“Exploração Sensorial: Aprendizado Ativo para o 1º Ano”

Este plano de aula é elaborado para promover uma profunda imersão na exploração sensorial, focando no desenvolvimento das habilidades cognitivas, perceptivas e motoras dos alunos do 1º ano do Ensino Fundamental. Considerando a importância de despertar a curiosidade e o interesse das crianças por meio de experiências sensoriais, a atividade proposta propõe uma vivência rica na qual os alunos poderão interagir com diferentes texturas, sons, sabores e aromas. A exploração sensorial não só estimula a imaginação e a criatividade, mas também fortalece os laços entre os colegas, promovendo um ambiente colaborativo e de aprendizagem ativa.

As atividades serão conduzidas em um cenário lúdico e estimulante, fazendo uso de materiais simples e acessíveis que podem ser encontrados em casa ou na escola. A proposta busca integrar as habilidades da BNCC, promovendo um aprendizado que transcende o conhecimento teórico, permitindo ao aluno vivenciar o conhecimento por meio da prática. A exploração sensorial se apresenta, assim, como um
instrumento poderoso para o desenvolvimento integral do aluno, envolvendo diferentes dimensões de aprendizagem.

Tema: Exploração Sensorial
Duração: 60 min
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 5 a 6 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar experiências de aprendizagem que estimulem a percepção sensorial dos alunos, promovendo a observação, a descrição e a categorização de diferentes estímulos sensoriais, que contribuem para o desenvolvimento do vocabulario e das habilidades de comunicação.

Objetivos Específicos:

– Estimular a observação e a descrição de diferentes texturas e sonoridades presentes nos materiais utilizados.
– Promover a comparação entre elementos sensoriais, incentivando a identificação de semelhanças e diferanças.
– Desenvolver a habilidade de segmentação de palavras em sílabas e fonemas.
– Inspirar a produção de pequenos textos descritivos sobre as experiências sensoriais vivenciadas.

Habilidades BNCC:

– (EF01LP06) Segmentar oralmente palavras em sílabas.
– (EF01LP10) Nomear as letras do alfabeto e recitá-lo na ordem das letras.
– (EF01LP17) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, listas, agendas, instruções e legendas para álbuns, considerando a situação comunicativa e o tema.
– (EF01CI01) Comparar características de diferentes materiais presentes em objetos de uso cotidiano, discutindo sua origem, os modos como são descartados e como podem ser usados de forma mais consciente.

Materiais Necessários:

– Materiais de diferentes texturas: algodão, espuma, papel de lixa, seda, borracha, entre outros.
– Frascos com temperos variados (canela, cravo, orégano, etc.) para exploração dos aromas.
– Sons de diferentes instrumentos musicais ou gravações de sons da natureza.
– Papel e lápis de cor para as produções textuais.
– Um calendário para registrar as atividades realizadas durante a semana.

Situações Problema:

– Como podemos descrever o que sentimos ao tocar diferentes materiais?
– Quais sons lembram o que vemos na natureza?
– Como podemos expressar através da escrita o que sentimos enquanto exploramos?

Contextualização:

A exploração sensorial é uma abordagem fundamental no aprendizado das crianças, facilitando o desenvolvimento da observação crítica e da comunicação expressiva. A partir do cotidiano, o aluno se torna mais consciente de seu entorno, de suas preferências e da diversidade de estímulos que a vida oferece. Com isso, o ensino se torna mais significativo e aplicável à realidade dos alunos, que começam a perceber as interconexões entre o que aprendem e o que vivenciam.

Desenvolvimento:

Inicie a aula apresentando os diferentes materiais sensoriais aos alunos. Explique a dinâmica de cada um deles e incentive as crianças a interagirem com os objetos. Crie um espaço adequado onde as crianças possam explorar os materiais enquanto você observa e intervém com questões que estimulem a reflexão e a comunicação.

