“Experiência Sensorial com Esponjas para Crianças de 2 a 3 Anos”
Este plano de aula é dedicado ao tema da experiência com esponja, proporcionando uma exploração sensorial rica e envolvente para as crianças da faixa etária de 2 a 3 anos. A proposta é promover um aprendizado significativo através da manipulação, das experimentações e da interação social, onde as crianças, em seu primeiro contato, descubram as propriedades e texturas da esponja. Ao longo da aula, os pequenos praticarão habilidades importantes de cuidado, solidariedade e comunicação, essenciais no desenvolvimento da primeira infância.
A escolha da esponja como material didático é estratégica; além de ser um recurso acessível, é também bastante versátil, possibilitando diversas atividades lúdicas e educativas. Este plano está alinhado com os Campi de Experiências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), enfatizando os aspectos de interação e exploração que são fundamentais para o desenvolvimento das crianças bem pequenas. O foco estará em estimular a curiosidade e a criatividade das crianças enquanto elas se envolvem em atividades práticas, sociais e cognitivas.
Tema: Experiência com Esponja
Duração: 4 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 2 a 3 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar às crianças uma experiência sensorial rica através da manipulação da esponja, explorando suas texturas e propriedades, promovendo assim o desenvolvimento de habilidades motoras, sociais e comunicativas.
Objetivos Específicos:
– Fomentar a curiosidade e atenção das crianças através do toque e manipulação da esponja.
– Estimular a comunicação e a socialização entre as crianças, promovendo o compartilhamento e a interação.
– Desenvolver a percepção das propriedades da esponja, como sua textura e capacidade de absorção.
– Promover cuidados e solidariedade durante as atividades em grupo.
Habilidades BNCC:
Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”:
– (EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
– (EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.
Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”:
– (EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.
– (EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.
Campo de Experiências “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”:
– (EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação, explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes.
Campo de Experiências “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”:
– (EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
Campo de Experiências “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”:
– (EI02ET01) Explorar e descrever semelhanças e diferenças entre as características e propriedades dos objetos (textura, massa, tamanho).
Materiais Necessários:
– Esponjas de diferentes tamanhos e texturas.
– Recipientes para água.
– Tintas atóxicas (opcional).
– Papel em branco.
– Pincéis (opcional).
Situações Problema:
– Como a esponja se comporta quando mergulhamos na água?
– O que acontece quando apertamos a esponja?
– Quais cores conseguimos fazer usando a esponja e tinta?
Contextualização:
Essa experiência servirá para refletirmos sobre as diferentes texturas e cores. Explorar a esponja vai além da interação física; é uma oportunidade de fomentar um diálogo sobre as propriedades dos objetos e suas diferentes funções no nosso dia a dia.
Desenvolvimento:
Com a proposta de uma experiência de curto tempo, o desenvolvimento se dará de forma rápida e interativa. Montar um espaço adequado para a exploração, onde as crianças possam se movimentar livremente e interagir com os materiais sem riscos. Tudo isso deve estar ao alcance das crianças, favorecendo a curiosidade e a exploração ativa.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1: Mergulho de Esponjas
Objetivo: Explorar a interação da esponja com a água.
Descrição: Coloque esponjas em recipientes com água e deixe as crianças experimentarem mergulhá-las.
Instruções: Oriente-as a sentir a textura molhada e a observar o que acontece ao apertar a esponja (experiência da absorção).
Materiais: Esponjas e água.
Adaptação: Para crianças que não gostam de se molhar, oferecer esponjas secas para manipulação.
– Atividade 2: Pintura com Esponjas
Objetivo: Explorar cores e texturas através da pintura.
Descrição: Ofereça tintas e permita que as crianças utilizem as esponjas para pintar em papel.
Instruções: Demonstre como usar a esponja como pincel, mergulhando-a nas tintas e pressionando sobre o papel.
Materiais: Esponjas, tintas atóxicas e papel.
Adaptação: Propor uma atividade em que cada criança pinte uma parte do papel, promovendo a socialização.
– Atividade 3: Exploração do Squeeze
Objetivo: Trabalhar a coordenação motora fina.
Descrição: Utilize grandes esponjas para a criança apertar e soltar enquanto observam a água.
Instruções: Explique como isso pode criar pequenas chuvas de água e faça um jogo com isso durante a atividade.
Materiais: Grandes esponjas e um recipiente com água.
Adaptação: Apresentar esponjas de diferentes tamanhos e formatos para ampliar as experiências.
Discussão em Grupo:
Promova uma conversa ao final das atividades onde as crianças possam compartilhar o que sentiram e o que aprenderam. Este momento é importante para fortalecer a comunicação e incentivar a expressão de sentimentos e impressões pessoais.
Perguntas:
– O que você sentiu ao apertar a esponja?
– Qual é a sua cor favorita que você usou na pintura?
– O que acontece quando mergulhamos a esponja na água?
Avaliação:
A avaliação será feita de forma observacional, registrando como as crianças interagiram entre si, com os materiais e se conseguiram expressar suas impressões sobre as atividades. Importante notar o nível de cooperação, comunicação e cuidado que demonstraram entre si e com o ambiente.
Encerramento:
Finalizar a aula reunindo todos para um momento de reflexão sobre as experiências do dia. Perguntar o que mais gostaram e se tiveram novas descobertas. Essa prática de encerramento promove um fechamento da atividade e valorização das participações individuais.
Dicas:
– Mantenha o ambiente preparado antes da atividade começar para minimizar a espera e ansiedade das crianças.
– Envolva as crianças no processo de organização dos materiais, isso ajuda a desenvolver o senso de responsabilidade.
