“Explorando a Arte Colonial Brasileira: Identidade e Patrimônio”
A arte colonial brasileira é uma rica mistura que reflete a complexidade das influências culturais, sociais e políticas da época. Neste plano de aula, abordaremos as principais manifestações artísticas do período colonial, incluindo a arquitetura, a escultura e a música. Os alunos do 7º ano terão a oportunidade de explorar a importância do patrimônio cultural brasileiro, compreender a relevância do tombamento de obras e discutir as possíveis interpretações sobre o impacto dessas expressões artísticas na nossa identidade e memória cultural. Este plano tem como objetivo não apenas transmitir conhecimento, mas também desenvolver habilidades críticas e analíticas nos alunos.
As aulas serão desenhadas para serem interativas e dinâmicas, com atividades que envolvem pesquisa, debates e produções artísticas. O plano também contemplará momentos de reflexão e avaliação sobre como a história da arte colonial pode nos ajudar a entender melhor o presente e a construir uma identidade cultural mais sólida.
Tema: Arte Colonial Brasileira: Arquitetura e Escultura Colonial; Música Colonial; História e Cidade: Tombamento e Patrimônio.
Duração: 200 minutos (4 h/a)
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 7º Ano
Faixa Etária: 12 – 13 anos
Objetivo Geral:
Promover a compreensão das principais manifestações da arte colonial brasileira e discutir a importância do patrimônio cultural, explorando como essas expressões artísticas estão interligadas à identidade nacional e à memória coletiva.
Objetivos Específicos:
– Identificar e analisar as características da arquitetura e escultura colonial brasileira.
– Compreender a evolução da música colonial e suas influências culturais.
– Refletir sobre a importância do tombamento e do reconhecimento do patrimônio cultural.
– Estimular o pensamento crítico sobre a relação entre arte, cultura e identidade.
Habilidades BNCC:
– (EF07HI10) Analisar, com base em documentos históricos, diferentes interpretações sobre as dinâmicas das sociedades americanas no período colonial.
– (EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas.
– (EF67LP10) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: modos e tempos verbais, concordância nominal e verbal, pontuação etc.
Materiais Necessários:
– Projetor e computador para apresentação de slides.
– Materiais de papelaria (papel, canetas, lápis de cor).
– Acesso a materiais audiovisuais (músicas, vídeos) sobre arte colonial.
– Textos impressos e livros de história e arte.
Situações Problema:
– Como a arquitetura colonial reflete a sociedade brasileira da época?
– Quais as principais influências na música colonial e como isso se reflete na cultura atual?
– Por que é importante preservar o patrimônio cultural e o que significa o tombamento?
Contextualização:
A arte colonial brasileira é um campo vasto que envolve diversas expressões artísticas, desde a arquitetura das igrejas barrocas até as músicas que traduzem a mistura de culturas que compõem o Brasil. A investigação sobre estas obras proporciona aos alunos uma compreensão mais profunda sobre a formação da sociedade brasileira, suas contradições e belezas. A preservação do patrimônio cultural é parte fundamental desse processo, visto que o tombamento de bens culturais reconhece a importância histórica e estética dessas manifestações artísticas.
Desenvolvimento:
O plano de aula será dividido em quatro encontros de 50 minutos cada, abordando diferentes aspectos da arte colonial.
1º Encontro:
– Introdução à arquitetura colonial brasileira.
– Exibição de imagens de igrejas, casarões e edifícios históricos.
– Discussão sobre as influências do Barroco e elementos arquitetônicos.
2º Encontro:
– Exploração da escultura colonial, com exemplos de obras em pedra e madeira.
– Análise de esculturas religiosas e seu significado social.
3º Encontro:
– Análise da música colonial, incluindo influências indígenas, africanas e européias.
– Audição de músicas representativas e discussão sobre seu conteúdo cultural.
4º Encontro:
– Debate sobre a importância do tombamento como forma de preservar a história cultural.
