“Exploração Sensorial para Crianças de 1 a 2 Anos: Aula Lúdica”

Este plano de aula foi especificamente elaborado para crianças na faixa etária de 1 a 2 anos, enfatizando a importância da exploração sensorial e da comunicação nas experiências de aprendizado. A atividade proposta, intitulada “O que tem no embrulho”, envolve a manipulação de diferentes objetos embrulhados, estimulando as crianças a explorarem texturas, formas e sons, além de promover interações sociais significativas entre elas e com adultos. Este momento lúdico é essencial para o desenvolvimento cognitivo e motor das crianças, além de oferecer oportunidades de socialização e expressão emocional.

Os educadores desempenham um papel fundamental ao facilitar a exploração, oferecer segurança e encorajar a curiosidade das crianças. A atividade é também uma forma divertida de apresentar novos conceitos e linguagens, além de promover um ambiente de aprendizado enriquecedor e acolhedor. Assim, a vivência desta aula não apenas atende ao conteúdo programático, mas também favorece o desenvolvimento integral dos pequenos, respeitando a individualidade e ritmo de cada um.

Tema: O que tem no embrulho
Duração: 30 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 1 a 2 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar às crianças experiências sensoriais por meio da exploração de diferentes objetos embrulhados, promovendo a comunicação, a interação social e a curiosidade.

Objetivos Específicos:

– Fomentar a autonomia e a exploração de texturas, formas e sons através de objetos embrulhados.
– Estimular a comunicação entre as crianças e também com os adultos, promovendo o diálogo sobre as descobertas.
– Incentivar a empatia e o cuidado nas interações, respeitando a individualidade e os limites dos colegas.

Habilidades BNCC:

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.
(EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc., ao se envolver em brincadeiras e atividades de diferentes naturezas.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação (argila, massa de modelar), explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes ao criar objetos tridimensionais.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
(EI02EF04) Formular e responder perguntas sobre fatos narrados, identificando cenários e personagens.

Materiais Necessários:

– Caixas de diferentes tamanhos
– Papéis de presente ou jornal
– Objetos variados para embrulhar (brinquedos, tecidos, bolinhas, etc.)
– Música para ambientação (opcional)

Situações Problema:

– O que será que tem dentro do embrulho?
– Como podemos abrir o embrulho juntos?
– Que sons conseguimos fazer com os objetos que estão dentro?

Contextualização:

A atividade foi elaborada considerando a curiosidade natural das crianças pequenas e a necessidade de explorar e interagir com o ambiente que as cerca. O ato de desvendá-los oferece um espaço seguro para que as crianças possam experimentar e descobrir, ao mesmo tempo que estabelecem laços afetivos e comunicativos significativos.

Desenvolvimento:

Inicie a atividade apresentando as caixas embrulhadas e explique que hoje elas irão explorar o que está dentro delas. Permita que as crianças toquem nas caixas, observem e tentem adivinhar o que está por trás da embalagem. Esse momento deve ser cercado de entusiasmo e incentivo à comunicação, onde o professor pode estimular perguntas e respostas entre as crianças.

Proponha que as crianças, em pequenos grupos, explorem as caixas com supervisão. Deixe-as escolher um embrulho para abrir, orientando que o façam com cuidado. Ao abrirem, incentive-as a descrever o que estão vendo, tocando e sentindo. Perguntas como “Como é isso?” e “Que som faz?” podem ajudar a enriquecer a interação.

Atividades sugeridas:

1. Exploração Sensorial:
Objetivo: Estimular a exploração das texturas e formas.
Descrição: Os educadores devem preparar diferentes objetos dentro das caixas que possam ser tocados, ouvidos e explorados.
Instruções:
– Reúna as crianças em círculo.
– Apresente as caixas e explique que elas contêm surpresas.
– Deixe que cada criança escolha uma caixa para abrir, encorajando-as a descrever o que sentem.

2. Criando Sons:
Objetivo: Promover a percepção auditiva e a roda da conversa.
Descrição: Após a abertura, as crianças devem descobrir que sons os objetos emitem.
Instruções:
– Após explorarem os objetos, peça que cada criança tente produzir os sons que os objetos fazem.
– Use música suave ao fundo e peça que batam os objetos no chão ou uns nos outros, sempre com cuidado.

