“Exploração Lúdica: Texturas para Bebês de 1 Ano”
Este plano de aula é direcionado para bebês na faixa etária de 1 ano, e visa fomentar a exploração dos elementos da linguagem visual com um foco especial nas texturas. O ensino lúdico nessa faixa etária é essencial, pois estimula não apenas a percepção sensorial, mas também promove o desenvolvimento de habilidades motoras e sociais. A intenção é que os bebês interajam com diferentes texturas por meio de brincadeiras práticas e criativas que propiciem aprendizado significativo e envolvente.
No desenvolvimento deste plano de aula, será importante criar um ambiente que favoreça experiências exploratórias, onde os bebês possam sentir e identificar as texturas por meio de uma variedade de materiais. As atividades serão planejadas para durar 8 aulas, focando na interação e no bem-estar dos bebês enquanto aprendem e se divertem. Este plano estará alicerçado nas habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), respeitando as especificidades dessa idade para um aprendizado lúdico e significativo.
Tema: Elementos da linguagem visual: texturas
Duração: 8 aulas
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 1 ano
Objetivo Geral:
Proporcionar aos bebês experiências sensoriais que permitam a exploração e a identificação de diferentes texturas, promovendo o desenvolvimento da percepção tátil e da comunicação.
Objetivos Específicos:
– Estimular a sensibilidade tátil dos bebês por meio da manipulação de materiais com diferentes texturas.
– Fomentar a interação entre os bebês e os educadores, bem como entre eles próprios, por meio de atividades que incentivem a comunicação.
– Auxiliar na expressão de emoções e sensações através do toque e da observação das texturas.
Habilidades BNCC:
– Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI01EO02) Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais participa.
(EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
– Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
(EI01CG05) Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos.
– Campo de Experiências “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI01TS02) Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, usando instrumentos riscantes e tintas.
– Campo de Experiências “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
(EI01ET01) Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).
(EI01ET05) Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças entre eles.
Materiais Necessários:
– Diferentes tipos de tecidos com variadas texturas (liso, áspero, peludo, etc.)
– Materiais naturais (folhas, pedras, cascas, etc.)
– Espumas de diferentes densidades
– Jogos de empilhe de diferentes formatos e tamanhos
– Pinturas com texturas (com areia, grãos, etc.)
– Música suave para criar um ambiente acolhedor
Situações Problema:
– O que acontece quando tocamos um tecido diferente?
– Como é a sensação de tocar em algo macio ou áspero?
– O que acontece se misturarmos diferentes texturas em um mesmo espaço?
Contextualização:
Os bebês são naturalmente curiosos e sensíveis ao ambiente que os cerca. Ao estimular o contato com diferentes texturas, não só promovemos experiências sensoriais, mas também potencializamos o desenvolvimento de habilidades motoras e a socialização. As texturas fazem parte do mundo visual e tátil e, por meio delas, podem expressar emoções e necessidades, facilitando a comunicação verbal e não verbal. É por isso que nosso foco será criar atividades práticas e lúdicas, que envolvam a exploração tátil e o conhecimento das diferentes sensações que os materiais oferecem.
Desenvolvimento:
As aulas serão divididas em atividades que se alternam entre momentos de exploração individual e coletiva, sempre possibilitando a interação dos bebês com os materiais e entre si. As atividades serão flexíveis, permitindo que cada bebê se desenvolva em seu ritmo.
Atividades sugeridas:
Primeira Aula:
Objetivo: Introdução às texturas
Descrição: Apresentar tecidos de diferentes texturas. Os bebês serão incentivados a tocar e explorar os materiais.
Instruções: Espalhe uma variedade de tecidos em um espaço designado. Permita que os bebês escolham o que querem tocar e explorem as texturas.
Materiais: Tecidos diversos.
Adaptação: Para bebês que ainda não conseguem se movimentar sozinhos, os tecidos podem ser apresentados em um ambiente acolchoado.
Segunda Aula:
Objetivo: Brincadeira com texturas naturais
Descrição: Utilizar materiais naturais como folhas e pedras para explorar diferentes sensações.
Instruções: Organizar os materiais em um tapete. Os bebês podem tocar, observar e, se possível, experimentar as texturas com a boca (tudo deve ser seguro e limpo).
Materiais: Folhas, pedras.
Adaptação: Para estimular a descoberta nas crianças que ainda não se movimentam, os materiais podem ser mantidos a um alcance seguro.
Terceira Aula:
Objetivo: Pintura com texturas
Descrição: Propor uma atividade artística utilizando tintas com texturas, como areia ou grãos.