– Reflexão sobre como as expressões artísticas moldam a identidade nacional.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1: Criação de um cartaz sobre a arquitetura colonial. Os alunos devem pesquisar e apresentar informações sobre um edifício histórico. Materiais necessários: papel, canetas, imagens impressas.
– Atividade 2: Análise de uma escultura. Os alunos devem descrever e apresentar uma escultura colonial que tenham pesquisado. Materiais necessários: imagens da escultura escolhida, papel e caneta.
– Atividade 3: Produção de um pequeno trecho de uma música no estilo colonial, integrando elementos estudados. Materiais necessários: instrumentos musicais, se disponíveis.
– Atividade 4: Debate estruturado sobre a importância do tombamento. Os alunos serão divididos em grupos e deverão apresentar argumentos a favor e contra. Materiais necessários: folhas para anotações.
Discussão em Grupo:
Os alunos discutirão em grupos os impactos sociais e culturais da arte colonial. Questões a serem abordadas: Como a arte reflete a sociedade da época? Quais são as implicações de não preservar esse patrimônio?
Perguntas:
– De que maneira as diferentes influências culturais se refletem na arte colonial?
– Por que o tombamento é necessário para a preservação do patrimônio?
– Como a arte colonial contribui para nossa identidade cultural hoje?
Avaliação:
A avaliação será contínua, considerando a participação dos alunos nas discussões, a qualidade das pesquisas realizadas e a criatividade nas produções artísticas. Propostas de trabalho em grupo e feedback serão fundamentais nesse processo.
Encerramento:
Ao final das aulas, os alunos apresentarão suas criações e análises, refletindo sobre a importância da arte colonial na construção da identidade brasileira. Essa reflexão será documentada em um diário de bordo que cada aluno irá compor ao longo do plano de aula.
Dicas:
– Incentive a pesquisa em diferentes mídias (livros, internet, documentários).
– Proporcione um espaço para discussões abertas sobre as impressões dos alunos.
– Utilize recursos audiovisuais para tornar as aulas mais dinâmicas e interessantes.
Texto sobre o tema:
A arte colonial brasileira representa um fascinante campo de estudo que revela a sinergia de culturas, técnicas e ideias que moldaram a identidade nacional. A arquitetura colonial, frequentemente exaltada por suas igrejas barrocas e casarões, reflete o desejo dos colonizadores de erguer um importante legado que perpetuasse suas crenças e valores. A estética dessas edificações não apenas nos mostra a técnica da época, mas também as influências europeias que modelaram as formas de se construir no Brasil, um país ainda em formação.
Igualmente significativa é a escultura colonial, que traduziu a devotada religiosidade do povo brasileiro. Artistas esculpiram em madeira e pedra figuras que adornam igrejas, altares e espaços públicos, contando, através de suas expressões artísticas, narrativas que vão muito além da aparência estética. Cada peça é uma porta de entrada para entendermos mais sobre a espiritualidade, o cotidiano e as tensões sociais do Brasil colonial, revelando ao mesmo tempo o impacto das tradições indígenas e africanas.
Na música, a evolução também é notável. As influências indígenas, africanas e européias se misturaram, criando um rico mosaico sonoro que perdura até os dias atuais. A música colonial não só servia como entretenimento, mas também como forma de resistência e expressão cultural, refletindo a realidade social e emocional das comunidades. É essencial, portanto, compreendermos essas dimensões que fazem parte da criação artística e reforçam a identidade do povo brasileiro, bem como a necessidade de preservar esse patrimônio cultural para as futuras gerações.
Desdobramentos do plano:
O estudo da arte colonial não se limita a aprendizagens individuais; ele abre espaço para discussões mais amplas sobre identidade e patrimônio. À medida que os alunos se apropriam dos conceitos e experiências relacionadas a essa temática, eles começam a entender a importância de cada obra na construção de narrativas nacionais. Tais discussões podem levar a reflexões sobre a responsabilidade que cada um de nós tem na preservação do patrimônio cultural e na valorização das diversidades que compõem nosso Brasil.