3. Brincadeira com Texturas:
Objetivo: Estimular o desenvolvimento motor e sensorial.
Descrição: Utilize papéis de diferentes texturas (liso, áspero, macio) para que as crianças experimentem.
Instruções:
– Forneça vários tipos de papel e incentive as crianças a rasgá-los ou amassá-los.
– Converse sobre os sons e sensações que cada papel proporciona.

4. A Hora da história:
Objetivo: Estimular a imaginação e a comunicação.
Descrição: Construa uma pequena história usando os objetos que foram descobertos.
Instruções:
– Após a exploração, crie uma narrativa simples em que as crianças participam, identificando personagens com os objetos.
– Permita que cada criança contribua com uma ideia ou personagem.

5. Acertando as Cores:
Objetivo: Aprender sobre cores e formar grupos.
Descrição: Incentive as crianças a classificar os objetos por cor.
Instruções:
– Depois que todos os objetos estiverem em mãos, peça que as crianças agrupem os mesmos por cor.
– Converse sobre as cores e quantos objetos existem de cada cor.

Discussão em Grupo:

Organize um momento para que as crianças compartilhem suas experiências. Pergunte-lhes o que foi mais divertido, qual objeto gostaram mais e por que. Isso estimula a capacidade de observação e a verbalização, além de fomentar o respeito pelas experiências alheias.

Perguntas:

– O que você sentiu quando abriu o embrulho?
– Que som o objeto faz?
– Você gostaria de abrir outro embrulho? O que espera encontrar?

Avaliação:

A avaliação será feita de maneira contínua, observando a participação das crianças e seu interesse nas atividades. Será importante observar como elas se comunicam entre si e interagem com os objetos e o adulto. Adapte a atividade conforme as necessidades e reações dos pequenos, garantindo sempre um ambiente seguro e acolhedor.

Encerramento:

Ao final da atividade, reúna as crianças em círculo novamente e faça uma breve roda de conversa sobre as experiências vividas. Incentive a partilha de sentimentos e descobertas. Agradeça a participação e conclua a aula com uma música suave ou uma canção relacionada ao tema, fortalecendo a conexão entre a brincadeira e as vivências.

Dicas:

– Mantenha um ambiente seguro, removendo objetos que possam oferecer risco.
– Esteja atento às reações e sentimentos das crianças durante a atividade.
– Para crianças que apresentam mais resistência em explorar, ofereça apoio adicional e um acompanhamento mais próximo.

Texto sobre o tema:

A exploração dos sentidos é fundamental para o desenvolvimento das crianças na primeira infância. Com idades entre 1 e 2 anos, as crianças estão em uma fase crucial de descoberta e interação com o mundo ao seu redor. A atividade “O que tem no embrulho” atua como facilitadora desse processo, promovendo o toque, o som, e a comunicação, que são pilares para essa fase do desenvolvimento. O ato de desembrulhar um objeto vai além de apenas descobrir algo novo; é um convite à curiosidade e ao questionamento.

Ao presentear as crianças com a oportunidade de explorar o desconhecido, estamos também incentivando a atenção e a percepção. As interações sociais que ocorrem durante este processo são essenciais. As crianças aprendem a se comunicar, fortalecendo sua confiança e autoestima ao expressar suas emoções e descobertas. Além disso, essa atividade proporciona um espaço para que exercitem o cuidado e a solidariedade nas interações com os colegas, desenvolvendo habilidades sociais que serão valiosas ao longo de suas vidas.

Para educadores, é importante observar como cada criança responde e interage com os desafios propostos. Acompanhá-las neste processo é uma forma de entender melhor suas preferências e necessidades, ajustando as atividades da maneira que mais se ajustem ao grupo. Dessa forma, o contexto em que a educação das crianças acontece se torna não só um espaço de ensino, mas de acolhimento e entusiasmo.