Instruções: Produzir uma tela coletiva onde os bebês usarão as mãos para aplicar a tinta.
Materiais: Tinta com areia, papel grande.
Adaptação: Para bebês que não gostam de sujeira, pode-se usar luvas.
Quarta Aula:
Objetivo: Jogo de empilhar e encaixar
Descrição: Utilizar brinquedos que variem em texturas para esta atividade.
Instruções: Propor uma brincadeira coletiva onde bebês possam empilhar e encaixar os objetos.
Materiais: Brinquedos de diferentes texturas.
Adaptação: Permitir que os bebês mais novos apenas observem enquanto os maiores experimentem.
Quinta Aula:
Objetivo: Interação com a Música
Descrição: Criar um espaço musical onde a música suave será tocada e as crianças se movimentarão com os olhos vendados, explorando o ambiente ao toque.
Instruções: Colocar materiais de texturas diferentes pelo caminho que os bebês irão seguir, para que experimentem diferentes sensações.
Materiais: Música suave, diferentes objetos texturizados.
Adaptação: Para aqueles que não andam ainda, facilitar a protensão das mãos para o toque.
Sexta Aula:
Objetivo: Aventura na natureza
Descrição: Um passeio ao ar livre com a exploração de texturas naturais.
Instruções: Incentivar os bebês a tocarem na grama, nas cascas de árvores e em outros elementos da natureza.
Materiais: Elementos naturais.
Adaptação: Manter uma equipe de apoio para os que estão em carrinhos.
Sétima Aula:
Objetivo: Festa das texturas
Descrição: Um dia de celebração onde as crianças podem trazer seus brinquedos favoritos que têm texturas para apresentar.
Instruções: Permitir que cada bebê mostre seu brinquedo e discuta o que sente ao tocar.
Materiais: Brinquedos das crianças.
Adaptação: Propor uma roda de conversas onde todos podem falar sobre suas experiências.
Oitava Aula:
Objetivo: Criar uma obra coletiva
Descrição: Utilizar os materiais texturizados já trabalhados para criar uma colagem.
Instruções: Oferecer colagem de diversos materiais e permitir que os bebês escolham o que desejam usar.
Materiais: Papel, cola, materiais texturizados.
Adaptação: Para os que não conseguem colar, permitir que apenas escolham e mostrem.
Discussão em Grupo:
Promover uma roda de conversa onde os educadores incentivem as crianças a descreverem as sensações que sentiram ao tocar diferentes texturas. É importante estimular a verbalização e a troca de experiências.
Perguntas:
– Como você se sente quando toca algo macio?
– Você gosta de tocar nas folhas ou nas pedras? Por quê?
– Que textura você mais gostou de sentir?
Avaliação:
A avaliação será contínua e observacional, levando em consideração a interação dos bebês com os materiais e entre eles. Os educadores devem notar a curiosidade, a comunicação e a participação nas atividades.
Encerramento:
Para fechar o ciclo de atividades, promover um momento de reflexão onde os bebês serão convidados a compartilhar o que mais gostaram de fazer. Isso pode ser feito por meio de gestos ou vocalizações.
Dicas:
– Sempre respeitar o tempo e o ritmo dos bebês na exploração dos materiais.
– Oferecer um ambiente acolhedor e seguro para as atividades.
– Promover trocas emocionais durante as experiências, estimulando a comunicação entre os bebês.
Texto sobre o tema:
Os elementos da linguagem visual, especialmente as *texturas*, são fundamentais na maneira como percebemos o mundo ao nosso redor. Desde o toque suave de uma folha até a aspereza de uma pedra, cada textura proporciona uma experiência sensorial única que ajuda a construir a compreensão dos bebês sobre o ambiente. A exploração das texturas pode ser uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento cognitivo e emocional, já que permite que os bebês relacionem emoções e sensações a diferentes materiais.
Ao interagir com texturas, os bebês não apenas aprimoram sua delimitação tátil, mas também se tornam mais conscientes do seu corpo e de sua capacidade de explorar o mundo. Essa exploração é crucial nesta fase da vida, pois ajuda a estabelecer conexões cerebrais com o tato e a percepção, promovendo, assim, o aprendizado de maneira lúdica. Além disso, ao participar de atividades que envolvem a manipulação e a exploração, os bebês aprendem a se expressar, desenvolvendo habilidades sociais e emocionais essenciais.