Além disso, o plano pode ser desdobrado em projetos interdisciplinares, envolvendo outras disciplinas como História, Geografia e Artes. Por exemplo, a proposta de realizar um passeio virtual por cidades históricas do Brasil onde o patrimônio colonial é bem preservado pode enriquecer ainda mais a experiência dos alunos. Esses desdobramentos não apenas ampliam o conhecimento, mas também promovem um olhar crítico sobre o passado e suas repercussões no presente.
Por fim, durante o término das atividades, a reflexão coletiva sobre a importância do tombamento e da preservação dessas obras para as futuras gerações pode inspirar os alunos a se tornarem defensores de suas culturas locais. Incentivar estudantes a elaborarem um projeto de preservação do seu próprio município ou bairro pode ser um excelente caminho para que eles se sintam parte e ativos no processo histórico e cultural da sua própria identidade.
Orientações finais sobre o plano:
É fundamental que as atividades sejam flexíveis e ajustadas conforme a dinâmica da turma. Observar as reações e interesses dos alunos permite que o professor modifique o enfoque, dedicando mais tempo a tópicos que despertem mais curiosidade. Além disso, disponibilizar materiais extras e incentivar a pesquisa além da sala de aula poderá enriquecer a experiência de aprendizado dos estudantes.
Motivar a participação ativa na discussão e no projeto de preservação também é uma orientação estratégica a ser considerada. Isso pode incluir a criação de um blog ou de uma exposição com o trabalho dos alunos. Tal iniciativa poderá servir como uma plataforma para que os estudantes compartilhem o que aprenderam, promovendo um sentimento de pertencimento ao patrimônio cultural e a importância de sua conservação.
Por fim, vale ressaltar a importância do feedback contínuo ao longo das atividades, tanto em grupo quanto individualmente. Esse retorno é vital para que os alunos entendam o progresso de seu aprendizado e as áreas que ainda precisam ser exploradas, reforçando a ideia de que o aprendizado é um processo constante de crescimento e descoberta.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
– Teatro de Sombras: Realizar uma apresentação em que os alunos criam suas sombras baseados nas figuras da escultura colonial, contando uma história sobre a época. Materiais: lanternas e tecidos que possam ser utilizados como telas. Objetivo: Aprender sobre o significado das figuras e a técnica do teatro de sombras.
– Caça ao Tesouro Cultural: Criar uma caça ao tesouro que leve os alunos a descobrir diferentes detalhes sobre a arquitetura colonial na escola ou em sua cidade. Materiais: mapa da escola ou cidade destacando construções históricas. Objetivo: Estimular o conhecimento sobre a história local e a percepção de patrimônio.
– Roda de Música Colonial: Promover uma roda de música onde os alunos devem apresentar músicas populares da época colonial ou fazer uma versão própria, utilizando instrumentos ou apenas a voz. Materiais: instrumentos ou objetos criativos para improvisar. Objetivo: Compreender a estética musical colonial e sua importância social.
– Oficina de Arte: Propor uma oficina de pintura onde os alunos criam suas próprias telas inspiradas nas obras de arte colonial, utilizando técnicas de pintura da época. Materiais: tintas, pincéis, telas ou papel grande. Objetivo: Desenvolver a criatividade e a apreciação pela arte visual.
– Debate de Preservação: Organizar um debate onde os alunos discutem a importância da preservação do patrimônio cultural, dividindo-se em grupos a favor e contra a preservação de certos bens. Materiais: fichas com informações sobre bens culturais. Objetivo: Desenvolver argumentação e raciocínio crítico.
Com essas sugestões lúdicas, o ensino sobre a arte colonial brasileira torna-se mais acessível, dinâmico e efetivo, estimulando o aprendizado de forma prazerosa e engajadora. As atividades não apenas exploram diferentes formas de expressão, mas também fomentam um espaço de reflexão e análise crítica sobre nosso patrimônio comum.