de possibilidades que podem ser exploradas ainda mais em encontros futuros. Aprofundar a discussão sobre a artista Beatriz Milhazes e outras expressões artísticas pode ser uma extensão deste trabalho. Planejamentos curriculares podem integrar a história da arte, explorando a vida e a obra de diferentes artistas, sua influência na sociedade e como a arte se transforma através do tempo. Esse exercício fortalece a educação artística, proporcionando uma base sólida para as crianças se tornarem apreciadoras da cultura.
Uma proposta futura pode incluir a visita a um museu ou uma atividade de arte ao ar livre, onde as crianças possam observar o mundo ao seu redor e transformar essas observações em obras de arte semelhantes às que encontraram nas exposições. Essa atividade não apenas reforçaria o conhecimento adquirido, como também proporcionaria uma experiência vivencial que tornaria o aprendizado mais significativo e marcante.
Além disso, o conceito de sustentabilidade pode ser perpassado nas atividades futuras, utilizando materiais recicláveis ou eco-friendly em oficinas de arte. Essa abordagem não apenas ajudaria a ensinar a importância da preservação do meio ambiente, mas também promoveria o uso consciente de recursos. As crianças poderiam ser motivadas a criar suas próprias ferramentas artísticas a partir de materiais que poderiam ser considerados lixo, transformando-os em belos objetos de arte.
Orientações finais sobre o plano:
Para garantir que o plano da aula seja implementado com sucesso, é fundamental que o educador esteja preparado e confiante. Case surjam desafios durante a atividade, como uma possível resistência de alguma criança em participar, o professor deve estar atento e pronto para oferecer suporte e encorajamento. Cada criança é única, e respeitar essas individualidades é o que torna o ambiente de aprendizagem mais rico e inclusivo.
As interações devem ser sempre fomentadas. Proporcionar um espaço onde as crianças se sintam à vontade para expressar suas opiniões e sentimentos é essencial para que queiram participar ativamente. O professor deve circular entre os alunos, incentivando as discussões sobre as obras, o que vai além da pintura e incita a pensar sobre o que a arte representa na vida de cada um.
Por fim, valorizar as produções das crianças é um ponto crucial. Exponha as obras em um local visível na sala de aula ou organize uma “exposição” para que os alunos possam mostrar seus trabalhos a outros grupos ou até mesmo a familiares. Essas ações não só elevam a autoestima coletiva e individual, mas também reforçam a ideia de que suas vozes são importantes e que suas criações merecem ser apreciadas.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Ciranda das Cores: As crianças formam um círculo e, ao som de uma música, passam um objeto colorido. Quando a música parar, a criança que estiver com o objeto diz uma cor e faz um movimento correspondente. Em seguida, as crianças podem fazer desenhos ou pinturas baseados nos movimentos.
2. Festa das Formas: Cada criança traz um objeto de casa com uma forma geométrica. O professor apresenta cada forma e, após essa exploração, as crianças usam essas formas como base para uma pintura em grupo.
3. Teatro das Emoções: As crianças representam diferentes emoções usando gestos e expressões durante a pintura. Depois, podem discutir quais cores sentem que representam cada emoção e como isso pode ser refletido na arte.
4. Desenho Coletivo: As crianças criam uma obra em grande escala, onde cada uma tem um pedaço do papel para pintar. No final, quando juntarem as partes, verão a obra completa, enfatizando a importância do trabalho coletivo.
5. Caminhada pela Natureza: Levar as crianças para observar a natureza e identificar formas e cores no ambiente. Após a experiência, elas podem se inspirar na natureza para criar suas pinturas coletivas, trazendo elementos do mundo natural para dentro da atividade de arte.
Com essas sugestões e o desenvolvimento proposto no plano de aula nas mãos, o educador estará certamente capacitado a proporcionar um ambiente educativo leve e prazeroso, onde a arte deixa de ser apenas uma disciplina e se torna uma vitrine de sentimentos e vivências sensíveis.