Desdobramentos do plano:

A elaboração de atividades como a proposta na aula do “O que tem no embrulho” é fundamental para a construção de um ambiente de aprendizagem interativo e estimulante. No desdobramento dessa proposta, o professor pode criar sequências de atividades que promovem a integração entre as crianças através de novas experiências sensoriais. Estas experiências podem ser ampliadas para incluir atividades ao ar livre, onde as crianças possam explorar a natureza e seus sons, ampliando ainda mais o conhecimento sobre o ambiente que as cerca.

Além disso, projetos que envolvem a criação de um “mural sensorial”, onde os objetos utilizados na atividade sejam dispostos, podem ajudar as crianças a revisitarem suas experiências. Este mural pode ser uma ótima maneira de recordação, onde os pequenos poderão falar sobre o que sentiram e o que aprenderam, mesmo após a aula. Este tipo de atividade contribui significativamente para a memória afetiva e o reconhecimento dos grupos e ambientes.

O ciclo de aprendizado pode ainda ser expandido com a temática de “brincadeiras de faz de conta”, permitindo que as crianças usem suas imaginações com os objetos que exploraram. Conectar diferentes áreas de aprendizado, como matemática (contando objetos) e linguagem (narrando histórias sobre o que encontraram), é uma maneira excelente de integrar o conhecimento, aumentando o leque de habilidades que estão sendo desenvolvidas.

Orientações finais sobre o plano:

Para que a proposta de aula seja bem-sucedida, é essencial que os educadores estejam atentos às particularidades de cada criança, acompanhando e respeitando seus ritmos e limites. Ter sensibilidade é crucial, pois isso garante que todos se sintam à vontade para participar e expressar suas descobertas e sentimentos. É importante lembrar que não existem respostas certas ou erradas. Focar na experiência em si e na interação faz parte do aprendizado mais profundo.

Incentivar a curiosidade natural das crianças, acolhendo suas perguntas e esclarecendo dúvidas, permite um ambiente inclusivo, onde todas as vozes têm espaço. Um ambiente seguro e estimulante também deve ser mantido, para garantir que as interações ocorram sem frustrações ou medos. Uma boa prática é criar um espaço preparado com antecedência e deixar as crianças curiosas e engajadas sobre o que irão descobrir.

Finalmente, é essencial avaliar e refletir sobre a prática constante em sala de aula. Observar como as crianças respondem e se relacionam pode fornecer insights valiosos sobre as capacidades de aprendizado de cada uma. Esse feedback pode levar a melhorias contínuas nas propostas e à adaptação necessária conforme a dinâmica do grupo e as necessidades individuais.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça ao Tesouro:
Objetivo: Estimular a exploração e a resolução de problemas.
Idade: A partir de 1 ano e meio.
Descrição: Esconda os embrulhos em diferentes áreas da sala e convide as crianças a encontrar os “tesouros”. Incentive-as a trabalhar em grupo e compartilhar suas descobertas.

2. Teatro de Som:
Objetivo: Desenvolver a criatividade e a expressão verbal.
Idade: A partir de 1 ano e 8 meses.
Descrição: Após a exploração dos objetos, peça que cada criança interprete um som com o objeto escolhido, criando pequenas cenas de teatro.

3. Desenho com Texturas:
Objetivo: Estimular a criatividade e a coordenação motora.
Idade: A partir de 2 anos.
Descrição: Forneça papéis texturizados e converse sobre como cada um pode ser usado para criar desenhos. As crianças poderão explorar e descobrir novas formas de arte.

4. Canto do Grupo:
Objetivo: Fomentar a inclusão e a troca de experiências.
Idade: De 1 ano e 6 meses a 2 anos.
Descrição: Crie um momento de canto onde cada criança pode fazer sons ou canções relacionadas aos objetos que mais gostou. Isso promove a integração e o divertido compartilhamento.

5. Natureza e Sons:
Objetivo: Aprimorar a percepção auditiva e o contato com a natureza.
Idade: A partir de 1 ano e 9 meses.
Descrição: Leve as crianças para fora e proponha que identifiquem sons da natureza. Explique que assim como os objetos, a natureza tem suas “caixas de sons” e como cada um é especial.

Com estas propostas, os educadores podem proporcionar experiências ricas e variadas, promovendo um ambiente de aprendizado prazeroso que valoriza e respeita as peculiaridades do desenvolvimento de cada criança.

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