Por fim, a interação social entre os bebês durante essas atividades é igualmente importante. Quando expostos a diferentes texturas em conjunto, eles têm a oportunidade de se comunicar e interagir, desenvolvendo seu senso de pertencimento e empatia com os outros. Este tipo de interação social é vital para o bem-estar emocional e social das crianças, criando laços que podem durar por toda a vida. A exploração das texturas, portanto, não se limita a uma atividade sensorial, mas abrange um mundo de significados e experiências que são fundamentais para o desenvolvimento saudável na primeira infância.
Desdobramentos do plano:
Após esta sequência de atividades focadas nas texturas, é possível expandir o tema para outros elementos da linguagem visual. Explorar cores e formas também pode ser uma continuidade natural, onde as crianças não só tocam, mas também veem e interagem com as nuances e variações de cores. Os educadores podem iniciar novas atividades utilizando materiais coloridos e formas geométricas, fazendo a relação entre as texturas e as cores que elas podem representar no mundo.
Além disso, ao observar a resposta dos bebês em relação às atividades, os educadores terão a oportunidade de adaptar e personalizar futuras abordagens, cada vez mais sintonizadas com o que desperta interesse e prazer nas crianças. A partir da interação e feedback, pode-se criar uma proposta de projeto onde os bebês possam criar seus próprios “tábuas de texturas”, um material visual e palpável que os acompanhará em futuras atividades.
Por fim, a implementação de uma *semana das texturas*, onde os bebês teriam espaço para mostrar o que aprenderam por meio de exposições ou pequenas apresentações para os pais, poderia ser uma excelente forma de consolidar o ensinamento. Essa atividade não só celebra o aprendizado, mas também promove o envolvimento familiar, reafirmando a importância da interação entre a escola e a casa. Este tipo de envolvimento contribui para o desenvolvimento social da criança, além de fortalecer a união entre família e educação.
Orientações finais sobre o plano:
Implementar um plano de aula para bebês exige sensibilidade e atenção às necessidades de cada criança. É essencial que os educadores respeitem o momento de cada um, permitindo que cada bebê explore de maneira individual. O cuidado com a segurança durante as atividades também deve ser uma prioridade, garantindo que todos os materiais utilizados sejam adequados para a faixa etária e que não apresentem risco.
Entender que a aprendizagem na primeira infância se dá por meio das experiências sensoriais é fundamental para o sucesso deste plano. Ao permitir que os bebês interajam livremente, o ensino se torna mais eficaz e enriquecedor. As oportunidades de toca-e-sente devem ser abundantes, para que as crianças consigam absorver o máximo do ambiente ao seu redor.
Além disso, é crucial encorajar a interação social, tanto entre as crianças quanto entre educadores e alunos. Criações coletivas e trocas de experiências podem enriquecer o contexto da sala de aula, proporcionando uma experiência de aprendizado mais rica. As relações formadas nesse espaço são indispensáveis para o desenvolvimento emocional e social das crianças, contribuindo para que se tornem indivíduos aptos a interagir no mundo ao seu redor.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Caixa sensorial de texturas:
Objetivo: Proporcionar uma experiência tátil única através da exploração de diferentes materiais.
Materiais: Caixa grande, pedaços de papelão, tecidos variados, grãos como arroz, feijão e areia.
Modo de condução: Coloque os materiais dentro da caixa, cubra parcialmente, e incentive os bebês a explorar o que está dentro, permitindo que suas mãos sintam as diferenças.
2. Histórias táteis:
Objetivo: Integrar a leitura com a exploração sensorial.
Materiais: Livros com texturas e imagens.
Modo de condução: Ao ler histórias, peça que os bebês toquem nas texturas do livro, realizando associações entre o que está sendo lido e o que tocam.
3. Rede de texturas:
Objetivo: Criar uma superfície diversificada para exploração.
Materiais: Tecido de diferentes texturas colados em uma rede ou painel.
Modo de condução: Pendure a rede em um espaço acessível, onde os bebês possam tocar e interagir.
4. Pintando com as mãos:
Objetivo: Incentivar a expressão artística através do toque.
Materiais: Tintas e papel.
Modo de condução: Deixe que os bebês usem as mãos para pintar e explorar como a textura da tinta se relaciona com as superfícies.
5. Cesta das surpresas:
Objetivo: Estimular a curiosidade e exploração pessoal.
Materiais: Cesta com brinquedos diferentes e objetos texturizados.
Modo de condução: Deixe a cesta à disposição, incentivando os bebês a escolherem o que querem explorar e interagir com os seus colegas.
Esse plano é abrangente, fornecendo múltiplas pontes para o desenvolvimento integral das crianças, consolidando a importância da aprendizagem lúdica.