1. Apresentação dos Materiais: Deixe os alunos descobrirem as texturas e os aromas dos materiais.
2. Exploração Auditiva: Toque diferentes sons e peça que as crianças identifiquem e imitem os mesmos.
3. Roda de Conversa: Após a interação, organize uma roda para que cada aluno compartilhe suas experiências sensoriais, promovendo a troca de ideias.
4. Registro das Impressões: Solicite que as crianças desenhem ou escrevam sobre suas experiências utilizando palavras e frases simples.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: “Toque e Descreva”
Objetivo: Estimular a observação e a descrição de texturas.
Descrição: Os alunos devem tocar e descrever, oralmente, o que estão sentindo ao tocar diferentes materiais.
Instruções: Organize os materiais em estações de trabalho. Os alunos, em grupos, circulam entre as estações e compartilham suas impressões.
Materiais: Texturas variadas.
Adaptação: Para alunos que necessitam de suporte, forneça descrições já iniciadas para completar.

Atividade 2: “A Sinfonia da Natureza”
Objetivo: Relacionar sons com experiências vividas.
Descrição: Os alunos escutam gravações de sons da natureza e discutem como se sentem quando ouvem esses sons.
Instruções: Após a audição, promova uma discussão em grupo sobre os sentimentos que surgem com cada som.
Materiais: Gravações de sons da natureza.
Adaptação: Se necessário, utilize sons de instrumentos para aumentar a familiaridade.

Atividade 3: “Desenhos do que Senti”
Objetivo: Estimular a expressão artística e a produção escrita.
Descrição: Os alunos devem desenhar algo que represente a exploração sensorial do dia e escrever uma frase simples sobre isso.
Instruções: Após o desenho, peça que cada criança compartilhe com o grupo e explique seu trabalho.
Materiais: Papel, lápis de cor.
Adaptação: Para alunos com dificuldade em escrita, permita que desenhem livremente e escrevam palavras relacionadas.

Discussão em Grupo:

Feche a atividade com uma roda de conversa onde todos possam compartilhar suas experiências e reflexões. Estimule a interação e a troca de ideias, questionando sobre o que mais despertou o interesse de cada um.

Perguntas:

– O que você mais gostou de tocar hoje?
– Como descreveria o som que mais te agradou?
– Que texturas você prefere e por quê?

Avaliação:

A avaliação será contínua e formada pela observação das interações dos alunos, o engajamento nas atividades propostas e a capacidade de expressão durante a roda de conversa.

Encerramento:

Finalize a aula relembrando os principais aspectos explorados durante as atividades. Encoraje os alunos a continuarem a exploração sensorial em suas casas, pedindo para que compartilhem suas descobertas na próxima aula.

Dicas:

– Utilize elementos do cotidiano para enriquecer as atividades.
– Annuncie a importância da exploração sensorial como ferramenta de aprendizado.
– Incentive a criatividade e a expressividade durante todas as etapas.

Texto sobre o tema:

A exploração sensorial é uma prática fundamental no desenvolvimento infantil, pois permite que as crianças reconheçam e interajam com o mundo ao seu redor de forma ativa e envolvente. Ao tocar, ouvir, cheirar, saborear e observar, as crianças começam a construir uma compreensão mais rica sobre os estímulos que recebem e a conexão entre esses estímulos e suas emoções. Esse processo é essencial para o desenvolvimento de habilidades de observação, descrição e comunicação, que são pilares do aprendizado contínuo.

Os sentidos desempenham um papel crucial na formação da identidade e na compreensão do ambiente. Ao promover a exploração sensorial, estamos ajudando as crianças a desenvolverem um repertório mais amplo para expressar suas emoções e sentimentos em diferentes contextos. Essa prática também favorece a empatia e a colaboração, uma vez que as experiências sensoriais muitas vezes são compartilhadas em grupo, promovendo a troca de ideias e a ampliação da percepção de cada indivíduo.

Além disso, a exploração sensorial pode ser um meio poderoso para abordar diferentes áreas do conhecimento, como a ciência, a matemática, a linguagem e a arte. Quando as crianças são encorajadas a sentir e experimentar, elas tornam-se participantes ativas do seu aprendizado, estabelecendo conexões que vão além da sala de aula. Esse enfoque na aprendizagem prática e sensorial não só contribui para o desenvolvimento cognitivo, mas também para a formação de cidadãos mais críticos e participativos, capazes de interagir com o mundo de maneira consciente e respeitosa.