– Reforce a comunicação entre elas durante as atividades, estimulando diálogos sobre o que estão fazendo e sentindo.
Texto sobre o tema:
A experiência com esponjas proporciona um universo de descobertas sensoriais e motoras para as crianças da faixa etária de 2 a 3 anos. Este é um momento singular onde o simples ato de tocar, apertar e explorar um material tão comum como a esponja torna-se uma jornada de aprendizado. Ao envolver os pequenos em atividades práticas que usam a esponja, os educadores promoven a construção de conhecimentos que serão a base das múltiplas interações e aprendizagens futuras. Aqui, a curiosidade natural dos indivíduos em primeiro contato com o mundo se transforma em uma sólida experiência de aprendizado, onde as descobertas visuais e táteis se entrelaçam em um aprendizado significativo.
Além de fomentar a exploração visual, ao mergulharem as esponjas em diferentes cores, as crianças são incentivadas a pensar, experimentar e criar. A pintura com esponjas é uma ótima maneira de trabalhar o desenvolvimento das habilidades motoras finas, pois elas aprenderão a controlar a pressão que aplicam enquanto pintam. Usar a esponja como uma ferramenta de pintura não só diverte, mas também ajuda a entender o conceito de forma e cor, construindo a identidade estética de forma lúdica.
Por fim, é importante ressaltar que cada experiência com a esponja deve ser também uma oportunidade de promover o interesse pela coletividade. Ao observar como as crianças se relacionam entre si na execução das atividades, o professor pode estimular práticas de cuidado e solidariedade, importantíssimas nesse estágio do desenvolvimento infantil. Assim, o uso da esponja se torna um verdadeiro convite ao aprendizado, inclusão e socialização, abrangendo não só a exploração individual, mas também a construção coletiva de saberes.
Desdobramentos do plano:
Uma vez que as crianças tenham experimentado a atividade com a esponja, o plano pode ser estendido com novas experiências que complementem sua aprendizagem. Uma sugestão seria produzir um mural coletivo em que as crianças usem esponjas para deixar suas marcas, criando um espaço que represente a colaboração e a diversidade de experiencias. Através desta atividade, o conceito de trabalho em equipe é reforçado, uma habilidade importante que se estende para fora do ambiente escolar.
Adicionalmente, é possível introduzir uma sessão onde as crianças contam o que aprenderam sobre a esponja, permitindo que desenvolvam suas competências de escuta e fala. Esse tipo de atividade permite uma conexão entre as experiências sensoriais e habilidades linguísticas, onde palavras podem ser associadas a sentimentos e percepções, tornando o aprendizado ainda mais significativo.
Por fim, algumas histórias infantis relacionadas ao tema também podem ser introduzidas, utilizando fantoches ou elementos visuais que despertem o interesse. Essa ação reforça a ideia de que o aprendizado não se limita apenas a experiências práticas, mas também pode ser enriquecido através da narrativa e imaginação, que são voz que ecoa na construção do conhecimento entre os pequenos.
Orientações finais sobre o plano:
Ao implementar este plano de aula, é fundamental que o professor esteja atento às interações sociais que ocorrem durante as atividades. Encorajar a troca de ideias e experiências ajuda a desenvolver habilidades de socialização e comunicação. Essas interações são essenciais na formação dos indivíduos, preparando-os para as futuras experiências dentro e fora do ambiente escolar.
Além disso, a flexibilidade na abordagem do tema deve ser sempre considerada. As crianças são diferentes entre si e podem ter níveis variados de interesse e engajamento. Por isso, o professor deve estar preparado para adaptar as atividades, oferecendo opções que respeitem o ritmo e as preferências de cada criança, sempre promovendo um ambiente acolhedor e estimulante.
Por fim, finalizar as atividades com um momento de conversa não só valoriza a participação ativa das crianças, mas também proporciona um espaço de reflexão onde cada um pode expressar o que sentiu e aprendeu. Este tipo de encerramento fortalece o vínculo entre os educadores e as crianças, além de reforçar a importância do aprender brincando, uma das premissas essenciais da educação infantil.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
– Atividade: “Esponja Musical”
Para as crianças a partir de 2 anos, insira esponjas em um ambiente de música. A ideia é que, ao tocar a esponja em ritmo da música, elas se movam e dancem. Essa atividade trabalha a coordenação motora, o ritmo e a expressão corporal.
– Atividade: “Caça às Texturas”
Estimule a curiosidade das crianças com uma caça às texturas. Esconda diferentes esponjas em diversos ambientes da sala, e distribua as crianças pela busca. Ao encontrarem as esponjas, poderão discutir sobre as diferenças entre elas, desenvolvendo habilidades de observação.
– Atividade: “Esponja Colorida”
Com tintas de diferentes cores, essa atividade busca que as crianças mergulhem a esponja na cor desejada e façam carimbos em um pedaço de papel. Essa atividade ajuda na identificação de cores, formas e estimula a criatividade.
– Atividade: “Jogo da Memória das Formas”
Usando esponjas recortadas em diferentes formas, organize um jogo da memória. As crianças deverão encontrar os pares correspondentes, facilitando a identificação de formas e promovendo a memória e atenção.
– Atividade: “Histórias da Esponja”
Incentive as crianças a criar histórias em torno de cada movimento que realizam com a esponja. Pode-se iniciar uma narrativa sobre uma “Esponja Valente” que ajuda a limpar um lago. Essa atividade estimula a imaginação, criatividade e habilidades de verbalização e escuta.
Cada uma dessas sugestões lúdicas proporciona oportunidades únicas para desenvolvimento individual e social, sempre respeitando a proposta de aprendizado por meio da interação e exploração.