Desdobramentos do plano:

A exploração sensorial pode ser aplicada em diversos contextos, desde a sala de aula até o ambiente externo, como parques e praças. Essas experiências podem ser ampliadas através de projetos interdisciplinares que envolvem arte, ciências e linguagens, valorizando a abordagem holística do aprendizado. Por exemplo, ao realizar uma visita a um parque, as crianças podem coletar elementos naturais como folhas, pedras e sementes, levando-os de volta à escola para cultivar atividades artísticas e de pesquisa.

Além disso, a prática da exploração sensorial pode fortalecer a compreensão dos alunos sobre a importância da preservação ambiental. Após a coleta de materiais naturais, os alunos podem discutir sobre a natureza, a sustentabilidade e a necessidade de cuidar do meio ambiente. Essa ligação com o mundo real proporciona uma base sólida para que desenvolvam um comportamento cidadã responsável, reconhecendo que suas ações têm um impacto no mundo à sua volta.

Por fim, a experiência da exploração sensorial também pode ser um precursor para a construção de uma cultura de diálogo e colaboração na escola. Os alunos que têm oportunidades regulares de compartilhar suas experiências e de trabalhar em conjunto em atividades práticas tendem a desenvolver habilidades sociais mais fortes, que se refletem na maneira como interagem com os colegas e professores. Trabalhar em grupo e trocar experiências é fundamental para que as crianças desenvolvam empatia e um senso de comunidade, habilidades essenciais para o convívio em sociedade.

Orientações finais sobre o plano:

Para que este plano de aula seja bem-sucedido, é fundamental que o professor esteja preparado para adaptar as atividades conforme o perfil da turma, observando a dinâmica e as necessidades de cada aluno. O ensino deve ser visto como um processo flexível, onde a curiosidade e a expressão dos alunos são sempre respeitadas e incentivadas.

O ambiente de aprendizado deve ser acolhedor e estimulante, promovendo uma atmosfera onde as crianças se sintam seguras para explorar e expressar suas experiências. O uso de recursos variados, como vídeos, músicas e textos ilustrados, pode enriquecer ainda mais as atividades, tornando as experiências sensoriais mais significativas.

Por último, lembre-se de que a continuidade da exploração sensorial pode se estender para outras semanas ou anos letivos, com novos materiais, temas e contextos sendo introduzidos. A exploração sensorial não deve ser uma atividade isolada, mas uma abordagem contínua que permeie a construção do conhecimento ao longo do tempo.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça aos Sentidos: Crie uma atividade onde os alunos precisam identificar diferentes objetos com os olhos vendados, utilizando o tato, o olfato e a audição. O objetivo é levar as crianças a estabelecer quais sentidos utilizam mais e como cada um contribui para a percepção do mundo.

2. Jogo do Sabor: Proponha uma degustação cega de diferentes frutas ou alimentos simples. Ao final, as crianças podem desenhar ou descrever o que sentiram com cada sabor, promovendo a interação e a conversa.

3. Festival dos Sons: Organizar um pequeno festival onde os alunos podem criar instrumentos musicais com materiais recicláveis e apresentar uma música ou escuta uma gravação de diversas culturas, explorando a sonoridade e a diversidade sonora.

4. Arte com Textura: Propor aos alunos a criação de um painel coletivo com diferentes texturas encontradas. Ao final, cada alunom pode descrever as partes do painel, explicando como cada material se sente e se associa a uma emoção.

5. Exploradores do Parque: Levar os alunos para um passeio em um parque onde eles possam coletar diferentes materiais naturais (folhas, galhos, pedras) e depois trabalhar na sala de aula em atividades que integrem a arte e a descrição desses elementos.

Este plano de aula busca não apenas a aquisição de conhecimento, mas fomentar um espaço de aprendizado sensorial que será crucial para o futuro acadêmico e pessoal de cada aluno.

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